Archive for the ‘ Museus ’ Category

‘Diana e Actéon’, de Camille Corot

Na passagem dos 150 anos sobre a morte de Jean-Baptiste-Camille Corot [1796 – 1875], pintor francês fundador da Escola de Barbizon, a obra “Diana et Actéon (Diana surprise dans son bain)”, 1836, que pertence ao The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque.

A narrativa, a partir das “Metamorfoses” de Ovídio, evoca o destino do jovem caçador Actéon quando encontra a figura nua da deusa Diana acompanhada pelas suas ninfas, desfrutando de um banho num riacho na floresta. Num ímpeto, Diana espirra água sobre o imprudente caçador, transformando-o num cervo. Bem feito!


«Também o nosso corpo se transforma constantemente, sem pausa alguma, nem seremos amanhã o que fomos antes, ou o que somos.»

Gabriele Münter em Murnau

Com Gabriele Münter [19 Fevereiro 1877 – 19 Maio 1962], discípula e companheira de Wassily Kandinsky [1866-1944], o Museu Nacional Thyssen-Bornemisza continua a resgatar do esquecimento grandes artistas femininas do século XX, dedicando uma Exposição a esta figura central do expressionismo alemão, com mais de cem obras entre pintura, desenho, gravura e fotografia.
Da retrospectiva, que terminou na passada semana, fica a obra “As Escolas”, realizada no Verão de 1908 na cidade de Murnau, Baviera, período em que Münter se distanciou do estilo pós-impressionista e encontrou a sua própria linguagem.


‘A tocadora de alaúde’, de Orazio Gentileschi

Na passagem do aniversário da morte, neste dia 7 de Fevereiro em Londres, de Orazio Gentileschi [1563-1639], pintor maneirista natural de Pisa, na Toscana, pai da célebre Artemísia (1593 – por volta de 1656), também pintora a quem o Museu Jacquemart-André, um dos mais belos museus de Paris, dedica este ano uma exposição (a visitar em Maio), a obra A tocadora de alaúde, c. 1612/1620 – actualmente na National Gallery em Washington.

Sendo reconhecidamente um dos trabalhos mais famosos de Gentileschi, claramente sob influência de Caravaggio, com quem manteve uma relação de grande proximidade nos primeiros anos do século XVII, beneficia, se assim se pode dizer, de se identificar com o período inicial de Caravaggio, mais luminoso.

A jovem, sentada de costas, tem sobre a mesa um violino, uma flauta e um par de pautas de música; com a cabeça inclinada, ouve atentamente os acordes do alaúde. A combinação dos dois elementos sugere a representação da Harmonia…


‘Anunciação’, de Il Moretto da Brescia

Nos 470 anos sobre a morte de Alessandro Bonvicino [ca. 1495 – 1554], mais conhecido como Il Moretto da Brescia,  pintor italiano do Renascimento, activo em Bréscia, onde trabalhou com Lorenzo Lotto [1480-1556] e também em Veneza, onde terá estudado com Ticiano [ca. 1488 – 1576], fica a sua ‘Anunciação‘ de 1535-1540, que celebra o anúncio do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria de que seria a mãe de Jesus Cristo.
Esta obra pertence à Fundação dos Museus de Brescia, cidade onde Il Moretto morreu e que acolhe até Fevereiro de 2025 a exposição O Renascimento em Brescia. Moretto, Romanino, Savoldo 1512-1552.


Moretto - Anunciação

‘La clarinette’, de Georges Braque

The Clarinet was probably executed in the late summer of 1912, during the waning moments of Analytic Cubism. Characteristic of this period are the oval format, which frees the canvas from the stringencies of corners, the appearance of letters within the image, and the use of imitation wood grain as trompe l’oeil (a technique Georges Braque [13 May 1882 – 31 August  1963] introduced into the Cubist repertory). The image is paler and less strongly articulated than that of Pablo Picasso’s The Poet of the previous summer; the structure of planes is more compact and produces a shallower picture space. The planes, because they are more consistently parallel to the picture plane than before, suggest the flat surfaces of papier collé. Braque’s incorporation of sand into certain areas of his pigment, an innovation of this transitional period, enhances the differentiation of surfaces created by the variations of brushstrokes and increases the subtleties of coloration. The use of sand accords with Braque’s conviction that tactile qualities define space. Despite this emphasis on materiality the image remains evanescent. The paradoxical combination of tangible presence and elusive, palpitating abstraction is embodied in the contrasting handling of clarinet and guitar: the clarinet is shown almost complete, the guitar is fragmented into pieces that emerge here and there throughout the composition.

Lucy Flint. Via Guggenheim Museum 


 

Nos 410 anos da morte de El Greco

De El Greco [Creta, 1541 – Toledo, 07 Abril 1614), a obra Vista y plano de Toledo (cerca de 1610) pertence ao Museo del Greco em Toledo. Esteve em exposição no Museu do Prado entre 2009 e 2011.


‘Composição nº XIII’, de Piet Mondrian

Em mais um aniversário do nascimento do artista holandês Piet Mondrian [7 Março 1872 – 1 Fevereiro 1944], a Composição XIII, com uma linguagem próxima do cubismo,  pertence a um conjunto de obras executadas durante a estadia em Paris, entre 1911 e 1914, influenciadas pelo  contacto com o trabalho de Cézanne, Picasso e Braque no Moderne Kunstring – Círculo de Arte Moderna- em Amsterdão, antes de viajar para a capital francesa.


Piet Mondrian_composicion-no-xiii-composicion-2
Piet Mondrian – Composition No. XIII/ Composition 2 (1913)
Óleo sobre tela – 79.5 x 63.5 cm | Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, Madrid (sala 43)

‘Delicate Tension. N. 85’, de Wassily Kandinsky

Registada com o número 85 na lista Zarte SpannungDelicate Tension foi executada em 1923 por Wassily Kandinsky [16 Dezembro 1866 – 13 Dezembro 1944] na Bauhaus, prestigiada escola fundada em 1919, na Alemanha, pelo arquitecto Walter Gropius (1883-1969).
Entre 1923 e 1925, Kandinsky aprofundou a investigação da correspondência entre as formas e as cores, pelo que nas obras desse período predominam o círculo e o triângulo, as duas figuras geométricas planas mais fortemente contrastantes, na visão do artista russo.


Tensão Delicada. Nº 85 (1923) – Aquarela e tinta sobre papel.35,5 x 25,2 cm
Museu Nacional Thyssen-Bornemisza, Madrid

‘O outro e eu’ – Exposição de Paul Gauguin

No dia em que passam 175 anos sobre o nascimento de Paul Gauguin [1848 – 1903], a obra Pobre Pescador, que pertence ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), onde decorre até 6 de Agosto uma exposição inspirada no trabalho realizado pelo pintor pós impressionista durante as suas passagens pelas ilhas do Pacífico.


Gauguin_-_Pobre_Pescador_1896

‘Le Naufrage’, de Henri-Edmond Cross

Do Mestre Henri-Edmond Cross [20 Maio 1856 – 16 Maio 1910], co-fundador da Société des Artistes Indépendants em meados da década de 80, onde conheceu Georges Seurat, entre outros artistas do movimento neo-impressionista,  a obra ‘Le Naufrage’ (cerca de 1906), com pinceladas largas que criam um harmonioso efeito através da separação das cores.
Neste período, o seu trabalhou influenciou artistas como Henri Matisse e foi também importante no desenvolvimento do Fauvismo.


Henri-Edmond Cross, Le Naufrage, Vers 1906, huile sur toile, H. 46,0 ; L. 55,0 cm. ,
Donation sous réserve d’usufruit Ginette Signac, 1976, © Musée d’Orsay, Dist. RMN-Grand Palais / Patrice Schmidt