Archive for the ‘ Efeméride ’ Category

‘The Opening of the Wallhalla’, de William Turner

No aniversário da morte e nos 250 anos do nascimento de Joseph Mallord William Turner [1775 – 1851], a obra The Opening of the Wallhalla de 1842, integrada na monumental exposição Turner 250, para visitar na Tate até Abril de 2026.
 

‘Heaven and Hell’, de Vangelis – 50º aniversário

Saído do laboratório de Vangelis [1943-2022] em Novembro de 1975, Heaven and Hell é um álbum conceptual, subordinado ao tema da dualidade entre os elementos céu e terra; filosoficamente, representa a viagem cósmica onde a ligação entre o espiritual e o material  são uma jornada para a transcendência.

A santíssima trindade do deus da música electrónica, prosaicamente conhecida como trilogia, definiu-se com Albedo 0.39 no ano seguinte e com Spiral, dois anos mais tarde. 

Simbolicamente, ficam uma entrevista que teve lugar no seu estúdio em 1979 e um artigo de John Diliberto em que tropecei esta manhã.


100 anos de Robert Rauschenberg

No centenário do nascimento do pintor e artista gráfico norte-americano Robert Rauschenberg  [22 Outubro 1925 – 12 Maio 2008], precursor de diversos movimentos artísticos que emergiram no pós-guerra, como o Expressionismo Abstracto, fica a obra Able Was I Ere I Saw Elba (1985), que integra uma série de trabalhos em que Rauschenberg utilizou uma técnica de colagem de imagens em cerâmica japonesa.


‘Mulligan Meets Monk’

Mulligan Meets Monk, álbum de estúdio gravado em Agosto de 1957 para a Riverside, resulta de uma parceria improvável entre o saxofonista barítono Gerry Mulligan [6 Abril 1927 – 20 Janeiro 1996] e o pianista Thelonious Monk [10 Outubro 1917 – 17 Fevereiro 1982], que não era um rapaz muito dado a partilhar protagonismo com outros músicos.
De facto, a única composição de Mulligan é Decidedly, que abre o Lado B do LP original.

Fica a ligação do YouTube para o álbum “Mulligan Meets Monk (Remastered 2025 / Mono Mix)“, um lançamento recente da Concord.


Ao longo do rio durante o Festival Qingming

O Festival Qing Ming, ou Ching Ming, tem lugar, um pouco por toda a Ásia, no décimo quinto dia após o equinócio da Primavera. Neste dia, também conhecido como o Dia Chinês da Memória, dedicado a honrar os mortos, as famílias visitam, limpam e decoram os túmulos com oferendas.

Ao longo do rio durante o festival Qingming, é uma pintura panorâmica atribuída ao artista Zhang Zeduan  [1085–1145], concebida como um pergaminho em rolo que vai sendo desenrolado da direita para a esquerda.

O seu conteúdo revela, de forma artística, o estilo de vida e o quotidiano dos vários estratos sociais e a actividade económica nas zonas urbanas e rurais do período Song (séc. X ao séc. XIII) e celebra o espírito festivo com cenas de rua durante o Festival Qingming, por oposição aos aspectos cerimoniais do feriado, que em 2025 se celebra a 4 de Abril.


Ao longo do rio durante o Festival Qingming

Detalhes

‘Reconstrução da música’ de Johann Sebastian Bach

2025 é um ano singular para celebrar a música de Johann Sebastian Bach [1685-1750]. Neste dia 21 de Março – Dia Europeu da Música Antiga -, assinalam-se os 340 anos do seu nascimento e em 28 Julho os 275 da morte. O agrupamento belga Les Musffatti – cujo nome alude ao compositor Georg Muffat (1653-1704) -, lançou em 2019 o CD  Bach – Concertos para Órgão e Cordas, tendo o organista Bart Jacobs como solista.

Concerto em Ré menor, segundo BWV 146, BWV 188 e BWV 1052
A base da reconstrução é a versão perdida do concerto para violino em Ré menor. A primeira adaptação sobrevivente desta obra é o concerto para cravo BWV 1052a, pela mão de C.P.E.Bach. Mais tarde, J.S.Bach reformulou o primeiro e segundo andamentos na sinfonia e coral para BWV 146, e o terceiro andamento na sinfonia para BWV 188; ambas são tocadas para órgão ‘obbligato’. Apenas os compassos finais desta última sinfonia sobreviveram, mas foram incluídos na reconstrução. A forma final remete para o concerto para cravo BWV 1052, escrito por J.S.Bach. (A partir do Booklet do cd.)




‘Shhh / Peaceful’, de Miles Davis

Do álbum de estúdio ‘In a Silent Way’ de Miles Davis, gravado numa única sessão nos estúdios da CBS em 18 Fevereiro 1969, a composição Shh / Peaceful, escrita por Miles, preenche o lado A do disco. A fusão resultante da introdução de instrumentos elétricos foi a antecâmara de Bitches Brew (1970). 


Miles Davis (tpt); Wayne Shorter (ss); John McLaughlin (el-g); Herbie Hancock (el-p);
Chick Corea (el-p); Joe Zawinul (org); Dave Holland (b); Tony Williams (d)

‘Free for All’, de Art Blakey

O colectivo Jazz Messengers, liderado durante mais de três décadas por Art Blakey [1919-1990], teve um dos momentos altos da sua existência quando, em 10 de Fevereiro de 1964, entrou nos estúdios Van Gelder para gravar ‘Free for All’. O álbum seria lançado no ano seguinte pela Blue Note. Fica a extraordinária faixa-título, de Wayne Shorter [1933-2023]


Art Blakey, bateria | Freddie Hubbard, trompete | Curtis Fuller, trombone
Wayne Shorter, saxofone tenor | Cedar Walton, piano | Reggie Workman, baixo

“I Want to Talk About You”, de John Coltrane

O lendário saxofonista norte-americano John Coltrane reuniu, neste 7 de Fevereiro em 1958 nos estúdios de Rudy Van Gelder, uma tropa de elite que incluía Paul Chambers no contrabaixo, Art Taylor na bateria e Red Garland ao piano, para gravar Soultrane, apenas três dias após a primeira sessão que Miles Davis gravou para o álbum Milestones, no mesmo estúdio em Nova Jérsia, Nova Iorque.
Fica a leitura do standard de Billy Eckstine [1914-1993] “I Want to Talk About You”, tema que Coltrane revisitaria em 1964 no álbum Live at Birdland.


‘E.S.P.’ de Miles Davis (II)

Do álbum E.S.P. de Miles Davis, gravado entre 20 e 22 de Janeiro de 1965, a composição Iris, atribuída a Wayne Shorter, foi gravada neste dia 22 de Janeiro, há 60 anos.


Miles Davis (tpt); Wayne Shorter (st); Herbie Hancock (p); Ron Carter (b); Tony Williams (b)