No dia em que passam 327 anos sobre o nascimento de George Frideric Handel [1685-1759], compositor alemão naturalizado britânico e cuja existência decorreu durante os séculos XVII e XVIII, sugiro a audição de Ombra mai fù, ária inicial da ópera Serse, apresentada pela primeira vez em Londres no ano de 1738, tendo como solista o contratenor Andreas Scholl, acompanhado pelo conjunto Akademie für Alte Musik de Berlim.
Bento de Espinosa, grande teórico do Racionalismo no século XVII, nasceu a 24 de Novembro de 1632 em Amesterdão e morreu neste dia 21 de Fevereiro, no ano de 1677, em A Haia. *
À Procura de Espinosa
Espinosa é pertinente para a neurobiologia apesar das suas reflexões sobre a mente humana não terem origem numa prática científica, mas sim numa preocupação geral com a condição humana. A preocupação suprema de Espinosa era a relação entre os seres humanos e a natureza. Espinosa tentou clarificar essa relação de forma a propor métodos eficazes para a salvação humana. Alguns desses métodos eram pessoais, sob o controlo do indivíduo, mas outros dependiam da ajuda que certas formas de organização social e política davam ao indivíduo. O pensamento de Espinosa descende do de Aristóteles, mas os alicerces biológicos são mais firmes, como seria de esperar. Espinosa parece ter entrevisto uma relação entre a felicidade pessoal e colectiva, por um lado, e a salvação humana e a estrutura do estado, por outro, muito antes de John Stuart Mill. Pelo menos no que diz respeito às consequências sociais do seu pensamento, Espinosa é hoje regularmente reconhecido.
Espinosa prescreveu o estado democrático ideal, marcado pela liberdade da palavra, «cada um pense o que quiser e diga o que pensa», pela separação prática do estado e da religião, e por um contrato social generoso que promovesse o bem estar dos cidadãos e a harmonia do governo. Espinosa prescreveu tudo isto mais de um século antes da Declaração da Independência Americana e da primeira emenda da Constituição Americana.
Quem é, então, este homem que pensava sobre a mente e corpo de um modo não só profundamente diferente da maior parte dos seus contemporâneos mas também notavelmente moderno? Quais as circunstâncias que produziram um espírito tão rebelde? Para tentar responder a estas perguntas precisamos de reflectir sobre ainda mais um Espinosa, o homem por detrás de três nomes próprios, Bento, Baruch, Benedictus, uma pessoa ao mesmo tempo corajosa e cautelosa, inflexível e acomodatícia, arrogante e modesta, admirável e irritante, próxima da matéria concreta e observável e, ao mesmo tempo, abertamente espiritual. Os sentimentos pessoais de Espinosa nunca são revelados directamente no estilo da sua prosa e apenas podem ser adivinhados, aqui e além, a partir de indícios esparsos.
Quase sem me dar conta, comecei à procura da pessoa por detrás da estranheza do trabalho. Queria apenas encontrar-me comEspinosa na minha imaginação, conversar um pouco, pedir-lhe para autografar a Ética. Escrever sobre a minha procura de Espinosa e sobre a história da sua vida passou a ser a terceira finalidade deste livro.
Espinosa nasceu na próspera cidade de Amesterdão em 1632, no meio da Idade de Ouro da Holanda. Nesse mesmo ano, perto da casa da família Espinosa, um jovem Rembrandt de 23 anos estava a pintar «A Lição de Anatomia do Doutor Tulp», o quadro que iniciou a sua fama.
O mecenas de Rembrandt, Constantijn Huygens, estadista e poeta, secretário do príncipe de Orange e amigo de John Done, acabava de ser pai de Christiaan Huygens, que viria a ser um dos mais celebrados astrónomos e físicos da história.
Descartes, o mais famoso filósofo desta era, tinha então 32 anos e vivia também em Amsterdão, no Prinsengraacht, e ao tempo preocupava-se com a forma como as suas ideias sobre a natureza humana seriam recebidas na Holanda e no resto da Europa. Poucos anos mais tarde, Descartes viria a ensinar álgebra ao jovem Christiaan Huygens. Sem qualquer dúvida, Espinosa veio ao mundo rodeado por uma pletora de riquezas, intelectuais e financeiras, um verdadeiro embaraço de riquezas, no dizer de Simon Schama.
Bento foi o nome que lhe foi dado quando nasceu pelos seus pais Miguel e Hana Debora, judeus sefarditas portugueses que se tinham instalado em Amesterdão. Na sinagoga e entre os amigos, Espinosa era conhecido por Baruch, o nome que sempre o acompanhou na meninice e na adolescência passadas nesta comunidade afluente de mercadores e estudiosos judeus. Mas aos 24 anos, depois de ter sido expulso da sua própria sinagoga, Espinosa adoptou o nome de Benedictus, abandonou o conforto da casa de família e começou a calma e deliberada jornada cuja última paragem foi aqui no Paviljoensgracht. O nome português é Bento, o nome hebreu Baruch e o nome Benedictus em latim têm precisamente o mesmo significado: bendito. Que diferença fazia, um nome ou outro? Uma imensa diferença, diria eu; as palavras podiam ser superficialmente equivalentes, mas o conceito por detrás de cada uma delas era radicalmente diferente.[…]
In Ao Encontro de Espinosa, As Emoções Sociais e a Neurologia do Sentir, de António Damásio
Jan Garbarek e as quatro vozes do Hilliard Ensemble (Davis James – contratenor , Gordon Jones – barítono, Rogers Covey-Crump e Steven Harrol – tenores), exploram há cerca de duas décadas os caminhos que combinam polifonias de diversas origens com o fraseado do saxofonista norueguês, vertidos em três obras de grande rigor: Officium (1993), Mnemosyne (1999), Garbarek e Officium Novum (2009).
Neste último trabalho, parcialmente inspirado na música arménia, são recuperadas as adaptações feitas há mais de um século por Komitas Vardapet (1868-1935) – [artigo no Guardian] – sobre os cânticos bizantinos e a tradição barda do Cáucaso.
Ov zamranali (Armenian traditional/ Komitas, Hilliard Ensemble/Jan Garbarek)
Surp (Armenian traditional / Komitas, Hilliard Ensemble/Jan Garbarek)
Na passagem do décimo quinto aniversário da morte do homem de ciência e poeta, destaco a homenagem que a Casa das Letras, dos ilustres Pedro Foyos e Maria Augusta Silva, presta à pessoa partida ao meio.
«A vida nunca me seduziu. Entre o viver e o morrer sempre preferi o morrer. Se não tivesse nascido, ninguém daria pela minha falta. Reconheço que estou a ser indelicado com todos aqueles que gostam de mim, mas peço-lhes que me desculpem.» (…) «O mundo é repugnante e a vida não tem sentido. É uma luta permanente e feroz em que cada um busca a satisfação dos seus interesses exactamente como outros seres vivos, animais ou plantas, que se atacam.»
João Salaviza recebeu o Urso de Ouro das mãos do realizador Dieter Kosslick
Rafa, de João Salaviza, ganhou a competição de curtas-metragens do festival de Berlim. O realizador português volta assim a ser distinguido num dos principais festivais de cinema europeus, depois de ter ganho a Palma de Ouro em Cannes, em 2009, com Arena.
João Salaviza considera Rafa como o terceiro capítulo de uma espécie de trilogia iniciada com Arena, em 2009, e continuada com Cerro Negro (encomenda do programa Próximo Futuro da Gulbenkian), no ano passado.
A nova curta-metragem do jovem realizador português, de 27 anos, conta a história de um adolescente que se aventura do interior da sua casa do subúrbio para visitar a mãe numa prisão de Lisboa. De repente, vê-se com um bebé nas mãos, angustiadamente adulto, avançou ao ípsilon.
Para o festival de Berlim, João Salaviza montou dois trechos de apresentação do filme, o segundo dos quais pode ser visto de seguida.
Miguel Gomes, o português que estava em competição nas longas-metragens, foi galardoado com o prémio Alfred Bauer, atribuído a um filme que abra novas perspectivas para o cinema. Este é o segundo prémio arrecadado em Berlim com Tabu, depois de ontem, sexta-feira, lhe ter sido atribuído o prémio Fipresci pela crítica internacional presente na capital alemã.
O realizador de Aquele Querido Mês de Agosto era dado como um dos favoritos para o Urso de Ouro, mas o principal galardão da Berlinale foi para Cesar Must Die, de Paolo e Vittorio Taviani (n. 1931 e 1929, respectivamente). É um novo prémio de monta no palmarés destes irmãos italianos, que em 1977 ganharam a Palma de Ouro de Cannes, com Padre Padrone e que, em 1986, foram distinguido com o Leão de Ouro, em Veneza, um prémio de carreira.
O Grande Prémio do Júri foi parar às mãos de Bence Flieghauf, que concorreu com Just the Wind. O alemão Christian Petzold foi escolhido como o melhor realizador da edição deste ano, porBarbara.
O júri das longas-metragens, presidido por Mike Leigh e composto ainda pelos realizadores Anton Corbijn, Asghar Farhadi, François Ozon, pelos actores Charlotte Gainsbourg, Jake Gyllenhaal e Barbara Sukowa e pelo escritor Boualem Sansal, começaram por atribuir uma menção especial a L’Enfant d’en Haut, de Ursula Meyer, e seguiram depois para os Ursos de Prata.
Mikkel Følsgaard (A Royall Affair) venceu o Urso para melhor actor e Rachel Mwanza (Rebel), o Urso para melhor actriz. O de melhor argumento foi para Rasmus Heisterberg e Bodil Steensen-Leth, o romancista que escreveu a narrativa original de Royal Affair. O Urso de Prata para contribuição artística foi para a direcção de fotografia de White Dear Plain, de Quan’an Wang.
Voltando à competição de curtas-metragens, o júri premiou ainda The Great Rabbit, do japonês Atsushi Wada, com o Urso de Prata. Licuri Surf, de Guille Martins, recebeu uma menção honrosa. Nas primeiras obras, foi Cowboy o principal vencedor, produção holandesa assinada por Boudewjin Koole.
Um dos pontos altos da mostra é o túmulo seiscentista de Fernão Telles de Menezes (1530–1605), com 6,5 metros de altura, que depois de ter sido redescoberto é pela primeira vez exposto ao público.
Ao Ciência Hoje, Fernando Pereira, comissário da exposição, explica que o túmulo “esteve instalado num arco aberto na capela-mor do que foi a igreja desse Noviciado e do Colégio dos Nobres e que foi depois transformada no Átrio da Escola Politécnica e hoje é o Átrio do Museu Nacional de História Natural e da Ciência. Com essa reconstrução, em meados do século XIX, o túmulo foi desmontado e colocado numa cavalariça do Picadeiro do Colégio dos Nobres que mais tarde foi transformada em casa de função, o que levou ao emparedamento do mesmo. Assim ficou dezenas de anos até que foi desentaipado em Abril de 2011 e agora restaurado e recolocado num lugar próximo da implantação original”.
Desde o início do século XVII que o local conhecido como Politécnica, onde hoje se encontra o Museu Nacional de História Natural e da Ciência, alberga ininterruptamente instituições de ensino, ciência e cultura.
A primeira instituição foi o Noviciado da Cotovia (1603-1759), cujo fundador foi Fernão Telles de Menezes, seguindo-se o Colégio dos Nobres (1761-1837), a Escola Politécnica (1837-1911) e a Faculdade de Ciências (1911-década de 1990).
A exposição que hoje inaugura para todos os públicos, desde nacionais a estrangeiros e em particular para os públicos escolares, “chama a atenção para a importância das sucessivas instituições de educação, ciência e cultura que habitaram no local e por onde passaram, ao longo de quatro séculos, grandes vultos da cultura e da ciência portuguesas”, refere Fernando Pereira.
Pontos altos da mostra
«Memórias da Politécnica – Quatro séculos de Educação, Ciência e Cultura» integra importantes obras artísticas, documentos históricos e originais de colecções científicas que se estendem do século XVII ao XX, como os quadros setecentistas «Panorama da Cidade de Lisboa antes do terramoto de 1755» e «Visão perspética de Goa», um raro frontal de altar sino-português do séc. XVIII, objectos do Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda, um raro telescópio de mesa setecentista, espécimes do Real Museu das Necessidades, uma carta manuscrita de Charles Darwin ao naturalista português Arruda Furtado e objectos queimados pelo grande incêndio da Faculdade de Ciências em 1978.
Uma das mais gratas recordações da primeira infância no Príncipe Real foi o dia em que, com o meu pai, fomos comprar uma telefonia a uma loja na Rua D. Pedro V, próxima da Igreja S. Pedro de Alcântara. Uma enorme quantidade de botões para carregar são o fascínio de qualquer criança, e cada um deles produzir um som diferente, então…!
Era a magia do éter a entranhar-se! Até hoje, Dia Mundial da Rádio, sendo que a única mudança na telefoniafoi o desaparecimento dos botões! 🙂
Fundação Calouste Gulbenkian | De 10 Fev 2012 a 30 Abr 2012 |
Curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith | Imagens de Márcia Lessa
Exposição dedicada a Fernando Pessoa e aos seus heterónimos, que pretende mostrar toda a multiplicidade da obra do grande poeta de língua portuguesa, conduzindo o visitante numa viagem sensorial pelo universo de Pessoa, para que leia, veja, sinta e ouça a materialidade das suas palavras. Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith, nesta exposição encontra-se um espaço repleto de poemas, textos, documentos, fotografias e pintura, onde se incluem raridades como a primeira edição do livro Mensagem, com uma dedicatória escrita pelo poeta.
Nascida de uma colaboração entre a Fundação Roberto Marinho (Brasil) e o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo, com o apoio da Fundação Gulbenkian, esta exposição foi inaugurada em São Paulo, em 2010, e apresentada no Rio de Janeiro em 2011. Em Lisboa, na Fundação Gulbenkian, a exposição assinala o Ano do Brasil em Portugal.
Fernando Pessoa, Plural como o Universo tem várias componentes. Um dos espaços é reservado à apresentação, em compartimentos delimitados, do ortónimo e dos quatro mais importantes heterónimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares. Noutra parte, encontra-se uma recolha de textos, cuja tónica é mostrar como puderam conviver, no espírito de Pessoa, os heterónimos, os escritos autointerpretativos e todos os outros projetos que o poeta ia desenvolvendo, num processo dinâmico e simultaneamente solitário. A exposição inclui ainda documentos inéditos, pinturas e alguns objetos nunca antes expostos em Portugal.
Os visitantes têm à sua disposição exemplares de toda a obra de Fernando Pessoa, em português e traduzidos para outras línguas, para que esta mostra possa também ser uma oportunidade para a leitura ou releitura, num espaço pouco usual, dos múltiplos e diferenciados escritos do poeta.
A componente multimédia da exposição é constituída por filmes, vozes e sons, poemas ditos e páginas de livros que, com um só toque do visitante se alternam e folheiam, fazendo uso das tecnologias atuais. O visitante pode escolher assim o seu próprio percurso perante a multiplicidade de escritos e registos existente.
“A fé é a substância de coisas esperadas e o argumento das que não aparecem; e isso parece-me ser a essência da fé.”
Dante Alighieri (1265-1321) – in Paraíso
“Foi ilustre, certamente, e cheio de humanidade, o desígnio daqueles que se esforçaram por proteger da inveja os feitos notáveis dos homens eminentes pela sua virtude e defender do esquecimento e da morte os nomes merecedores de imortalidade. Daí as imagens legadas à memória da posteridade, quer as esculpidas no mármore quer as forjadas no bronze; daí as estátuas erigidas, tanto as pedestres como as equestres; daí as colunas e as pirâmides, como diz o poeta, de custos astronómicos; daí, por fim, as cidades edificadas, distinguidas pelos nomes daqueles que a posteridade reconhecida julgou deverem ser confiados à eternidade. Tal é, com efeito, a condição do espírito humano, que, se não é continuamente solicitado pela representação das coisas que, do exterior, nele irrompem, toda a lembrança se escoa facilmente para fora dele.
Outros, porém, olhando a meios mais sólidos e duradouros, confiaram a celebração eterna dos grandes homens não à pedra e ao metal, mas ao cuidado das Musas e aos monumentos incorruptíveis das letras. Mas porque relembro eu estas coisas como se o engenho humano, afeito a estes domínios, não tivesse ousado ir mais além? Com efeito, olhando mais adiante e compreendendo perfeitamente que todos os monumentos humanos acabam por perecer sob a força do tempo e da velhice, concebeu símbolos mais incorruptíveis em relação aos quais o tempo voraz e a invejosa velhice não reivindicassem para si nenhum direito. E, assim, passando para os céus, inscreveu naqueles conhecidos orbes eternos dos astros mais brilhantes os nomes dos que, por seus feitos ilustres e quase divinos, foram julgados dignos de desfrutar com as estrelas de uma vida eterna.”
Galileu Galilei – Sidereus Nuncius ou “O Mensageiro das Estrelas” Edição da Fundação Calouste Gulbenkian – tradução de Henrique Leitão
Nascido neste dia 2 de Fevereiro no ano de 1502, o jovem Damião de Góis entrou para a Côrte em 1512 como pagem do Rei D. Manuel I, o Venturoso (1469-1521). Por via da sua ascendência flamenga por parte da mãe, D. João III (1502-1557) nomeou-o em 1523 Secretário da Feitoria Portuguesa de Antuérpia para a feitoria de Flandres, o que lhe proporcionaria inúmeras viagens durante cerca de duas décadas, período durante o qual teve oportunidade de conviver com vultos humanistas como Martinho Lutero, Erasmus e Alberto Dürer, autor do retrato que ilustra a composição musical de autoria desta importante personalidade do Renascimento em Portugal.
Entre 1534 e 1538 frequentou a Universidade de Pádua, onde teve contacto próximo com figuras da Igreja, como os cardeais Bembo e Sadoletto, tendo este último pedido a Damião de Góis que promovesse a reconciliação entre católicos e protestantes.
Apesar de ter recusado o lugar de tesoureiro da Casa da Índia, por insistência do Rei D. João III regressou a Portugal em 1545 para ocupar o cargo de guarda-mor da Torre do Tombo, em 1548. Dez anos mais tarde escreveu a Crónica do Felicíssimo Rei D. Manuel, completando assim o conjunto de obras dedicadas aos reis de Portugal, que tinha inciado com a Crónica do Príncipe D. João.
As críticas que teceu na sua historiografia erudita e ensaística a questões como a expulsão dos judeus, a matança dos cristãos-novos e a expansão portuguesa, valeram-lhe a instauração de um processo inquisitorial pelo Santo Ofício. Acabou por morrer em circunstâncias indefinidas, a 30 de Janeiro de 1574.
Além das já referidas crónicas, Damião de Góis escreveu ainda várias obras em latim, compiladas no volume Opuscula, tendo sido também músico e tradutor. Colecionador de espécies greco-romanas, musicólogo, diplomata e historiógrafo, Damião de Góis é uma das figuras mais proeminentes do Humanismo português pelo contacto que proporcionou entre Portugal e os grandes nomes da sua época.
Jos d'Almeida é um compositor de música electrónica épico sinfónica, podendo este género ser também designado como Electrónico Progressivo. Na construção de um som celestial, resultante da fusão de várias correntes musicais, JOS utiliza os sintetizadores desde o início dos anos 80.
Chuck van Zyl
Chuck van Zyl has been at his own unique style of electronic music since 1983. His musical sensibilities evoke a sense of discovery, with each endeavor marking a new frontier of sound.