Archive for the ‘ Leituras ’ Category

“História das Ideias, História da Teoria da Arquitectura e Defesa do Património”

Dia 17 de Maio de 2010, pelas 18:00, o Amigo António Sérgio Rosa de Carvalho apresenta no Centro Nacional de Cultura o Livro de sua autoria “História das Ideias, História da Teoria da Arquitectura e Defesa do Património”.
Na Palestra de apresentação, o autor aproveitará a oportunidade para estabelecer um enquadramento com os actuais desafios que se colocam ao Centro Histórico de Lisboa, no que concerne à conservação, restauro e vivência.

António Sérgio Rosa de Carvalho é licenciado em História de Arte e Arqueologia pelo Kunsthistorische Instituut da Universidade de Amsterdão, onde se especializou em História de arquitectura.
Este livro é uma tradução para Português da sua Master-Thesis (doctoraalscriptie), ponto culminante da sua especialização em História de Arquitectura para obtenção do título académico de Drs. (Docturandus- Master’s Degree- Bologna). Tirou posteriormente uma especialização no Instituto do Património Holandês (Rijksdienst voor de Monumentenzorg) onde exerceu actividade profissional. Embora radicado na Holanda, tem-se manifestado regularmente no contexto português, especialmente no tema Lisboa, através dos seus artigos de opinião no “Público” e da sua actividade na Sociedade Civil.

António Sérgio Rosa de Carvalho opta claramente pela síntese e não pela mera análise e ordenamento dos factos históricos, pois segundo ele, estes constituem apenas um ténue reflexo dos processos mentais que constituem o fundamento e a origem desses mesmos factos. O seu objectivo constitui precisamente o estudo destes mesmos.
Trata-se portanto de uma perspectiva conceitual da História onde as perguntas fundamentais são dirigidas ao porquê dos contecimentos históricos e onde as respostas são procuradas na História das Ideias.
Este livro de Rosa de Carvalho não deve portanto ser visto como mais uma contribuição para uma forma de descrever o processo histórico da defesa do Património através de um «edifício» constituído meramente por factos históricos devidamente ordenados, mas sim como um processo de busca dos processos mentais e ideais que constituem os seus verdadeiros alicerces e fundamentos. E, através deste caminho de busca, o autor torna a sua tarefa extremamente difícil e complicada, pois dentro do todo dos processos mentais, os seus elementos constituintes deixam-se isolar com dificuldade,a fim de poderem ser investigados. Estes relacionam-se entre si – ao contrário do material constituído por factos históricos, como documentos, edifícios e acontecimentos – através de complexas teias dialécticas.
Assim, aquilo que foi alcançado neste livro por António Sérgio Rosa de Carvalho, que conseguiu desenvolver e construir de forma aventurosa e fascinante uma tese que nos dá uma ideia do valor e da complexidade dos ideais conduzidos e alimentados pelos processos mentais, que por sua vez, constituem o motor sustentador da dinâmica civilizacional da vida em sociedade, merece ainda mais a nossa admiração.”

Dr. Ben Rebel, Universiteit van Amsterdam

Efemérides Românticas

O realizador de rádio António Cartaxo reuniu no livro “Efemérides românticas” a vida e obra artística de seis compositores cujas datas de nascimento ou morte são recordadas entre 2009 e 2011.
Félix Mendelssohn nasceu em 1809, Frédéric Chopin e Robert Schumann em 1810, e Franz Liszt em 1811.
São seis centenários ou bicentenários que aqui se celebram, tendo os astros querido duplas efemérides para Albéniz e para Mahler, nascidos em 1860, há 150 anos.

Com Sonho de Uma Noite de Verão e a Gruta de Fingal, de Mendelssohn, a música sinfónica dá um passo decisivo do Classicismo para o Romantismo. Por seu turno, no fim do século, as sinfonias de Mahler percorrem já as avenidas do pós-Romantismo. Entre ambos, os outros compositores que celebramos neste livro exprimem, cada um à sua maneira, a crença romântica na concepção da música como linguagem da emoção e como expressão directa da sua vida e da sua psicologia.
Para o autor, faz sentido marcar estas efemérides na medida em que “apesar de serem sempre tocados, nestas alturas de efemérides concentramos mais a nossa atenção naquilo que criaram, oq ue nos permite ouvir mais e apreciar a obra de determinado compositor”.

O livro é apresentado por Alexandre Delgado amanhã à tarde na Livraria Pó dos Livros, em Lisboa.

Lisboa, 27 Jan (Lusa)

São Tomé e a Legenda Áurea

São Tomé, cujo dia se comemora hoje, o Musica Aeterna dedica dois programas com a adaptação do capítulo a ele dedicado na “Legenda Áurea” de Tiago de Voragine. Publicado em 1260, o livro foi escrito em latim popular para tornar acessível a divulgação da vida dos 180 santos mais conhecidos, de quem, até então, só existia tradição oral.

Podcasts: 1ª parte Link do ficheiro áudio em formato Windows Media Áudio – 2ª parte Link do ficheiro áudio em formato Windows Media Áudio

Johann Sebastian Bach – Cantata “Unser Mund sei voll Lachens” -BWV 110

No século XIII, quando instituições como as corporações de ofício estavam no seu auge e, ao mesmo tempo, floresciam as primeiras universidades, Voragine quis oferecer uma dádiva ao povo, ocupado em construir igrejas e catedrais, ávido por conhecer a verdadeira fé. Escreveu então, com fervor e entusiasmo, uma história, retratando os conhecimentos e lendas acumulados com o passar dos séculos, sobre a vida dos santos. Nasceu assim o primeiro livro religioso realmente acessível a todos: a Legenda Sanctorum, ou “O Livro dos Santos”. Rapidamente, a obra recebeu o nome de Légende Dorée — Legenda Áurea, porque, dizia-se então, o seu conteúdo era de ouro.

O texto maravilhou os pintores da Renascença, que nele encontravam fonte inesgotável de inspiração. Artistas como Giotto, Fra Angelico, Piero della Francesca, etc.,  emprestaram o seu génio para exaltar cenas da vida de santos e enriquecer as igrejas, conventos e mosteiros com frescos, retábulos, vitrais e polípticos.


Mensagem – 75º Aniversário

Para comemorar o 75º aniversário da “Mensagem de Fernando Pessoa, reproduzo aqui as ligações para as entradas com os capítulos que fui publicando ao longo primeiro semestre de 2004 no Luminescências.
Neste dia enevoado, em que se comemora uma independência nacional inexistente e em que, apesar de tudo, é melhor estar na Europa que fora dela, sabe bem reler a exaltação de Pessoa aos grandes portugueses da nossa História. Sem sebastianismo messiânico… 🙂

Há exactamente 75 anos, no dia 1 de Dezembro de 1934, a editora Parceria António Maria Pereira, de Lisboa, publicava o volume de poemas “Mensagem”. O autor, Fernando Pessoa, tinha então 46 anos – morreria quase exactamente um ano depois, a 30 de Novembro de 1935 – e, em formato de livro, descontado um folheto, depois repudiado, no qual defendia uma ditadura militar para Portugal, editara apenas alguns opúsculos de poesia inglesa.

Lançamento de uma edição fac-similada marca 75 anos da “Mensagem” de Fernando Pessoa

1ª Parte – O Brasão
I- Os Campos – Primeiro: O dos Castelos / Segundo: O das Quinas
II – Os Castelos – Primeiro: Viriato / Segundo: Ulisses / Terceiro: O Conde Dom Henrique / Quarto: Dona Tareja / Quinto: Dom Afonso Henriques / Sexto: Dom Dinis / Sétimo (I): Dom João I; Sétimo(II): Dona Filipa de Lencastre
III – As Quinas: Primeira – Dom Duarte, Rei de Portugal / Segunda – Dom Fernando, Infante de Portugal / Terceira – Dom Pedro, Regente de Portugal / Quarta – Dom João, Infante de Portugal / Quinta – Dom Sebastião, Rei de Portugal

IV – A Coroa, Nun`Álvares Pereira / V – O Timbre, A Cabeça do Grifo – O Infante Dom Henrique
2º Parte – Mar Português – Possessio Maris
I – O Infante / II – Horizonte / III – Padrão / IV – O Mostrengo
V – Epitáfio de Bartolomeu Dias / VI – Os Colombos / VII – Ocidente / VIII – Fernão de Magalhães
IX – Ascensão de Vasco da Gama / X – Mar Português / XI – A Última Nau / XII – Prece
3ª Parte – O Encoberto

I – Os Símbolos – Primeiro: Dom Sebastião / Segundo: O Quinto Império / Terceiro: O Desejado / Quarto: As Ilhas Afortunadas / Quinto: O Encoberto
II – Os Avisos – Primeiro: O Bandarra / Segundo: António Vieira / Terceiro

III – Os Tempos – Primeiro: Noite / Segundo: Tormenta / Terceiro: Calma / Quarto: Antemanhã / Quinto: Nevoeiro

Pedro Nunes em Busca das suas Origens

A dimensão do homem e do cientista do Renascimento é o objecto central deste livro. Acompanhou-se o seu brilhante percurso, procurando seguir-se, atentamente, a carreira deste matemático, criador do nónio, não só a nível nacional, mas também nos amplos ecos em países europeus, onde as obras de Pedro Nunes foram muito conhecidas e citadas pelos seus pares. Estudou-se também a comunidade judaica e cristã-nova de Alcácer, na qual mergulham as raízes familiares do grande cosmógrafo. Trata-se de um itinerário de vida fascinante que se espera venha a ter tanto interesse para o leitor como para quem o desvendou nas páginas deste livro.Via.

Apresentação do Livro "Pedro Nunes em Busca das suas Origens", da Prof Maria Teresa Lopes Pereira. Pelo Prof Henrique Leitão | Museu do Oriente, 06-11-2009

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Ligações relacionadas:

Maria Teresa Lopes Pereira (Curriculum Vitae)
Henrique Leitão (Obras de Pedro Nunes)

Biblioteca Nacional – Exposição Comemorativa dos 500 anos do Nascimento de Pedro Nunes

Ana Machado, Público
24-03-2002 – Pedro Nunes: A Maldição da Matemática Pura [DOC]
06-08-2009 – Primeira edição da obra de Pedro Nunes está pronta e a dar muito que falar… lá fora

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Tratado Da Sphera (1537). Tirados Nouamente De Latim Em Lingoagem Pello Doutor Pero Nunez, Cosmographo Del Rey Do[M] Ioão Ho Terceyro Deste Nome Nosso Senhor. E Acrece[N]Tados De Muitas Annotações E Figuras Per Que Mays Facilmente Se Podem Entender …


O Mistério Inglês e a Corrente de Ouro

Winston Churchill: Simplesmente, um grande homem

Winston Churchill era abertamente um defensor do capitalismo e do comércio livre. Sabia muito bem que o nazismo e o comunismo pretendiam substituir os mecanismos de mercado e a propriedade privada por uma economia centralizada e militarizada.

Sir Winston Leonard Spencer Churchill - Oxfordshire, 30 de Novembro de 1874 - Londres, 24 de Janeiro de 1965

Ensaio publicado no I em 2009.
por João Carlos Espada, Doutorado em Ciência Política em Oxford; Director do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa; Presidente da Churchill Society e da Revista Nova Cidadania

Botânica das Lágrimas, de Pedro Foyos

As visitas de estudo ao Jardim Botânico da Sétima Colina duram por hábito duas horas.
Contudo, o passeio evocado neste romance, muito exceceu esse tempo, perturbado que foi pelas mais inesperadas e fantásticas atribulações.

Nota de Imprensa: O tema tão actual do “bullying” e das praxes cruéis é tratado neste livro de forma inédita, através de uma narrativa de ficção; porém todos os episódios estão fundados na realidade.

O jornalista Pedro Foyos, confirmando a mestria com que conquistou o público ao lançar O Criador de Letras, que é já uma referência obrigatória no domínio do romance histórico em Portugal, conduz-nos agora à redescoberta do universo alternativo da infância, à idade da pureza primordial, quando os actos pouco dependem da racionalidade. A par da comicidade inverosímil desses actos, uma verdade trágica: os gangues, as praxes e sobretudo o fenómeno “bullying” (tirania juvenil em ambiente escolar) de que são vítimas em Portugal milhares de jovens, a partir da infância.
Dados divulgados pela UNICEF demonstram que as crianças portuguesas são das que mais sofrem acções de violência física ou psicológica, pertencendo Portugal ao grupo de três países onde mais de 40 por cento dos inquiridos afirmam ter sido vítimas de “bullying”.


Um menino-herói procura combater o “bullying” e as praxes cruéis por meio da imaginação e do sonho

O romance Botânica das Lágrimas suscitará redobrado interesse no vasto sector dos educadores, assistentes sociais, professores e pais, na medida em que transmite, página a página, os conflitos emocionais e as dores inconfessadas de uma criança que recorre ao sonho e aos seus heróis de ficção para combater a violência.

É também um livro de descoberta científica, tendo por cenário um Jardim Botânico, cativando a esse nível os leitores para as questões da preservação do Ambiente.
A maioria dos capítulos encadeia-se numa “corrente de Sherezade”, cada história contendo nova história. O final quase sempre inacabado, suspenso sob um recorrente e adversativo “mas…”, reporta o desfecho para o capítulo seguinte.

Divertida e inusual em literatura é a utilização da técnica do “teaser”, intrigando o leitor com anúncios que antecipam tenuemente desenlaces imprevistos cuja revelação será feita páginas adiante, passados minutos, indicados com precisão, pois a “viagem” decorre em tempo real, como um registo fílmico. Tudo se passa num sábado de primavera, entre as 09h15 e as 12h00, com as árvores do Jardim a desempenharem um papel determinante na aventura.

Achilles no seio das filhas de Lycomedes

Sabendo que seu filho teria como destino a morte certa, caso fosse combater na Guerra de Tróia, Thetis, uma ninfa do mar, disfarçou Achilles de mulher e confiou-o à guarda do Rei Lycomedes em cujo palácio, na ilha de Skyros, ele viveu com as filhas do rei.
Odysseus e outros comandantes gregos foram então enviados em busca de Achilles; Habilmente, colocaram inúmeros presentes diante das princesas, como jóias, vestes elegantes e, entre eles, uma espada.
Quando uma trompa se fez ouvir, Achilles agarrou a espada instintivamente, acabando por trair a sua identidade.

Gérard de Lairesse (1641-1711) - "Achilles descoberto no meio das filhas de Lycomedes", cerca de 1685

Index Librorvm Prohibithorvm

Instituída em 1559 pelo Concílio Ecuménico da Igreja Católica reunido em Trento, a lista de livros e autores proibidos visava todos os documentos heréticos que, pela sua natureza, questionassem a doutrina católica. Em plena Contra-Reforma, este foi um dos instrumentos utilizados para reafirmar a autoridade espiritual da Igreja Católica, face à crescente influência das ideias de Lutero. Este Manual de Boas Práticas teve mais de quatro dezenas de actualizações ao longo de quatro séculos, até ter sido abolido em 14 de Junho de 1966, pelo Papa Paulo VI.
Mas nem só vultos como Galileu, Copérnico, Maquiavel, Espinosa, Locke, Descartes, Rousseau, Montesquieu, Voltaire, Flaubert, entre tantos outros, viram obras suas banidas ou foram convidados a reflectir sobre os seus escritos; Já Michelangelo, por volta de 1515, houvera sido questionado pelo Papa Julius II, sobre se “A Última Ceia” não teria demasiados apóstolos!

Index Librorum Prohibitorum

Le Cool Magazine

As capas das newsletter do Le Cool Magazine são verdadeiros Postais de Lisboa. Esta página foi criada para os coleccionar. 🙂
Sempre que possível, as imagens têm ligação para as páginas dos(as) autores(as), como tributo e forma de divulgação dos seus trabalhos.

“são as vizinhas, as comadres cuscas…” - Vanessa Teodoro