Archive for the ‘ Exposições ’ Category

‘The Opening of the Wallhalla’, de William Turner

No aniversário da morte e nos 250 anos do nascimento de Joseph Mallord William Turner [1775 – 1851], a obra The Opening of the Wallhalla de 1842, integrada na monumental exposição Turner 250, para visitar na Tate até Abril de 2026.
 

‘Le petit pierrot aux fleurs’, de Pablo Picasso

Na passagem do 52º aniversário da morte de Pablo Ruiz Picasso [Málaga, 25 Outubro 1881 – Mougins, 8 Abril 1973], o desenho ‘Le petit pierrot aux fleurs’, uma água-tinta impressa em cores assinada a lápis (por volta de 1960), pode ser visto até final da Primavera na exposição La Collection Nahmad. De Monet à Picasso, no Museu dos Impressionismos em Giverny, na Normandia.


‘San Francisco en oración ante el Crucificado’, de El Greco

De El Greco [Creta, 1541 – Toledo, 07 Abril 1614), a obra San Francisco en oración ante el Crucificado (cerca de 1585) pertence ao Museo de Bellas Artes de Bilbao, onde foi inaugurada no passado dia 1 deste mês de Abril a exposição a De Greco a Zuloaga, que abrange quatro séculos de arte espanhola.

Com obras de El Greco, José de Ribera, Francisco de Zurbarán, Bartolomé Esteban Murillo, Luis Paret, Francisco de Goya e Ignacio Zuloaga, para visitar até 25 de Setembro.


Marc Chagall, o poeta com asas de pintor

A definição de Henry Miller [1891-1980] adequa-se muito bem à expressão onírica do trabalho de Marc Chagall [1887-1985], que morreu no sul de França a 28 de Março, justamente há 40 anos.
Com cerca de 160 obras expostas, La Fundación Mapfre em Madrid dedicou-lhe em 2024 uma grande exposição intitulada ‘Chagall. Um grito de liberdade’, o que acrescentou um novo olhar à obra do artista de origem russa naturalizado francês, à luz de acontecimentos que testemunhou ao longo da primeira metade do século XX, desde duas guerras mundiais à discriminação devido às suas raízes judaicas.


“Solitude”, 1933 – Museu de Arte de Tel Aviv, doação do artista em 1953

Albert Marquet, o pintor da costa da Normandia

Nascido em Bordéus há precisamente 150 anos, Albert Marquet [1875-1947] foi discípulo de Gustave Moreau em Paris, onde conheceu Henri Matisse. Adepto do Fauvismo, movimento pictórico que emergiu em França no início do século XX, participou no Salon d’Automne de 1905 no Grand Palais des Beaux-Arts, em Paris, com Henri Manguin [1874-1949], Georges Rouault [1871-1958], Jules Flandrin [1871-1947] e Charles Camoin [1879-1965].
O Museu de Arte Moderna André-Malraux – Le Havre, dedicou-lhe em 2023 uma exposição com seis dezenas de trabalhos que produziu, a partir de 1906, durante as suas passagens por Trouville, Honfleur, Le Havre e Fécamp, atraído pelas águas e luz da região da Normandia.


Albert Marquet (1875-1947), Fête foraine au Havre, 1906, oil on canvas, 65 x 81 cm. Bordeaux, musée des beaux-arts. © Mairie de Bordeaux – musée des Beaux-Arts/Lysiane Gauthier

Albert MARQUET (1875-1947), Marée basse, port de Honfleur, 1911, oil on canvas, 65 x 81 cm. Private collection. © Courtoisie Thierry-Lannon et associés – Brest
Albert MARQUET (1875-1947), La Plage de Fécamp, 1906, oil on canvas, 50 x 61. . ©RMN-Grand Palais/ Philipp Bernard

“Lembrem-se de que não se pode cancelar a Primavera”

A frase, emprestada pelo título de um desenho de 2020 do pintor inglês David Hockney (n. Bradford, 1937), celebra o início da segunda estação do ano preferida e confirma o convite que a Fundação Louis Vuitton deixa para a excepcional Exposição David Hockney 25 (de 9 de Abril a 31 de Agosto de 2025). 

Esta grande retrospectiva, que abrange sete décadas de criação artística (1955-2025) e reúne mais de 400 obras, dá forma à maior exposição de sempre do pintor inglês (actualmente a residir na Normandia) e irá ocupar a totalidade das salas do edifício, um iceberg plantado no Jardin.


Mês de Março – ‘Cultivo dos campos’

Iluminura extraída do Livro de Horas ‘Les très riches heures du duc de Berry’, obra-prima do século XV criada pelos irmãos Limbourg (Paul, Herman e Johan). Destinado aos fiéis católicos leigos, este extraordinário livro de orações é fonte de riquíssima iconografia sobre o quotidiano no final da Idade Média. Será em breve exibido no Musée Condé, no Château de Chantilly, destaca o Financial Times.

Folio 3 verso – Calendário para o mês de Março: Trabalhos no campo
Pintura iniciada entre 1411 e 1416 pelos irmãos Paul, Herman e Johan Limbourg (castelo de Lusignan) e concluída por Barthélemy d’Eyck por volta de 1445

©Photo. R.M.N. / R.-G. OjŽda


Superior – A carruagem do Sol cruza o céu entre as constelações de Peixes e Carneiro.
Centro – O castelo de Lusignan, localizado em Poitou, foi reconquistado e reabilitado pelo Duque de Berry durante a Guerra dos Cem Anos. A torre Poitevine, encabeçada por um dragão alado, evoca a lenda de Mélusine, por quem o duque nutria afecto. Segundo a fada Mélusine, que construiu o castelo para o seu esposo, o Conde Raymondin, fê-lo prometer que não tentaria vê-la ao sábado – neste dia, a parte inferior do seu corpo assume a forma de uma serpente, sinal de fertilidade. Porém, num sábado, o senhor do castelo surpreendeu Mélusine tomando banho e ela escapou pela janela do castelo sob a forma de um dragão.
Inferior – Abaixo do Castelo de Lusignan, um pelourinho assinala uma encruzilhada na intersecção de quatro campos trabalhados de diferentes maneiras. Os camponeses aproveitam a Primavera para arar, semear, podar as  vinhas e pastorear ovelhas. Esta composição serve de regra para a maioria das pinturas de calendário: os dois primeiros planos são reservados para a descrição das obras e particularidades do mês, enquanto ao fundo se destaca a silhueta de um dos castelos ducais.


Guillaume de Machaut [ca. 1300-1377] – Moteto Diex, Biauté, Douceur, Nature, Virelai 19 
Album: Machaut: A Lover’s Death · The Orlando Consort · ℗ 2025 Hyperion Records

Gabriele Münter em Murnau

Com Gabriele Münter [19 Fevereiro 1877 – 19 Maio 1962], discípula e companheira de Wassily Kandinsky [1866-1944], o Museu Nacional Thyssen-Bornemisza continua a resgatar do esquecimento grandes artistas femininas do século XX, dedicando uma Exposição a esta figura central do expressionismo alemão, com mais de cem obras entre pintura, desenho, gravura e fotografia.
Da retrospectiva, que terminou na passada semana, fica a obra “As Escolas”, realizada no Verão de 1908 na cidade de Murnau, Baviera, período em que Münter se distanciou do estilo pós-impressionista e encontrou a sua própria linguagem.


‘A tocadora de alaúde’, de Orazio Gentileschi

Na passagem do aniversário da morte, neste dia 7 de Fevereiro em Londres, de Orazio Gentileschi [1563-1639], pintor maneirista natural de Pisa, na Toscana, pai da célebre Artemísia (1593 – por volta de 1656), também pintora a quem o Museu Jacquemart-André, um dos mais belos museus de Paris, dedica este ano uma exposição (a visitar em Maio), a obra A tocadora de alaúde, c. 1612/1620 – actualmente na National Gallery em Washington.

Sendo reconhecidamente um dos trabalhos mais famosos de Gentileschi, claramente sob influência de Caravaggio, com quem manteve uma relação de grande proximidade nos primeiros anos do século XVII, beneficia, se assim se pode dizer, de se identificar com o período inicial de Caravaggio, mais luminoso.

A jovem, sentada de costas, tem sobre a mesa um violino, uma flauta e um par de pautas de música; com a cabeça inclinada, ouve atentamente os acordes do alaúde. A combinação dos dois elementos sugere a representação da Harmonia…


‘Anunciação’, de Il Moretto da Brescia

Nos 470 anos sobre a morte de Alessandro Bonvicino [ca. 1495 – 1554], mais conhecido como Il Moretto da Brescia,  pintor italiano do Renascimento, activo em Bréscia, onde trabalhou com Lorenzo Lotto [1480-1556] e também em Veneza, onde terá estudado com Ticiano [ca. 1488 – 1576], fica a sua ‘Anunciação‘ de 1535-1540, que celebra o anúncio do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria de que seria a mãe de Jesus Cristo.
Esta obra pertence à Fundação dos Museus de Brescia, cidade onde Il Moretto morreu e que acolhe até Fevereiro de 2025 a exposição O Renascimento em Brescia. Moretto, Romanino, Savoldo 1512-1552.


Moretto - Anunciação