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On Giorgio Vasari’s 510th birthday

Leone X elegge il suo nuovo collegio di cardinali, 1555-1563

On the eastern side of the Palazzo Vecchio, next to the Hall of the Five Hundred, are the apartments that were once devoted to the offices of court and guests of the principality: the Quarters of Leo X on the lower floor and the Quarters of the Elements upstairs. These were constructed as part of the works ordered by Duke Cosimo I de’ Medici to extend the palace, and were therefore known as the new quarters. The works were begun by Battista del Tasso in the mid-1500s and were continued between 1555 and 1563 by Giorgio Vasari and a number of associates, including the painters Marco da Faenza, Cristofano Gherardi, and Giovanni Stradano. The distinctive feature of the two quarters is the perfectly matched shape and size of the rooms on the first and second floors. This symmetry is part of an iconographic scheme for decorating the rooms devised by the scholar Cosimo Bartoli. Each of the rooms in the Quarters of Leo X is dedicated to an illustrious figure from the Medici family and depicts their most significant feats. Each of these rooms is matched on the floor above by a room dedicated to one of the main pagan deities, the idea being to compare the “terrestrial gods” of the reigning dynasty with the lineage of the “heavenly deities.” The first room of the quarters is dedicated to Cosimo the Elder, to whom the Medici family was indebted for securing the family’s prestige in the 15th century.
Via Google Arts & Culture.

Musica Aeterna – Giorgio Vasari

As emissões do Musica Aeterna de 23 e 30 de Julho de 2011 são dedicadas aos cinco séculos do nascimento de Giorgio Vasari.

Nascido, a 30 de julho de 1511, no seio de uma família humilde, em Arezzo, cidade hoje tornada famosa sobretudo devido aos admiráveis frescos de Piero della Francesca para a Capela de São Francisco, Vasari, segundo o próprio testemunho, teve um antepassado a exercer a profissão de ceramista, ou vasaro em idioma italiano, daí a origem do apelido que o haveria de perpetuar para as gerações futuras. Constituindo parte do território da Toscana, logo não muito longe de Florença, tal situação geográfica vantajosa proporcionou-lhe o acesso aos exigentes e restritos círculos artísticos locais. Assim, quando contava apenas treze anos de idade, o pai, que sempre o encorajou a interessar-se pelo desenho, convenceu o cardeal Sílvio Passerini, representante do recém-eleito Clemente VII, a permitir ali ingressar como aprendiz. Mais tarde, na pioneira e magistral “Vidas”, textos que, apesar das inexactidões e das posições parciais tomadas, o consagram como um notável historiador pelo estudo da existência e da obra de cerca de centena e meia de artistas e a sua integração numa embrionária teoria da arte, iria enaltecer o facto de Luca Signorelli, familiar afastado, ter sido o principal responsável pelos primeiros ensinamentos que lhe foram ministrados.
João Chambers.

MUSICA AETERNA DE 23-07-2011| Assinalados no próximo dia 30, os cinco séculos do nascimento de Giorgio Vasari, influente arquitecto, teórico e crítico da Renascença, para além de autor da notável “Vidas”, ilustrados através de criações da autoria de Andrea Gabrieli, Annibale Padovanno, Carlo Gesualdo, Heinrich Isaac, Josquin Desprez, Alfonso Ferrabosco, “o Pai”, Giovanni Pierluigi da Palestrina, Diego Ortiz, Alessandro Striggio e de um autor anónimo, todos contemporâneos e ativos na Península Itálica do século XVI. João Chambers.
MUSICA AETERNA DE 30-07-2011| Comemorada hoje mesmo, a efeméride dos 500 anos do nascimento de Giorgio Vasari, geral e justificadamente considerado como uma das personalidades mais fascinantes da Península Itálica do século XVI, realçada através de peças da autoria dos contemporâneos e também ali activos Giovanni Pierluigi da Palestrina, Jean Richafort, Marc’Antonio Ingegneri, Alexander Agricola, Giovanni Gabrieli, Orlando di Lasso, Giulio Caccini, Costanzo Porta, Heinrich Isaac, Alessandro Striggio e Marco dall’Aquila. João Chambers.

A 3 de Fevereiro de 2011, o Caderno P2 do Público incluiu um artigo sobre Vasari intitulado:

Com quem ficará o espólio de Vasari?

Trocou cartas com cinco papas. E elas são uma das razões para que o espólio do pintor e escritor renascentista tenha tanta importância. Uma polémica sem fim à vista

São Lucas Pintando a Virgem
A história é longa e complicada. Envolve o espólio do mestre renascentista Giorgio Vasari, um magnata  russo, o Estado italiano e várias reviravoltas judiciais e personagens secundárias sugadas para esta novela internacional sem fim à vista.
O pintor, arquitecto, escritor e historiador renascentista Giorgio Vasari nasceu em Arezzo, na Toscana, em 1511, e o seu grande feito – para além de ter começado a pintar o tecto da Catedral de Florença – foi ter escrito diversas biografias de alguns dos mais importantes artistas do Renascimento italiano.
Por esse motivo tinha, à data da sua morte, um imenso espólio de correspondência trocada com alguns dos mais célebres protagonistas do seu tempo: o pintor Miguel Ângelo, cinco papas renascentistas e vários membros da importantíssima família Médici, entre outros. Tinha igualmente entre os seus pertences uma importantíssima colecção de desenhos e pinturas.
O arquivo de Vasari esteve desaparecido durante cerca de 300 anos até que reapareceu, no início do século XX, na posse de um tal conde Spinelli, descendente do executor do testamento do mestre. Passou então para a antiga casa habitada por Vasari, em Arezzo, a 80 quilómetros a sudeste deFlorença, continuando na posse dos descendentes de Spinelli, a família Festari.
150 milhões de euros
O enredo desta história adensou-se em Setembro de 2009. Foi nessa altura que os herdeiros do falecido proprietário do espólio àquela data, Giovanni Festari, mergulhados em dívidas ao fisco, começaram a procurar activamente um comprador para o arquivo.
Por intermédio de um empresário, os herdeiros entraram em contacto com um magnata russo chamado Vasily Stepanov, da empresa russa Ross Engineering (Grupo Ross) e os termos do contrato ficaram assinados. A venda era certa.
“Foi-me dito que aquele arquivo era uma daquelas oportunidades que só aparece uma vez na vida e que eu poderia vir a ter uma colecção que mais ninguém possui”, disse Stepanov ao The Art Newspaper.
A mesma fonte indica ainda que Stepanov estava disposto a pagar 150 milhões de euros pelo acervo. “Os meus associados responsáveis por estas diligências asseguraram-me que o preço era acertado e justo”, disse o russo, declarando igualmente que os arquivos seriam um tesouro mundial digno de uma exposição no Museu Hermitage, em São Petersburgo.
Porém, este preço e as condições da venda desencadearam imediatamente uma polémica, ainda em 2009. Muitos questionaram a verdadeira identidade do comprador e outros tantos acharam estranho o facto de Stepanov estar interessado em pagar um preço tão elevado – oito ou dez vezes mais do que o valor real do arquivo, argumentaram então vários especialistas.
Estes dois argumentos serviram, segundo muitos, para pressionar o Governo italiano, que tinha direitos de preferência para a aquisição e podia apresentar uma contraproposta.
Como ninguém parecia interessado em ver passar este acervo para mãos estrangeiras, a pressão pública foi aumentando – mesmo depois de oadvogado dos herdeiros, Guido Cosulich, ter tranquilizado o Estado italiano afirmando que o espólio não sairia de Arezzo.
Já em Março de 2010, o Ministério Público ordenou o arresto do arquivo Vasari pela polícia da Toscana e deu início a uma investigação criminal por fraude contra o Estado italiano, de acordo com um porta-voz do Ministério da Cultura, igualmente citado peloThe Art Newspaper. No âmbito deste inquérito, Stepanov teria de apresentar-se ao ministério e provar que a Ross Engineering existia, bem como confirmar a sua intenção de prosseguircom a aquisição.
No meio disto tudo, uma reviravolta surpreendente: dado o incumprimento no pagamento de impostos por parte dos quatro herdeiros Festari (umadívida de 700 mil euros), a agência estatal de impostos Equitalia decidiu levar o arquivo Vasari a leilão, no qual o Ministério da Cultura pretendia arrematar o negócio.
Leilão cancelado
A venda nunca chegou, porém, a realizar-se. Um juiz toscano cancelou este leilão depois de um recurso apresentado pelos herdeiros argumentandoque as estimativas da leiloeira para a venda (2,6 milhões) eram muito baixas.
Ainda em Março de 2010 outra reviravolta: um tribunal de Arezzo deu o leilão como válido e deliberou que seria indicada uma nova data para as licitações.
Finalmente, na última reviravolta de todas, soube-se esta semana que o comprador russo pretende desistir do negócio. Vasily Stepanov disse ao The Art Newspaper ter recebido informações que sugerem que, “desde o início, os italianos não tinham nenhuma intenção de vender o arquivo”. Stepanov reafirmou, porém, ter sempre agido de boa-fé: “Assim que me apercebi das suas verdadeiras intenções, decidi romper os meus contactoscom eles. Considero o negócio terminado”, disse.
Os herdeiros Festari contradizem, porém, esta versão dos factos: “Nunca houve intenção de coagir o Estado italiano. Na verdade, em Setembro de2010, os Festari pediram ao Estado para abdicar do seu direito de compra do espólio ao preço estabelecido pelo mercado de forma a dar continuidade ao contrato com o Grupo Ross”, indicou um porta-voz da família.
Aconteça o que acontecer, seja ou não vendida em leilão ao Estado italiano, o espólio de Vasari permanece valioso e imutável às disputas judiciais.

 

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