Posts Tagged ‘ gravura ’

‘El despertar de la conciencia’, de Goya

A Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, na capital espanhola,  acolhe até Junho uma exposição com particular significado, o de apresentar restauradas e pela primeira vez todas as folhas de cobre utilizadas para estampar as gravuras do mais importante artista espanhol na transição do século XVIII para o século XIX, Francisco de Goya y Lucientes [1746–1828], que morreu neste dia 16 de Abril há 196 anos.
A Exposição ‘El despertar de la conciencia’, dividida em quatro secções, vale muito a pena uma visita, pois atravessa as diversas técnicas e atitudes que Goya utilizou durante a sua longa vida, como o óleo, o afresco e a gravura.
Um especial destaque para as placas de cobre realizadas para as séries de gravuras Caprichos (sala 1), Desastres da Guerra, Disparates, Expressividade da Razão e Tauromaquia (sala 2).
Como bónus, um grande trabalho de pequeno formato, que normalmente só se pode ver no Museu do Prado, “Vuelo de brujas” de 1798.


WhatsApp Image 2024-04-16 at 10.04.10

“El arraste”, 1793 – óleo sobre folha de latão  | Fundação Casa Ducal de Medinaceli


‘Mercúrio e as Três Graças’, de Agostino Carracci

Na passagem dos 420 anos da morte do pintor italiano Agostino Carracci [Bolonha, 16 Agosto 1557 – Parma, 23 Fevereiro 1602], ‘Mercúrio e as Três Graças’ (1589), pertencente ao período particularmente significativo de actividade como gravador em Veneza nos finais dos anos oitenta do século XVI, onde manteve uma estreita relação com Paolo Veronese [1528-1588] e Jacopo Tintoretto [1518-1594].


Mercury and the Three Graces, 1589
Agostino Carracci after Jacopo Tintoretto

‘Vedute di Roma’, de Giovanni Battista Piranesi

Giovanni Battista Piranesi [Veneza, 4 Outubro 1720 – Roma, 9 Novembro 1778] foi arquitecto, teórico e arqueólogo. Fascinado pelas antiguidades da Cidade Eterna deixou uma extensa obra como gravador, com destaque para as Vedute di Roma ou ‘Vistas de Roma’ e ainda o conjunto Carceri d’invenzione ou ‘Prisões Imaginárias’.


‘Circe and the Companions of Ulysses’, by Parmigianino

Girolamo Francesco Maria Mazzola, aka Parmigianino [11 January 1503 – 24 August 1540] – Circe and the Companions of Ulysses, c. 1527.

In this episode from the Odyssey, Circe offers Odysseus’s men a magic potion that will turn them into beasts, yet leave them helplessly aware of their changed state.

300 anos do nascimento de Giovanni Battista Piranesi

Giovanni Battista Piranesi [Veneza, 4 Outubro 1720 – Roma, 9 Novembro 1778], um dos maiores expoentes da Gravura europeia de quem se assinala, precisamente hoje, o terceiro centenário do nascimento, foi arquitecto, teórico, arqueólogo, restaurador de peças antigas e proprietário de uma importante oficina de arte em Roma.

Da sua extensa produção como gravador, suscitam o maior entusiasmo as espectaculares Vedute di Roma, bem como o conjunto Carceri d’invenzione ou ‘Prisões Imaginárias’ (1.ª ed. 1749-50; 2.ª ed. 1761), extraordinária produção de 16 gravuras a água-forte.
A sua abordagem da Antiguidade Clássica, cuja influência perdura até hoje, tem um excelente exemplo em Metropolis de Fritz Lang.


Exposição Piranesi em Milão  – 1 Outubro a 14 Novembro 2020 na Biblioteca Braidense.


«A Torre Redonda», de Carceri d’invenzione (Prisões Imaginárias) – ca. 1749–50

‘Pornokratès ou La Femme au cochon’, de Félicien Rops

Ce Jour Là il y a 186 ans naissait Félicien Rops [1833-1898], peintre, dessinateur, illustrateur, aquafortiste et graveur.

Une femme de profil, au port altier, seulement vêtue de bas noirs ornés d’une rangée verticales de fleurs roses et rouges, retenus par des jarretières bleues, de longs gants noirs, de bracelets dorés, d’une large ceinture dorée avec un gros noeud bleu, d’un collier bleu, de boucles d’oreilles bleues, d’un chapeau noir à plumes, de deux roses blanches dans les cheveux et d’un bandeau en voile blanc sur les yeux, se dirige vers la gauche, tenant en laisse un cochon. Trois angelots aux poses lascives voltigent devant elle, sur fond de ciel clair. Sous les pieds de la femme, une frise représente par des angelots l’allégorie de la sculpture, de la musique, de la poésie et de la peinture.

Prenda Minha

Partilho uma prenda especial, esta gravura de Foz-Côa em 1820, própria dos verdadeiros espíritos livres.
Obrigado, Querida Margarida!

VNFC-1820

Albrecht Dürer’s Rhinoceros, a drawing and woodcut

Albrecht Dürer [21 May 1471 – 6 April 1528]
This celebrated woodcut records the arrival in Lisbon of an Indian rhinoceros on 20 May 1515.
The ruler of Gujarat, Sultan Muzafar II (1511-26) had presented it to Alfonso d’Albuquerque, the governor of Portuguese India. Albuquerque passed the gift on to Dom Manuel I, the king of Portugal. The rhinoceros travelled in a ship full of spices.
On arrival in Lisbon, Dom Manuel arranged for the rhinoceros to fight one of his elephants (according to Pliny the Elder’s Historia Naturalis (‘Natural History’) (AD 77), the elephant and rhinoceros are bitter enemies). The elephant apparently turned and fled.
A description of the rhinoceros soon reached Nuremberg, presumably with sketches, from which Dürer prepared this drawing and woodcut.
No rhinoceros had been seen in Europe for over 1000 years, so Dürer had to work solely from these reports. He has covered the creature’s legs with scales and the body with hard, patterned plates. Perhaps these features interpret lost sketches, or even the text, which states, ‘[The rhinoceros] has the colour of a speckled tortoise and it is covered with thick scales’.
So convincing was Dürer’s fanciful creation that for the next 300 years European illustrators borrowed from his woodcut, even after they had seen living rhinoceroses without plates and scales.
Dom Manuel sent the rhinoceros to Pope Leo X in Rome, who had much admired ‘Hanno’, the elephant the king had sent him the year before. Sadly, the ship carrying the new gift sank before it reached Rome. Via British Museum.
Albrecht Dürer's Rhinoceros
In 1515, he created his woodcut of a Rhinoceros which had arrived in Lisbon from a written description and sketch by another artist, without ever seeing the animal himself. An image of the Indian rhinoceros, the image has such force that it remains one of his best-known and was still used in some German school science text-books as late as last century. Via Wikipedia.