Peter Zumthor – Edifícios e Projectos 1986-2007

                

 
INCONTORNÁVEL
Peter Zumthor é uma referência incontornável no panorama internacional da arquitectura.
Autor de um conjunto de obras surpreendente pelo seu desenho meticuloso, coerência e irreprensível qualidade conceptual, Zumthor é apologista de uma arquitectura feita para ser vivida e sentida, ancorada em princípios de sustentabilidade, integração harmoniosa no meio e sensibilidade no tratamento dos materiais, explorando as suas qualidades tácteis, plásticas e reactivas.

 

 

VISIONÁRIO

Um visionário do espaço construído e em existência no tempo, o olhar de Zumthor é pioneiro na articulação que forja entre os elementos que influem na construção de um edifíco: a luz, o clima, a vegetação, a altitude, a história do local e o futuro dos seus ocupantes.

ÚNICO
Avesso a mostras ou declinações do seu trabalho em formatos necessariamente limitados e limitativos como as exposições, livros ou catálogos, Peter Zumthor acedeu, ao cabo de cerca de 40 anos de carreira e de numerosas instâncias da comunidade académica e intelectual internacional, ao pedido do KUB (Kunsthaus Bregenz) a que se juntou depois a Experimenta, para a criação de uma exposição antológica. É esta exposição que a EXD vai trazer à cidade de Lisboa em Setembro de 2008.

 

 
 
Num prado verdejante, uma capela ergue-se em direcção ao céu, silenciosa e sóbria, como se fosse mais um elemento geológico. Num vale escondido desponta uma estância termal, da cor das montanhas que a circundam, um suave plano entre elevações abruptas. Na margem de um lago suiço, um cubo transparente devolve a luz espelhada nas águas.        

Film installation by Nicole Six and Paul Petritsch on the Therme Vals (by Peter Zumthor), at the Kunsthaus Bregenz

INTEMPORAL
As criações de Peter Zumthor sobressaem do contexto actual da produção arquitectónica pelo seu cariz de serena e segura inevitabilidade. Sem excessos nem gestos dramáticos, os projectos não se querem impor sobre a envolvente, não precisam de chamar a atenção. A sua existência e relevância não necessitam de validação exterior, pelo contrário. Cada edifício está imbuído de uma autoconsciência, da confiança e do sentimento de pertença que nascem de uma identidade vincada e autónoma.

VIVENCIAL
Os espaços interiores de Peter Zumthor obedecem a uma lógica própria, perfeita, que se afirma no seu minimalismo formal, na riqueza dos detalhes cuidadosamente trabalhados e executados, no discurso altamente simbólico e evocativo que nasce da união destes elementos.
São espaços para experienciar com todos os sentidos, inseridos numa perspectiva mais ampla de harmonia, integração e sustentabilidade.

TRANSVERSAL
Em Peter Zumthor a simplicidade e a subtileza são as linguagens escolhidas para criar edifícios que nos surgem como “certos” para um dado local, transversais no tempo, destinados a atravessá-lo e a inscrever-se na história e na paisagem.

 

 

Algumas Obras de Referência

 

1996 Termas de Vals, Suiça;
1997 Kunsthaus Bregenz, Áustria;
2007 Capela Saint Bruder Klaus, Mechernich, Alemanha;
2007 Museu Kolumba, Colónia, Alemanha.

 
 
 
Nascido em 1943 em Basileia (Suiça), Peter Zumthor estudou Design e Arquitectura na Kunstgewerbeshule Basel e no Pratt Institute em Nova Iorque. Filho de um artesão de mobiliário, foi ele próprio aprendiz, uma experiência que despertou a sua apurada sensibilidade para os aspectos tactéis e plásticos dos materiais, bem como a sua atenção ao pormenor.                

No início da sua actividade como arquitecto Zumthor trabalhou em inúmeros projectos de restauro de edifícios, o que lhe permitiu adquirir um vasto conhecimento de materiais rústicos e práticas de construção que viria a aplicar a projectos de cariz modernista.

Zumthor tem igualmente um percurso docente de extrema relevância, tendo leccionado no Southern California Institute of Architecture em Los Angeles, Universidade Técnica de Munique, Harvard Graduate School of Design e Università della Svizzera Italiana.
Para Zumthor, a arquitectura tem de ser vivida em primeira mão pelo que grande parte do seu trabalho não está publicado.

Peter Zumthor vive em Hadenstein, Suiça, onde trabalha no Atelier que fundou em 1979.

Principais Prémios e Distinções
1987 Auszeichnung guter Bauten im Kanton Graubüunden, Suiça
1989 Medalha Heinrich Tessenow, Technische Universität Hannover, Alemanha
1992 Internationaler Architekturpreis für Neues Bauen in den Alpen
1993 Prémio de Melhor Edifício de 1993 atribuído pelo programa de televisão ’10 vor ’10, Suiça
1994 Auszeichnung guter Bauten im Kanton Graubüunden, Suiça
1995 Prémio Internacional para Arquitectura em Pedra, Fiera di Verona, Itália
1995 Internationaler Architekturpreis für Neues Bauen in den Alpen, Graubünden, Suiça
1996 Erich-Schelling-Preis für Architektur, Alemanha
1998 Prémio de Arquitectura Carlsberg, Dinamarca
1999 Mies van der Rohe Award for European Architecture, Spain
1999 Grosser Preis für Alpine Architektur, Sexten Kultur, Itália
2003 Dottore Ad Honorem in architettura, Università degli Studi di Ferrara, Itália
2006 Thomas Jefferson Foundation Medal in Architecture, Universidade de Virgínia, EUA
2006 Spirit of Nature Wood Architecture Award, Finlândia
2006 Prix Meret Oppenheim, Federal Office of Culture, Suiça

 
 
 
A apresentação em Lisboa de Peter Zumthor: Edifícios e Projectos 1986-2007, a primeira grande exposição deste arquitecto suíço, é o culminar de um projecto iniciado em 2006 com Peter Zumthor e com o Kunsthaus Bregenz e constitui, sem dúvida, um momento de grande significado para a Experimenta.                

Abordando de forma sistemática o trabalho de um dos mais importantes nomes da arquitectura contemporânea, Peter Zumthor: Edifícios e Projectos 1986-2007 incide sobre o processo criativo e a complexa relação deste arquitecto com o tempo, os lugares, os ambientes e os habitantes dos seus projectos. É uma viagem imersiva e intensa à sua obra, um revelar subtil do seu modo de pensar e fazer arquitectura.

Apresentada em Lisboa na LXFactory, num edifício industrial centenário, local escolhido pelo próprio Peter Zumthor, a adaptação do desenho da exposição foi efectuada por Thomas Durisch que nos propõe um percurso que utiliza o edifício principal e parte do edifício adjacente. Durisch trabalhou cuidadosamente o espaço permitindo uma visão particular do mesmo e uma narrativa que, respeitando o desenho inicial de Bregenz, se relaciona com o contexto encontrado em Lisboa.

Peter Zumthor é um criador raro, único. No seu olhar e na forma como exerce a sua arquitectura, na contenção e profundidade dos seus gestos. Desenhando num movimento e ritmo próprios, sentimos em cada uma das suas obras o tempo que as guiou e o tempo que nelas existe e que lhes pertence. Citando Fernando Pessoa, poeta que Zumthor bem conhece, apetece dizer “Demora o olhar, e esquece que demoras o olhar…”.

 
 
A apresentação realizada no KUB cobre os edifícios e projectos de Peter Zumthor entre 1986 e 2007, incluindo materiais sobre o processo de desenho, esboços, modelos e planos pormenorizados, bem como uma instalação fílmica da autoria dos artistas Nicole Six e Paul Petritsch, que integra quase todos os edifícios concluídos durante aquele período. Peter Zumthor e Thomas Durisch, parceiro de longa data no Atelier Zumthor e curador desta parte da exibição, são responsáveis pela selecção e apresentação dos trabalhos no piso térreo e no terceiro andar.                

A forma de cooperação fílmica entre artistas enquanto conceito fulcral da exposição foi um desejo expresso de Peter Zumthor. Foram propostos Six e Petritsch porque a sua abordagem se relaciona intimamente com as questões fundamentais da arquitectura. Os seus trabalhos são reconhecidos por consistirem em pequenas acções e intervenções, por eles documentadas em filme ou vídeo e encenadas como instalações. Já tinham realizado uma instalação fílmica para a exposição “Tu Felix Austria” no KUB em 2005. A gravação demorou seis dias, durante os quais Paul Petritsch permaneceu no terceiro piso vazio do Kunsthaus, filmando ao nível dos olhos e em tempo real através de seis câmaras de vídeo estáticas, apontadas em diversas direcções.

Six e Petritsch aplicaram este rigoroso conceito artístico na documentação e projecção de todos os edifícios de Zumthor. Uma vez mais, seis câmaras estáticas foram utilizadas e sempre com as mesmas distâncias. Uma vez mais, temos seis superfícies de projecção. Six e Petritsch abdicam dos habituais movimentos de câmara, edição e montagens. Cada edifício parece apresentar-se sem rodeios sobre seis superfícies de projecção durante 40 minutos reais, debaixo da claridade cambiante, rodeado de sons quotidianos e embutido na paisagem. Aquilo que o espectador vê está ligado ao seu movimento no interior da sala. As projecções encontram-se desfasadas, começando num dos pisos um novo filme a cada 20 minutos; desta forma, o espectador poderá experimentar todos os edifícios em quatro horas de tempo real.

 
 
“A arquitectura é música no espaço, como se fora música congelada”, escreveu Schelling, o filósofo romântico, uma declaração que reflecte o orgulho do mestre construtor que considera a sua vocação não apenas como a de um fornecedor de serviços. Sempre que a arquitectura conseguir estar à altura da sua orgulhosa linhagem partilhada com a música, deverá deixar atrás de si marcas visíveis de desenho que demonstrem a superioridade da razão ordenadora sobre o caos das formas naturais.                

Os edifícios de Peter Zumthor nada têm de triunfal. Parecem desprovidos dos gestos de uma arrogância reprimida, da grandiosidade da prestigiada arquitectura contemporânea, desprovidos da urgência de ter de atrair a atenção geral no espaço público. Não que evitem timidamente algo que inspire o espanto. Nada disso. E certamente não lhes falta estilo pessoal e individualidade.

Quase todos se tornaram atracções visuais, destinos turísticos para os amantes da arte. A arquitectura de Zumthor é distinta, destaca-se da sua envolvência, e dispensa um gesto extravagante para se fazer notar. Está simplesmente ali, pungente, confiante, e como que se sempre ali tivesse estado – como se não pudesse ser de outra forma. Esta arquitectura é atravessada por um forte sentido de dignidade que inclui o respeito pela vulnerabilidade do local da construção, pela preciosidade dos materiais de construção. […]

Com Peter Zumthor, damos por nós em espaços que querem na realidade ser espaços interiores, assinalando onde o mundo termina, que não fazem uso de enormes fachadas envidraçadas para fingir que dentro e fora são a mesma coisa, tirando a diferença de temperatura. Estas paredes são muito mais do que as paredes de um edifício; possuem a sua própria qualidade hermética, sem igual no contexto da arquitectura contemporânea. Mas não são herméticas no sentido que associamos ao cativeiro, não suscitam o instinto da fuga. É uma qualidade hermética que nos faz sentir em casa, seguros. É por esse motivo que, mesmo sem decorações, nos sentimos bastante à vontade nos três pisos da exposição do Kunsthaus Bregenz. Onde quer que estejamos, parece-nos o lugar adequado e não nos sentimos impelidos a abandonar o centro da sala para nos refugiarmos na segurança das paredes. Mesmo no centro, não nos sentimos abalados pelas proporções monumentais. […]

Preciso ainda de encontrar a palavra certa para descrever a arquitectura de Zumthor. Em parte, ela envolve a indestrutibilidade das formas arcaicas de construção. Envolve a nobreza da laca japonesa. Envolve a certeza no uso de formas que se concentram perfeitamente nelas mesmas. Será “certa” a palavra certa? A arquitectura de Peter Zumthor: a contradição mais convincente ao desconsolo com que Adorno se recusou a admitir a vida certa na vida falsa. Onde existe o lugar certo, a vida não pode ser assim tão falsa.

 
 
 
Peter Zumthor: Edifícios e Projectos 1986-2007 nasceu de uma iniciativa do Kunsthaus Bregenz (KUB) em colaboração com a Experimenta. Um dos principais centros de exposição de arte contemporânea do mundo e sediado num edifício desenhado pelo próprio, o KUB foi palco da estreia da exposição em 2007. A sua vinda a Lisboa integrada no programa de lançamento da Bienal é a primeira apresentação numa itinerância internacional.                

Compreende 29 projectos e edifícios apresentados através de um impressionante acervo documental proveniente dos arquivos do Atelier Zumthor: desenhos, esquiços, plantas e maquetas. Pelo seu poder representativo e impacto físico, destacam-se seis maquetas de grande escala e duas instalações vídeo que propõem uma nova forma de mostrar e ver arquitectura num contexto expositivo.

Estendendo-se por mais de mais de 2000 m2, a exposição mostra a obra completa de Zumthor numa perspectiva antológica. Oferece um olhar privilegiado e revelador sobre o processo criativo de Peter Zumthor, abordando a forma como trabalha e desenvolve meticulosamente as ideias desde o estádio embrionário até à fase de implementação, ilustrando as lógicas de concepção, formulação e teste que estruturam todo o seu percurso criativo.

Fiel ao princípio de Zumthor de que a arquitectura é acima de tudo vivencial, a exposição permite experienciar os seus edifícios de formas alternativas. As instalações fílmicas replicam, em tempo e à escala real, a experiência física de entrar e percorrer os espaços por ele desenhados.

Única na amplitude e profundidade da sua abordagem, a exposição constitui uma referência quer no percurso de Zumthor quer no estudo da arquitectura contemporânea.

 
 
Para experienciar a arquitectura de Zumthor foram criadas duas instalações vídeo onde são vistos 12 edifícios à escala real. Filmados em 6 perspectivas, o espectador na exposição sentir-se-á transportado para a realidade dos espaços arquitectónicos. As instalações (re)criam as distâncias, as formas, a luz e o som dos edifícios de Zumthor, proporcionando uma envolvência que anula a ausência física dos edifícios.                

Filmadas em segmentos de 40 minutos, as projecções são exibidas em loop, o que cria uma sequência ininterrupta de imagens. Assim, em diferentes momentos do dia, o visitante da exposição dá por si a “visitar” o Kunsthaus Bregenz, as Termas de Vals ou outro dos 12 edifícios filmados.

 

SEIS ECRÃS, SEIS PROJECTORES, SEIS CÂMARAS
Acerca da instalação vídeo de Nicole Six e Paul Petritsch na Kunsthaus Bregenz          

 

[…] Seis câmaras estáticas, direccionadas simultaneamente para seis pontos de um edifício durante quarenta minutos, produzem um fluxo constante de imagens nas quais a estrutura surge, frequente e aleatoriamente, como fazendo parte das imediações ou enquanto cenário espacial para uma situação vivida ou recriada no interior do edifício. A magia das imagens advirá da interacção destas seis sequências fílmicas na sua projecção simultânea, tal como foram filmadas, sobre seis grandes ecrãs.

Os ecrãs são independentes e estão voltados em diferentes direcções ao longo da sala. Os projectores foram colocados no espaço da exposição exactamente como as câmaras quando filmavam o edifício.

As direcções em que os filmes foram realizados também se conformam com o alinhamento dos projectores; todos os filmes foram obtidos ao nível dos olhos e com lentes normais. A situação de reprodução no Kunsthaus corresponde, portanto, numa escala 1:1 à situação de filmagem no terreno.

O visitante no espaço da exposição pode visitar seis locais de filmagem autênticos e pode percorrer passo a passo as relações espaciais exactas entre os diferentes pontos. Ao vermos os seis filmes em simultâneo e ao experimentarmo-los conjuntamente sob diferentes ângulos, de uma maneira que seria impossível na vida real, as impressões visuais e acústicas começam a sobrepor-se e a consolidarse. Isto cria uma atmosfera que por uma momento nos permite esquecer a ausência do objecto real no museu. A instalação transmite uma sensação de presença dos edifícios nas suas envolventes e na vida quotidiana, a sensação da vida que se desenrolará neles e à sua volta. E isso é bastante.

Peter Zumthor

HORÁRIO INSTALAÇÕES VÍDEO

SÁBADO, 1 DE NOVEMBRO

10h00 | 14h00 | 18h00 | 22h00
Sala de Projecção I Estruturas de protecção para escavações arqueológicas de vestígios Romanos, Chur, Graubünden, 1986
Sala de Projecção II Atelier Zumthor, Haldenstein, Graubünden, 1986

10h40 | 14h40 | 18h40| 22h40
Sala de Projecção I Capela Sogn Benedetg, Sumvitg, Graubünden, 1988
Sala de Projecção II Habitações para idosos, Chur, Masans, Graubünden, 1993

11h20 | 15h20 | 19h20 | 23h20
Sala de Projecção I Casa Truog, Gugalun, Versam, Graubünden, 1994
Sala de Projecção II Conjunto residencial Spittelhof, Biel-Benken, Baselland, 1996

12h00 | 16h00 | 20h00
Sala de Projecção I Termas de Vals, Graubünden, 1996
Sala de Projecção II Kunsthaus Bregenz, 1997

12h40 | 16h40 | 20h40
Sala de Projecção I Casa Luzi, Jenaz, Graubünden, 2002
Sala de Projecção II Casa Zumthor, Haldenstein, Graubünden, 2005

13h20 | 17h20 | 21h20
Sala de Projecção I Capela rural Bruder Klaus, Wachendorf, Eifel, 2007
Sala de Projecção II Kolumba, Museu de Arte da Arquidiocese de Colónia, 2007

DOMINGO, 2 DE NOVEMBRO

10h00 | 14h00 | 18h00
Sala de Projecção I Estruturas de protecção para escavações arqueológicas de vestígios Romanos, Chur, Graubünden, 1986
Sala de Projecção II Atelier Zumthor, Haldenstein, Graubünden, 1986

10h40 | 14h40 | 18h40
Sala de Projecção I Capela Sogn Benedetg, Sumvitg, Graubünden, 1988
Sala de Projecção II Habitações para idosos, Chur, Masans, Graubünden, 1993

11h20 | 15h20 | 19h20
Sala de Projecção I Casa Truog, Gugalun, Versam, Graubünden, 1994
Sala de Projecção II Conjunto residencial Spittelhof, Biel-Benken, Baselland, 1996

12h00 | 16h00 | 20h00
Sala de Projecção I Termas de Vals, Graubünden, 1996
Sala de Projecção II Kunsthaus Bregenz, 1997

12h40 | 16h40 | 20h40
Sala de Projecção I Casa Luzi, Jenaz, Graubünden, 2002
Sala de Projecção II Casa Zumthor, Haldenstein, Graubünden, 2005

13h20 | 17h20 | 21h20
Sala de Projecção I Capela rural Bruder Klaus, Wachendorf, Eifel, 2007
Sala de Projecção II Kolumba, Museu de Arte da Arquidiocese de Colónia, 2007

BRUDER KLAUS CHAPEL – PETER ZUMTHOR

A capela desenhada pelo arquitecto Suíço erigida perto da aldeia Alemã de Wachendorf é dedicada a um agricultor da região que terá vivido no século XV cuja história de vida o tem vindo a considerar como candidato a canonização.

A estrutura constitui um marco territorial com 12 metros de altura, construída pelos habitantes locais através de um processo rudimentar de cofragem do betão que constitui a estrutura base do monolito. Durante 24 dias, todos os dias, os locais subiam 50 centímetros à construção. O interior da estrutura de suporte, constituída por barrotes de bambu dispostos na vertical foi finalmente queimada e as bases orgânicas que sustentavam a parede exterior acabaram cristalizadas num processo de homogeneização do interior resultando num acabamento belíssimo, cujas imagens não abundam (fazendo eu aqui voto de confiança na explicação apresentada pelo professor Manuel Mateus algures durante uma aula de projecto – enquanto invejava a jovialidade mental de Zumthor).

Perdida algures entre o génio de Zumthor e a experiência tectónica, a Bruder Klaus Chapel faz arquitectura.

 

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Via.

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