Archive for the ‘ Exposições ’ Category
“É um tríptico sobre o tráfico humano. Foi tudo montado no meu estúdio. Com escadas, polícias, velas, meninas. E, no fundo do quadro, a minha amiga Tilly que leva a mochila cheia.”
Paula Rego.

Human Cargo - Tríptico, 2008. Colecção Marlborough Fine Art, Londres. Lápis conté e aguada sobre papel

Uma história simples. Paula Rego é a artista - deu as obras. Eduardo Souto de Moura foi o arquitecto - desenhou o edifício.
Um piso térreo com uma entrada baixa e duas torres: esta é a Casa das Histórias Paula Rego vista de fora, a mesma que se prevê que o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva e Paula Rego, ela própria, inaugurem oficialmente hoje pelas 11h00, e que na inauguração ao público, às 18h00, receberá largas centenas de convidados.A visita de Paula
“A ideia é que o museu seja também a concretização da visão de Paula Rego“, diz-nos à partida.
O percurso é cronológico e divido em quatro grandes zonas temáticas. Na primeira sala, trabalhos correspondentes aos dez primeiros anos, de uma Life Painting datada de 1954, altura em que Paula Rego era aluna da Slade School of Fine Arts, de Londres, a obras como Quando Tínhamos uma Casa de Campo (1961) ou O Exílio (1963), técnicas mistas com colagem que cruzam já o statement político com referências da esfera familiar e pessoal da artista.
Depois, o salto é para os anos 1980, quando Paula Rego abandona a colagem e se dedica a um figurativismo cada vez mais assumido em obras como O Macaco Vermelho Bate na Mulher (1981) ou a grande série Óperas (1983), das quais se apresentam, em simultâneo, cinco grandes telas e cinco pequenas aguarelas preparatórias. A etapa seguinte – 1994 a 2005 – assume como marco a introdução do pastel na obra de Paula Rego com Mulher Cão, trabalho apresentado na sala de exposições temporária e que abre caminho para obras cada vez mais realistas e, simultaneamente, teatrais, como Entre as Mulheres (1997), da série O Crime do Padre Amaro, o conhecido e imponente Anjo (1998) ou o tríptico The Pillowman (2005). Apesar de presente noutros momentos, a gravura compõe a última etapa – 1988-2007 – de trabalhos das conhecidas séries Nursery Rhymes, a primeira em que a artista usou esta técnica, e Jane Eyre, baseada na obra homónima de Charlotte Brontë, a litografias mais recentes como as séries Príncipe Pig.
A sala de exposições temporárias está pensada como última visita. É onde até 18 de Março se expõe um conjunto de obras emprestadas pela Galeria Marlborough, a representante internacional de Paula Rego, com trabalhos icónicos como a Filha do Polícia (1986), a série Avestruzes Bailarinas (1995), baseadas em Walt Disney, ou O Vasto Mar de Sargaço (2000), inspirado na obra homónima de Jean Rhys.
“O museu ideal para mim é aqui. É um sítio mágico, muito especial. Não poderia ter um sítio melhor”, dizia Paula Rego na altura da assinatura do protocolo de empréstimo e doação de obras, explicando desejar um espaço “despretensioso, divertido, vivo”. No início da semana, com a primeira exposição montada, explicava-nos: “Os trabalhos são o menos importante de um museu. O que é importante aqui são as nossas histórias, as nossas histórias portuguesas, que dão vida a tudo”.
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“Os portugueses têm uma vitalidade escondida”
Foi directora do Museu de Grão Vasco, de Viseu, e do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. Agora, Dalila Rodrigues tem “o privilégio de um artista vivo”.Na primeira metade do século XVIII, D. João V, rei de Portugal, seguindo o padrão dos monarcas europeus com uma aura de «Rei Sol», tudo fazendo para o engrandecimento da sua imagem e da do seu país, parece ter procurado mais do que o simples entretenimento da sua corte, ou mesmo da educação dos jovens príncipes.
Vivia-se então um período de intensa actividade ligada às descobertas científicas, nomeadamente no campo da astronomia, como forma de melhor conhecer a própria Terra, quer no que respeita à sua geodesia e cartografia, quer no que respeita à sua órbita.
Aproveitando os fluxos de ouro vindos do Brasil, D. João V desempenhou um papel activo enquanto mecenas de astrónomos italianos e promoveu o relacionamento da sua corte com a comunidade intelectual italiana, nos campos das Artes e das Ciências.
No seu tempo, foram construídas três grandes Bibliotecas: a do Convento de Mafra, destinada à história de Portugal e terminada já depois da morte do rei, em 31 de Julho de 1750; 🙂
A Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, um admirável exemplo da arquitectura barroca e destinada à reforma dos estudos universitários em Coimbra, dentro de uma estratégia de expansão do Iluminismo em Portugal.
Mas nenhuma se comparava ao esplendor e actividade da Grande Biblioteca situada no próprio palácio real, o Paço da Ribeira. Chamada a Casa da Livraria, tornou-se famosa ainda em vida do rei e rapidamente se transformou num centro de experimentação e pesquisa científica, um símbolo do programa de ensino cuja reforma D. João V tinha iniciado.
O Museu do Douro apresenta a Exposição “O Universo de Rafael Bordallo Pinheiro – Caricatura e Cerâmica”, em parceria com a Colecção Berardo, o Museu Bordallo Pinheiro, a Fábrica de Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro e o Museu Casa dos Patudos. De 31 de Julho a 31 de Janeiro de 2010.
A dinâmica forma, um peixe que se enrola em equilíbrio sobre uma base, isola esta peça no contexto da faiança portuguesa da 1ª metade do século XVII. Como o nome sugere, aquamanil era um recipiente destinado a levar ‘água às mãos’ e a sua utilização estava reservada à mesa em ocasiões de cerimónia.
A originalidade formal, o brilhante colorido a amarelo e azul, o desenho que destaca as escamas e aumenta caricaturalmente o olho vivo e os dentes aguçados deste peixe definem uma escrita apropriada à decoração da peça. Na cabeça e no buxo, as folhas de acanto recordam um dos motivos característicos da gramática decorativa portuguesa. Via.
El visitante del Museo del Prado podrá admirar en sus salas esta singular obra de El Greco, Vista y plano de Toledo, en la que el pintor –a diferencia de los fragmentos representados en otras obras- muestra una imagen múltiple de la ciudad: además de la vista en perspectiva de la misma, la pintura incluye un plano detallado del entramado urbano, ofrecido al espectador por un joven pintado con la factura deshecha característica de la época final de El Greco. La complejidad de la visión incluyó además una alegoría del río Tajo –la escultura dorada que vierte el agua y la prosperidad- y la imagen religiosa más significativa del lugar: la Virgen imponiendo la casulla a San Ildefonso. Por otra parte, destaca la situación del Hospital de Tavera, apareciendo sobre una nube, en referencia explícita al administrador del edificio, Pedro Salazar de Mendoza, amigo del pintor y probablemente autor del encargo de la obra.
Con el fin de ilustrar la presencia de Toledo en muchas de las obras más emblemáticas de El Greco, la Vista y Planos exhibirá en la sala 8A, que se suma provisionalmente a las dos salas permanentes dedicadas al artista en el Prado, acompañada por otras tres pinturas del pintor: San Sebastián, San Andrés y San Francisco y San Bernardino; ésta última propiedad del Museo del Prado pero depositada en el Museo del Greco (Toledo) desde la apertura del mismo y recuperada temporalmente con motivo de la restauración arquitectónica del edificio, al que regresará cuando se reabra. Durante su instalación especial en esta sala, las tres obras cuentan con sendas cartelas adicionales en las que se indica qué edificios emblemáticos de la ciudad aparecen representados en cada una, como el castillo de San Servando, el puente de Alcántara, el Alcázar, el monasterio de San Bartolomé o la capilla de Montero, hitos urbanos que el público podrá buscar e identificar también en la Vista y plano de Toledo.
Na zona superior do Palácio do Beau Séjour, junto do aromático jardim dos alecrins, o Gabinete de Estudos Olisiponenses inaugura um novo espaço vocacionado para exposições a céu aberto, com aproveitamento do efeito cénico proporcionado pelas variações de luz natural e da combinação de fragrâncias do jardim exótico.
Ao longo da alameda, 20 painéis alusivos a momentos que foram decisivos para o rumo da nossa história, desde a época romana até à actualidade, são evocados à maneira de uma viagem no tempo com o objectivo de contribuir para despertar o interesse do público pela história da capital.
Ao longo do percurso, bancos de pedra convidam a uma pausa com vista privilegiada sobre o jardim romântico, único nesta freguesia, fomentando igualmente a sua função social e de lazer. Via.
María Jesús Ávila escreveu em 2005, no âmbito da Exposição “DE 1850 AOS PRIMEIROS MODERNISMOS”, o texto que a seguir se reproduz, como que antecipando a Exposição “De Amadeo a Paula Rego, 50 Anos de Arte Portuguesa (1910-1960)”, inaugurada anteontem no MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA – MUSEU DO CHIADO.
Maria João Caetano publicou ontem no DN um Especial dedicado à Exposição, que inclui uma entrevista ao Director do MNAC, Pedro Lapa; Esta página foi elaborada a partir do Programa da Exposição.
Em busca de cristãos e especiarias, os portugueses, pioneiros da globalização nos séculos XVI e XVII, trouxeram o mundo à Europa. De 15 de Julho a 11 de Outubro de 2009, o Museu Nacional de Arte Antiga traz a Lisboa objectos raros, que mostram o diálogo entre culturas de povos distantes.
A Exposição Encompassing The Globe – Portugal e o Mundo nos séculos XVI e XVII será, seguramente, a par das exposições A Evolução de Darwin e Estrelas de Papel: Livros de Astronomia dos Séculos XIV a XVIII (até 31 de Julho, na Biblioteca Nacional), uma das grandes Exposições do ano, em Portugal.
Coloquei toda a informação disponível no site do MNAA nesta página, com imagens absolutamente extraordinárias!
