Festival Temps d’Images 2008
Para uma rápida visualização da programação do Festival, publiquei um Magazine no Issuu
O Festival Temps d’Images está de regresso à cidade de Lisboa, de 29 de Outubro a 17 de Novembro. Um prémio de cinema é a novidade da sexta edição do festival que envolve nove entidades, entre elas, o Museu Colecção Berardo. Sob o mote “As fronteiras”, a aposta da programação continua a ser em projectos que fazem o cruzamento entre as artes cénicas e as artes da imagem.
O Museu Colecção Berardo acolherá o Festival de Cinema, entre 15 a 17 de Novembro. O concurso foi organizado e é dirigido pela artista multimédia e realizadora Rajele Jain que, em conferência de imprensa à Agência Lusa, realçou “o entusiasmo” de vários em apresentarem obras a concurso e a estreia nacional de alguns filmes portugueses. Foram seleccionados 22 filmes de 25 países, seis deles de realizadores portugueses.
Segundo Rajele Jain a opção pelo cinema no Festival visa “dar um enfoque ao trabalho do artista que, por vezes, é tímido e não o quer mostrar”. Serão também apresentados filmes “em que o realizador procura mostrar o olhar de um artista em relação à vida”.
O Festival começa no Museu Nacional de Arte Contemporânea/Museu do Chiado com a instalação “Western Union: small boats” de Isaac Julien, último passo da trilogia iniciada pelo artista em 2005 com “True North”.
O director do Museu do Chiado, Pedro Lapa, explicou à Agência Lusa, que a instalação aborda a chegada de africanos às costas europeias, nomeadamente da Sicília onde se passa a maior parte da acção. Esta instalação, que é “uma metáfora sobre uma situação chocante no mundo contemporâneo”, é constituída por três projecções mais duas suplementares sincronizadas e estará no Museu do Chiado, até 1 de Fevereiro.
Este não será o único evento a ultrapassar a data de fecho do Festival: na Embaixada de França, outro dos parceiros de Temps d’Images, estará patente uma exposição de arte contemporânea até 22 de Novembro. A exposição intitulada “Lumiére toujours” estende-se dos salões, sala das porcelanas e capela aos jardins onde Cabrita Reis propõe uma instalação especialmente concebida para o evento, intitulada “Among the trees“.
No muro da embaixada serão projectadas imagens de luz concebidas e realizadas por Nuno Maya e Carole Purnelle, “que mostrarão, em tamanho natural, cidadãos franceses em Lisboa, iluminados pelas cores das bandeiras de França e da Europa”, explicou Jean-Paul LeFèbvre, da embaixada.
Um novo espaço lisboeta, a LXFactory, que integra pela primeira vez o Festival, apresentará a instalação em ambiente interactivo “Reais jogos virtuais” de Isabel Valverde, dias 1 e 2 de Novembro. Outros espaços que acolherão iniciativas no âmbito do Festival são o Centro Cultural de Belém (CCB), a Culturgest, Cinemateca Portuguesa, Fundação EDP e galeria Graça Brandão.
Na Culturgest, a instalação do “performer e videoasta” Ivo Serra, “Tela”, é apresentada nos dias 6 e 7 de Novembro. A Culturgest acolhe ainda quatro iniciativas, duas delas em co-produção.. Via.