Archive for the ‘ Astronomia ’ Category

A meridiana de St. Sulpice

Nos séculos XVII e XVIII, era comum as igrejas terem meridianas solares para acertarem os seus relógios mecânicos e fornecerem a hora solar local às populações. Esses gnómones atingiram uma grande sofisticação, e passaram a ter usos vários. Além de marcarem o meio-dia solar verdadeiro, marcavam também a altura do Sol por ocasião da sua passagem meridiana, o que permitia detectar os solstícios e equinócios e assim conhecer o dia do ano, o que era essencial para as datas litúrgicas.

Projecção dos raios solares, na igreja parisiense de St. Sulpice, nos solstícios de Inverno (linha à esquerda), de Verão (linha à direita) e nos equinócios da Primavera e do Outono (linha central). Gravura da obra Saint-Sulpice, de Lemesle (1931).
Durante a Idade Média, as populações estavam afastadas e as comunicações eram muito difíceis. Um objectivo central da Igreja, que por isso estava muito preocupada com o calendário, era fazer com que os fiéis em todo o mundo pudessem celebrar a Páscoa no mesmo dia. Para isso, todos teriam de ter meios de cálculo dessa data, ou seja, todos teriam de saber calcular esse dia do ano. Os relógios de sol mais sofisticados eram essenciais para o efeito, pois medindo a altura meridiana do astro-rei permitiam o reconhecimento das datas dos solstícios e dos equinócios. Pouco a pouco, esses relógios solares meridianos foram ganhando em precisão e sofisticação. No século XVII, começaram a aproveitar-se alguns grandes edifícios para construir meridianas solares de grandes dimensões. A meridiana de St. Sulpice é um belo exemplo de um desses instrumentos.
Via Portal do Astrónomo.

Gnomon of Saint-Sulpice, Paris This 18th-century sundial was designed to calculate the date of Easter each year.

The Harmony of the World

The Harmony of the World: Book V – XLII. Proposition – By Joahannes Kepler [1571-1630]
Kepler’s Harmonices Mundi

The greater common proportion of Mars and the Earth, or that of their diverging motions, was necessarily made 54:125, less than the harmony 5:12 confirmed by the a priori arguments.

VangelisMythodea

For Mars`s own proportion had to be a diapente, from which a diesis was removed, by the previous proposition. However, the common proportion of the converging motions of Mars and the Earth, or the lesser common proportion, had to be a diapente, 2:3, by XV. Last, the Earth’s own proportion is a doubled diesis, from which a comma has been removed, by XXVI and XXVIII. Now of these elements elements is composed the greater proportion, or that of the diverging motions, of Mars and the Earth; and it comes to two diapentes [or 4:9, that is 108:243] together with one diesis which is mutilated of a comma, that is together with 243:250. That is, it comes to 198:250, or 54:125, that is 608:1500. But that is less than 625:1500, that is, than 5:12, by the factor of 608:625, and that is nearly 36:37, less than the smallest melodic interval.

Astronomia na Idade Média

O mundo dos astrónomos da Idade Média, herdada dos gregos, é perfeito e eterno. Em torno da Terra, imóvel no centro do Universo, giram o Sol e os planetas num movimento circular uniforme – Philippe Testard-Vaillant

Quando o Império romano ruiu, no século V, início a Idade Média, a astronomia conhece um eclipse na Europa. Durante décadas, nenhum nome brilhará no firmamento da ciência, nenhuma observação nem qualquer pesquisa teórica serão capazes de introduzir uma ordem inteligível no centro dos fenómenos celestes.
A disciplina só verá a luz no século XII, conquistando gradualmente um lugar nas universidades, onde o ambicioso programa educativo Quadrivium rapidamente associa aritmética, geometria, astronomia e música.
Uma «renascença» que nada deve ao acaso, antes a múltiplas traduções do árabe para o latim, que se desenrolam em Espanha, no sul de Itália e na Sicília, nas quais o mundo ocidental se verá consideravelmente reflectido numa parte das filosofias e das ciências greco-árabes.
De facto, desde o século VII que um número considerável de bibliotecas do mundo greco-romano cai nas mãos dos conquistadores árabes. Destas conquistas surge um estreitar de relações com a astronomia indiana, que possui desde o século V o Tratado  Surya Siddhanta,  obra que os leva a interessarem-se por Ptolomeu – o genial cientista de Alexandria, que na obra Almageste desenvolve uma teoria geocêntrica e matemática sobre a filosofia de Aristóteles e é também autor do mais célebre tratado de astrologia jamais escrito, Quadripartitvm.
Continua…

A partir da excepcional edição de Dezembro último da revista Les Cahiers de Science & Vie ; N° 114. Les Racines du monde

Regresso à Escola de Atenas

A Sala da Assinatura contém os frescos mais famosos de Raffaelo Sanzio de Urbino (1483-1520), que assinalam de forma singular o início dos trabalhos do grande artista no Vaticano e o começo do Renascimento. O ambiente assume o nome do mais importante tribunal da Santa Sé, “Segnatura Gratiae et Iustitiae”, presidido pelo Pontífice, que utilizou esta sala até meados do século XVI. Originariamente, a Sala havia sido convertida por Júlio II (Pontífice entre 1503 e 1513) em biblioteca privada; o programa iconográfico dos frescos, executado entre 1508 e 1511, destinava-se assim a esta função, tendo sido certamente estabelecido por um teólogo, que propôs a Rafael representar as quatro faculdades clássicas do espírito humano, dando mostras de um elevado grau de liberdade intelectual: a Verdade, o Racional, o Bem e o Belo.
A Verdade sobrenatural está ilustrada na Disputá do SS. Sacramento (ou teologia); Na parede directamente oposta, o Racional está representado na Escola de Atenas (ou a filosofia); o Bem está expresso na das Virtudes Cardinais e Teológicas da Lei e finalmente O Belo na Poesia, representado no Parnaso, com Apolo e as Musas.

Esta vista parcial da Sala da Assinatura no Vaticano mostra Parnasus (Poesia) na meia-lua da esquerda e A Escola de Atenas (Filosofia) na meia-lua da direita

A Escola de Atenas, cujo nome original Causarum Cognitio se manteve até ao século XVII, foi inspirada no projecto do grande arquitecto renascentista Donato di Angelo del Pasciuccio (1444-1514), conhecido como Bramante, para a renovação da Basílica de S. Pedro.
Na obra, que representa a verdade adquirida através da razão, duas figuras centrais retratam a essência dos pensadores da Antiguidade Clássica e, simultaneamente, o tempo de Rafael: Platão aponta para o céu enquanto segura o seu livro Timeo, ladeado por Aristóteles com a Ética; Pitágoras é representado de lado, de modo a permitir observar a explicação do diatessaron; Reclinado nos degraus da escada, Diógenes sugere a leitura; À sua frente, Eráclito, o filósofo pessimista com traços de Miguel Ângelo; À direita, Euclides ensina geometria, Zaratustra segura o Globo Celestial e Ptolomeu o Globo Terrestre, tendo por companhia o próprio Rafael.

Em lugar de a ilustração recorrer às figuras alegóricas, como era hábito nos séculos XIV e XV, convocando o olhar para o infinito, Rafael submete o espaço pictórico às leis do plano, revelando conhecimento da arquitetura dos banhos romanos, fazendo a síntese entre o pagão e o profano. Perante esta composição expansiva, o espectador quase se alheia do facto de o espaço ser mal iluminado.

Escola de Atenas

Dispostas da esquerda para a direita, as solenes figuras de pensadores representam um verdadeiro debate filosófico: astronomia, geometria e aritmética são descritas de forma concreta, num imponente plano arquitectonicamente convergente para o eixo central do espaço abobadado.

Epicuro? afastado do centro da cena filosófica...

No primeiro plano à esquerda, um rapaz segura a tábua da harmonia musical diante de Pitágoras. Ao centro, Hypatia de Alexandria e Parmenides

Hypatia de Alexandria, a astrónoma e filósofa que os cristãos queimaram e arrastaram pela cidade, olha discretamente para o espectador; Uma hábil subversão de Rafael, tendo em conta que a obra está no Vaticano.

Platão e Aristóteles, considerados os principais representantes da filosofia grega durante toda a Idade Média, caminham em diálogo no topo das escadas

Em atitude filosófica, Diógenes de Sínope reclina-se nos degraus, numa expressão de despojamento em relação às necessidades materiais e a um estilo de vida

A figura de Heraclitus (Michelangelo?) - reclinado sobre o bloco de mármore - terá sido associada mais tarde

Euclides desenha uma figura geométrica perante um grupo de jovens.

A figura de costas com o Globo é provavelmente Ptolomeu, tendo à sua frente Zaratrusta com a esfera. À direita: Rafael de chapéu escuro e o seu amigo Sodoma

As figuras desta composição não se atropelam nem são sufocadas pelo aglomerado; sugerem movimento, numa celebração do pensamento clássico liberal, onde tudo é discutido e exercitado. A ironia reside na inserção de Sodoma e (da imitação) do próprio Rafael, numa apologética improvável à República de Platão e à própria filosofia.

Apolo e Minerva

Pedro Nunes em Busca das suas Origens

A dimensão do homem e do cientista do Renascimento é o objecto central deste livro. Acompanhou-se o seu brilhante percurso, procurando seguir-se, atentamente, a carreira deste matemático, criador do nónio, não só a nível nacional, mas também nos amplos ecos em países europeus, onde as obras de Pedro Nunes foram muito conhecidas e citadas pelos seus pares. Estudou-se também a comunidade judaica e cristã-nova de Alcácer, na qual mergulham as raízes familiares do grande cosmógrafo. Trata-se de um itinerário de vida fascinante que se espera venha a ter tanto interesse para o leitor como para quem o desvendou nas páginas deste livro.Via.

Apresentação do Livro "Pedro Nunes em Busca das suas Origens", da Prof Maria Teresa Lopes Pereira. Pelo Prof Henrique Leitão | Museu do Oriente, 06-11-2009

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Ligações relacionadas:

Maria Teresa Lopes Pereira (Curriculum Vitae)
Henrique Leitão (Obras de Pedro Nunes)

Biblioteca Nacional – Exposição Comemorativa dos 500 anos do Nascimento de Pedro Nunes

Ana Machado, Público
24-03-2002 – Pedro Nunes: A Maldição da Matemática Pura [DOC]
06-08-2009 – Primeira edição da obra de Pedro Nunes está pronta e a dar muito que falar… lá fora

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Tratado Da Sphera (1537). Tirados Nouamente De Latim Em Lingoagem Pello Doutor Pero Nunez, Cosmographo Del Rey Do[M] Ioão Ho Terceyro Deste Nome Nosso Senhor. E Acrece[N]Tados De Muitas Annotações E Figuras Per Que Mays Facilmente Se Podem Entender …


Whirlpool Galaxy

A Galáxia Whirlpool, conhecida como Messier 51a, encontra-se na Constelação de Canes Venatici, a uma distância de 30 milhões de anos-luz da Terra. Foi descoberta neste dia, no ano de 1773 por Charles Messier, astrónomo francês que viveu de 1730 a 1817 e se notabilizou poela descoberta de 20 cometas.

A Imagem de alta resolução da Nasa mostra a Galáxia Whirlpool que, tal como a Via Láctea, é uma galáxia de braços espirais, onde se nota a presença de manchas escuras de poeira em conjunto com zonas de elevada luminosidade

50 anos de “Dark Side Of The Moon”

A 6 de Outubro de 1959, a nave Luna-3 da URSS passou a cerca de 6.200 km do pólo sul da Lua, continuando a viagem em direcção ao lado mais distante. A sequência inicial para captação das primeiras imagens do “lado escuro da Lua” teve lugar a 7 de Outubro, tendo sido obtidas 29 fotografias. Durante o dia 8, foram feitas várias tentativas de as enviar para a Terra, sendo que só no dia 18 foram transmitidas 17 imagens, de fraca qualidade. O contacto com a nave perdeu-se no dia 22.

07-10-1959: First image of the far side of the Moon – Target Object: Earth’s Moon – Mission: Luna 3

 

Musica Aeterna – Johann David Heinichen

Os sábados musicais são enriquecidos com o Musica Aeterna, de autoria de João Chambers.
A emissão de hoje é dedicada a Claudio Monteverdi (1567-1643) e a Selva morale e spirituale, a primeira antologia de música sacra a ser publicada após as monumentais “Vésperas” de 1610.


Podcast de 05-09-2009
Do repertório sacro do teórico e homem de leis Johann David Heinichen (1683-1729), uma das grandes figuras do alto barroco alemão, destaco a Missa Nr 11 – Dixit Dominus, datada de 1728 e uma das criações mais tardias de Heinichen.
Esta obra foi executada pela Kammerchor Dresden e dirigida por Hans Christoph Rademann (biografia).


Por que o céu é escuro à noite

GOING ON MEANS GOING FAR, GOING FAR MEANS RETURNING

O efeito Doppler também se verifica com as ondas de luz. Se uma galáxia permanecesse a uma distância constante da Terra, as suas riscas espectrais estariam onde esperaríamos vê-las. Se, no entanto, a galáxia estiver a afastar-se de nós, as ondas de luz estarão a ser esticadas e o espectro aparecerá desviado para o vermelho. Se a galáxia estiver a aproximar-se de nós, as ondas serão comprimidas e o espectro desviar-se-á para o azul.

Hubble descobriu que muitas manchas luminosas de fraca intensidade eram na verdade outras galáxias. Para parecerem tão pequenas e ténues, teriam de estar tão longe que a sua luz teria demorado milhões de anos a chegar até nós. Mas a descoberta mais surpreendente foi que as galáxias se afastavam de nós e, quanto mais longe se encontravam, mais depressa se afastavam, o que o levou a concluir que deveriam ter estado mais juntas no passado.
Assim se explica por que o céu é escuro à noite: nenhuma estrela pode estar a brilhar há mais de 10 a 15 mil milhões de anos, a idade do big bang
.
Significa isto que um dia deixaremos de ver as estrelas? Como vamos sonhar?

Galileu na China

Foi a 25 de Agosto de 1609. Há precisamente 400 anos, Galileu Galilei apresentava o seu telescópio ao dodge e aos outros elementos das esferas mais poderosas da cidade de Veneza.

Aproveitando a efeméride, aqui ficam os apontamentos recolhidos na aula do Professor Henrique Leitão, no Museu do Oriente.

Em Setembro de 1608, o holandês Hans Lipperhey anuncia um artefacto revolucionário em forma de tubo, que combinava um par de lentes gémeas e permitia ver com nitidez pessoas e coisas situadas a várias centenas de metros de distância e que, por isso, teria grande utilidade para fins militares; Duas semanas mais tarde, outros dois holandeses, Jacob Metius e Zacharias Janssen, apresentaram objectos semelhantes.
As notícias chegaram a Galileu que, engenhoso como era, se documentou devidamente e não se limitou a copiar, fez muito melhor. Galileu passou os três anos seguintes a efectuar observações telescópicas, período em que escreveu Sidereus Nuncius (1610).

Ptolomeu estava errado!
” A Lua é uma pedra! Nós até aqui não sabíamos nada! Júpiter tem satélites! Saturno não é nada redondo! Vénus anda à volta do Sol!

Galileu em Portugal
Importa recuar algumas décadas para perceber a importância da Rede Administrativa da Companhia de Jesus enquanto veículo de transmissão do conhecimento científico da época, nomeadamente na divulgação das descobertas de Galileu entre os Chineses. Os jesuítas portugueses eram em número muito inferior em relação aos outros jesuítas europeus, mas tinham de missionar áreas muito mais vastas, como o Brasil.

No Colégio de Santo Antão (1553), onde é hoje o Hospital de São José, era leccionada a famosa Aula da Esfera, onde se revia aprofundadamente a cosmologia da época. Ora, os professores jesuítas, em contacto constante com o Colégio Romano e os centros científicos da época, não podiam deixar de estar a par das grandes polémicas cosmológicas da altura. Devido à situação de Lisboa no trânsito de missionários, alguns dos mais competentes professores do Colégio Romano, tais como Christopher Grienberger, vieram por algum tempo para Portugal, com o objectivo de ensinar no Colégio de Santo Antão.

Para se ter um ideia da importância da instituição na época em Portugal, note-se que em 1759 havia 20 mil alunos jesuítas, o que, depois de Pombal, só voltou a verificar-se cerca de 150 anos mais tarde; Em Coimbra, não havia professores de matemática capazes, enquanto que o Colégio acolhia dos melhores professores estrangeiros.

A missionar na Índia, o Padre Giovanni Antonio Rubino, que partira de Lisboa para Macau em 1602, dizia em Novembro de 1612 sobre os famosos telescópios:

“Mandem-me as instruções, que aqui arranjarei quem os produza!”

Galileu na China (1609-1618) – Tribunal das Matemáticas conta com a presença de jesuítas com treino avançado:

O grande objectivo das missões dos jesuítas era a evangelização da China, iniciada por Matteo Ricci (1552-1610), um italiano de famílias nobres que tinha partido para o Oriente em 1578, equipado de uma vasta cultura científica. Ricci percebera o grande interesse chinês pelos conhecimentos científicos que os ocidentais possuíam e foi o primeiro europeu a conseguir conquistar a confiança de altos dignitários do Império do Meio. Na sua esteira, os missionários jesuítas, muitos dos quais portugueses, conseguiram pouco a pouco ter uma posição influente em Pequim, chegando a presidir ao Tribunal das Matemáticas, que era um conselho imperial para matérias científicas, nomeadamente para a organização do calendário, para a previsão de eclipses e para a observação astronómica. Na sua correspondência com o Vaticano, Ricci e os seus companheiros insistiam frequentemente na importância da ciência.
«Enviem-nos matemáticos!», pedia Ricci, «enviem-nos livros!»

Manuel Dias – Pequim, 1614: As primeiras notícias sobre Saturno, contadas na China por um português, abriram uma notável discussão sobre astronomia.

O padre Manuel Dias publicou na China o «Tien wen lueh», descrevendo já as observações astronómicas que Galileu tinha feito em 1609 e 1610. Numa altura em que as cartas de Pequim para Roma chegavam a demorar oito anos a chegar ao destino, quatro anos bastaram, mesmo com os longos meses da carreira da Índia, somados à paragem em Goa e aos meses da viagem até Macau, para que a Companhia de Jesus tivesse feito chegar ao Oriente as mais recentes e mais polémicas observações científicas da época.

Giovanni Paolo Lembo (1570?-1618), que ensinou no Colégio de Santo Antão a Aula da Esfera entre 1615 e 1617, promoveu a discussão das observações das Fases de Vénus, no sentido de provar que Vénus girava em torno do Sol.
G. P. Lembo tinha construído em 1610 os telescópios do Colégio Romano e tinha subscrito o célebre parecer de quatro matemáticos de 1611, documento que tinha confirmado às autoridades eclesiásticas a justeza das observações de Galileu.
Deixou-nos instruções sobre como se construir um telescópio, ou longemira, como se designava na época.
Enquanto que no resto da Europa a comunidade científica pouco ênfase ia dando ao assunto, na China e no Japão o telescópio acolhia grande entusiasmo.
Em 1759, os Jesuítas foram expulsos de Portugal…