Historia de Amor y Muerte
«O Amor é filho de Boémia; nunca conheceu lei alguma; se tu me amas, eu não te amo; se eu te amo, sê cauteloso»
Esta sinceridade de Carmen, a mais famosa habanera da história da música – L’amour est un oiseau rebelle que nul ne peut pas apprivoiser… (1º Acto) -, que procura o amor do dia e não o amor da sua vida, foi-lhe tão fatal quanto a fatalidade de viver permanentemente apaixonada. «Quem quer a minha alma? Ela está livre!» Dom José, perde-se de amores por esta cigana sevilhana, que o manipula até ao abismo; A paixão e o ciúme toldam-lhe o espírito de tal forma, que o jovem militar irá tornar-se num assassino. «Não tenho medo de nada. Carmen nunca cederá! nasceu livre e livre morrerá!»
A cena final do 4º e último Acto decorre no exterior da Praça de Touros, em dia de Corrida. Carmen, que se enamorara pelo toreador Escamilho, reage com indiferença aos avisos das amigas de que Dom José estava na cidade, como que antecipando o que o destino lhe reserva. Dom José chega para a levar e ela rejeita-o. «Je l’aime et devant la mort même, je répèterais que je l’aime!»
O que a desgraçada foi dizer… 😦
Georges Bizet (1838-1875) compôs Carmen com o admirável texto escrito pelos libretistas Meilhac e Halévy, a partir de uma novela publicada por Merimée em 1845 na revista «Dois Mundos».
Estreada em Março de 1875 na Ópera Cómica de Paris, onde as críticas foram duríssimas, a popularidade de Carmen tornou-se numa referência das obras musicais inspiradas em Espanha embora, quer Bizet quer os libretistas nunca lá tenham estado. 🙂
Este vídeo pertence à adaptação de Carmen para cinema, realizada por Francesco Rosi há 25 anos – creio que foi num dos ciclos de cinema no Fórum Picoas que a vi…
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