Archive for the ‘ Museus ’ Category

‘Les Attributs des Arts…’, de Jean-Baptiste-Siméon Chardin

Jean-Baptiste-Siméon Chardin [2 Novembro 1699 – 6 Dezembro 1779], expoente do barroco francês, apresentou em 1765 no Salon três pinturas encomendadas pelo Marquês de Marigny: Les Attributs des arts, Les Attributs de la musique e Les Attributs des Sciences.
No ano seguinte, produziu Les attributs des arts et les récompenses qui leur sont accordées, que pertence actualmente ao MIA – Minneapolis Institute of Arts.


Jean-Baptiste-Siméon Chardin [1699-1779]
‘The Attributes of the Arts and the Rewards Which Are Accorded Them’, 1776
Minneapolis Institute of Arts (Minneapolis, MN, USA) – Gallery 306

Revelação do tecto da Capela Sistina

A 1 de Novembro de 2012 comemoraram-se os 500 anos da revelação do tecto da Capela Sistina ao Papa Julius II della Rovere (pontífice de 1503 a 1513).
Entre 1508 e 1512, quatro longos anos em cima de andaimes, à mercê do frio e do calor de Roma, Miguel Ângelo Buonarotti trabalhou praticamente em isolamento, apenas recebendo a visita do ‘dono da obra’ para lhe pedir que apressasse o trabalho. No final de 1509 entregou metade da obra, que seria concluída a tempo da celebração da Missa no Dia de Todos os Santos em 1512.

Os nove painéis centrais da abóbada ilustram cenas do Livro do Génesis, com os afrescos organizados cronologicamente em grupos de três episódios, relativos à origem do universo, do homem e do mal:

Separazione della luce dalle tenebre (Génesis 1,1-5)
Creazione degli astri e delle piante (Génesis 1,11-19)
Separazione della terra dalle acque (Génesis 1,9-10)

Creazione di Adamo (Génesis 1,26-27)
Creazione di Eva (Génesis 2,18-25)
Peccato originale e cacciata dal Paradiso terrestre (Génesis 3,1-13.22-24)

Sacrificio di Noè (Génesis 8,15-20)
Diluvio universale (Génesis 6,5-8,20)
Ebbrezza di Noè (Génesis 9,20-27)


Mais de duas décadas decorreram até Miguel Ângelo regressar a Roma para, sob encomenda do Papa Clemente VII [1478-1534], concluir o trabalho na Capela Sistina com a representação de Il Giudizio universale (O Juízo Final), um grande afresco atrás do altar, que o mestre pintou entre 1535 e 1541.

‘Le Pont de Moret, effet d’orage’, de Alfred Sisley

De Alfred Sisley [30 Outubro 1839 – 29 Janeiro 1899], ‘Le Pont de Moret, effet d’orage’, 1887


Alfred Sisley [1839-1899] – Le Pont de Moret, effet d’orage, 1887
MuMa – Musée d’art moderne André Malraux

‘Le Guéridon dans l’atelier’, de André Masson

De André Masson [4 Janeiro 1896 – 28 Outubro 1987], pintor, ilustrador e designer francês, a obra ‘Le Guéridon dans l’atelier’ (Pedestal Table in the Studio), de 1922, pertence à fase inicial do seu envolvimento no movimento surrealista, possivelmente no período em que partilhou o atelier com Joan Miró [1893-1983].


Pedestal Table in the Studio 1922 André Masson [1896-1987]
‘Pedestal Table in the Studio’, 1922
http://www.tate.org.uk

‘Les Baigneuses’, de Pablo Picasso

No dia do centésimo trigésimo nono aniversário do nascimento de Pablo Picasso [25 Outubro 1881 – 8 Abril 1973], a obra ‘Les Baigneuses’, produzida no Verão de 1918 em Biarritz, durante a de lua-de-mel com Olga Khokhlova, bailarina russa e uma das musas do artista.

Relacionado – «Picasso. Baigneuses et baigneurs», Exposição no Museu de Belas-Artes de Lyon, até 3 Janeiro 2021


Pablo Picasso[1881-1973] – Les Baigneuses, Biarritz, été 1918
Musée Picasso – Paris

‘Le Déjeuner sur l’herbe’, de Paul Cézanne

Apesar de a sua obra ser talvez dotada de menor visibilidade que a dos contemporâneos Paul Gauguin [1848-1903] e Vincent van Gogh [1853-1890], a grandeza de Paul Cézanne [19 Janeiro 1839 – 22 Outubro 1906] reside na qualidade coerente das suas realizações ao longo de quase meio século de actividade, sempre com grande liberdade interior.

A obra não assinada Le Déjeuner sur l’herbe, de 1876-1877 pertence ao Musée de l’Orangerie, Paris.

‘The Maas at Dordrecht’, de Aelbert Cuyp

No dia em que passam quatrocentos anos do nascimento de Aelbert Jacobsz Cuyp [20 Outubro 1620 – 15 Novembro 1691], considerado um dos principais pintores da Idade de Ouro Holandesa e apelidado de Claude Lorrain holandês, pelo facto de a sua produção artística assentar maioritariamente em paisagens, fica a obra ‘The Maas at Dordrecht’, c. 1650.

Dordrecht, cidade natal de Cuyp situada na confluência dos rios Maas e Merwede, é o cenário de um evento histórico quando numa manhã de Julho de 1646 uma frota com 30 mil soldados se reuniu numa demonstração de força perante a Coroa Espanhola.
No site da The National Gallery of Art em Washington está um podcast com uma descrição da obra.


Aelbert Cuyp [1620-1691] – ‘The Maas at Dordrecht’, c.1650


Aelbert Cuyp [1620-1691] – ‘The Maas at Dordrecht’ (detalhe)


Aelbert Cuyp [1620-1691] – ‘The Maas at Dordrecht’ (detalhe)


‘Le Jugement de Paris’, de Jean Antoine Watteau

Jean-Antoine Watteau [10 Octobre 1684 – 18 Juillet 1721]
Le Jugement de Paris, 1718-21 | Musée du Louvre


‘Regata no Grande Canal’, de Francesco Guardi

Adquirida por Calouste Gulbenkian em 1918, esta obra do pintor veneziano Francesco Guardi [5 Out 1712 – 1 Jan 1793] pertence à colecção permanente do Museu.


Francesco Guardi [1712-1793] – ‘Regata no Grande Canal’


A obra é inspirada numa pintura de Canaletto intitulada Regata no Grande Canal (Castelo de Windsor), realizada no início da década de 1730, cuja gravura, executada por Antonio Visentini em 1742, conheceu larga difusão. Em Guardi a perspectiva é porém mais profunda, o ponto de vista mais recuado e a linha de horizonte mais baixa, aspectos que se reflectem na quase duplicação da superfície do céu, de magnífico efeito atmosférico. O tratamento mais vivo do tema é ainda extensivo à execução das pequenas figuras agitadas que povoam a cena e nela participam activamente.

A pintura representa o Grande Canal visto de Ca’Foscari no momento de realização de uma regata. O artista constrói o espaço em profundidade desde a tribuna próxima do Palácio Balbi, até à Ponte de Rialto, no limite do horizonte. À esquerda é possível distinguir a macchina, pavilhão flutuante onde eram distribuídos os prémios aos vencedores. A rica decoração dos tecidos nas varandas e das embarcações enfeitadas de ramos, estandartes e divindades marinhas, denunciam uma alegria e uma sugestão de movimento ao gosto rococó.
Via Museu Calouste Gulbenkian.

‘Rue Clignancourt, Paris, le 14 Juillet’, de Gustave Loiseau

Gustave Loiseau [3 Oct 1865–10 Oct 1935], pintor francês do pós-impressionismo ligado à corrente artística École de Pont-Aven, ficou também conhecido pelas suas pinturas sobre as ruas de Paris.


Rue Clignancourt, Paris, le 14 Juillet, ca. 1925
Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, Madrid