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Música em São Roque – Ensemble Vocal Introitus

Época de Ouro da Polifonia Ibérica
Tomas Luis de Vitoria nos 400 anos da sua morte
Igreja do Instituto de São Pedro de Alcântara | 6 de Novembro de 2011 | Ensemble Vocal Introitus
in Notas ao Programa:
Escreve o cronista D.Nicolau de Santa Maria que, depois de Filipe II ter assistido às cerimónias da Semana Santa no Escorial, perguntou ao Capelão-mor da sua corte: “Que vos parece? Hauerá por ventura em toda a Christandade Igreja ou Mosteiro, em que se fação os officios diuinos com a perfeição com que se fazem neste meu Escorial? Respondeo o Bispo: Se Vossa Magestade me der licença direi aonde os vi, & ouui fazer tão bem, & melhor. El Rey admirado da resposta perguntou: E aonde? Disse o Bispo: Com licença de Vossa Magestade, em o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra em Portugal, que he de conegos Regrantes de S.Agostinho”
Este é um dos episódios que mostra o alto nível de qualidade da música que se compunha e interpretava em Portugal durante o século XVII.

Bach e o legado de Lutero

Descobri mais um magnífico documentário produzido pela BBC-Four, no qual o actor Simon Russell Beale continua a viagem pelo florescimento da música sacra ocidental através das interpretações do Ensemble The Sixteen, dirigido por Harry Christophers.

O documentário encontra-se disponível na página de jormundgard no YouTube:
Parte 1Parte 2Parte 3Parte 4Parte 5Parte 6

Martinho Lutero teve um impacto profundo no desenvolvimento da música sacra, pelo contributo na redefinição das práticas do canto congregacional e do órgão nos serviços religiosos; reformas que, de tal forma influenciaram a música durante os 150 anos seguintes , viriam a inspirar JS Bach, semana após semana, mês após mês, a escrever mais de mil peças musicais, das quais cerca de dois terços produzidas para a Igreja Luterana de Thomaskirche, na cidade alemã de Leipzig, legado que inclui uma das mais sublimes peças da música do ocidente, “Jesu, Joy of Man’s Desiring”.

Musica Aeterna – Franz Xaver Richter

O Palácio de Schönbrunn, em Viena, o cerimonial de corte da casa de Áustria durante os séculos XVII e XVIII e as criações sacras, concertantes e camerísticas de Franz Xaver Richter, docente e teórico alemão que viveu de 1709 a 1789 e de quem se assinalaram no passado dia 1 os trezentos anos do seu nascimento.


Aplicando-se a premissa quer ao Norte e ao Oeste protestantes, quer ao Centro e Sul católicos, do mundo Barroco europeu, foram, basicamente, as obras pertencentes ao universo das artes plásticas que marcaram, de forma indelével, o património intelectual e espiritual do Velho Continente. Por outro lado, e com excepção da francesa, a literatura de finais do século XVII e inícios do XVIII iria cair num esquecimento quase absoluto, apenas se encontrando vestígios da alemã no canto litúrgico e em algumas peças oriundas da tradição popular. Também na música, durante um longuíssimo período de tempo, não se prestou a devida atenção ao espólio de muitos dos criadores da época e fruto do talvez mais fecundo movimento artístico das últimas décadas, que nos tem proporcionado, ano após ano, a redescoberta de um património que oitocentos deturpou ou, simplesmente, negligenciou, pôde, pouco a pouco, começar a ser redescoberto na sua contextualização histórica. As artes continuaram, pois, a difundir-se apenas no seio da grande tradição arquitectural, à qual se sujeitaram, incluindo a escultura e a pintura, a totalidade das expressões decorativas. Tendo em conta o facto de se manterem como testemunhos vivos de culturas prestigiadas e de uma forma de viver pertencente ao passado, os monumentos mais visitados e admirados por esse mundo fora são, de um modo geral, os templos coroados por grandiosas cúpulas, as imponentes casas senhoriais e, fora das cidades, integrados num panorama adequado, os mosteiros e os castelos. Além disso, também o palácio real representa um ponto de atracção particular, devido à circunstância de, na sua história, a harmoniosa aliança entre a arquitectura e o paisagismo, ou melhor, entre a ciência e a natureza, continuar a agradar e a interessar as populações hodiernas. João Chambers

Música Sacra – Tallis, Byrd e os Tudors

Num magnífico documentário produzido pela BBC-Four, o actor Simon Russell Beale percorre o florescimento da música sacra ocidental, através da música de Thomas Tallis e William Byrd, dois compositores no centro do próprio Renascimento musical de Inglaterra, através das interpretações do Ensemble The Sixteen, dirigido por Harry Christophers.
Estamos de volta à dinastia dos Tudor (entre 1485 e 1603), período de grandes convulsões em torno da fé, posta em causa sempre que um novo monarca chega ao trono, culminando com o fim do Catolicismo Romano no reinado de Elizabeth I.


 

I Ciclo de Concertos de Música Sacra das Igrejas da Baixa-Chiado

O Coro Ricercare traz a Lisboa um recital de música sacra contemporânea, com obras do português Gonçalo Lourenço.
Do Concerto – o terceiro do Ciclo “ Santos Populares”, destaque para a “Missa de S. Nicolau”, criada em 2005 pelo jovem compositor e cuja estreia mundial foi assegurada pelo Coro Ricercare.

Igreja da Madalena – 18 de Junho, 16h00 – entrada livre
PROGRAMA – Obras de Gonçalo LourençoMissa Lamentum Lacteus: Missa de São Nicolau
Kyrie
Gloria
Salmo (Speravi in Domino)
Alleluia
Offertorio (Veritas mea)
Sanctus
Pai nosso
Agnus Dei

Ave verum
Ave Maria
Ó meu menino

Os Passos da Romaria
Nossa Senhora do Souto (Donas – Beira Alta)
O Senhor da Serra é Meu (Ribatejo)
Senhora Santa Luzia (Beira Alta)
Senhora da Póvoa (Atalaia do Campo – Beira Alta)

O próximo Concerto terá lugar a 25 de Junho na Basílica dos Mártires,
pela Polyphonia Schola Cantorum
e Orquestra Concentus Musicus de Lisboa.
Serão interpretadas Peças Sacras de Mozart, por:
Ana Sêrro, Soprano – Ana barata, Contralto
Samuel Vieira, Tenor – David Ruella, Baixo

Wishful Thinking


Ver manifestações musicais nas igrejas da Sétima Colina, fora da agenda cultural dos programas de música litúrgica;

Os roteiros como São Roque têm um público dedicado, erudito, que acompanha os espectáculos ao longo do ano.

Para que alunos e solistas do Conservatório e/ou freelancers possam dispender algum do seu tempo
– a adquirir experiência e notoriedade –
e simultaneamente contribuir para formar ouvintes de todas as idades.