Archive for the ‘ Música ’ Category

Maurizio, o Espontâneo.. Pollini, o Expressivo..

Maurizio Pollini é um dos grandes pianistas do nosso tempo, a par de nomes como Vladimir Horowitz, Alfred Brendel, Emil Gilels, Sviatoslav Richter, Arthur Rubinstein e Claudio Arrau, o jovem Krystian Zimerman, Vladimir Ashkenazy, Glenn Gould, entre outros..

Hoje, para quem conseguiu bilhetes(!) dá um grande recital no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em que interpreta Chopin – Nocturnos e Sonata nº 2.

A superior visão, ao transpôr para o século XX com uma fidelidade transcendente nas suas interpretações, por exemplo das 32 Sonatas para Piano de Beethoven, fazem de Pollini – mais do que um intérprete, um virtuoso, no rigor com que toca as notas que Beethoven, Chopin e Schuman escreveram, e que iam para além do seu tempo e dos instrumentos que possuiam na altura.

Aprecio em particular as interpretações de Beethoven: Piano Sonata no.17 in D minor, op 31 no.2,  The Tempest  e Piano Sonata nº 21 in C major, op.53 Waldstein; Schuman: Fantasia in C major, op.17 e Arabeske, op.18; E o magnifico Concerto for Piano and Orchestra in A minor, op.54

A única gravação que fez do Piano Concerto K.488 in A major de Mozart, com Karl Böhm e a Vienna Philharmonic em 1976, foi uma espécie de milagre, segundo Pollini.

the finest art of jazz

Ou a arte de comprar nos saldos artigos de primeira!

Estão disponíveis perto de duas dúzias de títulos da série The Rudy Van Gelder Edition da Blue Note, com preços abaixo dos 9 euros! É mais difícil escolher do que deixar lá o dinheiro..

Na última visita, vieram estes dois cromos:



Wayne Shorter, JUJU

Blue Note Records, RVG Edition

21 de Abril, 1967 – Englewood Cliffs, NJ

Wayne Shorter, tenor sax / McCoy Tyner, piano / Reggie Workman, bass / Elvin Jones, drums

Um Grande Shorter!

Destaco House of Jade, Mahjong e Yes or No.

No seu todo, é um trabalho muito harmonioso, muito bom!



McCoy Tyner, The Real McCoy

Blue Note Records, RVG Edition

03 de Agosto,1964 – Englewood Cliffs, NJ



Joe Henderson, tenor sax / McCoy Tyner, piano / Ron Carter, bass / Elvin Jones, drums

Gosto em particular de Tyner e Henderson em Search for Peace e de Tyner em Blues on the Corner

A propósito destas coisa da música, soube ontem pelo António e pelo Nuno – podias permitir a linkagem dos posts, companheiro!.. que os meus receios sobre o destino da All jazz eram fundados, infelizmente!

Aproveito para saudar o João, que não sabia por aqui! Mais vale tarde que nunca!

Resistência Activa, ou A Idade dos Porquês!

Houve uma altura em que comprava com frequência.. depois, a intermitência e consequente infidelidade justificava-se pela paixão pelo jazz..

Mais recentemente, talvez fruto de maior divulgação, voltei a dar alguma atenção a este ícone dum certo género de imprensa, que nos dá música há 20 anos!



Posted by Hello

Esta edição especial comemorativa dos 20 anos do Blitz é para guardar!

Um Euro bem investido!

Contém uma lista dos melhores álbuns portugueses de sempre, fruto de uma votação de músicos, editores, jornalistas..

..Onde encontramos, para além dos clássicos, os Ocaso Épico, Mler Ife Dada, Pop Dell´Arte, Ornatos Violeta! Que cena!

A selecção de textos que compõem as rubricas 20 anos em capas, twilight zone e 20 anos em revista.. são autênticas pérolas!

É muito interessante a oferta do Calendário para 2005, com fotos de 24 bandas portuguesas, que ao longo deste ano tiveram especial destaque, como os Great Lesbian Show, Blasted Mechanism – talvez uma das mais criativas bandas da actualidade, os Da Weasel, Fonzie, Rodrigo Leão, Hipnótica, Gomo, Pluto, Loto, Zen..

O Blitz está de parabéns!

Do etéreo..

Saídos da cena punk a par dos Siouxsie & The Banshees ou dos Cure, os Cocteau Twins inventaram combinações acústicas e adicionaram uma nova e bela linguagem à paisagem musical.. ao longo de quinze anos!

Stars & Topsoil: A Collection 1982-1990

Esta compilação reúne 18 músicas criteriosamente seleccionadas e que sugerem o bem e o mal, o céu e a terra. A dificuldade em destacar alguma faixa é quase uma blasfémia, mas Lazy Calm é daquelas músicas que devíamos ouvir ao acordar…

Blind Dumb Deaf – Sugar Hiccup – My Love Paramour – Pearly-Dewdrops’ Drops – Lorelei – Pandora – Aikea-Guinea – Pink Orange Red – Pale Clouded – White – Lazy Calm – The Thinner The Air – Orange Appled – Cico Buff – Carolyn’s Fingers – Fifty-Fifty Clown – Iceblink Luck – Heaven Or Las Vegas – Watchlar

A maravilhosa Elizabeth Fraser colaborou entretanto em diversos projectos, com especial destaque para a sua participação no álbum Mezzanine dos Massive Attack.
Os outros deuses menores são Robin Guthrie e Simon Raymonde!
Os islandeses Sigur Rós, que têm nos Cocteau Twins a sua fonte de inspiração, transportam por estes dias a sua herança para uma nova geração de apreciadores desta bela música.
Um tesouro para guardar.. e ouvir até ao fim dos tempos!

O dia seguinte

Ron Carter – Foursight

Concerto esgotado!

Os quatro elementos da banda entram em palco com uma flôr branca nas mãos..

O jazz de Ron Carter parece resistir ao tempo e aos movimentos estéticos que se têm desenvolvido ao longo dos anos, sem concessões, mantendo a pureza da sua música e do seu estilo.

Magistralmente, o contrabaixo marca o ritmo durante todo o espectáculo, que os restantes elementos vão seguindo com precisão, com Payton Crossley mais discreto na bateria.

Destaque para Steven Kroon – percussão, que polvilha a sala com elementos de bossa nova durante hora e meia, num registo de grande execução.

Stephen Scott tem neste concerto alguns momentos de grande harmonia e beleza ao piano, e por breve instantes os seus esgares fazem recordar o mestre Keith Jarrett.

Uma noite em cheio!

Jazz como presente

Hoje o serão vai ser passado em Guimarães com o meu amigo Alberto e o nosso amigo comum Ronnie

Mas antes disso, temos que tratar de nós…

Sim, porque a gente do nuorte trata-se bem…

Mais logo, vamos à Universidade do Minho ouvir o quarteto de Ron Carter, o contrabaixista que mais discos gravou até hoje, e que também fez parte do quinteto de Miles Davis

Enfim, não tenho dúvidas de que teremos uma noite bem passada..

around jazzy

Marc Moulin – Top Secret

1. Into the Dark

2. What?

3. Bottle

4. Théo

5. Organ

6. In My Room

7. Tenor

8. Day Fever

9. It’s to Say

10. Feet

Marc Moulin é uma referência no Acid Jazz. Influenciado por Miles Davis, Herbie Hancock, este pianista belga começou por tocar piano nos anos 60.

Nos anos 70 formou uma banda de jazz de fusão, os Placebo, que ganhou um prémio no Montreux jazz Festival em 1972.

Este álbum, de 2002, muito funky, com alguns grooves na onda de St Germain, é mais um bom trabalho na área do dance jazz. Gosto muito.

“I want to combine my preference for jazz with my passion for electronic music. There have always been artists at Blue Note in particular who have latched on to the more modern forms of popular music and who have adapted it to jazz. So I feel close to artists ranging from Miles Davis, Herbie Hancock and Eddie Harris to today’s US3, Erik Truffaz and St. Germain”. (Marc MOULIN)

luminosidade intensa ou o triunfo da simplicidade

Um concerto imperdível para quem aprecia jazz!

Concerto não, performance, ou melhor ainda, perfumar – é o que o Jan Garbarek vai fazer esta noite no Grande Auditório do CCB.

Os vôos prolongados do saxofone tenor de Garbarek atravessam-nos a alma.

O estilista Eberhard Weber, no seu indomável contrabaixo, é quem nos prende à terra.

É um reencontro desejado, e seguramente as tonalidades desta noite ecoarão pelo fim-de-semana.

Até jazz, LUNA! Até logo, VOXX!



Ainda me lembro da noite em que calaram a XFM!

São estas frequências que abalam a Indústria? Não me parece.

É o mercado, dirão alguns.

Se as audiências significam alguma coisa, então também não acredito que seja por aí.

Então qual a justificação para fecharem a Luna e a Voxx?

Seria interessante ouvir o Nobre Guedes sobre o assunto.

Não entendo.

Está em causa uma imensa minoria, que merece respeito.

Um dia destes descobrem a Oxigénio, e por aí fora!

Cá por mim, vou tentar ouvi-las até ao último hertz…

Um abraço aos profissionais!

Espero sinceramente que as coisas melhorem

Recebi esta semana a edição da All Jazz de… 07/08 de 2003!
A coisa não está fácil! basta ler o editorial. O país está mesmo assim?!

Até um projecto válido como este, independente, altruísta – como deveriam ser as publicações do género, com uma adesão inicial fantástica, uma excelente abordagem ao panorama jazzístico actual, plena de oportunidade, parece que está a passar pela eterna dependência da publicidade.

Estarei a ser ingénuo? Claro que não, eu sei como funcionam os mercados.
A questão é que, face aos problemas entretanto surgidos, a reedição da revista foi feita em baixa!
É pena ver a qualidade dos textos e das entrevistas decair.
Vamos ver o que o futuro (?) nos traz…!
De qualquer modo, continua a recomendar-se, pois é das poucas referências disponíveis em português!

A propósito, ainda saboreio o serão na Culturgest com o meu amigo Bobby Hutcherson. Quem não viu… visse!!