Archive for the ‘ Jazz ’ Category

‘Minor Swing’, de Django Reinhardt

No dia em que passam 70 anos sobre a morte de Django Reinhardt [1910 – 1953], fica a música ‘Minor Swing’ (1937) que compôs com Stéphane Grappelli [1908 – 1997].
Para evocar a sua memória, deixo ainda a sugestão para este artigo da  France Musique sobre alguns aspectos menos conhecidos da vida do pai do jazz cigano.


‘La Ronde Suite’, de Modern Jazz Quartet

Fundado em 1952, o Modern Jazz Quartet teve em John Lewis [1920-2001] – piano e direcção musical – e Milt Jackson [1923-1999] no vibrafone os principais elementos da formação. Acompanhados pelo contrabaixo de Percy Heath [1923-2005] e pela bateria de Kenny Clarke [1914-1985], gravaram em três sessões – entre 1953 1955 – o álbum “Django“, do qual fica aqui a composição La Ronde Suite (John Lewis), gravada na segunda sessão, neste dia 9 de Janeiro em 1955.


‘On Green Dolphin Street’, de Miles Davis

Pouco antes do Natal de 1965, a composição do segundo Quinteto de Miles Davis, que incluía Herbie Hancock no piano acústico, Ron Carter no baixo, Tony Williams na bateria e Wayne Shorter a substituir George Coleman no saxofone tenor, gravou uma série de oito discos ao vivo no Clube Plugged Nickel de Chicago.
Do terceiro set, gravado neste dia 23 de Dezembro, fica o standard de 1947, On Green Dolphin Street.


‘All The Things You Are’- Modern Jazz Quartet

John Lewis [1920-2001], membro fundador e director musical do Modern Jazz Quartet, foi o autor de All The Things You Are, tema de abertura do álbum MJQ, gravado neste dia 22 de Dezembro em 1952, precisamente há 70 anos.


Milt Jackson, vibrafone · John Lewis, piano · Percy Heath, contrabaixo · Kenny Clarke, bateria

‘Moon Child’, de Pharoah Sanders

Do saxofonista Pharoah Sanders [1940-2022] que nos deixou a 24 de Setembro último, o tema ‘Moon Child’, a única composição de sua autoria que integra o álbum homónimo, gravado neste dia 12 de Outubro em 1989 e lançado pela editora holandesa Timeless Records.


Jazz com passado e futuro

O disco de estreia do pianista João Pedro Coelho é uma maravilhosa surpresa.
Nuno Catarino, Ípsilon de 7 de Outubro de 2022
Crónicas – João Pedro Coelho (2022)



Um dos momentos mais brilhantes no jazz português recente foi a edição do disco de estreia do quarteto de Ricardo Toscano. Nessa gravação, editada pela imparável Clean Feed, ouvíamos não apenas o fervilhante líder saxofonista, em notável forma, mas também os seus acompanhantes, três jovens músicos que se exibiam a um nível muito alto. Um dos membros desse aplaudido quarteto é o pianista João Pedro Coelho. Nascido em 1993, é licenciado em jazz pela Universidade Lusíada e pelo Conservatório de Amesterdão e tem acompanhado músicos e projectos como Elas e o Jazz, Nelson Cascais, André Fernandes, Afonso Pais, João Espadinha e Marta Garrett (no duo Canções da Ilha Deserta) e integra o Trio de Jazz de Loulé.
Coelho apresenta neste seu registo de estreia como líder um conjunto de 11 composições originais, interpretadas em trio. O pianista surpreende ao não se fazer acompanhar por talentos emergentes da sua geração.
Escolheu trabalhar com dois músicos veteranos da cena nacional: o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista André Sousa Machado. Começou por escreveu as composições num processo solitário ao piano e o trio desenvolveu e transformou a música num processo colectivo, durante uma residência artística em Valença, tendo depois seguido para estúdio gravar em Novembro de 2021).
Sendo que o quarteto de Toscano evoluiu sobre a herança coltraneana (e eram lendárias as sessões do grupo a interpretar A Love Supreme), o pianista cresceu com a necessidade de criar estruturas sólidas e fortes, do mesmo modo que McCoy Tyner fazia um som cheio para Coltrane. Mas, neste disco, João Pedro Coelho mostra não se acomodar como simples herdeiro/sucedâneo do “real McCoy”, vai às suas origens e revela os (muitos) mundos que o rodeiam e inspiram. Desde logo, será impossível que qualquer pianista ligado ao jazz em Portugal não carregue a herança de três mestres: Bernardo Sassetti, Mário Laginha e João Paulo Esteves da Silva.

‘Tetragon’, de Joe Henderson

Do período em que saxofonista tenor norte-americano Joe Henderson [1937-2001] gravou para a Blue Note, entre 1963 e 1968, é de assinalar o magnífico solo em ‘Song for My Father‘ de Horace Silver (1964). 
De Tetragon (1968), que Henderson gravou para a Milestone em duas sessões, a 27 de Setembro de 1967 e 16 de Maio de 1968, respectivamente, fica a composição que empresta o título ao álbum e que foi gravada há precisamente 55 anos.


Joe Henderson, sax tenor | Ron Carter, contrabaixo | Kenny Barron, piano | Louis Hayes, bateria

‘Waltz For Debby’, de  Oscar Peterson

Quando passam sessenta anos de Affinity, álbum de estúdio que o Oscar Peterson Trio gravou em três sessões para a Verve entre 25 e 27 de Setembro de 1962, ano da edição de Very Tall com Milt Jackson, o virtuoso pianista canadiano Oscar Peterson (1925-2007) revisita o standard de Bill Evans, Waltz for Debby, tema que abre o lado A do álbum.


65º aniversário da gravação de ‘Blue Train’, de John Coltrane

Em 15 de Setembro de 1957, John Coltrane reuniu no estúdio de Rudy Van Gelder em Nova Jérsia um sexteto com Lee Morgan no trompete, Curtis Fuller no trombone, Kenny Drew no piano, Paul Chambers no baixo e Philly Joe Jones na bateria para gravar Blue Train.
Para comemorar o 65º aniversário, a Blue Note lança hoje uma edição especial em vinyl com capa de luxo, com base na matriz analógica do álbum original; Uma segunda edição especial fará parte da Tone Poet Audiophile Vinyl Reissue Series, acompanhada de um livro com fotografias de Francis Wolff.


 

Go! de Dexter Gordon

O saxofonista Dexter Gordon [1923-1990] reuniu um elenco de luxo para gravar Go! nos Estúdios Van Gelder, em 27 Agosto 1962, precisamente há 60 anos.
Fica o tema ‘Love for Sale’ composto por Cole Porter.


Butch Warren, contrabaixo | Billy Higgins, bateria | Sonny Clark, piano | Dexter Gordon, saxofone

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