Portugal e o Mundo nos séculos XVI e XVII – África

Mosqueteiro - detalhe

A expansão da fé cristã, num espírito que prolonga o das Cruzadas, levou à conquista de Ceuta, 1415. Iniciou-se a partir desta data a marcação de pontos estratégicos de controlo dos acessos ao mar Mediterrâneo, centro do comércio europeu então dominado pela presença árabe.
A par da navegação no oceano Atlântico, das viagens pela costa ocidental africana até ao Cabo Bojador, 1434, limite sul das terras então conhecidas, do estabelecimento de uma feitoria em S. Jorge da Mina, 1482, passou-se o Cabo das Tormentas, depois designado da Boa Esperança, 1487, assim se marcando a entrada no oceano Índico.
Conheceram-se os escultores/artesãos da Serra Leoa que talhavam marfim com grande requinte e talento, qualidades reconhecidas pelos navegadores portugueses que lhes encomendaram objectos para uso na Europa como saleiros, colheres, trompas, produtos exóticos no material e na expressão artística que, com frequência, copiavam gravuras que circulavam nos livros de culto cristão. Mais a sul, no Benim, ter-se-ão feito, após a invasão da Serra Leoa em 1550, encomendas semelhantes.
Chegados à foz do rio Congo em 1485, aí se funda a primeira igreja, 1491, havendo uma produção de esculturas em metal com expressão africana mas representando imagens de culto cristão, apropriação singular do imaginário e da mentalidade europeia. Via.

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Mosqueteiro - Reino do Benim, povo Edo - século XVI

O Reino do Benim entrou pela primeira vez em contacto com os europeus entre 1472 e 1486 e os seus governantes depressa se aperceberam da utilidade da sua chegada para a consecução dos seus interesses políticos. O equipamento militar dos portugueses, em particular, mereceu o maior interesse, uma vez que as armas de fogo eram desconhecidas. De facto, com o auxílio dos seus mosquetes e canhões, foram conseguidos importantes triunfos. Os soldados armados em breve se tornaram tema da arte do Benim. Em circunstâncias religiosas e rituais específicas, essas imagens criavam uma ligação simbólica a Olokun, deus do mar, e é possível que este tipo de figura exibindo as suas armas, funcionasse como defesa extremamente eficaz contra adversários, tanto visíveis como invisíveis. Estilisticamente, esta representação é única, pois contém um elemento de dinamismo e movimento que revela e torna claro o perigo e o poder aparentemente sobrenatural das armas de fogo.

A Herança de Atena – Rembrandt

O último e mais belo nu de Rembrandt (1606-1669) como despudorado pretexto 🙂 para divulgar a página sobre o pintor holandês, elaborada a partir do texto gentilmente cedido por João Chambers, que co-produziu o programa Herança de Atena de 18 de Janeiro de 2009 com Ana Mântua, destinado a assinalar a passagem dos 340 anos da morte do Mestre!

Rembrandt Harmenszoon van Rijn - Bathsheba at Her Bath, 1654

In This Light And On This Evening

Para ver e ouvir em Lisboa a 10 de Dezembro, no Campo Pequeno!

Dia Mundial da Alimentação

Paul Cezanne - Still Life with Green Melon, 1902-06

Edouard Manet - Le Dejeuner sur L'Herbe, 1863

Pablo Picasso - Still-life with Fruit-dish on a Table, 1914-15

Pierre-Auguste Renoir - Le dejeuner, c. 1879

Postais de Sintra – Graffiti

As fotos foram tiradas no mesmo local onde anteriormente estavam alguns destes bonecos.
Correndo o risco de ferir a sensibilidade de almas mais sensíveis, até que nem veria com maus olhos dar melhor uso a este muro… pois se há coisa de que não podemos queixar-nos é de falta de criatividade! 🙂

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Sé de Lisboa vítima de vandalismo de Estado

Exmo. Senhor Ministro da Cultura
Dr. José Pinto Ribeiro

C.c Director-Regional de LVT
C.c. Presidente do IGESPAR
C.c. Presidente da CML
C.c. Presidente da AML
C.c. Presidente da Junta de Freguesia da Sé

Vimos por este meio apresentar a V.Exa. o nosso protesto veemente por uma situação que consideramos grave e escandalosa, seriamente lesiva de um Monumento Nacional, e que pré-figura mais uma acção de vandalismo de Estado, uma vez que, ao que apurámos, é da exclusiva e inteira responsabilidade da Direcção-Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo e, portanto, desse Ministério.

Trata-se de uma intervenção de “restauro” que está a ser feita na pedra antiga junto ao portão Norte da Sé de Lisboa, sendo que anexamos fotos e breve descritivo em
http://cidadanialx.blogspot.com/2009/10/obras-de-restauro-na-se-de-lisboa.html#comments .

Antes deste protesto, consultámos o IGESPAR que nos garantiu desconhecer a situação, e a própria DRC-LVT que nos pediu que denunciássemos o caso para o seu próprio endereço de email, o que já fizemos, naturalmente.

A menos que se trate de uma intervenção justificável e reversível a breve trecho, consideramos que este episódio é sintomático sobre o estado de coisas relativamente ao património arquitectónico do país, e do entendimento que dele fazem os poderes públicos.

Já não bastava o efeito da poluição e o vandalismo anónimo que continuamente atentam contra o nosso património, para que sejam agora os próprios responsáveis pela conservação dos Monumentos Nacionais a adulterá-los.

Finalmente, e em jeito de rodapé, não podemos deixar de dar conta da nossa preocupação em relação a um projecto de intervenção profunda na mesma Sé, projecto esse a ser elaborado neste momento pelos serviços da mesma DRC-LVT, o qual, à semelhança do Terreiro do Paço, se prepara para ser anunciado à população como um facto consumado. É preciso que este projecto seja divulgado quanto antes!

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, Nuno Caiado, António Branco Almeida, Pedro Gomes, António Sérgio Rosa de Carvalho e Jorge Santos Silva

Leitura aconselhada: Estado de conservação da Sé de Lisboa é de alerta público http://bit.ly/LBGzu

Whirlpool Galaxy

A Galáxia Whirlpool, conhecida como Messier 51a, encontra-se na Constelação de Canes Venatici, a uma distância de 30 milhões de anos-luz da Terra. Foi descoberta neste dia, no ano de 1773 por Charles Messier, astrónomo francês que viveu de 1730 a 1817 e se notabilizou poela descoberta de 20 cometas.

A Imagem de alta resolução da Nasa mostra a Galáxia Whirlpool que, tal como a Via Láctea, é uma galáxia de braços espirais, onde se nota a presença de manchas escuras de poeira em conjunto com zonas de elevada luminosidade

A partir de Segunda-Feira…

  • Como é com o Campo das Cebolas? Há concurso público? Há estacionamento subterrâneo?
  • Os edifícios classificados IIP e/ou inventariados no PDM passam a ser preservados de facto e o seu esventramento impedido?
  • Avançam ou não avançam as obras de reabilitação do Capitólio?
  • Acaba-se o esventramento de Monsanto e o rumo passa a ser o aumento da zona verde?
  • E o clube de tiro, sai ou não sai?
  • Os edifícios classificados IIP e/ou inventariados no PDM passam a ser preservados de facto e o seu esventramento impedido?
  • A CML vai, finalmente, impor-se ao Metro e à Carris, ou tudo vai continuar como sempre foi?
  • Contentores vs. cruzeiros, quem fica com Alcântara?
  • Uma nova Feira Popular é para valer ou para esquecer de vez?
  • Vai haver mais zonas da cidade com trânsito condicionado, ou retrocede-se, abrindo as cancelas e fazendo vista grossa?
  • Vai haver coragem para restringir o trânsito a montante da Baixa?
  • Vai haver um plano integrado de recuperação dos logradouros públicos, sem ser com vista a estacionamento automóvel?
  • Vai-se falar menos do Plano Verde e mais do PDM e da necessidade de rever este “em alta” e não “em baixa”?
  • Lisboa vai ficar a saber o que de facto vai ser feito na Boa Hora, na Penitenciária e nos ex-Hospitais Civis de Lisboa?
  • A CML vai ter de facto uma Política Cultural?
  • Vai-se continuar no equívoco de que para cada lisboeta tem que haver um lugar de estacionamento?
  • Os projectos arquitectónicos vão estar disponíveis para consulta pública antes de serem votados em reunião de CML?
  • Vai haver respeito pelo mobiliário urbano de época (candeeiros, bancos, chafarizes)?
  • A CML inicia ou não o resgate do Odéon para os lisboetas?
  • Vai haver túneis na Duque de Loulé? E no Saldanha?
  • Haverá alguém que se lembre, finalmente, que a Linha de Cintura é, já de si, a melhor rede possível de metro de superfície?
  • O Largo do Rato irá finalmente ser reformulado, estética e funcionalmente?
  • O eléctrico 24 irá ser finalmente reaberto, circulando do Cais do Sodré às Amoreiras, com extensão ao Carmo?
  • O Campo Grande vai ou não vai ser intervencionado, de cima a baixo?
  • Alguém fará um quadro comparativo dos custos de oportunidade de IPO na Praça de Espanha vs. IPO em Chelas?
  • Será tornada pública a análise custo/benefício de uma TTT em ponte e em túnel?
  • O Intendente deixará de ser uma das chagas de Lisboa?
  • Haverá mais força para se finalizar o Palácio da Ajuda?
  • Vão mudar os arquitectos do regime?
  • As Zonas 30 vão fazer parte do dia-a-dia da maior parte dos bairros, ou não se vai passar de experiências-piloto?
  • A Rua de São José vai ser intervencionada ou não?
  • Alguém consegue fazer ver à Frente Tejo que os 2 degraus do Terreiro do Paço ainda são demais?
  • Alguém consegue fazer ver à Frente Tejo que as “cartas de marear” nos passeios laterais serão um elemento espúreo?
  • Será que a CML vai, finalmente, corrigir o poço de ventilação no Rossio e apresentar a factura ao Metro?
  • Quantas mais suspensões ao PDM vão ser efectuadas?
  • Será possível conhecer quem são os donos da esmagadora maioria dos prédios abandonados e dos terrenos expectantes em Lisboa?
  • Lisboa vai ter as esplanadas disciplinadas, os “mupis” corrigidos e a calçada portuguesa arranjada?
  • Vai ser tornado público o cronograma de intervenções no Nó de Alcântara?
  • Vai haver bom senso na questão dos Coches?
  • A CML vai decidir o que fazer às piscinas municipais de Areeiro, Campo Grande e Olivais, cujos concursos ficaram desertos?

Twittes coligidos @cidadanialx

Musica Aeterna – Guillaume Dufay

A página sobre Guillaume Dufay, compositor francês que viveu, talvez, de 1397 a 1474 e, exercendo a sua arte num período de relativa estabilidade harmónica, se destacou mais como um artista completo do que, propriamente, por ser um inovador ousado, foi elaborada a partir do texto gentilmente cedido por João Chambers, que produziu o MUSICA AETERNA – Programa 410 – 10 de Outubro de 2009

Guillaume Dufay (1400-1474) – Kirie, da Missa L’homme armé (a quatro vozes)The Hilliard Ensemble

Anos 70 – Atravessar Fronteiras

Organizada pelo Centro de Arte Moderna José Azeredo Perdigão (CAMJAP) e pelo Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian e comissariada por Raquel Henriques da Silva, Anos 70 – Atravessar Fronteiras propõe duas áreas temáticas: a necessidade de intervir e experimentar; série e variação.
A exposição reúne um conjunto de obras oriundas da colecção do CAMJAP, mas também da Fundação de Serralves, do Museu do Chiado, do Museu Colecção Berardo, da Culturgest e de diversas colecções privadas. Traça-se assim um panorama da arte em Portugal, pontuando-a com momentos da arte internacional. Em complemento, realiza-se uma mostra expositiva de artistas nascidos nos anos 70 e apresenta-se alguma documentação.
Em Portugal, a dinâmica dos primeiros anos da década de 70 manifesta com clareza que a revolução estava já em marcha e que a mesma muito deve à criatividade provocatória e cívica dos artistas e outros agentes culturais. Dos cerca de 100 artistas presentes, há figuras tutelares há muito consagradas e jovens artistas em início de carreira.
O critério de selecção foi histórico, numa perspectiva de “obra aberta”: operou-se por áreas temáticas ou afinidades inesperadas, propondo aos visitantes que construam o seu próprio percurso. Foi ainda possível encomendar a alguns artistas obras que haviam deixado de existir – o caso de uma instalação de Alberto Carneiro ou do Portugal de José Aurélio -, ou a reconstrução e reapresentação de outras, como as instalações de Ana Vieira, Alberto Pimenta e Rui Orfão. Via.

Helena Lapas S/Título, 1970 Tapeçaria bordado 200 x 110cm Col. Helena Lapas

Artur Rosa Homenagem a Josef Albers, 1972 XL/XXXIV Serigrafia a três cores sobre papel Papel: 56,2 x 56,3 cm

Renée Gagnon Muro da dança, 1978 Gravura 70,5 x 100 cm Col. Renée Gagnon