Posts Tagged ‘ Corto Maltese ’

Hugo Pratt e o universo musical de Corto Maltese (II)

Em 2009 a Casterman editou o livro “Notes De Voyage – Les Musiques De Corto Maltese”, recheado de ilustrações sonoras sobre as peregrinações de Corto à volta do mundo, tema central da obra gráfica de Hugo Pratt [15 Junho 1927 – 20 Agosto 1995].
Fica o tema “Vém Morena”, de Zé Dantas – Luiz Gonzaga, 1950.


Hugo Pratt e o universo musical de Corto Maltese

Hugo Pratt [15 Junho 1927 – 20 Agosto 1995], autor de uma obra gráfica de grande envergadura, foi o criador de Corto Maltese, o maior aventureiro romântico da Banda Desenhada, de quem se destacam  A Balada do Mar Salgado e Fábula de Veneza.

Para aumentar a densidade das inúmeras aventuras, há um precioso livrinho – Notes De Voyage – Les Musiques De Corto Maltese (Casterman) recheado de ilustrações sonoras sobre as peregrinações de Corto à volta do mundo.
Do primeiro cd [1887-1917], dedicado à juventude, fica o vídeo La Petenera, uma forma de cante jondo flamenco que evoca uma bela prostituta cigana por quem Corto se perdeu de amores e a quem Lorca dedicou uma suite no Poema del Cante Jondo.

Corto Maltese: Viagem à Aventura

Fórum Eugénio de Almeida – De 25 de julho a 2 de dezembro de 2012
Esta exposição dá a conhecer a enorme poética do ilustrador veneziano Hugo Pratt, através das viagens e histórias do seu personagem mais emblemático: Corto Maltese, uma das principais figuras da Banda Desenhada mundial e referência na literatura do século XX.
Corto Maltese é um viajante incansável sempre à procura de novos lugares longínquos, um anti-herói romântico e fiel aos seus ideais que cruza momentos da história como sua testemunha.
As 51 obras da exposição – aguarelas, tinta-da-china e guache – retratam uma das muitas aventuras do errante capitão maltês: de Veneza, passando por África, de Samarcanda à Polinésia, do Caribe à ilha de Escondida.

L’Albatros

Souvent, pour s’amuser, les hommes d’équipage
Prennent des albatros, vastes oiseaux des mers,
Qui suivent, indolents compagnons de voyage,
Le navire glissant sur les gouffres amers.

À peine les ont-ils déposés sur les planches,
Que ces rois de l’azur, maladroits et honteux,
Laissent piteusement leurs grandes ailes blanches
Comme des avirons traîner à côté d’eux.

Ce voyageur ailé, comme il est gauche et veule!
Lui, naguère si beau, qu’il est comique et laid!
L’un agace son bec avec un brûle-gueule,
L’autre mime, en boitant, l’infirme qui volait!

Le Poète est semblable au prince des nuées
Qui hante la tempête et se rit de l’archer;
Exilé sur le sol au milieu des huées,
Ses ailes de géant l’empêchent de marcher.

Charles Baudelaire

%d bloggers gostam disto: