Rinaldo`s première – 300 years

Rinaldo (HWV 7) is an opera by George Frideric Handel composed in 1711, and was the first Italian language opera written specifically for the London stage. The libretto was prepared by Giacomo Rossi from a scenario provided by Aaron Hill, and the work was first performed at the Queen’s Theatre in London’s Haymarket on 24 February 1711.
The story of love, battle and redemption set at the time of the First Crusade is loosely based on Torquato Tasso’s epic poem Gerusalemme liberata (“Jerusalem Delivered“) in which he depicts a highly imaginative version of the combats between Christians and Muslims at the end of the First Crusade, during the siege of Jerusalem. (Source – Wikipedia)

Giambattista Tiepolo – Rinaldo and Armida in the Garden, c1752

Se num dia escuro de Fevereiro um viajante…

O vento sopra lá fora.
Faz-me mais sozinho, e agora
Porque não choro, ele chora.

É um som abstracto e fundo.
Vem do fim vago do mundo.
Seu sentido é ser profundo.

Diz-me que nada há em tudo.
Que a virtude não é escudo
E que o melhor é ser mudo.

Fernando Pessoa

Caspar David Friedrich – Monk by the sea, c. 1809

Jean-Léon Gérôme (1824-1904)

EXPOSIÇÃO – MUSEU THYSSEN-BORNEMISZA
15 de Fevereiro a 22 de Maio 2011

Jean-Léon Gérôme (1824-1904) fue uno de los pintores franceses más famosos de su época. A lo largo de su larga carrera provocó numerosas polémicas y recibió acerbas críticas, sobre todo por defender las convenciones de la pintura académica, que languidecía ante los ataques de realistas e impresionistas. Pero en realidad Gérôme no fue tanto un seguidor de esa tradición cuanto un creador de mundos pictóricos totalmente nuevos, basados a menudo en una singular iconografía en la que primaban los temas eruditos. Pintar la historia, pintar historias, pintarlo todo, tal fue su gran pasión. Al público le intrigaba de sus cuadros la constante interacción de valores y géneros, que se fundían en una estética de efecto collage. Su capacidad para crear imágenes, para ofrecer una ilusión de realidad mediante artificios y subterfugios, se pone de manifiesto en unas obras que tienen un acabado perfecto pero no son perfectas.

Slave Market in Rome – 1884

Nada ortodoxo como pintor académico, así pues, Gérôme sabía representar la historia como un espectáculo dramático y convertir al espectador, mediante imágenes muy convincentes, en un testigo presencial de hechos acaecidos en todas las épocas, desde la Antigüedad clásica hasta su propio tiempo. Los cuadros de Gérôme tuvieron una notable difusión gracias a los grabados y a las reproducciones fotográficas que desde 1859 se realizaron por encargo del marchante y editor Adolphe Goupil, quien luego sería además su suegro. Gérôme elige cuidadosamente los temas con la intención de crear imágenes que fácilmente se convierten en iconos visuales de la cultura popular
Esta exposición, la primera monográfica que se le dedica en España, permite conocer los aspectos más destacados de su obra pictórica y escultórica desde sus inicios en los años cuarenta hasta su producción más tardía.

Duel after a Masked Ball – 1857

Gérard Castello-Lopes (1925-2011)

A fotografia, para mim, é uma forma de bloquear o mundo. Nada mais.

«metamorfoses para 23 versos»
há grandes folhas verde escuras na penumbra variável
de uma estufa de plantas. há o cheiro a terra húmida
contido entre os vidros brancos de cal, há
fetos, avencas, orquídeas, ciclamens banhados
pela luz uniforme, a intensas horas do dia. Noutras
a penumbra organiza-se em vãos e tufos como os das plantas,
onde goteja a água, cria o seu musgo, as suas
manchas claras e porosas no reflexo
de algum vidro partido. Não há sons, apenas sombras
do mundo, nem o olhar de ninguém; apenas
se pode conjecturar, para as zonas mais escuras, degradadas sob
os tabuleiros de vasos, que o vagaroso capricho das plantas,
mesmo a cor do ciclamen, se alimenta
da sombra natural quando o seu arco sobe, entre o chão e a parede,
[até alguns fortuitos
brilhos silentes nos suportes da terra. e há outras conjecturas, porque
esta é uma economia das formas do destino e perdidamente
as pessoas também, quando procuram o limite das coisas,
para viver ou para morrer, se interrogam
sobre um vidro embaciado que lhes devolveu as perguntas
e a água inacessível que as separa
da sua própria imagem, na penumbra virtual.
a escrita é uma orla inquieta das coisas,
uma sombra das figuras.
Vasco Graça Moura

O Nascimento dos Comics

Exposição:  EUA, 1895-1920: O nascimento da banda desenhada.
Montana Gallery, Barcelona – de 3 de Fevereiro a 26 de Março de 2011.

Em finais do século XIX, a feroz concorrência entre a imprensa nova-iorquina impunha novos desafios, nomeadamente, novas técnicas de impressão; A imigração em massa proveniente da Europa veio dar um grande contributo, por via da grande explosão artística dos “tempos modernos”. Surgia então o período de ouro do “grafismo moderno”, compreendido entre 1890 e 1910.

Ao contrário dos quadrinhos europeus, quase exclusivamente dirigidos às crianças, os americanos estavam orientados para um público mais adulto. Os primeiros Suplementos de Domingo a cores nos principais jornais visavam fidelizar clientes e, com isso,  aumentar as vendas; Surgia então a oportunidade para um novo tipo de grafismo, criado por jovens autores a quem era facultada liberdade criativa, posteriormente designada de  “arte popular” ou cultura de massas, celebrizada meio século depois por vanguardistas como Andy Warhol.

A Galeria Montana apresenta em primeira mão uma mostra baseada numa selecção de mais de 2.000 páginas originais retiradas dos suplementos dominicais, num estado de conservação excepcional.

A colecção particular de Pascal Hanrion reúne trabalhos da primeira geração dos melhores da época: Winsor McCay, Richard Felton Outcault, Rudolph Dirks, Gustave Verbeek, Swinnerton, Opper; e dos que se lhes seguiram: Geo Mac Manus, Cliff Sterett, Knerr, Rube Goldberg, Bud Fisher, Dereck ou Ferra’s.


Musica Aeterna – Thomas Hobbes (parte III)

Musica Aeterna, por João Chambers – Sábado 29-01-2011 às 14h00 na Antena 2

A Filosofia moral e política do matemático e teórico inglês Thomas Hobbes e os 350 anos do registo do “Leviatã”, em 30 de janeiro de 1651, pela Sociedade Stationer’s (parte III): as leis da natureza e do contrato social, a vida sob o domínio do soberano, a necessidade de lhe obedecer e a música do contemporâneo Henry Purcell.

Garcia Fernandes – O aparecimento de Cristo à Virgem Maria

Virgem da Anunciação (Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra)

Fazendo parte do acervo do Museu Nacional de Machado de Castro, Coimbra, e atribuído a Garcia Fernandes, o tríptico que apresenta como painel central O aparecimento de Cristo à Virgem Maria e se encontra cronografado de 1531, terá sido resultante de uma encomenda feita para a igreja do mosteiro de clarissas de Santa Clara-a-Antiga, em Coimbra, pela abadessa, D. Margarida de Castro que iniciou a direcção do convento em 1529. D. Margarida era filha do Conde de Monsanto, D. Álvaro de Castro, alcaide-mor de Lisboa e camareiro de D. Afonso V. Deste modo, a prioresa, quer pela linhagem, quer pelos contactos com a nobreza, adquiriu uma elevada cultura e sensibilidade artística que a levou a encomendar, aos melhores artistas da época, boas obras de arte para o seu mosteiro. […]

Joaquim Caetano de Oliveira evidencia a importância deste conjunto ao afirmar:

“Este tríptico inaugura, no conjunto de obras conhecidas, a década mais prolífera e importante de Garcia Fernandes. […] O pintor inicia com esta obra um processo de autonomização crescente do seu estilo, progressivamente mais aberto a modelos italianizantes com uma nova noção da importância da figura, pelo seu isolamento, pela idealização dos modelos femininos e pela forma como os panejamentos se vão moldar ao corpo.”

O tríptico representa no painel central o tema da Aparição de Cristo à Virgem Maria, cotejado, nos planos secundários, por episódios centrados no tema da Ressurreição e apresenta, no anverso dos volantes, o Anjo Gabriel (à esquerda) e a Virgem da Anunciação (à direita), esta última ilustrada na figura 3. A Virgem encontra-se sentada directamente sobre o tapete, ou sobre um coxim, numa posição frontal. As feições revelam uma jovem de rosto sereno, ligeiramente inclinado, faces rosadas, fronte bastante pronunciada, olhar fixo no chão e lábios fechados. Os braços, abertos em atitude de orante, apresentam as mãos com as palmas viradas para o observador, dedos finos e levemente afastados, obedecendo a um correcto desenho anatómico e a um domínio perfeito da volumetria o que já se verificava no tratamento do rosto através de uma perfeita utilização dos tons das carnações. Sobre o regaço de Maria o pintor representou um livro. Este consiste num belíssimo exemplar de um códice iluminado, indicando que a jovem Anunciada se encontrava ocupada na leitura e meditação das Sagradas Escrituras, ou de umlivro de orações. […]

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Texto de Luis Alberto Casimiro, docente e investigador, douturado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto no Ramo de Conhecimento em História da Arte.

Musica Aeterna – Thomas Hobbes (parte II)

Musica Aeterna, por João Chambers – Sábado 22-01-2011 às 14h00 na Antena 2

A Filosofia moral e política do matemático e teórico inglês Thomas Hobbes e os 350 anos do registo do “Leviatã”, em 30 de janeiro de 1651, pela Sociedade Stationer’s (parte II): as limitações do poder de decisão e a necessidade da ciência, a motivação, a condição natural da humanidade e, para além de poesia de William Shakespeare, repertório de Thomas Ford, Thomas Tomkins, William Byrd, John Dowland, Tobias Hume, Richard Alison, Thomas Morley, Robert Johnson, Robert Hales, Anthony Holborne, Peter Philips, cujos quatro séculos e meio do nascimento se assinalam em dia indeterminado deste ano, Christopher Simpson e de autores anónimos, todos contemporâneos na Inglaterra dos séculos XVI e XVII. Via.

Divina Proporção: Relações entre a Arte e a Música ao longo do Tempo

CURSOS ARTE 2011
DIVINA PROPORÇÃO: RELAÇÕES ENTRE A ARTE E A MÚSICA AO LONGO DO TEMPO (DA IDADE MÉDIA AO SÉC. XX)
Horário: 25 Jan, 1, 8, 15, 22 Fev, 1 Março, das 18h30 às 20h30 (inclui coffee-break)
Preço: Curso completo: 120€ / por sessão: 20€
Contactos / Inscrições: Rua Acácio Paiva nº27 r/c 1700-004 Lisboa
Tel.: +351 210 993 660, das 14H às 19H
geral@appletonsquare.pt | http://www.appletonsquare.pt | appletonsquare.blogspot.com/ 

Coordenação/ Formação: Ana Mântua
Ana Anjos Mântua foi membro da equipa do Mosteiro dos Jerónimos/ Torre de Belém e do IPPAR desde 1990. Entre 2004 e 2009 integrou a equipa do Museu Nacional do Azulejo. Em 2007 realizou para a Antena 2 o programa Rádio Clássica em parceria com João Chambers, uma série de 13 programas intitulados “Divina Proporção – a contribuição das artes para o percurso da civilização”.

PROGRAMA

Primeira Sessão
A Música enquanto linguagem: cruzamentos entre as diversas formas artísticas:
A Música e a Literatura
A Música e a Arquitectura
A Música e a Pintura
A Música e as diversas artes
As origens da notação musical e os cruzamentos com os manuscritos iluminados medievais
A Ars antiqua na música, comparada com as criações artísticas dos séculos II a XIV, no caminho iniciado para o Renascimento

Segunda Sessão
A Ars nova: o desenvolvimento do novo estilo iniciado, no século XIV, por Philippe de Vitry, florescente com principal incidência em Itália e em França
As tradições medievais nas Belas-Artes e Arquitectura do Quattrocento
Vestígios da polifonia de origem medieval na Itália dos Humanistas
Sentimentos individuais e sensualidade no Renascimento
O número e a sua ordem: experimentação e cálculo

Terceira Sessão
As Formas Barrocas:
A Itália e o surgimento de um novo estilo contra-reformado
Italianismos e fantasias na corte do Rei-Sol
A Flandres, os Países-Baixos e a Inglaterra de 1600 a 1750
O caso alemão ou o triunfo da razão

Quarta Sessão
O Período Clássico – Música do Iluminismo
O ressurgimento das formas da Antiguidade e a sua reinterpretação
O contributo austríaco
O Império francês

Quinta Sessão
O Romantismo, drama e poesia
O Movimento Nacionalista e o surgimento de um sentimento patriótico
Richard Wagner e a “Obra de Arte Total”

Sexta Sessão
Os inícios do século XX
O Impressionismo
As expressões artísticas anteriores à Segunda Guerra Mundial
As artes após a Segunda Guerra Mundial
Concerto final

Musica Aeterna – Thomas Hobbes

Musica Aeterna, por João Chambers – Sábado 15-01-2011 às 14h00 na Antena 2

A Filosofia moral e política do matemático e teórico inglês Thomas Hobbes e os 350 anos do registo, em 30 de janeiro de 1651, pela Sociedade Stationer’s, do “Leviatã”, livro que explana os seus pontos de vista sobre a natureza humana e a necessidade da existência de governos e de sociedades (parte I): a vida, a obra, as influências intelectuais, a ética, materialismo versus auto-conhecimento e, para além de poesia de Robert Jones e de William Shakespeare, repertório de William Byrd, Alfonso Ferrabosco, “O Pai”, William Mundy, Henry Lawes, John Dowland, William Lawes, John Coprario, Alfonso Ferrabosco, “O Jovem”, Thomas Morley, Anthony Holborne, Christopher Simpson e Peter Philips, de quem se assinalam, em dia incerto do corrente ano, quatro séculos e meio sobre a data do nascimento, todos contemporâneos na Inglaterra dos séculos XVI e XVII. Via.

Performance of Lawes’s magnificent “Dialogue Upon a Kiss” taken from Ayres and Dialogues for One, Two and Three Voyces (1653), Hobbes’s favorite song book.

Reconhecido, com todo o mérito, através de um pensamento vanguardista, Thomas Hobbes possuía uma perspectiva do mundo relevante e bastante original para a vida contemporânea. Na verdade, a sua preocupação principal terá sido a questão das ordens social e política, ou seja, o modo como as populações podiam viver em comunidade, em paz e, ao mesmo tempo, evitar o perigo e os receios de uma guerra civil. Para isso, apresentou alternativas significativas, nas quais se devia prestar obediência a um soberano responsável ou, em alternativa, a uma pessoa ou a um grupo com poder para decidir sobre a totalidade dos assuntos governativos. Caso contrário, o que as esperava era um “estado de natureza” semelhante ao de um conflito urbano gerador de situações de insegurança universal, onde todos julgavam ter razão para temer uma morte violenta e a cooperação gratificante era quase impossível. Via.

Suite No. 1 in G Minor by Hobbes’s contemporary Matthew Locke