Archive for the ‘ Aniversário ’ Category

‘Mulligan Meets Monk’

Mulligan Meets Monk, álbum de estúdio gravado em Agosto de 1957 para a Riverside, resulta de uma parceria improvável entre o saxofonista barítono Gerry Mulligan [6 Abril 1927 – 20 Janeiro 1996] e o pianista Thelonious Monk [10 Outubro 1917 – 17 Fevereiro 1982], que não era um rapaz muito dado a partilhar protagonismo com outros músicos.
De facto, a única composição de Mulligan é Decidedly, que abre o Lado B do LP original.

Fica a ligação do YouTube para o álbum “Mulligan Meets Monk (Remastered 2025 / Mono Mix)“, um lançamento recente da Concord.


‘Saint John Before God and the Elders, from The Apocalypse’, de Albrecht Dürer

Apocalipse com Imagens (do latim: Apocalipsis cum figuris) é uma série de quinze xilogravuras de Albrecht Dürer [21 Maio 1471 – 6 Abril 1528] que retrata várias cenas do Livro do Apocalipse, ou Livro da Revelação de João, o último Livro do Novo Testamento.
A obra, publicada em 1498, foi um grande sucesso em toda a Europa.


O cometa Booker Little

É difícil conceber que um músico tenha partilhado o estúdio e o palco com os saxofonistas John Coltrane e Eric Dolphy, com o trompetista Freddie Hubbard, com os pianistas McCoy Tyner, Tommy Flanagan e Mal Waldron, com os bateristas Max Roach, Elvin Jones e Roy Haynes, apenas durante os últimos três anos da sua vida breve
Foi este o percurso do trompetista Booker Little [2 Abril 1938 – 5 Outubro 1961], que, não tendo adquirido notoriedade e aclamação em vida, deixou no entanto a sua marca para a eternidade por ter brilhado tão fugazmente no centro desta constelação de estrelas.


Do seu álbum Booker Little 4 and Max Roach, de 1958, fica a última faixa do Lado B, Moonlight Becomes You.

Natascha Polké & Christian Loffler no Misty Fest

Não conhecia Natascha Polké mas tinha ouvido alguma coisa de Christian Loffler. O ponto de partida para o espectáculo de 8 do passado mês de Novembro no Capitólio era pois promissor; o que não antevi foi que a compositora de origem suíça abrisse a actuação no Misty Fest com Into You.
A harmonia entre a voz intimista de Natascha Polké e os instrumentos, que funcionam como uma extensão do corpo, é tudo o que preciso para vibrar com música electrónica.
Fica o link para o concerto que a RTP2 transmitiu recentemente, bem como o da actuação do produtor alemão, ambos disponíveis na RTP Palco.


Michael Brecker, “too fast to live, too young to die”

O compositor de jazz norte-americano Michael Brecker [29 Março 1949 – 13 Janeiro 2007] é dos grandes do saxofone e simultaneamente integra a short list de herdeiros de John Coltrane.
Da discografia de Brecker, comprei o primeiro álbum em nome próprio – “Michael Brecker” -, lançado pela Impulse em 1987 e “Time Is of the Essence”, lançado em 1999 pela Verve.
“Pilgrimage” foi gravado no Verão de 2006 (com Pat Metheny, John Patitucci, Jack DeJohnette, Herbie Hancock e Brad Mehldau) e lançado postumamente no dia do meu aniversário em 2007, já depois de ele ascender ao Olimpo.
Ficam dois vídeos com diferentes protagonistas no piano: Pilgrimage, com Herbie Hancock e Five Months from Midnight com Brad Mehldau.



Marc Chagall, o poeta com asas de pintor

A definição de Henry Miller [1891-1980] adequa-se muito bem à expressão onírica do trabalho de Marc Chagall [1887-1985], que morreu no sul de França a 28 de Março, justamente há 40 anos.
Com cerca de 160 obras expostas, La Fundación Mapfre em Madrid dedicou-lhe em 2024 uma grande exposição intitulada ‘Chagall. Um grito de liberdade’, o que acrescentou um novo olhar à obra do artista de origem russa naturalizado francês, à luz de acontecimentos que testemunhou ao longo da primeira metade do século XX, desde duas guerras mundiais à discriminação devido às suas raízes judaicas.


“Solitude”, 1933 – Museu de Arte de Tel Aviv, doação do artista em 1953

Albert Marquet, o pintor da costa da Normandia

Nascido em Bordéus há precisamente 150 anos, Albert Marquet [1875-1947] foi discípulo de Gustave Moreau em Paris, onde conheceu Henri Matisse. Adepto do Fauvismo, movimento pictórico que emergiu em França no início do século XX, participou no Salon d’Automne de 1905 no Grand Palais des Beaux-Arts, em Paris, com Henri Manguin [1874-1949], Georges Rouault [1871-1958], Jules Flandrin [1871-1947] e Charles Camoin [1879-1965].
O Museu de Arte Moderna André-Malraux – Le Havre, dedicou-lhe em 2023 uma exposição com seis dezenas de trabalhos que produziu, a partir de 1906, durante as suas passagens por Trouville, Honfleur, Le Havre e Fécamp, atraído pelas águas e luz da região da Normandia.


Albert Marquet (1875-1947), Fête foraine au Havre, 1906, oil on canvas, 65 x 81 cm. Bordeaux, musée des beaux-arts. © Mairie de Bordeaux – musée des Beaux-Arts/Lysiane Gauthier

Albert MARQUET (1875-1947), Marée basse, port de Honfleur, 1911, oil on canvas, 65 x 81 cm. Private collection. © Courtoisie Thierry-Lannon et associés – Brest
Albert MARQUET (1875-1947), La Plage de Fécamp, 1906, oil on canvas, 50 x 61. . ©RMN-Grand Palais/ Philipp Bernard

‘Defiant Life’, de Vijay Iyer & Wadada Leo Smith

Defiant Life, Vijay Iyer and Wadada Leo Smith’s second duo recording for ECM after 2016’s A Cosmic Rhythm With Each Stroke, is a profound meditation on the human condition, reflecting both the hardships and acts of resilience it entails. But at the same time, it also proves a testament to the duo’s unique artistic relationship and the boundless forms of musical expression it yields. For when Vijay and Wadada meet in music, they simultaneously connect on multiple levels:”


Two of the songs on the album are dedicated to significant figures from the more and slightly less recent past – Wadada’s “Floating River Requiem” to the Congolese prime minister Patrice Lumumba, assassinated in 1961, and Vijay’s “Kite” to Palestinian writer and poet Refaat Alareer, killed in Gaza in 2023. It is within this framework of thought and reflection that their music speaks without hesitation.

“Fearless Movement”, de Kamasi Washington

O saxofonista de jazz Kamasi Washington, nascido em Los Angeles em 1981, foi discípulo de Reginald Andrews [1948-2022] na The Multi School Jazz Band (MSJB), onde conheceu o multi-instrumentista Terrace Martin e o baixista Stephen “Thundercat” Bruner,  quando ainda eram adolescentes. Em 2006 fundaram o colectivo de jazz West Coast Get Down, a quem se juntaram o baixista Miles Mosley, os bateristas Ronald Bruner Jr. e Tony Austin, os pianistas Cameron Graves e Brandon Coleman, e o trombonista Ryan Porter.

Com sete álbuns editados, o já muito respeitado Washington regressa a Portugal nos próximos dias 25 (Porto) e 26 (Lisboa) para apresentar o seu último trabalho Fearless Movement (Young, 2024)


Nicole Brydon Bloom, estrela em ascenção?

A jovem actriz norte-americana Nicole Brydon Bloom, que hoje completa 31 anos, parece atravessar um período etéreo. Não me refiro ao casamento com Justin Theroux, naturalmente…
Num curto intervalo de tempo, apesar de desempenhar personagens secundárias aparece em três boas séries: como a socialite Maude Beaton na T2 da série de época The Gilded Age (Max, 2022), que deverá ainda este ano estrear nova temporada.
Em We Were The Lucky Ones / Nós Tivemos Sorte (Disney+, 2024), sobre a luta de uma família polaca para sobreviver ao Holocausto, o papel de Caroline, mulher de um dos membros da família, deu-lhe a visibilidade que a tornou imediatamente reconhecível no papel de Jane Driscoll, agente dos Serviços Secretos no thriller político Paradise (Disney+, 2025).