Arquivo de Janeiro, 2018

‘Blue Maqams’, de Anouar Brahem

Depois do projecto Souvenance [ECM, 2014] apresentado pelo Quarteto do músico tunisino em concerto com a Orquestra Gulbenkian a 28 de Abril de 2015,  Anouar Brahem regressa a Lisboa para a apresentação ao vivo do álbum Blue Maqams [ECM, 2017] a 16 de Abril no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian,
Vem isto a propósito, claro está, do artigo de Gonçalo Frota publicado no Ípsilon:

No ano em que celebra o 60.º aniversário, o tunisino reuniu à sua volta uma formação de luxo — Dave Holland, Jack DeJohnette e Django Bates — para a gravação de Blue Maqams, lugar de encontro entre as liberdades da música árabe e do jazz.

O álbum pode ser escutado no Spotify

 

‘Estava a Mãe Dolorosa’, de Pergolesi

Em mais um aniversário do compositor barroco Giovanni Battista Pergolesi, que nasceu neste dia 4 de Janeiro em 1710 e faleceu com apenas 26 anos em 17 de Março de 1736, partilho a tocante abertura “Duo Stabat Mater dolorosa”, aqui interpretada pelo contratenor Tim Mead e pela soprano Lucy Crowe, dirigidos por David Bates durante a gravação que o Ensemble La Nuova Musica realizou em 2017 para a Harmonia Mundi.

 

‘Raparigas debaixo de árvores’, de August Macke

No período em que estudou na Academia de Düsseldorf, August Macke [3 Janeiro 1887 – 26 Setembro 1914] desenhou cenários para Louise Dumont, directora do Teatro Schauspielhaus. Em 1907 viajou para Paris, onde teve contacto com os Impressionistas franceses.

Em 1909 conheceu Franz Marc [1880-1916], com quem participou na fundação da Associação de Novos Artistas de Munique. Ambos viajaram para Paris em 1912 com o intuito de visitar Guillaume Apollinaire [1880-1918] e Robert Delaunay [1885-1941].

Os alicerces artísticos da decisiva experiência na Tunísia – para onde viajou na Primavera de 1914 na companhia de Paul Klee [1879-1940] e Louis Moilliet [1880-1962] -, tinham já sido fornecidos pelo Orfismo de Delaunay, com a sua fragmentação das formas em cor e luz.
Fruto desta atmosfera, surgiu a obra ‘Raparigas debaixo de árvores’, que Macke completou após o regresso da viagem.

As raparigas a brincar entre as árvores, nas margens do lago, confundem-se com a cor, luz e espaço circundantes. A escolha das cores é utilizada de forma a unir as figuras com a paisagem. As pinceladas grossas que distinguem os tons quentes dos frios e os claros dos escuros, enfatizam a impressão de movimento em cada um dos segmentos.