Joana Vasconcelos – Sem Rede

Com um percurso iniciado em meados da década de 1990, Joana Vasconcelos afirmou-se como a mais importante artista da sua geração, com uma prolífica carreira crescentemente reconhecida tanto em Portugal como no estrangeiro. Cruzando tradição e modernidade, identidade e história e sublime e simbólico, a artista interpreta o mundo contemporâneo através de uma singular apropriação das mentalidades, imagens e objectos da sociedade de consumo. Esta exposição reúne, pela primeira vez, um número significativo de obras realizadas nos últimos 15 anos, assim traçando uma panorâmica da sua produção e constituindo uma oportunidade única para conhecer ou redescobrir o seu especial universo.

Joana Vasconcelos (Paris, 1971) estudou na escola Ar.Co, em Lisboa, e expõe regularmente desde meados da década de 1990. Crescentemente aclamada pela crítica e pelo público, tanto em Portugal como no estrangeiro, a sua trajectória afirma-a como uma das mais importantes artistas portuguesas da sua geração. A sua prolífica carreira inclui, por exemplo, exposições individuais em instituições como o Museu de Serralves (Porto, 2000), a participação em eventos como a Bienal de Veneza (2005), encomendas de intervenções no espaço público, como o recentemente inaugurado Jardim Bordallo Pinheiro (Museu da Cidade, Lisboa, 2010), e galardões como The Winner Takes It All (Museu Colecção Berardo, 2006). Promovida pelo Museu Colecção Berardo e comissariada por Miguel Amado, Sem Rede é a sua primeira exposição antológica. Reunindo cerca de trinta e cinco obras elaboradas nos últimos quinze anos, este projecto traça uma panorâmica do seu trabalho e constitui, assim, uma oportunidade única para o conhecer ou redescobrir aprofundadamente.

Vasconcelos interpreta o mundo actual através de uma singular leitura das mentalidades, mitologias e iconografias da sociedade de consumo. Inspirando-se no imaginário comum, a artista analisa distintas problemáticas da vida diária. Assim, sob um impulso alegórico e acto derrisório, desconstrói os valores, hábitos e costumes da civilização ocidental para comentar a existência do presente, enquadrar o legado do passado e perspectivar os caminhos do futuro. Cruzando tradição e modernidade, inconsciente colectivo e história e sublime e simbólico, Vasconcelos questiona a identidade, releve esta do género, da classe ou da nacionalidade. As suas obras combinam referências culturais (desde movimentos artísticos a expressões correntes), objectos quotidianos com valor sígnico (tais como espanadores, blisters de comprimidos, tampões higiénicos, utensílios domésticos, talheres de plástico e panelas e respectivas tampas) e materiais e técnicas populares (como a azulejaria e as faianças Bordalo Pinheiro ou o tricô e o croché). Engenhosamente manipulados, estes elementos mantêm o seu sentido mas compõem uma nova forma, cujo significado recontextualiza a instância original e, assim, reflecte a experiência entrópica característica da condição contemporânea.

Vasconcelos aproxima-se dos princípios do Nouveau Reálisme, movimento artístico francês fundado em 1960 que, adoptando as estratégias vanguardistas de Marcel Duchamp (especialmente a do ready-made), difundiu técnicas como a assemblage, baseada na justaposição de objets trouvés. Porém, equacionando a precariedade dos materiais professada pelo Nouveau Reálisme à luz de uma crítica do signo, a artista declina a estética pobre por este professada e propõe um retrato do quotidiano assente no simulacro da realidade. Este processo desenvolve-se através de vários efeitos estilísticos: a citação e a apropriação; a desfuncionalização de mercadorias; a representação, em grande escala, de imagens pré-existentes; a exploração da arquitectura ao nível da monumentalidade, da especificidade do lugar e da organização espacial; a mise-en-scène; a serialidade da produção; a qualidade cinética da obra; a sua activação pelo espectador; a acumulação e associação cromática dos seus componentes; a utilização de jogos de linguagem enquanto recurso expressivo.

Sem Rede contempla obras famosas como A Noiva (2001-2005), o conjunto Coração Independente (2004-2008) e Cinderela (2007). Estas obras debruçam-se sobre a condição feminina, tema transversal à actividade da artista. Efectivamente, de Flores do Meu Desejo (1996-2009) a Vista Interior (2000), passando pelo duo Sofá Aspirina (1997) e Cama Valium (1998), é o debate acerca do estatuto da mulher que estas obras exprimem. Contudo, a exposição inclui outras obras, menos mediatizadas, que articulam múltiplos assuntos com cunho político-económico. Refiram-se, por exemplo, a ideologia corporativa (Ponto de Encontro, 2000), a ostentação de classe (Menu do Dia, 2001), o exercício deslumbrado do poder (O Mundo a Seus Pés, 2001), a intolerância religiosa (Burka, 2002) e o estado securitário (Una Dirección, 2003). Obras recentes protagonizam reflexões com carácter social, como o conflito entre o progresso tecnológico e a conservação da natureza (Jardim do Éden [Labirinto], 2010) ou a doença enquanto metáfora da malaise global (Contaminação, 2008-2010). Em Sem Rede, a prática de Vasconcelos apresenta-se, pois, sob uma óptica inovadora, que não só desafia as abordagens dominantes da sua arte, mas também recria o seu especial universo como nenhuma outra exposição o fez até hoje.
Fonte dos textos: Museu Berardo

Café Zimmermann na Gulbenkian

A audição integral dos Concertos Brandeburgueses de Johann Sebastian Bach, que se distribui entre os dias 7 e 11 de Março, constitui um inevitável ponto de interesse em qualquer programação musical. O agrupamento Café-Zimmermann interpretará este monumento do Barroco musical, bem como duas obras concertantes, para cravo e para dois violinos respectivamente, no ano em que se completam 260 anos sobre a morte de J. S. Bach. A excelência dos músicos do Café-Zimmermann, grupo fundado em França em 1988, é marcada pela direcção musical de Pablo Veletti e pela cravista Céline Frisch, dupla responsável pela direcção artística. O nome do grupo foi inspirado no espírito que movia os concertos organizados em Leipzig pelo Collegium Musicum e acolhidos no café de Gottfried Zimmermann, então com um ensemble fundado por Telemann e dirigido por J. S. Bach, entre 1729 e 1739.



Compostos possivelmente entre 1711 e 1720, os Concertos Brandeburgueses foram apresentados como um conjunto de Seis Concertos com diversos instrumentos, dedicados em 1721 ao margrave melómano Christian Ludwig de Brandeburgo. Constituindo um repertório marcadamente barroco, os Concertos Brandeburgueses representam uma interessante leitura dos elementos do concerto grosso, onde se identificam o ripieno e o concertino, embora neste último se destaque por vezes uma maior focagem num só instrumento, como por exemplo o trompete no nº 2, ou o cravo no nº 5. Nesta perspectiva, encerram uma grande variedade musical, explorando as várias possibilidades de composição da época para o género instrumental e constituindo um incontornável e importante conjunto de obras do período Barroco. Via.



Programa:
Domingo, 7 Mar 2010, 19:00 – Grande Auditório
Concerto Brandeburguês Nº 2, em Fá maior, BWV 1047
Concerto Brandeburguês Nº 4, em Sol maior, BWV 1049
Concerto Brandeburguês Nº 6, em Si bemol maior, BWV 1051
Concerto para Cravo, em Fá menor, BWV 1056
Quinta, 11 Mar 2010, 19:00 – Grande Auditório
Concerto Brandeburguês Nº 1, em Fá maior, BWV 1046
Concerto Brandeburguês Nº 3, em Sol maior, BWV 1048
Concerto Brandeburguês Nº 5, em Ré maior, BWV 1050
Concerto para dois Violinos, em Ré menor, BWV 1043

Exposição – Desenhos da Renascença Italiana

De Fra Angelico a Leonardo – Desenhos da Renascença Italiana

British Museum, Londres

22 Abril – 25 Julho 2010

Fruto da colaboração entre o Uffizi de Florença e o British Museum, a Exposição, composta por 100 desenhos de diversos artistas do Renascimento italiano, de Raphael a Leonardo, Michelangelo, Jacopo, Bellini, Fra Angelico, Ticiano e Verrocchio, ilustra a crescente importância do desenho durante o período compreendido entre 1400 e 1510. Análises recentes revelam técnicas de pensamento criativo dos artistas, em que experimentaram uma liberdade nem sempre evidente nos trabalhos finais.

Na Itália do século XV, deu-se uma importante mudança na realização dos desenhos preparatórios. Os anos de 1400 assinalam o início do Renascimento, assistindo-se ao desenvolvimento da perspectiva, um crescente interesse nas formas clássicas e um foco maior sobre o naturalismo; Os artistas começaram a apresentar, por direito próprio, desenhos como obras de arte, significando o início de uma apreciação mais ampla da obra gráfica que começava a ser recolhida e preservada. A crescente importância do desenho é evidente em obras como a alegoria da loucura humana de Mantegna, Combusta Virtus (Virtude em chamas).

Descrição da Obra

No entanto, a maioria dos trabalhos expostos é constituída por estudos, destinados a não serem apresentados publicamente, uma vez que, enquanto tal, serviam para aperfeiçoar os desenhos para as pinturas, processo que permaneceu até ao século XX. Alguns estudos foram seguidos por esboços detalhados e, por vezes, concluídos com desenhos de dimensão igual à do projecto final. O estudo para a asa esquerda do retábulo A Coroação da Virgem de Lorenzo Monaco, de 1407,  será exibido pela primeira vez.

A influência da arte e arquitectura clássicas foi decisiva no surgimento de uma nova abordagem por parte de pintores, escultores e arquitectos; O realismo, a representação do homem e da natureza e a utilização da perspectiva linear para criar a ilusão da forma tridimensional, foram os traços distintivos do estilo renascentista, evidenciados no álbum de desenhos do pintor veneziano Jacopo Bellini e na obra artística de Pisanello.

The importance of Leonardo in this period is reflected in the inclusion of ten drawings by him, including his celebrated pen study of a sun baked panoramic landscape that he precisely dated, 5 August 1473.  This is the earliest landscape drawing in European art and the first documented work by Leonardo.

A exposição permite uma avaliação  do efeito da prolongada estadia de Leonardo em Milão e de que forma influenciou o estilo de artistas locais, como Boltraffio e Solario Andrea. O Naturalismo de Leonardo da Vinci e o desejo de explorar os limites da pintura, inspirou a geração de Michelangelo e Raphael para alcançar o que ele havia esboçado no papel, mas raramente expresso em trabalhos finais.

A exposição oferece uma ampla visão do desenvolvimento do desenho por toda a Itália, com especial ênfase em Florença e Veneza. Os artistas venezianos favoreciam mais a composição tonal (os desenhos de Ticiano, por exemplo), a luz e a cor dominavam a sua abordagem ao desenho (estudo Stº Agostinho de Carpaccio), enquanto os florentinos tendiam a favorecer os contornos e o volume (como nos desenhos de Verrocchio, Credi e Leonardo). O desenho de Florença era caracterizado pela representação de movimento  e expressão de emoções através da pose, como na Cabeça de Mulher de Verrochio e Criança com Gato de Leonardo. Em Veneza, a pintura era um negócio familiar, dominado pelas dinastias artísticas dos Bellini e Vivarini.

Descrição da obra

No início do século XVI, Raphael chegou a Florença. Os alicerces do estilo clássico e sua dinâmica, criados por   Michelangelo e Raphael na Roma papal, foram estabelecidos em Florença durante a primeira década de 1500. Os  artistas apropriaram-se e desenvolveram a pré-existente tendência artística florentina que os elevou ao mais alto patamar durante a Alta Renascença, através de obras como os estudos da Virgem com o Menino, por Raphael, e os estudos da Madonna de Bruges, por Michelangelo.

Descrição da obra

A Casa na árvore

Um prego pode dar mel

No Jardim do Príncipe Real cortaram a Árvore da Moda

Por Susana Neves, in Revista Tempo Livre, Inatel | Março de 2010

Enquanto em Paris, a venerável robínia (“Robinia Pseudoacacia L”.) do Cais Saint-Michel, plantada em 1601, sobrevive com o apoio de uma bengala” gigante de betão e no Kew Garden, em Londres, se designa o espécime plantado em 1762 por “Old Lion” (Velho Leão), numa das mais belas colinas de Lisboa, no histórico Jardim do Príncipe Real, concebido em 1861, as obras de “requalificação” camarárias conduziram não à promoção nem ao prolongamento da longevidade das nossas robínias, algumas centenárias, mas à sua morte precoce.

Desastroso e ignorante “restauro” este que manda abater (sem parecer prévio de quem de direito) as robínias antigas, propondo-se de seguida substitui-las por árvores jovens da mesma espécie, quando a sua antiguidade constituía a memória de um tempo em que Portugal se descobria moderno por plantar robínias nos jardins.

De facto, se a “acácia do Jorge” (filho de Camilo Castelo Branco), uma robínia plantada em frente à casa do escritor em S. Miguel de Seide, em 1871, indica a sua existência em Portugal, em 1872, no Jornal de Horticultura Prática, Jules Meil, então director dos Jardins e Passeios Públicos de Sevilha, escreve sobre a introdução de robínias ainda como uma novidade usada para corrigir «o aspecto monótono da vegetação dos nossos jardins públicos e particulares».

Uns anos mais tarde, em 1886, o artigo “Robinia Pseudo-Acacia” de M. de Freitas, publicado no Jornal de Horticultura Prática, parece indicar que o conhecimento do valor ornamental desta “Papilionaceae” ainda não estava consolidado em Portugal. O articulista descreve com minúcia o «effeito encantador» da folhagem e das flores «que derramam ao longe um odor suave», semelhante ao da «flôr da Laranjeira», observado nas robínias plantadas em «bosques», «avenidas» e «jardins públicos» parisienses, para motivar os leitores a seguirem o exemplo.

O seu entusiasmo ultrapassa, no entanto, a beleza, a qualidade melíflua das suas flores, a partir das quais se faz um «xarope para acalmar as convulsões e os vapores», destacando, sobretudo, a rentabilidade de um plantio intensivo.

Na sua perspectiva, a robínia emerge como uma super-árvore, rápida a crescer, resistente à humidade, adaptável a diferentes condições climatéricas, dotada de uma madeira fácil de cortar, «mais pesada do que a do carvalho», não corrompida pelos insectos, passível de ser utilizada na construção de mobiliário, alfaias agrícolas, rodas de dobar, cadeiras, vasilhas para o vinho ou até, seguindo o exemplo dos EUA (esta espécie provinha dos Montes Apalaches), na construção naval, «em cavernas, curvas e demais peças importantes», entre as quais, embora não o mencione, se celebrizaram em 1819 os pregos de Filadélfia.

A robínia parece de tal forma rentável que se no início a vê como um «recurso inapreciável para as regiões estéreis e deslocadas» vem depois em delírio defender a sua plantação por todo o lado: «O interesse dos proprietários, despertado pela certeza do lucro, não deve desprezar estas indicações úteis, e torna-se-lhe mister multiplicar por toda a parte esta árvore, hoje a mais preciosa de todas».

O sonho de invadir o País com robínias não parece ter alcançado êxito talvez porque, entretanto, já se dera início à exploração do Eucalipto “Globulus” e o artigo/ propaganda “Cultura das Acacias”, de William C. Tait, publicado na anterior edição do Jornal de Horticultura Prática, sobre o sucesso do cultivo «à escala industrial» das “verdadeiras” acácias, vulgo mimosas, tenha convencido de imediato os que procuravam um investimento com resultados comprovados.

Às árvores colonizadoras esta miragem de lucro fácil serve a vocação expansionista e no caso da robínia, uma verdadeira “Hidra vegetal”, qualquer ataque que se lhe faça atiça mais ainda a vontade de se propagar; lançando raízes a grandes distâncias, tece uma rede subterrânea que ajuda a fixar os solos e a faz rebentar onde menos se espera. De «árvore preciosa» a espécie proibida (Decreto Lei nº 565/99), a robínia foi, no entanto, protegida nos jardins da Capital, onde é menos ameaçadora, retomando-se em 1941, «a prática antiga» de lhe lavar o tronco no Verão para evitar que as poeiras o queimem. Um tratamento de beleza especial que os cuidadosos, e outrora existentes, jardineiros de Lisboa lhe prodigalizavam, desconhecendo, por certo, que a História da “Robinia” estava associada à História da Moda.

Jean Robin, botânico real (em sua homenagem Lineu atribuiu o nome científico à espécie), que plantou pela primeira vez esta árvore no Cais Saint-Michel, em 1601, introduzindo-a na Europa, só abria as portas do seu jardim a poucos eleitos, entre eles, ao desenhador e bordador Pierre Vallet. Os livros realizados por ambos inspiraram as novas tendências vegetalistas da moda na Corte de Marie de Médicis.

Missa Salisburgensis, de Biber

A Missa Salisburgensis que Heinrich Ignaz von Biber (1644-1704) escreveu para 53 vozes e instrumentos, é considerada a peça musical barroca de maior escala existente.
Concebida em 1682 para celebrar o 1200º aniversário da fundação da Arquidiocese de Salzburgo, foi  interpretada na Catedral, tendo o público sido colocado na nave central, enquanto os músicos foram divididos em oito secções à sua volta.
Terá sido, porventura, a primeira experiência de surround a nível mundial. 🙂


II. Gloria | III. Sonatae Tam Aris Quam Aulis Servientes: Sonata XII | IV. Credo |
V. Sonatae Tam Aris Quam Aulis Servientes, Sonata V | VI. Sanctus, Benedictus |
VII. Agnus Dei | VIII. Sonata Sancti Polycarpi | IX. Motet “Plaudite Tym

Paixão

As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz
Apresentação integral da obra de Joseph Haydn.

A estrutura desta obra contempla sete Adagios, cada um com cerca de 10 minutos, precedidos por uma Introdução e seguidos por uma conclusão (“Terramoto”), o único andamento rápido. Poucos compositores teriam conseguido evitar a monotonia, mas Joseph Haydn combina com mestria temas, ritmos, modos e tonalidades, tornando constrastantes peças de dimensões semelhantes, sempre em forma de sonata. Nesta interpretação, Jordi Savall dirige Le Concert des Nations. Via.

Partes 2 3 4 5 6 7 8 9

Melancolia

“Flow my tears” de John Dowland, compositor e alaudista inglês, que viveu entre 1563 e 1626.

“Flow, my tears, fall from your springs,
Exiled for ever, let me mourn
Where night’s black bird her sad infamy sings,
There let me live forlorn.”

World Press Photo 2010

On june 12, 2009 the Iranian presidential elections were held, and the results were strongly contested by the population. For the first time after the Islamic Revolution, Iranians expressed all their dissent, organizing huge demonstrations against the regime. But the protest was not limited to demonstrations in public spaces. Every night at 10:00, citizens gathered on building rooftops to continue their protests, chanting “Allah u Akbar,” (Allah is great). At times, these chants would be interrupted by other, more indignant, chants of “Marg bar diktator” (Death to the dictator). During these protests, the dark Tehran nights were haunted by the ghost-like shadows and their eerie voices. Dreams, memories, emotions, and hopes roam around like ghosts on the rooftops of Tehran.

The story continues here…

Igreja de São José dos Carpinteiros

O Grupo de Amigos da Igreja de S. José dos Carpinteiros apela à mobilização das entidades oficiais (Patriarcado, Igespar, Câmara Municipal de Lisboa), da população em geral e de São José em particular, para a necessidade de uma intervenção de fundo que evite a degradação definitiva do riquíssimo interior e a perda das obras de arte do templo barroco e pombalino do século XVI.

Apenas  como curiosidade, a minha primeira morada foi na Rua das Portas de Stº. Antão, próximo do Elevador do Lavra e do Solar dos Presuntos.
Fui baptizado ali ao lado, na Igreja de São José,  Largo da Anunciada. 🙂

Carnaval a gosto

Juntamente com Os Provérbios Holandeses, também de 1559, esta é a primeira de uma série de alegorias de Pieter Brugel (c.1525-1569) sobre a maldade e imprudência humanas, tendo por base o trabalho de Hieronymus Bosch O Jardim das Delícias Terrenas, em cuja composição nos é dada uma visão ao alto das pequenas figuras representadas.

Esta obra enfatiza a oposição entre o Carnaval tradicional que acontecia nas cidades e aldeias flamengas e o início dos festejos da Quaresma. As festas, meio-religiosas meio-seculares, serviam de pretexto para todos os excessos, desde a bebida ao sexo.

Vejamos a contenda entre os adversários, alegórica e severamente representados por protestantes e católicos: No meio da praça de uma pequena cidade flamenga, o Senhor Carnaval, barrigudo e sentado num barril, enfrenta, com um espeto em forma de lança, a magra figura da Quaresma, sentada num carro, segurando uma pá de padeiro como arma.

The Fight Between Carnival and Lent – Pieter Brugel, 1559