Posts Tagged ‘ Expressionismo ’

Max Beckmann – representações do homem na sua angústia espiritual

Após ser desmobilizado da Grande Guerra em 1917 devido a um colapso nervoso, Max Beckmann [Leipzig, 12 Fevereiro 1884 – Nova Iorque, 27 Dezembro 1950] fixou-se em Frankfurt para recuperar e o seu trabalho ‘Descida da Cruz’ é reflexo dessa fase da vida do artista.
Em 1918 produziu Gesichter, uma suite de gravuras com rostos que acentuavam uma nova abordagem artística; A trilogia sobre o filho pródigo pertence a esse período.

The Prodigal Son Among Swine (Der Verlorene Sohn unter den Schweinen)


 

The Feast of the Prodigal Son (Die Heimkehr des Verlorenen Sohnes wird gefeiert)


 

The Return of the Prodigal Son (Die Heimkehr des Verlorenen Sohnes)


 

‘Karlův most’, de Oskar Kokoschka

A obra Ponte Carlos (Karlův Most em checo) pertence ao conjunto de vistas de Praga que o pintor expressionista de origem austríaca Oskar Kokoschka [1 Março 1886 – 22 Fevereiro 1980] executou entre 1934 e 1938, período em que se fixou na capital da então Checoslováquia.

‘Descida da Cruz’, de Max Beckmann

Com o título original Kreuzabnahme, Max Beckmann [Leipzig, 12 Fevereiro 1884 – Nova Iorque, 27 Dezembro 1950] representa nesta obra de 1917 a sua visão do sofrimento corporal, a que se seguiriam representações do homem na sua angústia espiritual, no decurso de um período claramente dominado pela perturbação da sua passagem pelas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.

‘Hussardos a galope’, de August Macke

De August Macke [3 Janeiro 1887 – 26 Setembro 1914], Hussardos a galope de 1913.

Museo Thyssen- Bornemisza

‘Os Argonautas’, de Max Beckmann

Max Beckmann [Leipzig, 12 Fevereiro 1884 – Nova Iorque, 27 Dezembro 1950], pintor associado ao expressionismo alemão, completou ‘Os Argonautas’ no dia da sua morte. Em 2018, Antonio Muñoz Molina escreveu para o El País um artigo sobre o grande cronista da Alemanha do século XX.


‘Raparigas debaixo de árvores’, de August Macke

No período em que estudou na Academia de Düsseldorf, August Macke [3 Janeiro 1887 – 26 Setembro 1914] desenhou cenários para Louise Dumont, directora do Teatro Schauspielhaus. Em 1907 viajou para Paris, onde teve contacto com os Impressionistas franceses.

Em 1909 conheceu Franz Marc [1880-1916], com quem participou na fundação da Associação de Novos Artistas de Munique. Ambos viajaram para Paris em 1912 com o intuito de visitar Guillaume Apollinaire [1880-1918] e Robert Delaunay [1885-1941].

Os alicerces artísticos da decisiva experiência na Tunísia – para onde viajou na Primavera de 1914 na companhia de Paul Klee [1879-1940] e Louis Moilliet [1880-1962] -, tinham já sido fornecidos pelo Orfismo de Delaunay, com a sua fragmentação das formas em cor e luz.
Fruto desta atmosfera, surgiu a obra ‘Raparigas debaixo de árvores’, que Macke completou após o regresso da viagem.

As raparigas a brincar entre as árvores, nas margens do lago, confundem-se com a cor, luz e espaço circundantes. A escolha das cores é utilizada de forma a unir as figuras com a paisagem. As pinceladas grossas que distinguem os tons quentes dos frios e os claros dos escuros, enfatizam a impressão de movimento em cada um dos segmentos.

"Leituras" ao Domingo

A Exposição Vincent van Gogh and Expressionism pretende mostrar a profunda influência – tratamento da luz, brilho e côr – que o pintor holandês teve no movimento Expressionista, nomeadamente no trabalho de artistas alemães e austríacos, como Karl Schmidt-Rottluff, Emil Nolde, Ernst Ludwig Kirchner, Max Pechstein, Wassily Kandinsky, Paul Klee, Alexej von Jawlensky, Gustav Klimt, Egon Schiele e Oskar Kokoschka, criadores também representados.

O Catálogo da Exposição – da autoria do Curador Jill Lloyd, com capa de Max Pechstein – custa €24,50 na loja online do Museu (não inclui portes), 10 euros mais barato que na Fnac!

Ilustração da capa:
Young woman with red fan, 1910

Leitura de hoje: Vincent van Gogh and Expressionism, numa aula de 45 minutos dada pelo curador convidado Jill Lloyd, no Van Gogh Museum em Amsterdão.

Between 1890 and 1914 Vincent van Gogh emerged from almost total obscurity to be hailed as one of the founders of modern art. He was especially admired in Germany, where museums and collectors soon began acquiring his works. This lecture focuses on Van Gogh’s paintings in German and Austrian collections and the impact these had on artists such as Ernst Ludwig Kirchner and Oskar Kokoschka.

Condição humana, de Oskar Kokoschka

Este checo de nome engraçado esteve presente na Exposição de Amadeo de Souza-Cardoso – Diálogo de Vanguardas com um conjunto de litografias do período 1906-1908.

“El arte de la representación humana propio de Kokoschca cobra una posición excepcional y destacada dentro de la pintura europea del siglo XX. Retratos como el del distinguido matrimonio compuesto por Victoire y Joseph de Montesquiou-Fezensac o el del aristócrata italiano Conte Verona, enfermo de tisis, que pintó en el sanatorio de tuberculosos Mont Blanc en Leysin a comienzos de 1910, durante su primer viaje a Suiza en compañía de Adolf Loos, evidencian de manera estremecedora la forma despiadada en que Kokoschka, bajo la influencia de la pintura de Edvard Munch y Vincent van Gogh, espolea más allá de la máscara del decoro su indagación de la conditio humana, alentada por la empatía y la piedad. La compostura aparente, mantenida únicamente con esfuerzo o incluso perdida por completo, no llega a distraer nuestra atención del desvalimiento, desamparo y soledad que nos salen al encuentro desde estos rostros.

Y sin embargo, qué diferente el aura cautivadora que irradia el retrato de Bessie Bruce, entonces compañera de Adolf Loos, cuya enfermedad pulmonar motivó el viaje al lago Lemán que emprendieron con ella Loos y Kokoschka. (…) Los retratos de Adolf Loos y Herwarth Walden, que se llevó a Kokoschka a Berlín en 1910 para que colaborara desde el primer momento en la redacción de la revista Der Sturm, fundada por él como portavoz de la vanguardia artística europea, son iconos de la amistad, desde los que habla un profundo agradecimiento. Este profundo agradecimiento late también tras la delicada ternura con que ha captado y reproducido los rasgos de Lotte Franzos.” (Johann Winkler)

%d bloggers gostam disto: