Posts Tagged ‘ World Music ’

Ravi Shankar – The Master (II)

No oitavo aniversário da morte de Ravi Shankar [1920-2012], continuemos a honrar a sua memória ouvindo a sua música.
Em 2010, o nonagésimo aniversário do pai da world music mereceu por parte da Deutsche Grammophone uma edição especial, que reuniu em três discos as suas gravações na editora.

Improvisation On The Theme Of “Rokudan” é o tema de abertura do terceiro cd, com o título East Greets East, originalmente editado em 1978.


Susumu Miyashita, koto | Hozan Yamamoto, shakuhachi | Ravi Shankar, sitar

Colaborações de Al Di Meola

Al Di Meola, que neste dia 22 de Julho de 2019 completa 65 anos, foi em 1973 convidado pelo pianista Chick Corea para integrar o agrupamento Return to Forever, uma das bandas de jazz de fusão mais influentes na década de setenta, que contou, entre outros, com a colaboração de Stanley Clarke.
A par de “Friday Night in San Francisco” (1981) e “Passion, Grace & Fire” (1983), com Paco de Lucía e John McLaughlin, uma das mais frutuosas colaborações do extraordinário guitarrista é este “The Rite Of Strings”, com Stanley Clarke e Jean-Luc Ponty (1995).

Makan, de Driss El Maloumi

Concerto no Grande Auditório da Culturgest | 13 de Março, 21h30
Oud, Driss El Maloumi | Percussão, Saïd El Maloumi e Lahoucine Baquir

Driss El Maloumi, nascido em 1970 em Agadir, Marrocos, licenciou-se em literatura árabe, estudou filosofia da música, seguiu uma muito sólida formação musical clássica árabe e ocidental, recebendo vários prémios. Trabalhou intensivamente com Jordi Savall e o Ensemble Hesperion XXI e com Monserrat Figueras, colaborou em muitos álbuns de música antiga, tradicional ou clássica, e de jazz. […] O disco, que está na base do concerto desta noite, Makan (Viagem), foi entusiasticamente recebido pela crítica. Com razão, porque é de uma beleza que nos deixa felizes.

Citando alguns dos comentários feitos na imprensa da especialidade, “El Maloumi é daqueles músicos miraculosos que é indispensável ouvir, porque nos tornam melhores.” (Les Inrockuptibles). “Enraizado na tradição harmónica e ornamental do Oriente, o mestre de Agadir sintetiza as cores berberes, árabes ou andaluzas, cultivando as tonalidades que fazem a diferença (…). Saboreia-se a variedade e a modernidade dos modos de tocar. Assim como a subtileza de uma música que se revela menos na demonstração do virtuosismo, do que na elegância do som, a volubilidade do swing.” (Telerama). “Não há nenhuma necessidade de se ser iniciado na música clássica árabe para apreciar estes preciosos momentos de serenidade e de delicadeza.” (Mondomix). Via Culturgest.

Ainda o artigo “Driss El Maloumi leva a magia do Oud à Culturgest” de Nuno Pacheco, PUBLICO.

15º Festival de Música al-Mutamid – «Alturaz Al Andalusí»

Concerto no Auditório Municipal Fernando Lopes-Graça | 6 de Fevereiro, 21h30
«Alturaz Al Andalusí»
Mahmoud Fares, voz | Mohamed Babli, dança sufi | Salah Sabbagh, percussões | Abdessalam El Nayti, kanun e flauta
Este grupo sírio tem como diretor artístico o cantor Mahmoud Fares, especializado na música andalusí Inshad e al Tarab do estilo alepino (Alepo – Síria). Neste projeto, destacam-se também o maestro de percussões orientais, Salah Sabbagh, que domina as mais variadas percussões do mundo árabe, e o bailarino Mohamed Babli, que aprendeu o giro derviche (Maulawiya) com os grandes maestros da dança sufí de Alepo. O grupo conta ainda com Abdessalam El Nayti tocando kanun e flauta.
Este espetáculo faz parte do pioneiro festival al-Mutamid que tem como caraterísticas ser itinerante e ter uma programação fundamentalmente assente na música medieval das três culturas monoteístas do Mediterrâneo (medieval cristã, judaica-sefardita e muçulmana).
Refira-se que o certame é uma homenagem ao rei-poeta Al-Mutamid, nascido em Beja em 1040, governador de Silves antes de em 1069 suceder no trono ao seu pai como rei da taifa de Sevilha, território que à época se estendia do sul de Portugal até Gibraltar, terminando os seus dias em Aghmat, nos arredores de Marraquexe, chorando em poesia, essa com que exaltara a luxúria da juventude e o poder do seu reinado, o seu trágico destino. [Fonte da informação].

A embriaguês na poesia de Omar Khayyam

Alireza Ghorbani e Dorsaf Hamdani estiveram em 2012 na Gulbenkian para um encontro entre os cantos persa e árabe, centrado na obra poética de Omar Khayyam, astrónomo, filósofo e matemático iraniano do século XI.
Da edição 2014 de Músicas do Mundo, destaque óbvio para Christina Pluhar – L’Arpeggiata, com a presença especial de Mísia.

In Memoriam – Ravi Shankar [1920-2012]

Concerto for Sitar & Orchestra
Ravi Shankar, Sitar – André Previn, conductor – London Symphony Orchestra
“This is my first humble offering to be performed in the West, and I am proud and happy to be playing it with the LSO and André Previn. The listener will not find much of the harmony, counterpoint or sound patterns he is used to, and which form the basis of Western classical music. I have consciously avoided these, only using them minimally, because they are elements which, if emphasized, can spoil or even destroy the RAGA BHAVA (the mood and spirit of the Raga).
Modulation is not used in Indian classical music, but a musician may suddenly shift the tonic (the Sa) and in a flash suggest the pattern of a different Raga, before coming back to the originaltonic and Raga. This is a feat which gives a great thrill to connoisseurs and is known in Sanskrit as AVIRBHAVA-TIROBHAVA (appearance and disappearance). In the semi-classical form known as THUMRI, however, modulation is used quite frequently. I have made special use of this technique in Concerto. The basic Raga (first movement) is KHAMAJ, and D is established as the tonic (Sa). The second movement is in the morning Raga SINDHI BHAIRAVI. The tonic shifts to B. A few other notes are used occasionally as accidentals. The third movement is in the evening Raga ADANA, where the tonic shifted to E.
The last movement is in the evening Raga MANJ KHAMAJ, and the tonic moves back to D. Manj Khamaj is an offshoot of the Raga Khamaj of the first movement; it becomes different because of the change of stress, which is now on the 4th and 6th notes (Ma and Dha) instead of the 3rd and 5th.
The exact pattern of the ascending and descending note-sequence of the original KHAMAJ has not been used when modulating, but only the notes of the scale. The first movement (Khamaj) has been treated in more or less strict classical form with the traditional ALAP, JOR and GAT, and the third movement (Adana) is in fast KHYAL style. The beginnings of the second and fourth movements (Sindhi Bhairavi and Manj Khamaj) are written in the semi-classical form known as THURMI, which is more sensuous, romantic and sad.
I have used various TIHAIS and CHAKRADARS all along in my solo improvisations as well as when other instruments are involved. These rhythmic patterns are typical of Indian music, and are generally used at the end of a section to build up rhythmical excitement to the climax.
Due to the fact that my own sitar is tuned to C Sharp (Sa) which remains constant throughout, it has been necessary for me to adjust a second instrument for use in the Concerto, where the tonic shifts from D, to B, to E, and back to D. this means that I must play at a higher pitch than usual, and the adjustment is not only one of tuning, but also involves certain structural changes. ”
RAVI SHANKAR, 1971.

Diálogo entre Universos

Jan Garbarek e as quatro vozes do Hilliard Ensemble (Davis James – contratenor , Gordon Jones – barítono, Rogers Covey-Crump e Steven Harrol – tenores), exploram há cerca de duas décadas os caminhos que combinam polifonias de diversas origens com o fraseado do saxofonista norueguês, vertidos em três obras de grande rigor:
Officium (1993), Mnemosyne (1999), Garbarek e Officium Novum (2009).
Neste último trabalho, parcialmente inspirado na música arménia, são recuperadas as adaptações feitas há mais de um século por Komitas Vardapet (1868-1935) – [artigo no Guardian] – sobre os cânticos bizantinos e a tradição barda do Cáucaso.

Ov zamranali (Armenian traditional/ Komitas, Hilliard Ensemble/Jan Garbarek)
Surp (Armenian traditional / Komitas, Hilliard Ensemble/Jan Garbarek)
Hays hark (Armenian traditional/ Komitas, Hilliard Ensemble/Jan Garbarek)

Ravi Shankar – The Master

O nonagésimo aniversário do pai da world music, assinalado a 7 de Abril passado, mereceu por parte da Deutsche Grammophon uma edição especial, que reuniu em três discos as suas gravações na editora.

World Music

Na ressaca dos Óscares e rendido à evidência do fenómeno Slumdog que, entre outros, recebeu merecidamente o de melhor banda sonora, aqui ficam duas referências da boa música de influência indiana: Nitin Sawhney e Talvin Singh.

http://www.nitinsawhney.com/
http://www.myspace.com/nitinsawhney

 

http://www.myspace.com/talvinsinghofficial

%d bloggers gostam disto: