Nos 310 anos sobre o nascimento de Carl Philipp, o segundo filho de Johann Sebastian Bach, o primeiro andamento da Sonata nº 3 em Mi menor, H. 33 – Allegro, pela mão do virtuoso pianista Keith Jarrett. O álbum foi lançado no Verão de 2023.
Keith Jarrett’s account of Carl Philipp Emanuel Bach’s Württemberg Sonatas is a revelation. “I’d heard the sonatas played by harpsichordists, and felt there was room for a piano version,” says Jarrett today. This outstanding recording, made in 1994 and previously unreleased, finds the pianist attuned to the expressive implications of the sonatas in every moment. The younger Bach’s idiosyncrasies: the gentle playfulness of the music, the fondness for subtle and sudden tempo shifts, the extraordinary, rippling invention…all of this is wonderfully delivered. The fluidity of the whole performance has a quality that perhaps could be conveyed only by an artist of great improvisational skills. In Jarrett’s hands, CPE’s exploration of new compositional forms retains the freshness of discovery. Recorded at Keith Jarrett’s Cavelight Studio in May 1994, the album includes liner notes by Paul Griffiths. Via ECM.
Gravado ao vivo na Ópera de Colónia, na Alemanha, a 24 de Janeiro de 1975, o concerto de piano solo de Keith Jarrett é um marco nos discos de jazz gravados ao vivo.
A caminho das 80 primaveras e depois da terrível perda da capacidade de tocar, o mundo não voltará a ouvir ao vivo um dos pianistas mais influentes das nossas vidas. Além da efeméride, a homenagem através da emissão do Jazz a 2 inteiramente dedicada a este sublime álbum.
Um dos momentos mais brilhantes no jazz português recente foi a edição do disco de estreia do quarteto de Ricardo Toscano. Nessa gravação, editada pela imparável Clean Feed, ouvíamos não apenas o fervilhante líder saxofonista, em notável forma, mas também os seus acompanhantes, três jovens músicos que se exibiam a um nível muito alto. Um dos membros desse aplaudido quarteto é o pianista João Pedro Coelho. Nascido em 1993, é licenciado em jazz pela Universidade Lusíada e pelo Conservatório de Amesterdão e tem acompanhado músicos e projectos como Elas e o Jazz, Nelson Cascais, André Fernandes, Afonso Pais, João Espadinha e Marta Garrett (no duo Canções da Ilha Deserta) e integra o Trio de Jazz de Loulé. Coelho apresenta neste seu registo de estreia como líder um conjunto de 11 composições originais, interpretadas em trio. O pianista surpreende ao não se fazer acompanhar por talentos emergentes da sua geração. Escolheu trabalhar com dois músicos veteranos da cena nacional: o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista André Sousa Machado. Começou por escreveu as composições num processo solitário ao piano e o trio desenvolveu e transformou a música num processo colectivo, durante uma residência artística em Valença, tendo depois seguido para estúdio gravar em Novembro de 2021). Sendo que o quarteto de Toscano evoluiu sobre a herança coltraneana (e eram lendárias as sessões do grupo a interpretar A Love Supreme), o pianista cresceu com a necessidade de criar estruturas sólidas e fortes, do mesmo modo que McCoy Tyner fazia um som cheio para Coltrane. Mas, neste disco, João Pedro Coelho mostra não se acomodar como simples herdeiro/sucedâneo do “real McCoy”, vai às suas origens e revela os (muitos) mundos que o rodeiam e inspiram. Desde logo, será impossível que qualquer pianista ligado ao jazz em Portugal não carregue a herança de três mestres: Bernardo Sassetti, Mário Laginha e João Paulo Esteves da Silva.
Do multi-instrumentista norte-americano Jaki Byard [1922-1995], nascido neste dia 15 de Junho precisamente há 100 anos, ‘Searchlight’ – a terceira composição do álbum ‘Out Front!’, gravado em Maio de 1964 e editado pela Prestige Records no ano seguinte. Como side-man, Jaki Byard colaborou com Charles Mingus durante toda a década de sessenta.
Músicos: Jaki Byard – piano, saxofone alto; Richard Williams – trompete; Bob Cranshaw – baixo; Walter Perkins – bateria.
No RTP Arquivosestá disponível um documentário produzido para assinalar o primeiro centenário do nascimento de Vianna da Motta, com introdução do musicólogo e seu discípulo João de Freitas Branco.
José Vianna da Motta – Peça de Fantasia em Mi Maior, OP.2 | António Rosado, piano
Nascida em Aix-en-Provence, Hélène Grimaud iniciou os seus estudos musicais no Conservatório da sua cidade natal, prosseguindo-os depois em Marselha, com Pierre Barbizet. Aos doze anos de idade foi admitida no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, onde estudou com Jacques Rouvier, Gyorgy Sandor e Leon Fleischer.
O ano de 1987 foi decisivo na carreira de Hélène Grimaud após a sua apresentação no MIDEM em Cannes. A sua actuação neste evento levou Daniel Barenboim a recomendá-la para tocar com a Orquestra de Paris, seguindo-se uma série de concertos, incluindo a sua estreia no Festival de Piano de La Roque d’Anthéron e um recital em Tóquio.
Desde então, Hélène Grimaud apresenta-se regularmente nos principais centros musicais internacionais com importantes orquestras, incluindo a Filarmónica de Berlim, a Philharmonia Orchestra, a Orquestra do Tonhalle de Zurique, a Filarmónica de São Petersburgo e a Sinfónica da NHK. Actua também regularmente com as principais orquestras dos Estados Unidos da América, incluindo as Filarmónicas de Los Angeles e Nova Iorque, a Orquestra de Filadélfia e as Sinfónicas de São Francisco e Boston. Desde o início da sua carreira, colabora com maestros de craveira internacional.
Em 2002, Hélène Grimaud assinou um contrato de exclusividade com a Deutsche Grammophon, tendo sido lançado recentemente o CD “Reflection” , que inclui obras de Brahms e de Robert e Clara Schumann. As suas anteriores gravações para a DG incluem o disco “Credo” (obras orquestrais e a solo de Beethoven e Pärt), um recital Chopin / Rachmaninov e o Concerto para Piano Nº. 3 de Bartók, com a Orquestra Sinfónica de Londres e o maestro Pierre Boulez. Realizou a sua primeira gravação aos quinze anos de idade, incluindo o seu catálogo anterior obras de Liszt, Ravel, R. Strauss, Rachmaninov, e Gershwin.
Hélène Grimaud recebeu numerosos prémios, tendo sido também reconhecida no seu país, onde foi distinguida com o grau de Oficial da Ordem das Artes e das Letras do Ministério da Cultura de França, em 2002. Mais recentemente, recebeu o prémio“Victoire d’honnuer” nos Victoires de La Musique de 2004.
Hélène Grimaud é autora de dois livros, Variations Sauvages e Leçons Particulières, ambos publicados pelas Editions Robert Laffont. Variations Sauvages foi já traduzido para várias línguas. Ambos os livros obtiveram sucesso em França, figurando nas listas dos mais vendidos.
Em 1999, Hélène Grimaud fundou o Wolf Conservation Center, uma causa que continua a defender. Mais recentemente deu o seu apoio a várias organizações de solidariedade e defesa dos direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional, a International Camp Villa Sans Souci e o Worldwide Fund. Via.
Maurizio Pollini é um dos grandes pianistas do nosso tempo, a par de nomes como Vladimir Horowitz, Alfred Brendel, Emil Gilels, Sviatoslav Richter, Arthur Rubinstein e Claudio Arrau, o jovem Krystian Zimerman, Vladimir Ashkenazy, Glenn Gould, entre outros..
Hoje, para quem conseguiu bilhetes(!) dá um grande recital no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em que interpreta Chopin – Nocturnos e Sonata nº 2.
A superior visão, ao transpôr para o século XX com uma fidelidade transcendente nas suas interpretações, por exemplo das 32 Sonatas para Piano de Beethoven, fazem de Pollini – mais do que um intérprete, um virtuoso, no rigor com que toca as notas que Beethoven, Chopin e Schuman escreveram, e que iam para além do seu tempo e dos instrumentos que possuiam na altura.
Aprecio em particular as interpretações de Beethoven: Piano Sonata no.17 in D minor, op 31 no.2, The Tempest e Piano Sonata nº 21 in C major, op.53Waldstein; Schuman: Fantasia in C major, op.17 e Arabeske, op.18; E o magnifico Concerto for Piano and Orchestra in A minor, op.54
A única gravação que fez do Piano Concerto K.488 in A major de Mozart, com Karl Böhm e a Vienna Philharmonic em 1976, foi uma espécie de milagre, segundo Pollini.
Jos d'Almeida é um compositor de música electrónica épico sinfónica, podendo este género ser também designado como Electrónico Progressivo. Na construção de um som celestial, resultante da fusão de várias correntes musicais, JOS utiliza os sintetizadores desde o início dos anos 80.
Chuck van Zyl
Chuck van Zyl has been at his own unique style of electronic music since 1983. His musical sensibilities evoke a sense of discovery, with each endeavor marking a new frontier of sound.