Por Mário Lopes, in Público de 23 Jan 2014
O álbum de rock progressivo editado em 1978 vai ser interpretado dia 11 de Abril na Aula Magna.
Em 1977, José Cid, então estrela da rádio e televisão com passado de destaque na história da pop portuguesa através da sua carreira com o Quarteto 1111, apareceu na sua editora com uma ideia. Queria gravar um álbum nos antípodas das suas canções que iam então escalando os topes e fazendo o caminho na inscrição na memória colectiva. Um álbum conceptual inspirado no rock progressivo dos Pink Floyd, King Crimson ou dos Genesis, história de redenção pós-apocalíptica contada ao sabor do som do Mellotron, um dos sintetizadores que fez o som da música de então.
10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte, assim se intitulou o álbum, gravado com Zé Nabo, na dupla função de baixista e guitarrista, com o guitarrista Mike Sergeant ou o baterista Ramon Galarza, e editado em 1978. À época, vendeu menos de mil exemplares. Passo a passo, porém, foi ganhando lugar de culto na melomania do progressivo (nacional e não só). Passo a passo, tornou-se uma espécie de mito na carreira de Cid – o álbum que gera mais curiosidade, o álbum que seria reeditado em 1994 pela editora especializada Art Sublime, crescendo em reconhecimento até surgir em listas de melhores de sempre na imprensa internacional.
Mais de três décadas depois da edição, 10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte vai ganhar nova vida. Em palco. Soubemo-lo quarta-feira, em post publicado no Facebook do cantor. Marque-se então a data: dia 11 de Abril, na Aula Magna, José Cid apresentará não só as canções nele contidas, como Mellotron, o Planeta Fantástico, mas também o anterior, porta de entrada naquela estética musical, Onde Quando Como Porquê (Cantamos Pessoas Vivas), editado em 1975, creditado ainda ao Quarteto 1111 e baseado num texto de José Jorge Letria. Cid aproveitará ainda para revelar algumas das canções que farão parte de Vozes do Além, um prometido novo álbum que recupera o género em que 10.000 Anos Entre Vénus e Marte foi composto.
Alireza Ghorbani e Dorsaf Hamdani estiveram em 2012 na Gulbenkian para um encontro entre os cantos persa e árabe, centrado na obra poética de Omar Khayyam, astrónomo, filósofo e matemático iraniano do século XI.
Da edição 2014 de Músicas do Mundo, destaque óbvio para Christina Pluhar – L’Arpeggiata, com a presença especial de Mísia.
LOUIS-NICOLAS CLÉRAMBAULT (França, 1676-1749)
Suite du deuxième ton | – Plein jeu – Duo – Trio – Flûtes – Récit de nazard – Caprice sur les grands jeux
JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750) – Fughetta sopra Nun komm, der Heiden Heiland, BWV 699
DOMINGOS DE SÃO JOSÉ (séc. XVII) – Obra de 5º tom
FRANCISCO CORREA DE ARAUXO (1584-1654) – Tiento de medio registro de tiple de 4º tono
ANÓNIMO (Itália, séc. XVII) – Aria con variationi
CLAUDE BALBASTRE (1727-1799) – Variações sobre a canção de Natal Joseph est bien marié
DIOGO DA CONCEIÇÃO (séc. XVII) – Batalha de 5º tom
Concerto na Sala Luís de Freitas Branco do CCB | 1 Dez 2013 às 11h00 Ensemble Bonne Corde Diana Vinagre direcção artística e violoncelo barroco Rebecca Rosen violoncelo barroco Pablo Zapico tiorba e guitarra barroca Miguel Jalôto cravo
Este programa pretende mostrar como o violoncelo foi abordado, primeiramente em Itália e depois, à luz das diferentes escolas de composição, nos vários países europeus. É emoldurado por duas das sonatas de Vivaldi, o único destes compositores a fazer a carreira em Itália. Os outros compositores italianos, Platti e Caldara, fazem a maior parte das suas carreiras na Alemanha e na Áustria, respectivamente. No início da segunda parte, temos uma Sonata de Barrière, primeiro violoncelista francês a render-se ao estilo italiano, em cujos quatro livros de sonatas há uma fusão muito arrojada entre as escolas francesa e italiana. As Sonatas para violoncelo, assim como a restante obra do holandês Willem De Fesch, estão claramente marcadas pela influência do estilo italiano.
Programa Antonio Vivaldi – Sonata em Si bemol maior, RV 46 Giovanni Benedetto Platti – Sonata IV em Dó menor Antonio Caldara – Sonata IV em Ré menor Jean Barrière – Sonata IV em Sol maior (Livro II) Willem De Fesch – Sonata n.º 3 em Ré menor, op.8 Antonio Vivaldi – Sonata em Lá menor, RV 44
“Ryuichi Sakamoto é não só um dos compositores contemporâneos mais solicitados, como provavelmente o mais versátil. As bandas sonoras que concebeu para filmes como “O Último Imperador”, “Babel” ou “O Monte dos Vendavais” e uma selecção de obras compostas posteriormente, foram reunidas no trabalho discográfico “1996”, para piano, violino e violoncelo, e apresentado em duas digressões mundiais de sucesso marcante no percurso deste músico.
Criado para a apresentação desta obra e formado pelo pianista João Vasco, o violinista Pedro Lopes e a violoncelista Sofia Gomes, o grupo “e n s 3 m b l e” propõe a apresentação deste concerto em formato multimédia, com a projecção de vídeos concebidos para cada uma das obras de “1996”.
Sintética e harmoniosamente, “1996” reflecte as influências e o amplo universo estético que Sakamoto alcança: de Debussy a Schumann, de Steve Reich à música tradicional japonesa, do depurado tratamento melódico à rarefacção do minimalismo surpreendente.”
Na impossibilidade de transportar para aqui a atmosfera do concerto que esta tarde teve lugar no Mosteiro de Santos-o-Novo, fica uma imagem do Grupo Vocal Capella Duriensis, captada durante a execução do sublime Panis Angelicus de João Lourenço Rebelo (1610-1665).
Sugiro ainda a reportagem de Manuel Vilas Boas para a TSF.
A primeira parte do Programa, com música profana, teve lugar numa sala contígua à Igreja do Senhor dos Passos, onde decorreu a segunda parte, com música sacra. No decurso do período escolhido, entre 1550 e 1650, ocorrem múltiplas mudanças na sociedade portuguesa, principalmente o surgimento da Contra-Reforma, a ascensão dos jesuítas e o incremento da educação e conhecimento, a par da atitude repressiva da inquisição. Musicalmente, este século é dominado pelo Concílio de Trento, que determinou a predominância da clareza do texto sobre a complexidade contrapontística.
Primeira parte:
Anónimo (Cancioneiro do Palácio) – Que me quereis, cavallero?
Alonso Mudarra – Ysabel, perdiste la tu faxa
Luys Milan (ca. 1500 – ca. 1561) – Falay miña amor, Quiem amores tem, Triste estava, muy quexosa
Matteo Flecha (1481-1553) / Miguel de Fuenllana (c.1500-1579) – Teresica hermana
Segunda parte:
João Lourenço Rebelo (1610-1665) – Lamentations
Damião de Goís (1502-1574) – In Die Tribulationis, Ne laeteris
Frei Manuel Cardoso (1566-1650) – Magnificat
João Lourenço Rebelo (1610-1665) – Panis Angelicus
24 de Novembro às 16h00 – Igreja de S. Nicolau, Lisboa. Entrada livre.
Um visita musical ao património da Igreja de S. Nicolau. O Dr. Luís Farinha Franco irá apresentar as obras de arte da igreja e o Ensemble Vocal Introitus interpretará peças vocais alusivas aos diversos temas abordados.
CAPELLA DURIENSIS – GRUPO VOCAL Hugo Sanches, vihuela e viola de mão | Xurxo Varela Díaz, viola da gamba Rui Silva, percussão | Caterina Costa e Silva, encenação Jonathan Ayerst, direcção
PROGRAMA
Frei Manuel Cardoso (1566-1650) – Magnificat
Anónimo (Cancioneiro do Palácio) – Que me quereis, cavallero?
Alonso Mudarra – Ysabel, perdiste la tu faxa
João Lourenço Rebelo (1610-1665) – Lamentations
Matteo Flecha (1481-1553)/Miguel de Fuenllana (c.1500-1579) – Teresica hermana
Damião de Goís (1502-1574) – In Die Tribulationis, Ne laeteris
Luys Milan (ca. 1500 – ca. 1561) – Falay miña amor, Quiem amores tem, Triste estava, muy quexosa
João Lourenço Rebelo (1610-1665) – Panis Angelicus
Criada em 2010, a Capella Duriensis é um ensemble vocal especializado na preparação de jovens cantores portugueses para o nível profissional da performance musical. Desde 2011 que a Capella Duriensis é um ensemble-residente da Escola das Artes – Universidade Católica Portuguesa.
Um programa que procura reconstruir a dimensão sonora da célebre Capela de São João Baptista da Igreja de São Roque, encomendada por D. João V em 1742, e criada por Nicola Salvi, Luigi Vanvitelli, João Frederico Ludovice, Agostino Masucci, Mattia Moretti, entre outros. Este concerto pretende apresentar uma componente essencial e até aqui negligenciada desta verdadeira e incomparável Obra de Arte Total.
O Programa, que pode ser consultado aqui, inclui música de Pedro António Avondano (1714-1782), António Teixeira (1707-1774), Antonio Tedeschi (1702-1770), Giovanni Giorgi (ca.1700-1762) e Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594).
Ludovice Ensemble: Solos: Eduarda Melo, soprano | Lisa Tavares, alto | Fernando Guimarães, tenor | Hugo Oliveira, baixo Replenos: Mónica Monteiro, soprano | Fátima Nunes, alto | João Rodrigues, tenor | Armando Possante, baixo & chantre Instrumentos: Reyes Gallardo & Miriam Macaia, violinos | Diana Vinagre, violoncelo | Joana Amorim, flauta traversa | Mélodie Michel, fagote | Paulo Guerreiro & Laurent Rossi, trompas naturais
Fernando Miguel Jalôto, órgão e direcção
Jos d'Almeida é um compositor de música electrónica épico sinfónica, podendo este género ser também designado como Electrónico Progressivo. Na construção de um som celestial, resultante da fusão de várias correntes musicais, JOS utiliza os sintetizadores desde o início dos anos 80.
Chuck van Zyl
Chuck van Zyl has been at his own unique style of electronic music since 1983. His musical sensibilities evoke a sense of discovery, with each endeavor marking a new frontier of sound.