Os Imortais

Andrew Beckett, o jovem brilhante advogado infectado com o vírus da Sida, reune com o advogado Joe Miller, a quem pede ajuda no sentido de provar que foi despedido do Escritório de Advogados onde trabalhava, por estar doente.
Gigantesco, o processo de luta, contra a sociedade, contra a morte, contra o próprio advogado, também ele homofóbico.
No final desta cena, Miller sai de casa de Beckett com as lágrimas nos olhos.
Há muitos anos que me emociono com esta cena, que deu a Tom Hanks o Óscar pelo filme Philadelphia.

Para que esta cena ficasse para sempre gravada como um dos grandes momentos da História do Cinema, muito contribui a voz da Divina Callas, no papel de Maddalena na ópera Andrea Chenier, de Giordano.


Maddalena, disposta a entregar-se ao tribunal revolucionário para salvar o poeta Andrea, conta a Carlos como a sua família morreu num incêndio, num desesperado acto de amor:

La mamma morta m’hanno alla porta
della stanza mia; moriva e mi salvava!
poi a notte alta io con Bersi errava,
quando ad un tratto un livido bagliore
guizza e rischiara innanzi a’ passi miei
la cupa via! Guardo!
Bruciava il loco di mia culla!
Così fui sola! E intorno il nulla!
Fame e miseria! Il bisogno, il periglio!
Caddi malata, e Bersi, buona e pura,
di sua bellezza ha fatto un mercato,
un contratto per me!
Porto sventura a chi bene mi vuole!
(ad un tratto, nelle pupille di Maddalena si effonde una luce di suprema gioia)
Fu in quel dolore
che a me venne l’amor!
Voce piena d’armonia e dice:
“Vivi ancora! Io son la vita!
Ne’ miei occhi è il tuo cielo!
Tu non sei sola!
Le lacrime tue io le raccolgo!
Io sto sul tuo cammino e ti sorreggo!
Sorridi e spera! Io son l’amore!
Tutto intorno è sangue e fango?
Io son divino! Io son l’oblio!
Io sono il dio che sovra il mondo
scendo da l’empireo, fa della terra
un ciel! Ah!
Io son l’amore, io son l’amor, l’amor”

Large Number no Music Box

Ontem à noite, a convite do Pedro Azevedo, fomos ao MusicBox assistir ao lançamento mundial do trabalho Modern Horror desses grandes malucos que são os Large Number.

Éramos poucos, mas bons! Numa das músicas, a vocalista Ann Shenton começou a cantar come closer, come closer e o pessoal começou a aproximar-se do palco, para pouco depois perceber que aquele chamamento era só o título da música 😛

Dois sintetizadores analógicos e duas guitarras são suficientes para criar este divertido electro-clash.

De frente, o músico do lado direito parece o Ian Dury, de perfil parece vagamente o David Bowie. Consegue ser mais feio que o Zé Pedro dos Xutos

Amor Eterno

Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,

são eternos como é a natureza.

poema de Pablo Neruda, gravura de René Magritte

Se os meus amigos sabem que fiz este post…

Um amigo emprestou-me o Greatest Hits dos Boney M, que me fez recuar à segunda metade dos anos setenta.

Não, não estou fora de prazo.
Aos sábados à tarde, levava a mana ao Beat e a outras duas discotecas, uma no Campo Pequeno – creio que se chamava Brown`s… e outra nas Picoas, numa cave.

Como a mãe não deixava a menina ir sozinha à discoteca e eu era um puto giro e gostava de dançar, tinha sempre o cuidado de saber quem eram as amigas com quem a mana saía. Juntava-se por isso a fome à vontade de comer.
Era a altura dos Village People, a fase disco dos Bee Gees, Donna Summer e Gloria Gaynor!
Por amor da santa…

Além do delicioso Gotta Go Home, sabe bem recordar Brown Girl In The Ring, Rasputin, Daddy Cool, Hooray! Hooray! It’s A Holi-Holiday, Rivers Of Babylon… todas com um ritmo tão contagiante, todas tão divertidas!

Indiana`s back

Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skul – Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal será este ano a minha prenda de aniversário.
Com produção de Steven Spielberg e o charmoso Harrison Ford  numa invejável forma aos 65 anos, esta será seguramente a última aventura de Indiana.

A “Besta”

Desenhos de Luis Royo

A Besta, criatura não iluminada.. tem necessidades básicas!

Num súbito ritual de sacrifício, o sangue do animal vai aquecendo..

ao toque sobre a pele nua da Fêmea, Ninfa Branca…

E transmuta-se em semente, que ela bebe..

consumida pelo desejo profundo de trazer..

àquele que já foi homem, a memória do prazer..

que deve ser alimentado!

Atmosferas

Entardecer em Lisboa

    Amanhecer em Lisboa

    declaração de interesses

    Gisele Bundchen

      Vou levar-te para casa – tomar conta de ti dar-te um bom banho, vestir-te um pijama e.. Fazer-te uma papinha, meter-te na caminha Ler-te uma historinha e deixar-te bem calminha Ouve bem: Preciso de alguém do meu lado Que me dê um bom dia com um sorriso bem rasgado Amor pela manhã, pela tarde e pelo fim do dia Mais um pouco quando sonho era o que eu queria Não é preciso muito, é muito simples na verdade Só quero amor bom, carinho, solidariedade Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar Olá nina, quero tratar de ti Dar-te este mundo e o outro tenho tudo aqui Chega só um pouco perto de mim Acredita que nunca me senti assim Trata-me bem – eu juro que suo sangue por ti Faz a coisa certa como o Spike Lee Podes usar e abusar tipo brinquedo favorito Mas tem cuidado, por favor, não o deixes partido.. Dou-te tudo o que puder, tudo o que tiver O que não tiver tiro aos deuses para a minha mulher! Roubamos um foguete, vamos dar uma volta até à Lua Escrevo um livro pelo caminho com a alma toda nua Procriamos como coelhos e quando nos derem pelos joelhos Procriamos mais um pouco porque eu adoro fedelhos Escrevo o teu nome no meu corpo para toda a gente ver Bem piroso e lamechas, como o amor deve ser.. verdadeiro!!! Olá nina, quero tratar de ti Dar-te um mundo e o outro tenho tudo aqui Chega só um pouco perto de mim Acredita que nunca me senti assim Gostas de filmes? Podíamos fazer um bem privado… Eu escrevo, realizo e actuo do teu lado Podes ser a minha estrela, vou-te dar um bom papel Pouca palavra, muita acção, acredita que é mel Nasceste para isto, tá tudo previsto Por isso insisto e não resisto a dar-te mais um pouco disto Amor puro, fresco como a brisa do mar Tenho montes dele guardado, e tá quase a estragar Envelheço ao teu lado, eu bem gordo tu bem magra Acabamos com o stock nacional de Viagra Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar Olá nina, chega (aqui)ao pé de mim Deixa-me dar-te o que tu mereces Tu és a resposta para as minhas preces Senta-te aqui vou-te cantar um som Doce como tu, como um bombom Olá, nina quero tratar de ti Dar-te um mundo e o outro tenho tudo aqui Chega só um pouco perto de mim Acredita que nunca me senti assim..

      Os Radiohead dão-nos a volta à cabeça

      Os Radiohead oferecem a possibilidade de remisturar o tema «Nude», single retirado do novíssimo In Rainbows.

      Em Radiohead Remix Site é possível fazer upload do baixo, guitarra, bateria… misturar tudo na batedeira e colocar à votação durante o mês de Abril.

      fontes: IOL e Blitz

      a côr dos anjos: azul eléctrico

      A norueguesa – mais uma! – Anja Garbarek vai construindo o seu colar de sons.

      Durante a juventude, acompanhou o saxofonista Jan Garbarek nas diversas digressões que o pai fez.

      Inspirou-se em Brian Eno e Laurie Anderson para compor o emocionante Smiling and Waving.
      A ouvir, os samples de The Diver, Spin The Context, You Know e And Then, aqui.

      No seu mais recente trabalho Briefly Shaking, Anja acrescentou-lhe mais algumas pérolas: por exemplo, Still Guarding Space e My Fellow Riders.

      Estes nórdicos dão-me a volta ao miolo!

      Anja Garbarek


      Anja Garbarek não é apenas a filha do famoso saxofonista norueguês Jan Garbarek. Anja é uma das vozes mais excitantes da vibrante cena musical nórdica. É uma combinação de melodias instantaneamente absorvíveis pelo ouvido, uma colecção de histórias envolvidas em contrastes dramáticos e justaposições numa reinvenção sofisticada do trip-hop. Comparada a cantoras como Björk ou Beth Gibbons (vocalista dos Portishead), Anja Garbarek passeia por vários estilos e detesta ser previsível. “Gosto de pegar nas letras mais sombrias e pô-las nas melodias mais reconfortantes, ou misturar temas doces com situações macabras. Se calhar, devia ter chamado ao meu novo álbum «A Bela e o Monstro»”, diz Anja Garbarek com um ar de brincadeira. “Briefly Shaking”, o quarto álbum da cantora e compositora, é sem dúvida o mais inovador e audacioso até à data.

      Guimarães dia 19 de Abril – Centro Cultural Vila Flôr, 22 horas