‘David com a cabeça de Golias’, de Caravaggio
Na passagem dos 410 anos sobre a morte de Michelangelo Merisi, dito ‘o Caravaggio’ [29 Setembro 1571 – 18 Julho 1610], ‘David com a cabeça de Golias’, por volta de 1600.
Posts Tagged ‘ Musica Aeterna ’
De George Frideric Handel [1685–1759], compositor e instrumentista alemão naturalizado inglês, a maravilhosa peça ‘For unto us a child is born’, extraída da primeira parte da oratória “O Messias”, HWV 56.
A obra, concebida sobre libreto de Charles Jennens, teve a sua estreia no Great Music Hall em Dublin, no dia 13 de Abril de 1742.
Handel ainda dirigiu “O Messias” no Convent Garden dias antes da sua morte, a 14 de Abril de 1759.
A emissão do Musica Aeterna dedicada aos hoje assinalados 300 anos do nascimento de Carl Philipp Emanuel Bach pode ser escutada na Antena 2 no próximo domingo 9 de Março, entre as 10h00 e as 12h00.
“Mede o que é mensurável e torna mensurável o que não o é!”
Na passagem de mais um aniversário da morte de uma das personalidades mais significativas do Quattrocento e figura, a todos os títulos fascinante, da História do humanismo europeu, recordo aqui a excepcional emissão do Musica Aeterna dedicada a comemorar os quinhentos anos do nascimento de Giovanni Pico della Mirandola [1463-1494] que, como simpatizante das correntes neoplatónicas de Florença, se esforçou por conciliar os sistemas de Aristóteles e Platão.
Atada al mar Andrómeda lloraba, los nácares abriéndose al rocío, que en sus conchas cuajado en cristal frío, en cándidos aljófares trocaba. Besaba el pie, las peñas ablandaba humilde el mar, como pequeño río, volviendo el sol la primavera estío, parado en su cénit la contemplaba. Los cabellos al viento bullicioso, que la cubra con ellos le rogaban, ya que testigo fue de iguales dichas, y celosas de ver su cuerpo hermoso, las nereidas su fin solicitaban, que aún hay quien tenga envidia en las desdichas.
Atada ao mar, Andrómeda chorava, os nácares abrindo-se ao rocio, que em conchas coalhado em cristal frio, em cândidos aljófares tornava. Beijava o pé, as rochas abrandava humilde o mar, como um pequeno rio; o sol tornando a primavera estio, parado em seu zénite a contemplava. Os cabelos ao vento buliçoso, que a cobrisse com eles lhe rogavam, já que foi testemunha de iguais ditas; ciosas de ver seu corpo tão formoso, as Nereidas seu fim solicitavam, que até há quem tenha inveja nas desditas.
Na entrada relativa a 2 de Dezembro de 1786 da sua Italienische Reise (Viagem a Itália), escrevia Johann Wolfgang von Goethe:
No dia 28 de Novembro voltámos à Capela Sistina. Aberta a galeria que permitia ver o tecto e após a passagem estreita e mal iluminada, somos compensados pela visão da grande obra-prima da arte. Neste momento, estou de tal modo fascinado por Miguel Ângelo, que depois dele já nem tenho gosto pela natureza, especialmente porque sou incapaz de a contemplar com o mesmo olhar de génio com que ele o fez.
A emissão do Musica Aeterna do passado dia 27, dedicada à comemoração dos hoje assinalados 500 anos da revelação do tecto da Capela Sistina ao Papa Júlio II, está disponível em podcast. Absolutamente a não perder!