Archive for the ‘ Música ’ Category

Alonso Lobo: Versa est in luctum

Ainda que sem o reconhecimento atribuído a Tomás Luis de Victoria, o compatriota Alonso Lobo [1555 – 5 Abril 1617] foi tido em grande consideração na Península Ibérica durante a Renascença.


Álbum: From Spain To Eternity – The Sacred Polyphony Of El Greco’s Toledo
Ensemble Plus Ultra, 2014

Gaspar Sanz – “Instrução Musical na Guitarra Espanhola” (II)

Gaspar Sanz [4 Abril 1640 – 1710], compositor, violonista e organista do barroco espanhol, estudou música, teologia e filosofia na Universidade de Salamanca, onde mais tarde foi nomeado professor de música. Escreveu três livros sobre pedagogia e obras para violão barroco: em 1674 publicou Instrucción de música sobre la guitarra española y métodos de sus primeros rudimentos hasta tañerla con destreza, no ano seguinte Libro segundo, de cifras sobre la guitarra española e, finalmente em 1697, Libro tercero de música de cifras sobre la guitarra española.


Álbum: Instrucción de música sobre la guitarra española, 2020

José Miguel Moreno (violão clássico) dirige o Ensemble Orphénica Lyra

‘Novena principalis Constantiniana’, de Valentin Rathgeber

De Johann Valentin Rathgeber [3 Abril 1682 – 2 Junho 1750], monge beneditino, versátil compositor, organista e director de coro do Barroco Alemão, o Agnus Dei, extraído da missa Novena Principalis Constantiniana [1725], dedicada ao Príncipe Abade da Baviera Konstantin von Buttlar [1679-1726].


Álbum: Rathgeber: Missa St. Benedicti, 2010

 Monteverdi Ensemble Wurzburg · Matthias Beckert

‘Missa Nunca Fue Pena Mayor’, de Francisco de Peñalosa

Francisco de Peñalosa [Talavera de la Reina, c . 1470 – Sevilha, 1 Abril 1528], sacerdote e compositor espanhol do Renascimento, foi um dos mais dignos de admiração dentro da geração anterior a Cristóbal de Morales. Da obra de Peñalosa foram preservadas seis missas, duas dezenas de motetos, sete magnificats, três lamentações e uma dezena de composições seculares. Da Missa Nunca Fue Pena Mayor para quatro vozes, composta sobre obra homónima a partir do Cancionero de Palacio, fica o Sanctus.


Álbum: Francisco de Peñalosa: Missa Nunca Fue Pena Mayor, 2011

Ensemble Gilles Binchois · Les Sacqueboutiers · Dominique Vellard

Maria Callas em Lisboa

A presença de Maria Callas em Lisboa para protagonizar a ópera La Traviata, de Verdi, no Teatro Nacional de São Carlos, foi assinalada pelo Diário de Notícias na edição de 26 de Março de 1958. “Um vendaval trouxe-nos Maria Callas. Simpática e sorridente e sem incidentes”, podia ler-se no nosso jornal. Maria Callas subiu ao palco no papel de Violetta Valéry, a 27 de Março de 1958, acompanhada por um elenco que incluiu Alfredo Kraus, Mario Seremi, Laura Zanini, Piero de Palma, Vito Susca, Alessandro Maddalena, e os portugueses Maria Cristina de Castro, no papel de Annina, Álvaro Malta, como barão Douphoi, e Manuel Leitão, como mensageiro. A direção musical da ópera foi do maestro Franco Ghione.
La Traviata foi das óperas que Callas mais interpretou. Só no período de 1951 a 1958, protagonizou-a mais de 60 vezes, em teatros de Roma, Florença, Parma, em Itália, São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil, Chicago, Nova Iorque e Dallas, nos Estados Unidos, ou na Cidade do México. A encenação que o cineasta Luchino Visconti fez desta ópera, para a temporada de 1955-56 do Alla Scala, de Milão, dirigida por Carlo Maria Giullini, é apontada como uma das suas mais notáveis interpretações de Violetta Valéry. Todavia, quando a protagonizou em Lisboa, a soprano nova-iorquina de origem grega sentir-se-ia muito próxima da personagem.


‘Palle, palle’, de Heinrich Isaac

De Heinrich Isaac [c.1450 – 26 Março 1517], compositor franco-flamengo do período renascentista a quem o Musica Aeterna dedicou um programa em 2017 para assinalar a efeméride dos 500 anos da morte, o moteto sem texto Palle, palle – do período em que Isaac esteve em Florença ao serviço de Lorenzo de’ Medici, “Il Magnifico”.


Álbum: Henricus Isaac, 2017 · Jordi Savall · Hespèrion XXI
Fanfare des Médicis : Palle, palle (instrumental)

‘Miserere mei Deus’, de Johann Adolph Hasse

De Johann Adolph Hasse [baptizado em 25 Março 1699 – 16 Dezembro 1783], influente compositor alemão do período barroco tardio, cuja fama em vida foi amplamente baseada nas suas óperas ao estilo italiano, a abertura do Miserere mei Deus, extraída do Miserere, versão musicada do Salmo 50.


Álbum: Hasse: Requiem, 2008
Miserere In E Minor: I. Miserere mei Deus · Ensemble Il Fondamento, Paul Dombrecht

Canções sagradas de Samuel Scheidt

Samuel Scheidt [1587 – 24 Março 1654] foi organista e um dos compositores alemães mais importantes do século XVII. Com Heinrich Schütz [1585 – 1672] e Johann Hermann Schein [1586 – 1630], Scheidt integrou o trio que moldou uma nova identidade musical durante o início do barroco alemão.

Das Cantiones sacrae publicadas em 1620, Christo, dem Osterlämmlein SSWV 551-552 e Ich bin die Auferstehung SSWV 547 fazem parte de um conjunto de mais de cem canções sagradas para cinco vozes no estilo madrigal.



Álbum: Scheidt: The Great Sacred Concertos, 2007
La Capella Ducale · Musica Fiata · Musica Fiata · Roland Wilson



‘A História da Ressurreição de Cristo’, de Thomas Selle

De Thomas Selle [23 Março 1599 – 2 Julho 1663], docente e compositor do início do barroco alemão, que foi director musical das quatro principais igrejas da cidade de Hamburgo – em cuja Biblioteca Universitária está depositado o seu legado musical sob o título Opera Omnia –, o concerto sagrado Die Aufferstehung Christi: Historia der Auferstehung, a partir de textos da Bíblia.


Álbum: Selle, T.: Auferstehung Christi (Die) (Historia – Sacred Concertos and Motets for Easter), 2009
Ensemble Weser-Renaissance Bremen · Wolf Matthias Friedrich, barítono · Manfred Cordes, direcção musical

Dia Europeu da Música Antiga e de J.S.Bach

No início da Primavera, a REMA (Réseau Européen de Musique Ancienne / European Early Music Network) e a EBU (União Europeia de Radiodifusão) organizam desde 2013 o Dia Europeu da Música Antiga com a realização de concertos em diversos países. Simultaneamente, assinala-se o aniversário do nascimento de Johann Sebastian Bach [21 Março 1685 – 28 Julho 1750].


Álbum: Bach: ‘Meins Lebens Licht’ – Cantatas BWV 45-198 & Motet BWV 118, 2021
Collegium Vocale Gent, direcção de Philippe Herreweghe