Tour Eiffel aux arbres, de Robert Delaunay
Sobre a obra Torre Eiffel com árvores, 1910 (Tour Eiffel aux arbres) de Robert Delaunay [12 Abr 1885 – 25 Out 1941], o Solomon R. Guggenheim Museum de Nova Iorque tem aqui um artigo.
Archive for the ‘ Museus ’ Category
Sobre a obra Torre Eiffel com árvores, 1910 (Tour Eiffel aux arbres) de Robert Delaunay [12 Abr 1885 – 25 Out 1941], o Solomon R. Guggenheim Museum de Nova Iorque tem aqui um artigo.
A propósito da Exposição “Vermeer et les maîtres de la peinture de genre” – 22 Fevereiro 2017 a 22 Maio 2017, o Le Figaro – Hors-Série dedica uma edição especial ao século de ouro da pintura holandesa.
Artigo de Sérgio C. Andrade, Ípsilon de 24 de Fevereiro de 2017
Em meados do século XIX, o coleccionador e crítico de arte francês Théophile Thoré-Bürger cunhou a expressão “a esfinge de Delft” para se referir ao pintor holandês Johannes Vermeer (1632-1675). A história da arte subsequente e o filme Rapariga com Brinco de Pérola (2003), de Peter Webber — com a fantástica luz coada pelo director de fotografia português Eduardo Serra, que lhe valeria uma nomeação para o Óscar —, fizeram o resto: Vermeer ficou confinado a essa imagem de artista sombrio e solipsista, fechado no seu mundo inacessível ao exterior. O facto de ter pintado pouco mais de três dezenas de telas, e de ter ficado na sombra de Rembrandt no caleidoscópio das figuras que fizeram o chamado “século de ouro” da pintura holandesa, completaram esse perfil do artista de Delft.
Foi também para alterar esta visão, e para colocar em perspectiva a obra de Vermeer, no contexto do seu país e do seu tempo, que o Museu do Louvre inaugura esta semana, dia 22, uma exposição que vem sendo preparada desde há já cinco anos, em articulação com as National Gallery de Dublin (Irlanda) e de Washington (Estados Unidos), e com instituições de vários países que têm a rara fortuna de possuir obras do pintor d’A leiteira (1658-59).
Vermeer et les maîtres da la peinture de genre (Vermeer e os mestres da pintura de género) é o título da “exposição-acontecimento” — a qualificação é do próprio Louvre -, que reúne, pela primeira vez na capital francesa, desde 1966, doze quadros do pintor em diálogo com obras de artistas seus contemporâneos: Gerrit Dou (1613-1675), Gerard ter Borch (1617-1681), Jan Steen (1626-1679), Pieter de Hooch (1629-1684) e Frans van Mieris — o Velho (1635-1681).
Apagar e ultrapassar a lenda do artista isolado no seu mundo, silencioso e inexpugnável, é pois o propósito da mostra, que simultaneamente dá a conhecer as circunstâncias em que esta geração retratou um país — então ditos os Países Baixos Unidos — que na época vivia também um momento de ouro na sua economia.
Paralelamente ao florescimento do barroco na Europa católica e do sul, a arte dos Países Baixos cultivava a designada “pintura de género”, uma espécie de estética realista que privilegiava como tema a vida quotidiana, homens e mulheres nas suas ocupações diárias.
Vista neste contexto, a pintura de Vermeer, na sua genialidade, ganha contudo novo sentido quando em diálogo com os artistas seus contemporâneos — acredita o Louvre. “Vermeer certamente viajou e viu o trabalho de outros pintores, se não ele não teria tido um tão grande conhecimento do que estava a acontecer no mundo da pintura. Como Rembrandt, ele nunca viajou para o estrangeiro, mas não foi um artista recluso em Delft, fechado a trabalhar no seu pequeno estúdio”, disse ao The Art Newspaper Blaise Ducos, o conservador do museu parisiense que é um dos comissários da exposição — os outros sendo Adriaan E. Waiboer (National Gallery, Dublin) e Arthur K. Wheelock (National Gallery, Washington). Depois do Museu do Louvre, onde ficará até 22 de Maio, Vermeer et les maîtres da la peinture de genre viajará para os museus de Dublin (17 de Junho a 17 de Setembro) e de Washington (22 de Outubro a 21 de Janeiro de 2018).
Em 1534, vinte e dois anos após concluir o tecto da Capela Sistina, Michelangelo Buonarroti [6 Março 1475 – 18 Fevereiro 1564] deixou Florença e regressou a Roma para atender a uma encomenda do Papa Clemente VII, a de concluir o trabalho na Capela, com a representação de um grande afresco atrás do altar.
No dia em que passam 450 anos da morte de Miguel Ângelo, fica O Juízo Final que o mestre pintou entre 1535 e 1541.

Detail from a large fresco titled ‘The Last Judgement’ painted by Michelangelo (1475-1564) Italian sculptor, painter, architect, poet, and engineer of the High Renaissance. Dated 16th Century. (Photo by: Photo12/Universal Images Group via Getty Images)
La grandiosa composición realizada por Miguel Ángel entre 1536 y 1541 se concentra en torno a la figura dominante del Cristo, representado en el instante que precede a la emisión del veredicto del Juicio (Mateos 25,31-46). Su gesto, imperioso y sereno, parece al mismo tiempo llamar la atención y calmar la agitación circundante: esto pone en marcha un amplio y lento movimiento rotatorio en el que se ven involucradas todas las figuras. Quedan fuera de éste los dos lunetos de arriba, con grupos de ángeles que llevan en vuelo los símbolos de la Pasión (a la izquierda, la Cruz, los dados y la corona de espinas; a la derecha, la columna de la Flagelación, la escalera y la lanza con la esponja empapada en vinagre). Al lado de Cristo se halla la Virgen, que tuerce la cabeza en un gesto de resignación: en efecto, ella ya no puede intervenir en la decisión, sino sólo esperar el resultado del Juicio. Incluso los Santos y los Elegidos, colocados alrededor de las dos figuras de la Madre y del Hijo, esperan con ansiedad el veredicto. Algunos de ellos se pueden reconocer con facilidad: San Pedro con las dos llaves, San Lorenzo con la parrilla, San Bartolomé con su propia piel en la que se suele identificar el autorretrato de Miguel Ángel, Santa Catalina de Alejandría con la rueda dentada, San Sebastián de rodillas con las flechas en la mano. En la franja de abajo, en el centro, los ángeles del Apocalipsis despiertan a los muertos al son de sus largas trompetas; a la izquierda, los resucitados que suben hacia el cielo recomponen sus cuerpos (Resurrección de la carne); a la derecha, ángeles y demonios compiten para precipitar a los condenados en el infierno. Por último, abajo, Caronte a golpes de remo, junto con los demonios, hace bajar a los condenados de su barca para conducirlos ante el juez infernal Minos, con el cuerpo envuelto por los anillos de la serpiente. En esta parte es evidente la referencia al Infierno de la Divina Comedia de Dante Alighieri. Junto con los elogios, el Juicio suscitó entre sus contemporáneos reacciones violentas, como por ejemplo la del Maestro de Ceremonias Biagio da Cesena, quien dijo que “era cosa muy deshonesta en un lugar tan honorable haber realizado tantos desnudos que deshonestamente muestran sus vergüenzas y que no era obra de Capilla del Papa, sino de termas y hosterías” (G. Vasari, Vidas). Las polémicas, que continuaron durante años, hicieron que la Congregación del Concilio de Trento en 1564 tomase la decisión de hacer cubrir algunas de las figuras del Juicio consideradas “obscenas”. El encargo de pintar elementos de cobertura, las llamadas “bragas”, fue dado a Daniel de Volterra, desde entonces conocido como el “braghettone” (Pone-Bragas). Las “bragas” de Daniel fueron sólo las primeras: en efecto, otras se añadieron en los siglos sucesivos.
Via Museu do Vaticano

“Dentro de la escuela de pintura italiana destaca la pareja de lienzos de Giovanni Paolo Panini [17 de Junio de 1691 – 21 de Octubre de 1765], ‘La expulsión de los mercaderes del templo’ y ‘La piscina probática’, pintados en Roma hacia 1724 y cuyas escenas, con numerosos grupos de personajes, se organizan en el marco de monumentales arquitecturas.” – Via Museo Thyssen-Bornemisza.

O tema de As Banhistas, em que composições figurativas se fundem com a paisagem, foi um dos conceitos que Cézanne [19 Janeiro 1839 – 22 Outubro 1906] desenvolveu ao longo da sua carreira artística, durante a qual reinterpretou várias versões e em diversos formatos o tema da mitologia clássica, procurando estabelecer uma ruptura com as possibilidades de representação pictórica e, simultaneamente, criar obras de valor intemporal.
Os corpos femininos nus de As Banhistas não foram incluídos pela sua beleza mas pela harmonia entre as figuras e a paisagem. A obra assumiu um papel inspirador durante o despontar do cubismo, nomeadamente para Picasso e Matisse.

Paul Cézanne, 1839 – 1906 | Bathers (Les Grandes Baigneuses) – about 1894-1905
nationalgallery.org.uk
O Retábulo “Adoração dos Reis Magos”, datado de 1423, pertence ao Museu Uffizi em Florença. Contém elementos da Procissão dos Reis Magos, da Fuga para o Egipto e da Apresentação ao Templo, incluindo ainda animais exóticos, como leopardos e macacos. Esta obra de Gentile da Fabriano [c.1370-1427] é um expoente do gótico italiano no início do século XV.
