Arquivo de Agosto, 2019

In Memoriam – Nicholas Ray [7 Agosto 1911 – 16 Junho 1979]

Homenagem a Nicholas Ray [7 Agosto 1911 – 16 Junho 1979]
Martin Scorsese apresenta uma introdução ao western ‘Johnny Guitar’, de 1954.


ECOS, DESCENDÊNCIAS E PROLONGAMENTOS
Os filmes de Nicholas Ray despertaram paixões e ele próprio, a sua figura, pelo seu percurso, pelo seu carisma, despertou paixões. Muitos cineastas (europeus, sobretudo) o citaram expressamente. Houve mesmo quem fosse ao encontro dele, caso do consagrado Wim Wenders, que o filmou por duas vezes. E em vários, de Jarmusch a Godard, de Fassbinder a Almodóvar, a influência de Ray fez-se sentir de variadas maneiras, mais declarada ou mais sub-repticiamente, enquanto homenagem directa ou enquanto inspiração longínqua.
in Retrospectiva 2011 na Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema.


In Memoriam Charlie Haden [6 Ago 1937 – 11 Jul 2014]

“Every Day (I Thank You)”
Pat Metheny, guitar | Charlie Haden, bass | Jack DeJohnette drums
Dewey Redman tenor saxophone | Michael Brecker tenor saxophone
From Pat Metheny 80/81 | recorded May 1980, Oslo | 2004 ECM :rarum IX

Somewhere around in here it occurred to me that I had made four or five records and was so concerned with developing a band and a way of thinking and playing that was attempting to offer alternative views to the implications of the larger jazz tradition that I had somewhat neglected to address in a recording environment the music that I had played the most and longest in its more conventional setting.

I had always loved the playing of both Charlie Haden and Dewey Redman and had gotten to know both of them from the days when I was playing with Gary Burton and they were playing with Keith Jarrett and the two bands would occasionally do gigs together around the States. I had recently met and played with the amazingly gifted Mike Brecker who seemed to be an underutilized musical force at that time, and I had known Jack Dejohnette for a few years by then and had always hoped to do something with him.

Jack and Charlie had never played together before this session, nor had Dewey and Mike, but part of the idea was to set up these new connections between people who were real favorites to me and to see if what I thought could happen between all of us might work.

This piece “Everyday (I Thank You)” was written for this session in a hotel room in Bremen, Germany late one night after a gig. Mike Brecker has often talked about how he felt this record was a turning point for him, that he discovered something on this date about the way he played that affected things that he did later. To me, this is one of his finest recordings and the way he played this piece was really special and beyond anything I had hoped for. Charlie and Jack proved to be a magic combination, later utilized as a rhythm section by lots of people. And this record began a recording association and a deepened friendship between Charlie and I that has proven to be one of the most important relationships in my life. And one the best parts of this date was how much fun we all had making it – it was probably the most pleasant experience of all of the recording sessions I had during the ECM days.
Pat Metheny’s notes for the 2004 ECM :rarum IX

‘Stompin’ At The Savoy’, de Clifford Brown/Max Roach

Do álbum Clifford Brown/Max Roach – Brown and Roach Incorporated (1954), gravado nos Capitol Studios em Los Angeles entre os dias 2 e 10 Agosto 1954, o tema Stompin’ At The Savoy, geralmente atribuído a Benny Goodman mas que na realidade foi escrito pelo compositor e saxofonista Edgar Sampson [1907-1973].

George Morrow (b); Max Roach (dr); Richie Powell (p); Harold Land (ts); Clifford Brown (t)

‘Silhouettes’, de Klaus Schulze

Foi no centro da explosão da electrónica Krautrock, onde pontificavam nomes como Kraftwerk, Neu! e Can, que surgiu a banda Tangerine Dream, em 1967.
Entre 1969 e 1970, Klaus Schulze, que neste dia 4 Agosto 2019 completa 72 anos, fez parte da formação liderada por Edgar Froese.
Em 1971, com o guitarrista Manuel Göttsching, formou a banda Ash Ra Tempel, colaborou ao longo da década de setenta com os grupo The Cosmic Jokers e Go.
Da carreira a solo de Schulze, que conta com mais de seis dezenas de trabalhos, o álbum “Silhouettes” (2018) tem um tema de que gosto particularmente, o segundo movimento Der lange Blick zurück.

A Arte da Big Band

Durante os meses de Julho e Agosto, a Antena 2 emite oito programas de uma nova série intitulada A Arte da Big Band, da autoria de Jorge Costa Pinto.

Big Band, é termo que denomina grande orquestra, na linguagem jazzística, que nos chega pela evolução natural do jazz.
No início, em finais do século XIX, em New Orleans, no Louisiana-Estados Unidos da América, pequenos grupos de músicos afro-americanos, criam a música que vai entusiasmar os dançarinos em todo o mundo: o Dixieland. É um estilo musical que usa o ragtime, ritmo sincopado com grande apelo à dança, já nos anos 20, em Chicago, Kansas City e na West Coast, grupos com mais músicos, dez, doze, vão sendo constituídos.
Mas é nos anos 30 que a popularidade da big band se destaca, com o aparecimento das orquestras de músicos solistas de grande qualidade: Fletcher Hendersen, Benny Goodman, Duque Ellington, Count Basie, Tommy Dorsey, Artie Shaw, Woody Herman, Stan Kenton, e outros.
A Arte da Big Band apresenta nomes igualmente representativos de excelentes big bands, dando a conhecer um pouco da história deste organismo musical – a big band – que continua a entusiasmar jovens músicos a recriaram a música aliciante daquelas históricas orquestras de jazz.
Jorge Costa Pinto

‘It’s Alright with Me’, de Brad Mehldau

Do álbum “Live at the Village Vanguard: The Art of the Trio Volume Two“, gravado ao vivo entre 29 Julho e 3 Agosto 1997 pelo pianista Brad Mehldau, a interpretação do tema “It’s Alright with Me” de Cole Porter [1891-1964].

Brad Mehldau, piano | Larry Grenadier, contrabaixo | Jorge Rossy, bateria

Peter O’Toole, O Último Dandy

Peter O’Toole [Connemara, 2 Agosto 1932 — Londres, 14 Dezembro 2013], imortalizado por David Lean, que lhe proporcionou a oportunidade de interpretar T.E. Lawrence em ‘Lawrence da Arábia'(1962), teve em ‘O Último Imperador'(1987) de Bernardo Bertolucci o último papel de relevo no cinema como Reginald Johnston, tutor do jovem Imperador.

Concerto grosso, Op. 6 de George Frideric Handel (I)

Dirigida pelo violinista Bernhard Forck, a orquestra de câmara Akademie für Alte Musik Berlin iniciou a gravação de uma trilogia dedicada aos Concerto Grosso op. 3 HWV 312-317 e op.6 HWV 319-330 de George Frideric Handel [23 Fevereiro 1685 – 14 Abril 1759], escritos em Londres durante a segunda década do século XVIII.
O primeiro cd já está disponível na Pentatone e inclui os concertos op.6 HWV 319-324.


Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 5, HWV 323: I. Larghetto e staccato