Archive for the ‘ Museus ’ Category

Museu da Paisagem

É um projecto digital, disponível aqui, e surge “no contexto de uma sensibilização e educação para uma cidadania paisagística”, como ali se lê, e é, sobretudo, ponto de partida para desafios que podem levar o “visitante” a conhecer os espaços de que se fala. O Museu da Paisagem, que surgiu no âmbito de um projecto de investigação da Escola Superior de Comunicação Social do Politécnico de Lisboa desenvolvido desde 2017, “abre” agora a sua relação com a comunidade propondo três exposições, uma série de roteiros (que vão do troço ferroviário entre Abrantes e Vila Nova da Barquinha às Termas de Água Radium, na freguesia da Sortelha, entre outras opções) e um universo de pesquisa complementar que passa por livros sugeridos, a escuta dos podcasts “Território Tejo” ou a visualização dos episódios da série Filmar a Paisagem.

Monte dos Alares | | © Museu da Paisagem

A exposição Sons e Matérias da Paisagem sugere uma experiência interactiva que permite combinar imagens e observar montagens visuais, que mergulham, inclusivamente com sons, por paisagens do Tejo, juntando fotografias de Duarte Belo e um trabalho de sonoplastia de Magnus Robb, um músico que, desde os anos 90, tem gravado sons do canto de aves. Mapas de palavras: itinerários temáticos no território Tejo apresenta uma série de percursos de descoberta pelo território da bacia do Tejo “em busca de uma cartografia temática”. A partir “das viagens e caminhadas do trabalho de campo, realizadas nesta bacia hidrográfica, foram surgindo temas recorrentes” que são agora agrupados em imagens, devidamente acompanhadas por textos.

Ribeira de Alpreade | © Olhares.com

A terceira exposição que actualmente encontramos no Museu da Paisagem, O Que Há Neste Lugar?, convida o visitante a ser explorador. Sugere, por isso, um “guia de exploração da paisagem que pretende cultivar a literacia e a cidadania paisagística nos públicos mais jovens, contribuindo para o desenvolvimento de atitudes de curiosidade, encanto, cuidado e responsabilidade”. O museu tem ainda um serviço educativo com visitas guiadas, conferências, ciclos documentais, exposições, oficinas e workshops, cuja agenda ali podemos consultar.

Texto de Nuno Galopim, Expresso de 1 Junho 2019

‘Purificación del botín de las vírgenes madianitas’, de Tintoretto

Na passagem dos 425 anos da morte de Jacopo Tintoretto [1518-1594], a obra ‘Purificación del botín de las vírgenes madianitas’, do último quartel do século XVI, veio a constituir a cena central de um conjunto de outras seis obras que Velazquez trouxera de Veneza para Madrid: Susana y los viejos, Esther ante Asuero, Judith y Holofernes, La reina de Saba ante Salomón, José y la mujer de Putifar e Moisés salvado de las aguas.

Ésta era la escena central del techo de la cámara nupcial pintada por Tintoretto en Venecia y posteriormente traída a España por Velázquez para decorar una pieza del Alcázar de Madrid. A su alrededor se distribuían seis escenas más, destacando entre ellas Susana y los viejos y José y la mujer de Putifar. En todas ellas aparece reflejada una relación, positiva o negativa, entre los dos sexos. Algunas de las 16.000 jóvenes vírgenes cogidas como botín en la victoria judía sobre los madianitas aparecen en primer plano, mientras al fondo Moisés escucha el mandato divino de purificar a 32 de esas vírgenes para dedicarlas al Señor. Como en sus escenas compañeras, resulta curiosa la perspectiva empleada, que lógicamente viene motivada por su situación en un techo. La composición, escalonada a través de diagonales, es muy utilizada por Tintoretto debido a la influencia del Manierismo, igual que los escorzos de las figuras que caracterizan toda su obra. El maestro demuestra su facilidad para realizar la anatomía femenina desnuda -de gran belleza- así como la riqueza de las telas y utensilios que aparecen distribuidos por el lienzo -los cacharros de cobre o los cestos de mimbre-. El colorido empleado es muy vivo, preferentemente los azules, rojos y naranjas. La luz elegida es algo dorada, posiblemente por la aparición del fondo, mientras que la pincelada es rápida y alegre, como tanto gustaba al maestro. Via.

‘The Loge’, de Mary Cassatt

Mary Stevenson Cassat [22 Maio 1844 – 14 Junho 1926] estudou na Pennsylvania Academy of Fine Arts em Filadélfia entre 1861 e 1865. Em 1868, expôs pela primeira vez no Salon de Paris, onde viria a conhecer Edgar Degas, com quem cultivou amizade e cuja influência foi decisiva para se afirmar no movimento impressionista. Em 1910 tornou-se membro da National Academy of Design, em Nova Iorque.

Mary Cassatt – The Loge, c. 1878-1880
Chester Dale Collection – National Gallery of Art, Washington

 

A cultivated woman, Mary Cassatt was at home at the theater and opera. In The Loge she depicts two elegantly dressed young women who sit primly in their theater box absorbed in the performance below. The figures are shown close-up, suggesting that we share both their vantage point and their experience of the performance. Reflected in a large mirror behind them, a glittering chandelier illuminates the tiers of gilded balconies that curve majestically around the auditorium. Aware that they are on view from the other boxes, the young women appear slightly self-conscious. One young woman retreats behind her fan. The other clutches her bouquet; her carefully neutral expression establishes a discreet emotional distance.

Cassatt was as attentive to the formal qualities of composition as to the individualization of the figures. Here the sweeping lines of the balconies in the background and the spread of the open fan establish the pattern for this carefully organized composition. The curves are echoed in the black neck ribbon, the rounded shoulders, the arc of the bouquet, and the crystal chandelier. Eliminating details with loose brushwork and softly merging colors, Cassatt suggested rather than defined such elements as the flowers on the fan and the distant audience. Elsewhere, in the arms for example, she emphasized form by allowing the brushstrokes to follow contours and, at times, by using pure line to emphasize a particular shape. The resulting image is, at once, solid and evanescent.

‘Melencolia I’, de Albrecht Dürer

Albrecht Dürer [21 May 1471 – 6 April 1528] – ‘Melencolia I’, 1514

Dürer’s Melencolia I is one of three large prints of 1513 and 1514 known as his Meisterstiche (master engravings). The other two are Knight, Death, and the Devil and Saint Jerome in His Study. The three are in no way a series, but they do correspond to the three kinds of virtue in medieval scholasticism moral, theological, and intellectual and they embody the complexity of Dürer’s thought and that of his age.

Melencolia I is a depiction of the intellectual situation of the artist and is thus, by extension, a spiritual self-portrait of Dürer. In medieval philosophy each individual was thought to be dominated by one of the four humors; melancholy, associated with glack gall, was the least desirable of the four, and melancholics were considered the most likely to succumb to insanity. Renaissance thought, however, also linked melancholy with creative genius; thus, at the same time that this idea changed the status of this humor, it made the self-conscious artist aware that his gift came with terrible risks.

The winged personification of Melancholy, seated dejectedly with her head reasting on her hand, holds a caliper and is surrounded by other tools associated with geometry, the one of the seven liberal arts that underlies artistic creation and the one through which Dürer, probably more than most artists, hoped to approach perfection in his own work. An influential treatise, the De Occulta Philosophia of Cornelius Agrippa of Nettesheim, almost certainly known to Dürer, probably holds the explanation for the number I in the title: creativity in the arts was the realm of the imagination, considered the first and lowest in the hierarchy of the three categories of genius. The next was the realm of reason, and the highest the realm of spirit. It is ironic that this image of the artist paralyzed and powerless exemplifies Dürer’s own artistic power at its superlative height. Via.

 

‘Le Verre d’Absinthe’, de Georges Braque

Esta pequena e requintada obra foi produzida durante o período em que Georges Braque [13 Mai 1882 – 31 Ago 1963] e Pablo Picasso partilharam um estúdio em Ceret, na região francesa da Occitânia.
Pintado um ano antes de Braque introduzir um género de colagem – o papier collé -, Le verre d’absinthe assinala um momento-chave do cubismo analítico.

Georges Braque [13 May 1882 – 31 Aug 1963] – ‘Glass of absinthe’, 1911
Art Gallery of NSW, Sydney

‘Un huerto bajo la iglesia de Bihorel’, de Paul Gauguin

Gauguin se trasladó a Rouen junto con su mujer y cuatro de sus cinco hijos en el mes de enero del año 1884. Después de haber dejado su trabajo en la bolsa de París, tomó la trascendental decisión de dedicarse por completo a la pintura. Durante su época relativamente próspera de París adquirió una magnífica colección de cuadros de arte «moderno», entre los que figuraban obras de Manet, Degas, Monet, Sisley, Renoir y especialmente de Cézanne, Guillaumin y Pissarro. Como contrapartida, fue invitado a participar junto con los impresionistas en las exposiciones que celebraron entre los años 1879 y 1882. Pissarro fue consejero y guía de Gauguin en sus primeros pasos: los dos amigos pintaban juntos a menudo y cuando estaban separados se escribían con regularidad. Nuestro conocimiento sobre la estancia de Gauguin en Rouen desde enero a noviembre de 1884 se basa sobre todo en las cartas que el pintor dirigió a Pissarro.

Paul Gauguin [ 7 Jun 1848 – 8 Mai 1903] – ‘Un huerto bajo la iglesia de Bihorel’, 1884

La zona de la ciudad de Ruán donde vivió Gauguin fue destruida durante la Segunda Guerra Mundial. Un huerto bajo la iglesia de Bihorel es uno de los tres lienzos que muestra lo que debió de haber sido el huerto de la casa que el pintor alquiló y en el que aparecen sus hijos jugando. Sobre ellos, en lo alto de una empinada colina, vemos la iglesia de Notre-Dame-des-Anges.

No es una pintura grande; pero, a decir verdad, pocos de los aproximadamente treinta cuadros que Gauguin pintó durante su estancia en Ruán lo fueron. Estilísticamente la imagen que se representa recuerda el huerto cerrado del jardín que Pissarro pintó en los cuadros de su etapa en Pontoise y que Gauguin debió conocer muy bien. Pero Gauguin también habla estudiado muy bien la obra de Cézanne: el árbol escasamente convencional, sin duda el eje de la composición, así como el recuerdo de la pincelada formalista que se ha dado en denominar pincelada constructiva, así parecen atestiguarlo. Para ser exacto también debería señalarse la influencia de Guillaumin, con quien Gauguin mantuvo relaciones cordiales durante la década de los años 1880. Ronald Pickvance [Museo Thyssen, Madrid]

 

“Praia das Maçãs” de José Malhoa

Sobre o pintor naturalista português José Malhoa [28 Abr 1855 – 26 Out 1933], recomendo este artigo e uma Visita Guiada à Casa-Museu Anastácio Gonçalves, que o pintor mandou construir.

Esta obra insere-se num núcleo de vida burguesa onde a figura feminina joga um papel fundamental na apresentação de uma mundanidade relativamente elitista. Através de modelos anónimos, em manchas tocadas pelo sol ou sombra, estabelecem-se jogos de iconografias repetidas (chapéus de sol, canteiros de flores, vasos de barro, muros, bancos de jardim).

Numa ambiência pretensamente elegante, nesta esplanada da Varanda do Grego, Malhoa cria específicas situações cromáticas e luminosas. A sensação transmitida expressa uma certa leveza, delicadeza e finura. Registe-se a marcação impressiva da pincelada que, curiosamente, se alia a um sublinhar de contorno das figuras, pouco frequente na sua pintura, diluída em jogos de luz. Rodelas de sol mancham o chão, provocando uma sensação de jovialidade e frescura acentuada pelo contraste que com o forte azul marinho se estabelece.

A cena, captada em aparente instantâneo, contém uma narrativa implícita e sensual. A cumplicidade afectiva que assim se estabelece, entre o que é dado a ver e o que se convida a compreender, constitui um dos encantos maiores deste trabalho, de raro cunho urbano no conjunto da produção de Malhoa.
Maria de Aires Silveira

 

Quando se entende o Céu, não se entende a Terra

Jan van Goyen (13 January 1596 – 27 April 1656)
‘View of the Haarlemmermeer’, 1646 | The Metropolitan Museum of Art, New York
Jan Van Goyen - View of the Haarlemmermeer

São Jorge

Peter Paul Rubens [1577-1640] – ‘São Jorge e o Dragão’, 1607
Hagiografia na Folio e Art UK.

«Los toros de Burdeos» de Francisco Goya

Em Novembro de 1825, um ano após chegar a Bordéus, Francisco Goya [30 Mar 1746 – 16 Abr 1828] produziu uma série de quatro litografias intitulada «Los toros de Burdeos», que pertencem ao Museu do Prado.
Os textos associados às imagens foram extraídos de: Plácido Arango Arias. Donación de 25 obras maestras de su colección de arte antiguo al Museo del Prado.

El famoso americano Mariano Ceballos

El famoso americano Mariano Ceballos

La estampa El famoso americano Mariano Ceballos muestra al torero argentino, célebre por lo arriesgado de lances como este, que le condujo a la muerte en la plaza de toros de Tudela en 1784. Como ilustración del pasado de la fiesta, Goya ya le había representado en dos estampas (núms. 23 y 24) de la Tauromaquia (1815) (Texto extractado de: Plácido Arango Arias. Donación de 25 obras maestras de su colección de arte antiguo al Museo del Prado, Museo Nacional del Prado, 2015).

Bravo toro

Bravo toro
En la estampa titulada Bravo toro la muerte es la protagonista indiscutible: el caballo, el torero, el picador y, previsiblemente, el toro sufren las consecuencias del enfrentamiento. Los intensos contrastes de luz y sombra, obtenidos mediante los trazos de lápiz, ayudan a incrementar el dramatismo de la composición, dominada por las figuras en primer plano (Texto extractado de: Plácido Arango Arias. Donación de 25 obras maestras de su colección de arte antiguo al Museo del Prado, Museo Nacional del Prado, 2015).

Dibersión de España

Dibersión de España
La estampa titulada Dibersión de España, parece reconocer que, a pesar de experimentar momentos de prohibición, las corridas de toros fueron un entretenimiento muy popular en tiempos de Goya. En primer término nos muestra a personas que, pese al drama al que asisten, con varios hombres corneados por los toros, revelan en sus rostros una inconsciente satisfacción.

Plaza partida

Plaza partida
Goya representó en la estampa Plaza partida, con una renovada libertad estilística, la esencia de las corridas de toros, en las que el valor y la muerte protagonizaban por igual las composiciones. Pese a su avanzada edad, Goya demostró la seguridad de su pulso y su dominio técnico a la hora de dibujar sobre la piedra con lápiz y raspador.