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Livro I de ‘O Cravo Bem Temperado’ de Bach, na leitura de Cristiano Holtz

Obra incontornável para a literatura de instrumentos de tecla, o Cravo Bem-Temperado BWV 846–893 de Johann Sebastian Bach [1685-1750] consiste numa colecção de dois volumes de música para teclado, cada um contendo 24 prelúdios e fugas, utilizando todas as tonalidades do teclado.

Para assinalar os 300 anos da publicação do Livro I BWV 846-869, escrito em Weimar em 1722, o Musica Aeterna dedicou uma emissão à leitura de Cristiano Holtz, cravista brasileiro, último aluno do saudoso Gustav Leonhardt, que se encontra radicado em Portugal e exerce a actividade docente no Instituto Gregoriano de Lisboa.


A Arte da Big Band

Durante os meses de Julho e Agosto, a Antena 2 emite oito programas de uma nova série intitulada A Arte da Big Band, da autoria de Jorge Costa Pinto.

Big Band, é termo que denomina grande orquestra, na linguagem jazzística, que nos chega pela evolução natural do jazz.
No início, em finais do século XIX, em New Orleans, no Louisiana-Estados Unidos da América, pequenos grupos de músicos afro-americanos, criam a música que vai entusiasmar os dançarinos em todo o mundo: o Dixieland. É um estilo musical que usa o ragtime, ritmo sincopado com grande apelo à dança, já nos anos 20, em Chicago, Kansas City e na West Coast, grupos com mais músicos, dez, doze, vão sendo constituídos.
Mas é nos anos 30 que a popularidade da big band se destaca, com o aparecimento das orquestras de músicos solistas de grande qualidade: Fletcher Hendersen, Benny Goodman, Duque Ellington, Count Basie, Tommy Dorsey, Artie Shaw, Woody Herman, Stan Kenton, e outros.
A Arte da Big Band apresenta nomes igualmente representativos de excelentes big bands, dando a conhecer um pouco da história deste organismo musical – a big band – que continua a entusiasmar jovens músicos a recriaram a música aliciante daquelas históricas orquestras de jazz.
Jorge Costa Pinto

Argonauta – Dom Quixote de La Mancha

Para acompanhar o Argonauta de 1 de Junho de 2019, dedicado a D. Quixote De La Mancha de Miguel de Cervantes, ilustrado musicalmente por Montserrat Figueras, Hespèrion XXI, La Capella Reial De Catalunya e Jordi Savall.

Capítulo XLVIII
Onde prossegue o cónego o assunto dos livros de cavalaria, com outras coisas dignas da sua inteligência

— Vossa Mercê , senhor cónego, tocou num assunto — disse nesta altura o cura —, que acordou em mim um antigo rancor que tenho às comédias agora habituais, tão grande que iguala o que tenho aos livros de cavalarias; porque devendo ser a comédia, segundo parece a Túlio, um espelho da vida humana, um exemplo dos costumes e imagem da verdade, as que se representam agora são espelhos de disparates, exemplos de ignorância e imagens de lascívia.

José Vianna da Motta [1868-1948]

Nascido neste dia 22 de Abril, o pianista e compositor José Vianna da Motta foi – em 2018, ano em que se comemoraram os 150 anos do seu nascimento -, objecto de uma série  de 12 programas na rubrica Caleidoscópio da Antena 2, intitulada O Legado de Vianna da Motta, da autoria de Bruno Caseirão.

No RTP Arquivos está disponível um documentário produzido para assinalar o primeiro centenário do nascimento de Vianna da Motta, com introdução do musicólogo e seu discípulo João de Freitas Branco.

José Vianna da Motta – Peça de Fantasia em Mi Maior, OP.2 | António Rosado, piano

«Jazz a Dois» – Swing do bom

O João Moreira Santos sugere para o «Jazz a Dois» de hoje uma [imperdível, digo eu] viagem de regresso aos anos 50 para ouvir concertos das orquestras de Lionel Hampton – Apollo Hall Concert 1954 e Benny Goodman  – Benny in Brussels Vol.1 (1958).

300 anos do nascimento de Carl Philipp Emanuel Bach

A emissão do Musica Aeterna dedicada aos hoje assinalados 300 anos do nascimento de Carl Philipp Emanuel Bach pode ser escutada na Antena 2 no próximo domingo 9 de Março, entre as 10h00 e as 12h00.

CLIQUE NA IMAGEM PARA OUVIR O PODCAST
Músico e compositor alemão, segundo filho de Johann Sebastian Bach e Maria Barbara Bach, Carl Philipp Emanuel Bach [8 Março 1714 – 14 Dezembro 1788] ingressou com dez anos na Escola de São Tomé em Leipzig, onde o pai em 1723 se havia tornado cantor. Continuou depois a sua educação como estudante de jurisprudência nas universidades de Leipzig, mas em 1738, depois da sua graduação, passou a dedicar-se definitivamente à música.
Foi um dos compositores mais influentes em sua geração. De 1740 a 1768 esteve em Berlim, a serviço da corte de Frederico, o Grande.
Em 1768, C.Ph.E. Bach sucedeu ao seu padrinho Georg Philipp Telemann como mestre de capela em Hamburgo, e, em consequência do seu novo ofício, passou a dedicar-se com mais atenção à música sacra. A sua obra inclui oratórias, pelo menos três volumes de canções, várias sinfonias e música de câmara. Durante o período que esteve em Berlim escreveu um conjunto de Magnifcat em que aparecem traços da influência de seu pai, uma Cantata de Páscoa e algumas cantatas seculares. Nessa época ele era um dos mais habilidosos e reconhecidos executantes de instrumentos de teclas da Europa. O clavicórdio, o instrumento da sua preferência, sofreu uma breve queda na sua popularidade na Alemanha, em meados do século XVIII, antes de ser de facto suplantado gradualmente pelo pianoforte.

Durante a segunda metade do século XVIII, a reputação de C.Ph.E. Bach permaneceu muito alta. Mozart disse a seu respeito, “Ele é o pai, nós somos os filhos”. A maior parte da formação de Haydn derivou de um estudo da sua obra. Beethoven expressou acerca dele a mais cordial admiração e respeito. Isto deve-se principalmente às suas Sonatas para cravo, que marcam uma época importante na história da forma musical.
Carl Philip Emanuel Bach participou intensamente do movimento musical de seu tempo, contribuindo para a criação de um estilo musical que se foi afastando cada vez mais do Barroco.
Considerado o fundador e precursor do estilo clássico na música erudita, C.Ph.E. Bach morreu em Hamburgo em 14 de dezembro de 1788.
Texto de Luís Ramos

Musica Aeterna – 450 anos sobre o nascimento de Galileu

Emissão do Musica Aeterna, destinado a comemorar os quatrocentos e cinquenta anos do nascimento de Galileu Galilei [15 de Fevereiro de 1564 – 8 de Janeiro de 1642], físico, matemático e astrónomo de importância fundamental na revolução científica do século XVII, acompanhado de poesia, traduzida por Vasco Graça Moura, de Dante Alighieri extraída da “Divina Comédia”, versando a chegada ao céu da Lua e a teoria das manchas lunares e das influências celestes, e repertório de Giorgio Mainerio, Giulio Caccini, Luca Marenzio, Claudio Merulo, Andrea Gabrieli, Girolamo Frescobaldi, Benedetto Ferrari, Claudio Monteverdi, Emilio de’Cavalieri, Jacopo Peri, Carlo Gesualdo, Gregorio Allegri, Marco da Gagliano, Giovanni Rovetta e Francesco Cavalli, todos contemporâneos de Galileu na Península Itálica dos séculos XVI e XVII.

“Mede o que é mensurável e torna mensurável o que não o é!”

Os 450 anos do nascimento de Galileu Galilei

Clique na imagem para ouvir o programa

Giovanni Pico della Mirandola [1463-1494]

Na passagem de mais um aniversário da morte de uma das personalidades mais significativas do Quattrocento e figura, a todos os títulos fascinante, da História do humanismo europeu, recordo aqui a excepcional emissão do Musica Aeterna dedicada a comemorar os quinhentos anos do nascimento de  Giovanni Pico della Mirandola [1463-1494] que, como simpatizante das correntes neoplatónicas de Florença, se esforçou por conciliar os sistemas de Aristóteles e Platão.

Podcast do Musica Aeterna de 23 Fev 2013
Podcast do Musica Aeterna de 23 Fev 2013

Giovanni Pico della Mirandola

Pedro António Avondano, por Rosana Lanzelotte

Da selecção musical da segunda emissão do programa Histórias de Portugal, destaque para o Allegro, interpretado pela cravista Rosana Lanzelotte. A peça, integrante da sonata em dó maior do compositor português Pedro António Avondano (1714-1782), foi executada num cravo absolutamente invulgar, instrumento de autoria de José Calisto e considerado um dos tesouros mais raros das colecções do National Music Museum.

“Histórias de Portugal”

Ao longo de 13 emissões, com início no primeiro domingo de Novembro às 13h00, o novo programa de Virgínia da Silva Veiga na Antena 2 será recheado de acontecimentos da Idade Média relacionados com o reino português, mas também com os de Aragão, Castela e Leão.
O intuito da autora, ao promover o orgulho em Portugal e em ser português, contribuir para o gosto por um passado por vezes surpreendente, torna o programa numa referência obrigatória na rádio nacional.

HISTORIAS-DE-PORTUGAL

Relatam-se cultos antigos, como os de Santa Maria de Rocamador, São Pedro de Rates ou da Senhora do Ó, numa abordagem a envolver diferentes localidades portuguesas e dos reinos hoje espanhóis, de Aragão, Castela e Leão. Episódios protagonizados por personagens como Isabel de Aragão – cuja verdadeira figura física é abordada – ou a poderosíssima irmã de D. Dinis, D. Branca Afonso, mãe solteira. Também o nunca investigado filho desta, personagem a marcar presença nos reinos de Castela e Leão onde foi Mestre da Ordem de Calatrava. Pelo caminho das muitas revelações, ficar-se-á a melhor saber a razão pela qual El Libro de la Coronación – um manual de referência na coroação dos reis de Espanha – elaborado no Século XIV, hoje acervo de El Escorial, é de iniciativa portuguesa, tal como tudo aponta sê-lo o Códex Las Huelgas, fonte da musicologia medieval.
Gentes, terras e Arte medievais unidas “de ũu coraçom”, para tudo se sintetizar na frase de um dos historiadores a marcar presença logo na primeira emissão: D. Pedro Afonso, Conde de Barcelos. 
Virgínia da Silva Veiga
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