Consciência do Tempo, ou Tempo da Consciência

A arte de Kim Prisu, beirão a quem Torga certamente não chamaria “estrangeiro”, está na origem da nova figuração surgida nos idos de oitenta do século passado, em contraponto à tendência conceptual e minimalista que vinha da década de 60; Durante o período que passou em Paris, KIM PRISU desenvolveu a arte “Videomatik”, um universo de forte ressonância, enriquecido por uma multidão de Culturas urbanas e a doce violência da natureza do campo luminoso, o que conferiu à sua obra um forte contraste entre as cores duma sociedade de consumo (Eléctricas e saturadas) e as da Terra nutridora.

 

temporizei quantias de vezes - Kim Prisu, 2007

A sua obra está submetida a uma permanente transformação, existindo uma relação entre as tensões exteriores e interiores, a representação expressiva dos estados humanos, uma expressão de Médium, numa crítica das suas possibilidades artísticas e sociais. Poesia do efémero, ligação entre os elementos textuais que escapam a qualquer lógica evidente, poética fragmentária; conduzindo-se aos saltos, sendo por vezes contraditória da realidade.

Em 1989 KIM PRISU criou o espírito Nuklé-Art e em parceria com A. L. Tony, construiu uma Aldeia Cultural em Aldeia da Dona. Hoje podem-se ver várias esculturas e mobiliário de sinalética ligadas à memória cultural do sítio onde estão erguidas.

A emoção precede o sentimento

How can I know what I think till I see what I say?

Edward Morgan Forster

A consciência começa quando o cérebro adquire a simples capacidade de contar uma história sem palavras, utilizando para isso vocabulário não verbal que traduz a linguagem corporal do organismo, alvo de alterações internas e externas, durante o ciclo de vida. O Eu surge então como um sentimento dentro de outro sentimento. O conhecimento desse sentimento surge pois como resposta a uma pergunta que não foi feita.

António Damasio in O Sentimento de Si

É nisto que somos bons

      

Luisa Silvano
Diana Guimarães
David Grachat

Bento Amaral

 

 

 

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Mike Oldfield – Five Miles Out

Em dia de Red Bull Air Race, nada melhor do que ganhar asas com Five Miles Out, do Mago que andamos a ouvir há 25 anos!

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Leão de Ouro

The Wrestler, de Darren Aronofsky, conquistou o prémio maior do Festival de Veneza deste ano. O irreconhecível Mickey Rourke volta surpreender pela positiva, depois do “ternurento” Marv de Sin City. Marilyn Mason também deve ter ficado feliz! 🙂

Fernand Léger

A la fin tu es las de ce monde ancien
Bergère ô tour Eiffel le troupeau des ponts bêle ce matin
Tu en as assez de vivre dans l’antiquité grecque et romaine
Ici même les automobiles ont l’air d’être anciennes
La religion seule est restée toute neuve la religion
Est restée simple comme les hangars de Port-Avion…
Guillaume Apollinaire


Fernand Léger, um dos notáveis artistas que integraram o Groupe de Puteaux, foi o primeiro cubista a experimentar a abstracção não-figurativa, através do contraste entre linhas curvilíneas e rectangulares, utilizando  basicamente as cores primárias.


Still Life with a Beer Mug – 1921

CLX – um olhar positivo sobre Lisboa

Lisboa tem a pertir desta semana uma nova janela na web, o Canal LX. O director do projecto, Samuel Silva, quer abordar “os aspectos económicos, culturais, sociais e informativos sob o ponto de vista positivo“.

O canal vai alimentar-se de reportagens – Pedro Penim – Teatro Praga e Jardim Amália Rodrigues – e entrevistas, dedicando também espaço às preocupações ambientais e à cidadania activa e participada. 

Estão também no MySpace e no Youtube:  

Promo MyspacePromo Youtube


Chrome

Raramente utilizo o Internet Explorer, desde que tenho o Firefox. Instalar a versão 3 trouxe-me alguns desgostos, como não poder publicar vídeos no blog com o VodPod. Vou agora experimentar o novo browser da Google, o Chrome. A pesquisa inteligente já não é novidade, pois vem do Firefox ; Só permite importar os bookmarks do IE? Vamos ver como funcionam os separadores; No Firefox, quando um endereço congela lixa os outros também. Para já, parece mais rápido que os outros dois.

Números redondos

Esta posta tem o singular significado de ser o número 1500. A produção de 1500 posts, mesmo sem grande  valor patrimonial para a humanidade, tem mão-de-obra considerável, o que deve ser assinalado.

Para uma apropriada comemoração e após aturada pesquisa googleana, decidi assinalar a passagem do centésimo décimo aniversário do nascimento de um grande português, Artur Virgílio Alves dos Reis, autor da maior fraude financeira até hoje realizada em Portugal, com a emissão de dois milhões de notas falsas de 500 escudos. Uma pipa de massa!

Exagero se disser que o senhor Teixeira precisaria hoje de um punhado de homens com este engenho para nos ajudar a sair da crise? Talvez não.

Falsificador português, natural de Lisboa. Frequentou o primeiro ano de Engenharia, mas por falência do pai, viu-se obrigado a desistir. Casou em Agosto de 1916 com Maria Luisa Jacobetti de Azevedo, pertencente a uma das boas famílias de Lisboa e recorreu a «cunhas» para conseguir enquadramento no funcionalismo colonial. Foi nomeado Director dos Caminhos de Ferro de Moçâmedes (Angola). Para conseguir a colocação, Alves dos Reis forjou o Diploma nº 248, da Escola Politécnica de Engenharia da Universidade de Oxford, instituição que não existia. Com o falso diploma, obteve o estatuto de Bacharel em Ciências de Engenharia, Geologia, Geometria, Física, Metalurgia, Matemática Pura, Paleografia, Engenharia Eléctrica, Engenharia de Máquinas, Matemática e Física Aplicada, Engenharia Cívil Geral e de Máquinas.

De regresso a Lisboa, em 1922 e depois de uma próspera vida em Angola, Alves dos Reis adquiriu a «Ambar» — C.ª Caminhos de Ferro Transafricanos de Angola — por 40 mil dólares e o controlo da C.ª Mineira do Sul de Angola por 60 mil dólares.

Em Julho de 1924, foi preso no Porto, acusado de se ter apoderado de 100 mil dólares da C.ª Ambaca. Foi condenado a 54 dias de prisão. Durante a sua prisão, imaginou um plano milionário: atacar o coração da finança nacional, o Banco de Portugal e, assim, ter todo o país na sua mão. Com José Bandeira, que conheceu em 1924, irmão de António Bandeira, ministro de Portugal em Haia, começou a burla que envolvia a Casa Waterlow & Sons, Ltd., de Londres, o Banco de Portugal, o Banco Angola e Metrópole (criado pelo próprio Alves dos Reis, em 1925) e os consulados britânico, francês e alemão.

O plano era conseguir a impressão secreta de cerca de 2 milhões de notas de 500$00. A partir da execução do plano, Alves dos Reis partiu para outra missão: chegar à administração do Banco de Portugal. Para isso o grupo chegou a adquirir 31 mil acções do Banco de Portugal. Essa acção seria, no entanto, boicotada pela maioria dos accionistas. Em Novembro de 1925, o jornal O Século começou a alertar a opinião pública para os negócios obscuros do Angola e Metrópole. Em Dezembro de 1925, Alves dos Reis foi detido, levando consigo para o banco dos réus a sua mulher, José e António Bandeira, Francisco Ferreira Júnior, Adriano Silva, Moura Coutinho, Manuel Roquette e o alemão Adolf Hennies (cujo nome verdadeiro era Johann Georg Adolf Doring), que não compareceu. Aos réus seriam imputadas várias acusações, entre as quais conspiração, falsificação de contratos espúrios, crime de falsificação de 580 mil notas de banco e fraude na obtenção de um alvará para o Banco de Angola e Metrópole. Alves dos Reis, Bandeira e Hennies (à revelia) foram condenados a 8 anos de prisão celular, seguidos de 12 de degredo ou 25 de degredo. Os outros arguidos foram condenados a penas mais leves e a mulher de Reis saiu em liberdade. Na prisão, Alves dos Reis converteu-se ao Protestantismo. Foi libertado em Maio de 1945 e em Novembro desse mesmo ano, curiosamente, foi-lhe oferecido um emprego de bancário, que recusou.

retirado de Enciclopédia Universal da Texto Editora. Via.

Arrábida

A Praia de Albarquel situa-se entre Setúbal e o Portinho, na encosta da Serra da Arrábida, outrora percorrida por franciscanos de capuz em forma de pirâmide, os arrábidos. Sobre este tema, o melhor é ser o especialista a falar… 😉

Praia de Albarquel, Setúbal

Praia de Albarquel, Setúbal