Archive for the ‘ Música ’ Category

Historia de Amor y Muerte

«O Amor é filho de Boémia; nunca conheceu lei alguma; se tu me amas, eu não te amo; se eu te amo, sê cauteloso»
Esta sinceridade de Carmen, a mais famosa habanera da história da música – L’amour est un oiseau rebelle que nul ne peut pas apprivoiser… (1º Acto) -, que procura o amor do dia e não o amor da sua vida, foi-lhe tão fatal quanto a fatalidade de viver permanentemente apaixonada. «Quem quer a minha alma? Ela está livre!» Dom José, perde-se de amores  por esta cigana sevilhana, que o manipula até ao abismo; A paixão e o ciúme toldam-lhe o espírito de tal forma, que o jovem militar irá tornar-se num assassino. «Não tenho medo de nada. Carmen nunca cederá! nasceu livre e livre morrerá!»
A cena final do 4º e último Acto decorre no exterior da Praça de Touros, em dia de Corrida. Carmen, que se enamorara pelo toreador Escamilho, reage com indiferença aos avisos das amigas de que Dom José estava na cidade, como que antecipando o que o destino lhe reserva. Dom José chega para a levar e ela rejeita-o. «Je l’aime et devant la mort même, je répèterais que je l’aime!»
O que a desgraçada foi dizer… 😦

Georges Bizet (1838-1875) compôs Carmen com o admirável texto escrito pelos libretistas Meilhac e Halévy, a partir de uma novela publicada por Merimée em 1845 na revista «Dois Mundos».
Estreada em Março de 1875 na Ópera Cómica de Paris, onde as críticas foram duríssimas, a popularidade de Carmen tornou-se numa referência das obras musicais inspiradas em Espanha embora, quer Bizet quer os libretistas nunca lá tenham estado. 🙂
Este vídeo pertence à adaptação de Carmen para cinema, realizada por Francesco Rosi há 25 anos – creio que foi num dos ciclos de cinema no Fórum Picoas que a vi…

‘Abendmusiken’, de Dietrich Buxtehude

O mestre-organista Dietrich Buxtehude foi um dos maiores expoentes do período barroco alemão. Na cidade alemã de Lübeck, onde viria a morrer em 9 de Maio de 1707, com 70 anos de idade, Buxtehude exerceu as funções de Werkmeister  e organista da Marienkirche desde 1668.

Bach e Handel visitaram Buxtehude
Em 1703, Buxtehude  foi visitado pelo jovem virtuoso Handel, já reconhecido como um excelente artista. Dois anos mais tarde, Bach viajou para Lübeck na esperança de ouvir a famosa Abendmusiken (música nocturna) tocada por Buxtehude, com quem passou os meses seguintes a aprender a técnica – Albert Schweitzer fez notar as semelhanças de tratamento de Bach e Buxtehude no Prelúdio Coral  Ein’ feste Burg ist unser Gott.


Handel – Zadok the Priest

Escrito em 1727 para a coroação do Rei George II e da Rainha Carolina, Zadok the Priest é um dos quatro hinos compostos por Handel para o efeito e o único que, até hoje, tem sido tocado em todas as cerimónias de coroação em Inglaterra.

Em Zadok the Priest, Handel parafraseia textos da Bíblia do Rei James, sobre a consagração de Salomão – A Rainha Bathsheba implora ao Rei David, às portas da morte, que entregue a coroa a seu filho, Salomão.

 

Escrito para coro e orquestra, o hino inicia-se com uma tensão crescente entre instrumentos até à entrada do coro, com grande intensidade dramática. Que tal, ouvir “Rejoicing”, “God save the King” e “Alleluia” como prelúdio da Meia-Final da Liga dos Campeões entre Arsenal e Manchester United? 🙂

celebrações em 2009

Durante parte do mês de Abril, esteve ali ao lado a pergunta “Qual dos 4 magníficos celebrados este ano é o seu preferido?”, referente a quatro compositores incontornáveis – um verdadeiro alinhamento dos planetas!

Henry Purcell, cuja efeméride dos 350 anos do seu nascimento se comemora este ano,  Georg Frideric Handel, quando passam 250 anos da sua morte; As comemorações dos 200 anos que passam sobre a morte de Joseph Haydn e o nascimento de Felix Mendelssohn.

Os meus agradecimentos ao visitante que votou – Haydn é o seu preferido.
O meu preferido é Handel.

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Por outro lado…

Nem tudo vai mal na Lusitânia. Melhor dizendo, temos até bons motivos de satisfação sobre o jazz que se toca por cá; Desde o jovem Júlio Resende, que me fez uma simpática dedicatória no disco Alma, até este fresco de Rui Caetano, temos gente muito talentosa e com carreiras promissoras.

As imagens do vídeo são de autoria do fotógrafo inglês Stu Egan e a faixa Luisa pertence ao Álbum Reflexos, de 2008.

Rui Caetano, piano – Bernardo Moreira, baixo – Marco Franco, bateria.

Kind of Blue – 50º aniversário

Faz hoje precisamente 50 anos que, com as faixas Flamenco Sketches e All Blues, se concluía a gravação em Estúdio da obra-prima de Miles Davis, Kind of Blue.
Sob a forma de tributo, criei uma página, especialmente dedicada a esta obra maior do jazz, que tive a felicidade de receber como prenda de Natal. 🙂

Miles Davis - Kind of Blue, 1959

Miles Davis - Kind of Blue, 1959

Handel – música eterna

Coloquei aqui uma página, a partir do texto gentilmente cedido por João Chambers, com o qual produziu o MUSICA AETERNA do passado sábado 11 de Abril de 2009, dedicado a assinalar os 250 anos da morte de Georg Frideric Handel, data que hoje se celebra com fogo de artifício. 🙂

Breve biografia, via Antena 2
George Frideric Handel nasceu em Halle a 23 de Fevereiro de 1685. Começou a tocar cravo às escondidas do pai, que não queria vê-lo como músico. Quando de uma visita à corte de Saxe-Weisenfells, o duque, impressionado com seu talento, convenceu o seu pai a colocá-lo sob a orientação de F.W. Zachau, organista da catedral de Nossa Senhora, em Halle. Aos sete anos, aprendeu vários instrumentos contraponto e composição.
Aos onze anos já era um mestre no órgão, violino, cravo e outros instrumentos e começou a compor. Atendendo à vontade do pai, Handel fez estudos jurídicos na universidade de Halle, doutorando-se em direito.
Em 1703 transferiu-se para Hamburgo, então o centro teatral da Alemanha. Foi aí que se encenou a sua primeira ópera, Almira (1705), valendo-lhe várias encomendas, conseguindo recursos com os quais, se mudou para a Itália. Foi muito bem sucedido como compositor de música sacra, de música de câmara, de oratórias e de óperas, em Roma, em Nápoles e Veneza, onde rivalizou, em prestígio, com o grande Alessandro Scarlatti.
De volta à Alemanha, foi então convidado pelo príncipe de Hannover, George Ludwig, para ocupar o cargo de mestre de capela na sua corte, em 1710. Foi então para a Inglaterra, onde compôs a ópera Rinaldo. Handel sentiu-se mais fascinado pelo centro musical de Londres, para onde viajou antes de assumir o cargo em Hanôver. Dividiu o seu tempo entre as duas cidades, fixando-se em Londres em 1713, vivamente prestigiado pela corte da rainha Ana. Em 1714, com a morte da rainha, ascendeu ao trono inglês, como rei George I, o eleitor de Hanôver. Handel tornou-se o músico principal da corte.
De volta a Hanôver, em 1717, compôs A Paixão. Mas logo regressou a Londres, designado mestre de capela pelo duque de Chandos. Compôs o oratório Esther e várias obras sacras. Foi professor de música das princesas de Gales em honra das quais compôs as Variações harmónicas para cravo.
Como maestro da Academia Real de Música (1720), desenvolveu intensa actividade, compondo óperas em estilo italiano que obtiveram enorme sucesso. Em 1737 foi atingido por uma paralisia parcial, e em 1738, a sua companhia de óperas foi à falência. Handel abandonou o género. Foi com Judas Macabeu (1747), composto para celebrar a vitória inglesa contra os rebeldes escoceses, que Handel pode desfrutar de um novo período de popularidade. Os seus últimos anos foram prejudicados pela cegueira progressiva, porém, continuou a trabalhar com grande energia e, dias antes da sua morte, ainda dirigiu O Messias, no Convent Garden. Handel morreu em Londres a 14 de Abril de 1759.

André Previn

No 80º aniversário de André Previn, a EMI Classics homenageia o músico com o lançamento de uma caixa com 10 cds… e eu quase a fazer anos! 🙂
André Previn – The Great Recordings (The LSO Years 1971-1980), com a London Symphony Orchestra.

 

Encontrei no Youtube uma interessantíssima conversa entre André Previn e… Oscar Peterson!!! 
A conversão do vídeo tem um pequeno desfasamento com o áudio mas, de qualquer modo, são minutos bem aproveitados.


Condutor de Domingo

The Limp Twins – Sunday Driver

Black & White

Gosto da música dos The Raveonettes e, particularmente, deste magnífico vídeo!
Mas o que gosto mesmo… é de Black & White! 🙂