Educação Sentimental

François Boucher - A Educação de Cupido, 1742

If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you
But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
Or, being lied about, don’t deal in lies,
Or, being hated, don’t give way to hating,
And yet don’t look too good, nor talk too wise;
If you can dream and not make dreams your master;
If you can think and not make thoughts your aim;
If you can meet with triumph and disaster
And treat those two imposters just the same;
If you can bear to hear the truth you’ve spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken
And stoop and build ’em up with worn-out tools;
If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breathe a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: “Hold on!”;
If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings nor lose the common touch;
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds’ worth of distance run
Yours is the Earth and everything that’s in it,
And which is more you’ll be a Man, my son!

O mesmo poema de Rudyard Kipling em português

Cansado de Ser Pequeno

Eu tenho fairplay, a sério que tenho. Estou triste por a Selecção ser eliminada, mas no final os alemães foram humildes e souberam sofrer. Verificar isto numa selecção candidata a ganhar o torneio engrandece a nossa equipa. Saimos por isso de cabeça levantada, ao contrário do campeão europeu em título e do finalista vencido do último Mundial, que saíram pela porta pequena.

Nós praticamos bom futebol, temos jogadores que são admirados por milhões, estamos entre os melhores. Mas nem sempre os melhores ganham. Desta vez, foi pena que o juiz da partida tivesse fechado os olhos ao golo ilegal da Alemanha, por ser decisivo.
Apesar de Cristiano Ronaldo se arriscar a ser considerado o jogador mais pequeno do Euro, não são os nossos jogadores que são pequenos, é o país.

Dia da Raça

Em princípio é para ir até ao fim

Ballack e os outros gigantes

Ballack sempre na jogada. Será o famosíssimo 13 alemão o inimigo número 1 de Portugal? Lembrar-se-á Scolari de que em 2002, quando derrotou a Alemanha e garantiu a conquista do Mundial para o Brasil, os alemães não tinham Ballack? Não será Ballack o motor germânico e merecedor de atenção especial?

Tanta questão junta motivou por parte de Scolari, ontem, um súbito remexer do bolso direito das calças do fato de treino. De lá o seleccionador retirou uma folha e pareceu preparar-se para um discurso. O que haveria de especial naquela súbita cábula?

O seguinte: «Vamos ao que interessa: o n.º 17 da Alemanha [Mertesacker] tem 1,98 metros; o n.º 13, que é Ballack, 1,88; o Klose tem 1,82; Mario Gomez 1,89; o 21 [Metzelder] 1,94. Temos é de nos preocupar com isso e mais um pouco até, pois os meus jogadores têm 1,15 metros ou 1,20 metros. Acham que devia preocupar-me só com Ballack? É verdade que ele está provavelmente na melhor forma dos últimos anos, que é grande jogador e tem enorme influência na Alemanha, mas o que me preocupa é ter de armar situações de jogo para superar as diferenças de estatura nas bolas paradas. Aliás, falam de Ballack mas a Alemanha também tem Lahm, um dos melhores laterais do Euro.»

Tenho andado um bocadinho zangado, é verdade. Mesmo descontando a gentileza de retribuir a hospitalidade aos anfitriões, o jogo com a Suíça era para ganhar.

Viriatos, digo anões, digo matraquilhos, ganhem lá aos calmeirões, para a gente fazer as pazes.


Os Cinco Elementos

A história começa em 1913, pela mão de Thomas Mann, que escreveu o livro. Luchino Visconti assinou em 1971 esta obra-prima, que deu a Dirk Bogarde a melhor interpretação da sua vida. Finalmente, o Maestro Zubin Mehta conduziu a Filarmónica de Israel na interpretação deste Adagietto da 5ª Sinfonia de Mahler, uma das músicas da minha vida.

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HARPS, O Caçador de Planetas

O HARPS pode não ter pedigree, mas tem faro, que é o que interessa

Um grupo de astrofísicos do Observatório da Universidade de Genebra revelou ontem a descoberta de cinco planetas de massa idêntica à de Neptuno e Urano, que normalmente são apelidados de super-Terras, por terem uma dimensão inferior a 30 vezes a do planeta azul.

Três dos planetas gravitam em torno da estrela HD 40307, um corpo celeste algo menor que o Sol, que se situa a 42 anos–luz da Terra, ao Sul da constelação de Dorados e perto da de Pictor, que fazem parte da galáxia Grande Nuvem de Magalhães, que é satélite da Via Láctea. Em termos celestes, pode dizer-se que estes novos planetas são quase vizinhos do sistema solar.

Os planetas da estrela HD 40307 têm todos órbitas muito rápidas, entre 4,3 e 20,4 dias, e as suas massas variam entre 4,2 e 9,4 vezes a da Terra.

Segundo a revista Science Daily, os planetas com órbitas breves são mais fáceis de captar pelos telescópios do que os que têm órbitas mais longas.

No entanto, a equipa chefiada por Michel Mayor acredita que dentro de dois ou três anos conseguirá encontrar planetas desse género.

via DN

Solstício do Verão (editado)

Para celebrar a Roda do Sol e saudar a entrada do Verão, nos próximos dias 20 e 21 decorre o Festival Solsticial, no lugar dos Tambores – A Rota dos Templos do Sol – arredores de Chãs, Concelho de Vila Nova de Foz Côa.

O ponto alto dos festejos, dia 21, a partir do meio da tarde, com a participação da Associação Cultural Pagã e os Grupos de Gaiteiras (Las Trailarailas) e Pauliteiros de Duas Igrejas, Miranda do Douro, após o que haverá um arraial popular com sardinhada e febras, animado por concertinas, no adro da igreja.

Informação completa na página Solstício de Verão

Post editado para reparar o lapso de não ter referido o nome do meu amigo Jorge Trabulo Marques, a quem agradeço a informação, sem a qual não teria conseguido criar a página acima referida.

As cores da noite, de Van Gogh

Ao longo da sua vida, Vincent Van Gogh (1853–1890) experimentou a paradoxal tarefa de representar a noite através da luz. Para isso, seguiu a tendência dos Impressionistas de “traduzir” os efeitos visuais da luz através de múltiplas combinações de cor. Simultaneamente, esta preocupação de Van Gogh traduziu-se no desejo em mesclar o visual e o metafórico, no sentido de produzir obras de arte frescas e profundamente originais. Estas diferentes preocupações artísticas encontram-se nas suas pinturas sobre crepúsculos e paisagens nocturnas.

 


A obra Starry Night – 1889, pertencente ao MOMA, será integrada na Exposição Van Gogh and the Colors of the Night que terá lugar no Van Gogh Museum no início do próximo ano e que pretende apresentar uma nova perspectiva das representações de Van Gogh e dos efeitos de luz nesses ambientes nocturnos.

Round About Midnight – Gotan Project & Chet Baker


 

Beleza Interior

Na Antiguidade Clássica, entendia-se por belo o que agradava, o que era atractivo ao olhar, ou o que era belo espiritualmente, não coincidente com a beleza do corpo?
Para Platão, a única realidade era a do mundo das ideias, de que o nosso mundo material é uma sombra e imitação; O feio era assim o não-ser, uma imperfeição do mundo ideal.
Aristóteles, na Poética, dizia sobre a origem da Poesia, que o imitar é congénito no homem, pois os primeiros ensinamentos lhe são proporcionados pela imitação, tão mais agradável quanto mais perfeita.

A tradição satírica, difundida na Europa pelos humanistas, é bem patente na obra Esopo, de Diego Velazquez

Este Esopo, de nariz achatado, não era provavelmente o homem simples, de traços marcados pelo trabalho , que representava o ideal cínico da modéstia e da sabedoria das pessoas vulgares da sua época; Velázquez deu a Esopo as características típicas do homem cabeça-de-boi, das Fábulas. Os olhos assumem igualmente relevo, pelo tom de desprezo e de ironia, característicos nos anões e nos tolos de Velázquez.

Imagens do Trabalho