no matter how hard you try…
Ainda relacionado com o Julgamento Divino, Run On, de Moby.
Arquivo de Fevereiro, 2009
Ainda relacionado com o Julgamento Divino, Run On, de Moby.
Na ressaca dos Óscares e rendido à evidência do fenómeno Slumdog que, entre outros, recebeu merecidamente o de melhor banda sonora, aqui ficam duas referências da boa música de influência indiana: Nitin Sawhney e Talvin Singh.
http://www.nitinsawhney.com/
http://www.myspace.com/nitinsawhney
Gosto de surpresas. Das boas. Esta noite, contrariando favoritismos, “The Curious Case of Benjamin Button” será o melhor filme, Sean Penn o melhor actor e Angelina Jolie a melhor actriz. 🙂
Sem surpresa,os melhores secundários serão Penélope Cruz e Heath Ledger; Por exclusão de partes, “WALL-E” e “Waltz with Bashir” os melhores filmes de animação e língua estrangeira, respectivamente.
Estou dividido em relação às categorias de melhor realizador (Danny Boyle ou David Fincher…) e caracterização (“The Curious Case of Benjamin Button” ou “The Dark Knight”…). Há uma estatueta que “Slumdog Millionaire” merece, a de melhor banda sonora. Finalmente, a minha aposta para melhor argumento original vai para “In Bruges” e melhor argumento adaptado para “The Reader” .
No tapete vermelho, deslumbrará o casal da moda. 🙂
Editado:
01:30 – Começou! Por culpa da recessão, Hugh Jackman – o anfitrião da cerimónia – diz que no próximo ano vai entrar num filme chamado Nova Zelândia 🙂
01:40 – Quatro laureadas com o Óscar apresentam as candidatas a melhor actriz secundária.
Vencedora, Penélope Cruz – que inglês tão sexy, chica! – por Vicky Cristina Barcelona! Olé 🙂
01:55 – First Cup of Milk, com o Óscar de Melhor Argumento Original e o de Melhor Argumento adaptado para Slumdog Millionaire. Foi mesmo ao lado 😉
02:00 – A melhor Animação da noite, apresentada por um cão, um panda e um robô. WALLLYYYY! 🙂
A melhor curta é Maison en petits cubes.
02:15 – Donald Graham Burt, Victor J. Zolfoas, por The Curious Case of Benjamin Button, recebem o óscar para Melhor Direcção Artística. Estou com dificuldade em acompanhar o ritmo desta gente 🙂
02:20 – A Duquesa é a mais bem-vestida da noite. Recebe o prémio Michael O’Connor. Greg Cannom recebe o segundo Óscar para The Curious Case of Benjamin Button, na categoria de Caracterização. Merecidíssimo.
02:30 – O Óscar para a Melhor Fotografia, apresentado por Natalie Portman e um senhor com alzheimer, foi entregue a Anthony Dod Mantle, por Slumdog Millionaire.
02:45 – Spielzeugland – Melhor Curta-Metragem. Recebe Jochen Alexander Freydank.
03:05 – Joker ilumina a noite!
03:10 – Melhor Documentário: Man on Wire. James Marsh, Simon Chinn;
Melhor Curta-Metragem Documental: Smile Pinki – 2008: Megan Mylan
03:25/03:55 – O homem de negro entrega a terceira estatueta a The Curious Case of Benjamin Button pelos Efeitos Especiais e a segunda a The Dark Knight pelos Efeitos Sonoros; O Melhor Som, a Melhor Montagem, Melhor Banda Sonora 😉 e Melhor Canção Original são de Slumdog Millionaire.
04:05 – Surpresa! o japonês Okuribito recebe o Óscar de Melhor Filme em língua estrangeira, por Departures.
Agora isto vai aquecer. Quero mais surpresas!
04:20 – Se o Melhor Realizador é Danny Boyle, “receio” que Slumdog Millionaire “limpe” isto…
Aguenta, Benjamin.
04:30 – Cinco grandes actrizes apresentam cinco grandes candidatas a Melhor Actriz. A eleita é Kate Winslet. Merece, porque ensaiou o discurso com o frasco de shampoo na casa e banho.
04:40 – 3 grandes actores e dois assim-assim apresentam os candidatos a Melhor Actor do ano. YESSS!!! 🙂
Sean Penn merece todo o nosso respeito, independentemente das suas opções pessoais.
04:50 – This is the end of movies as we know it. Slumdog Millionaire consegue oito óscares, incluindo o de Melhor Filme. Para azia dos indianos… e uma ligeira indisposição minha. Thank You And Good Night.
Ainda que Nosferatu, eine Symphonie des Grauens de Murnau (1922) seja uma obra-prima, a minha versão preferida é a de Herzog – Nosferatu: Phantom der Nacht (1979) com Klaus Kinski (Conde Orlok), Isabelle Adjani e Bruno Ganz (o próximo Nosferatu).
A banda sonora de Popol Vuh encaixa bem no filme, mas Saraband de Georg Friedrich Händel fica mesmo a matar neste vídeo:
De levantar a tampa do caixão são as representações de John Malkovich – no papel F. W. Murnau, realizador de Nosferatu – e Willem Dafoe (o actor que teria encarnado o Conde Orlok), em Shadow of the Vampire (2000).
World Press Photo-2009, de 20 de Junho a 19 de Julho no Museu da Electricidade.
Um polícia entra numa casa americana para confirmar a evacuação de uma família na sequência de dívidas de hipoteca. Esta foto, tirada no Ohio a 26 de Março, conquistou o prémio de melhor imagem do ano para a World Press Photo.
Os membros do júri destacaram a força captada pelo americano Anthony Suau para a revista Time. Parece uma foto de guerra, mas trata-se apenas de uma ordem de expulsão de uma casa.
«A guerra, no seu sentido mais clássico, chegou à casa das pessoas porque simplesmente não podem pagar as hipotecas», explicou a juiz principal MaryAnne Golon à agência Reuters, enquanto um seu colega, Akinbode Akinbiyi, acrescentou: «Em todo o mundo as pessoas começam a pensar: isto pode acontecer-nos».
Manhã de 8 de Janeiro de 2008 em New Hampshire. Barack e Michelle Obama andavam em campanha, separados. Este raro momento de privacidade e introspecção captado durante a partilha do pequeno-almoço deu a Callie Shell da Aurora Photos para a revista Time o 1º lugar na categoria História de Notícias

World Press Photo 2008: 1º lugar em História de Notícias - Callie Shell, da Aurora Photos para a Time
Mais uma história de violência africana, numa das suas formas mais primitivas: Num conflito inter-tribal no Quénia, um grupo de homens lança flechas a um grupo rival. A foto, tirada a 1 de Março, deu ao japonês Chiba Yasuyoshi o 1º lugar em Notícias singulares.
Ainda no Quénia, agora com a violência pós-eleitoral numa das favelas de Nairobi: tirada em Janeiro, esta foto de um miudo em pânico com a chegada de um polícia de bastão em riste, deu ao argentino Walter Astrada o 1º prémio na categoria de histórias singulares.
Uma mulher com uma criança ao colo enfrenta um cordão policial, durante um processo de desocupação de terras, na província de Manaus, Brasil. Esta foto, tirada a 10 de março, deu ao brasileiro Luiz Vasconcelos, o 1º prémio na categoria de Notícias Gerais Singulares

World Press Photo 2008: 1º lugar em Notícias Gerais Singulares - Luiz Vasconcelos para a Zuma Press.
A 14 de Maio, Chen Quinggang (Hangzhou Daily) fez uma fotoreportagem sobre as operações de resgate, após o terramoto no Município de Beichuan, China. Esta foto, do transporte de um sobrevivente, valeu-lhe o 1º prémio na categoria de fotonotícias.
O mexicano Carlos Cazalis /Corbis, andou pelas ruas de São Paulo . Com grande sentido estético, esta foto de um sem-abrigo na entrada de um edifício valeu-lhe o 1º prémio na categoria de assuntos contemporâneos – histórias. Vale a pena ver as restantes.
Numa terrível luta contra o tempo para tentar salvar o maior número possível de sobreviventes, o bombeiro resgata ma criança com vida. O momento, captado pelo chinês Bo Bor em Maio na Província de Sichuan, ganhou o 2º prémio na categoria de fotonotícias.
John Kolesidis/Reuters nos motins de Atenas, na sequência da morte de um jovem durante uma manifestação. Obteve o 2º prémio na categoria Notícias Singulares.
As fotos foram surripiadas ao Telegraph
O Regresso da Depressão Económica e a Crise Actual
Paul Krugman – Editorial Presença, 2009
Sinopse: O Regresso da Economia da Depressão e a Crise Actual é a edição actualizada de um clássico da Economia, The Return of Depression Economics, da autoria de Paul Krugman, laureado com o Nobel da Economia em 2008. Nessa obra, publicada no ano de 1999, Krugman analisa a crise económica que assolou a Ásia e a América Latina e alerta para o facto de constituírem avisos à economia ocidental. Esta nova edição inclui reflexões sobre a crise actual e salienta o paralelo que é possível traçar entre ela e os acontecimentos que estiveram na origem da Grande Depressão. No seu estilo lúcido, claro e extremamente informativo, Krugman revela-nos de que forma a incapacidade dos reguladores para acompanhar as evoluções de um sistema financeiro cada vez mais incontrolável lançou os Estados Unidos e o mundo na maior crise financeira desde a década de 1930 e aponta as soluções indispensáveis para conter a crise e resgatar a economia mundial de uma recessão de resultados imprevisíveis.
Leituras recomendadas para entender o conceito “injectar liquidez no buraco”, este artigo de Pedro Carvalho e este de Jorge Braga de Macedo. Já agora, também a ressaca deste.
Amor Sagrado e Profano, obra-prima de Ticiano (1490-1576), foi pintada quando tinha aproximadamente 25 anos, para celebrar o casamento do veneziano Nicolò Aurélio (vide brasão no sarcófago) com a jovem viúva Laura Bagarotto, em 1514.
A noiva vestida de branco, sentada ao lado de Cupido, é ajudada pessoalmente por Vénus. A figura com o vaso de jóias simboliza a “fugaz felicidade na terra” e a que segura a chama ardente do amor de Deus simboliza a “felicidade eterna no céu”.
O título resulta de uma interpretação de meados do século XVIII e que dá desta obra uma leitura moralista da figura nua, considerando que o artista pretendeu assim exaltar o amor terrestre e o amor divino. Na realidade, a filosofia Neoplatónica do amor sagrado e profano em que Ticiano e o seu círculo acreditavam, contemplando a beleza da criação, conduziu a uma consciência da perfeição divina da ordem do universo. É por estas e por outras que temos divas. 🙂
Nesta pintura de amor campestre, Ticiano exaltou a delicada poesia lírica de Giovanni Bellini ou Giorgione e atribuiu-lhes uma grandeza clássica. O Amor Sagrado e Profano de Ticiano é um ícone da Galleria Borghese.
Mapa do Mundo
Babilónia, cerca de 700-500 AC – provavelmente de Sippar, sul do Iraque
Um Mapa Antigo, sem paralelo, do mundo da Mesopotâmia
Esta tábua contém, simultaneamente, uma inscrição cuneiforme e um mapa sem igual do mundo da Mesopotâmia. Babilónia é mostrada ao centro (retângulo na metade superior do círculo), bem como Assíria e Elam, centros do Império. A área central é circundada por uma inscrição aquática, “Mar Salgado”. A parte exteriro do círculo é rodeada pelo que, provavel e originalmente, foram oito regiões, cada uma identificada por um triângulo, designado “Região” ou “Ilha‘’, e marcadas com a distância entre si. O texto cuneiforme que descreve estas regiões (semelhante a uma criatura mítica) está incompleto.
Esta é uma das peças de visita obrigatória, no British Museum.
Durante os últimos dez anos de vida, Oliver Cromwell – 1599/1658 – foi um dos responsáveis pela morte de Carlos I de Inglaterra e pela abolição da Monarquia, entre 1649 e 1653. Até à sua morte, a então criada Commonwealth da Inglaterra viveu sob a sua generosa protecção.
Em 1659, a monarquia foi restaurada e Carlos II assumiu o trono. A Inglaterra conheceu então tempos de maior liberdade social e cultural. Foi neste enquadramento que, não se sabe ao certo em que dia, nasceu Henry Purcell, cuja efeméride dos 350 anos do seu nascimento se comemora este ano.
Henry Purcell é seguramente o mais importante compositor inglês e dos mais criativos do período barroco da História da Música Ocidental. Juntamente com Haydn, Mendelssohn e Handel, temos um magnífico quarteto! 🙂
Mais samples da sua obra no Sapo, na British Library Board e ainda na Amazon
No dia em que Darwin é notícia, verifico que as suas realizações não estão tão distantes, pois morreu apenas 79 anos antes de eu nascer. 🙂
Mais do que o espaço temporal, o que nos distancia são os progressos continuamente verificados.
Hoje, é grande a tentação de confrontar evolucionismo e criacionismo, o que não conduz a lado nenhum em especial, pois o evolucionismo está assente em teorias científicas, sempre postas à prova, enquanto que o dogma criacionismo não pode ser verificado.
Se Darwin vivesse hoje, dir-nos-ia que as teorias da criação, da selecção natural e do design inteligente, fazem parte integrante da história da vida na Terra.
A Exposição faz particular sentido na Gulbenkian, porque A Natureza É Uma Obra de Arte! 🙂
