Arquivo de Janeiro, 2005

Avançamos tanto.. e no entanto, tão pouco!

Há cem anos, em 1905, um certo Einstein enunciava os Postulados da Teoria da Relatividade:

A relatividade da distância e a relatividade dos intervalos de tempo.

Eternizado no século XX, Albert Einstein (1879-1955) revolucionou a Ciência;

Transformou o mundo da Física e mudou a perspectiva que o homem tinha do Universo.

Explicava a sua teoria através duma comparação relativamente simples de entender: “uma hora com uma jovem e bela mulher passa como um minuto, mas um minuto sobre um forno quente parece uma hora”.

Para celebrar este centenário, a Unesco declarou 2005 “Ano Mundial da Física”.

Algumas das mais importantes iniciativas associadas às comemorações podem ser consultadas aqui, aqui e aqui.

Parabéns!

Ao Miguel Duarte e votos de afirmação do Movimento Liberal Social!

A virtude está no Extremo-Centrismo

Se há alguma coerência no Professor Diogo Freitas do Amaral é a sua postura de centrista. Desde que em 1974 fundou o CDS-Centro Democrático Social, teve a arte de trazer a direita para o centro do regime, o que em abono da verdade constitui um contributo fundamental na consolidação da nossa jovem democracia.

As alianças que fez entretanto – com o PS em 1978 e que deu o primeiro Bloco Central, e no ano seguinte a AD-Aliança Democrática, com Francisco Sá Carneiro e Gonçalo Ribeiro Teles, demonstram a sua habilidade política, quer na sedução da ala esquerda do PSD, quer da ala direita do PS.

De candidato presidencial derrotado por Soares em 1985 à presidência da Assembleia Geral da ONU, são dois indicadores da condição de estadista que marcam a personalidade de Freitas do Amaral – um dos oito magníficos do pós 25 de Abril, como disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Os recentes episódios – oportunisticamente aproveitados por Sócrates, ao dizer que Freitas do Amaral apelou hoje ao voto no PS com a coragem que só espíritos livres o podem fazer, mas fê-lo também por nobreza de carácter e em nome do interesse nacional, unicamente porque pede maioria absoluta para o PS nas próximas eleições legislativas, e o caso do parecer jurídico contra a transferência do Fundo de Pensões da CGD para a CGA – a meu ver erradamente, pois tenho muita dificuldade em separar o Jurista do Presidente da Assembleia de accionistas da Caixa, são matéria quente neste momento de agitar das bandeiras, mas logo que a onda passe, concluiremos que Freitas do Amaral não faz mais do que estar no meio dos que em cada momento estão na mó de cima.

Diogo Freitas do Amaral não é um homem de causas. É um homem de compromissos!

Maurizio, o Espontâneo.. Pollini, o Expressivo..

Maurizio Pollini é um dos grandes pianistas do nosso tempo, a par de nomes como Vladimir Horowitz, Alfred Brendel, Emil Gilels, Sviatoslav Richter, Arthur Rubinstein e Claudio Arrau, o jovem Krystian Zimerman, Vladimir Ashkenazy, Glenn Gould, entre outros..

Hoje, para quem conseguiu bilhetes(!) dá um grande recital no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em que interpreta Chopin – Nocturnos e Sonata nº 2.

A superior visão, ao transpôr para o século XX com uma fidelidade transcendente nas suas interpretações, por exemplo das 32 Sonatas para Piano de Beethoven, fazem de Pollini – mais do que um intérprete, um virtuoso, no rigor com que toca as notas que Beethoven, Chopin e Schuman escreveram, e que iam para além do seu tempo e dos instrumentos que possuiam na altura.

Aprecio em particular as interpretações de

Beethoven:

Piano Sonata no.17 in D minor, op 31 no.2 The Tempest

Piano Sonata nº 21 in C major, op.53 Waldstein

Schuman

Fantasia in C major, op.17

Arabeske, op.18

E o magnifico Concerto for Piano and Orchestra in A minor, op.54

A única gravação que fez do Piano Concerto K.488 in A major de Mozart, com Karl Böhm e a Vienna Philharmonic em 1976, foi uma espécie de milagre, segundo Pollini.

a minha relação com a água



Posted by Hello clique na imagem para ampliar

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,

Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia

Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios

E navega nele ainda,

Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,

A memória das naus.

O Tejo desce de Espanha

E o Tejo entra no mar em Portugal.

Toda a gente sabe isso.

Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia

E para onde ele vai

E donde ele vem.

E por isso porque pertence a menos gente,

É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.

Para além do Tejo há a América

E a fortuna daqueles que a encontram.

Ninguém nunca pensou no que há para além

Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.

Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

Alberto Caeiro

Cresci a olhar para o Tejo.

Brincava com ele.. divertia-me a atravessar o rio nos cacilheiros, para lá.. para cá..

Ia atrás do senhor Augusto, que vendia gelados num triciclo.. e pacientemente esperava que o dia lhe corresse bem para que viesse a recompensa.. o que eu gostava da baunilha!

Mas também tenho saudades do Côa, da ribeira seca no verão, onde os animais procuravam pequenos charcos para matar a sede..

Tomávamos banho com água pela cintura, no local onde há pouco tempo submergiram as famosas garrafas de vinho, cuja produção foi vendida para o estrangeiro.. enfim!

A infernal subida, debaixo de um sol abrasador até ao alto da ladeira, à entrada de Foz-Côa – lembro-me, fazia-nos descer novamente numa correria suicida a ver quem chegava primeiro à água..

Tinha a idade certa para essas brincadeiras.. mas hoje repeti-las-ia com prazer!

E tinhamos de ser nós a pagar as favas?!

Porque é que eles escolhem os piores momentos para jogar bem? E sempre contra nós?

Durante os 120 minutos de jogo – novamente em inferioridade numérica, e mais uma vez com um jogador mal expulso, o Sporting foi sempre superior.

Nos penalties, a estrelinha esteve do outro lado.. e acabam por ser justos vencedores.

Como diz o Pesudo, saimos mais fortes e de cabeça levantada.

Pela primeira vez esta época vi uma bela partida de futebol.

Duas Taças seguidas?

Agora é que vem aí a retoma!

However you go out, do it in style!

Fly me to the moon

Let me play among those stars

Let me see what spring is like

On jupiter and Mars

In other words, hold my hand

In other words, baby kiss me



Fill my heart with song

Let me sing for ever more

You are all I long for

All I worship and adore

In other words, please be true

In other words, I love you

O brilho da arte de Bosch.. no declínio da Idade Média

“A glória a que aspiro é a de ter vivido tranquilo […] sendo a filosofia incapaz de mostrar o caminho que conduz ao repouso da alma que a todos convém, que cada qual por seu lado o procure.”

Michel Eyquem de Montaige – Ensaios

Hieronymous Bosch | Triptico: The Temptation of St Anthony, c. 1500

Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Paixão eterna pelos demónios, pelo castigo físico e pela tentação da carne

Os heróis espirituais de Bosch eram os santos que suportavam a tortura física e psicológica e contudo permaneciam firmes. Entre estes, o seu favorito era Santo António, o tema deste tríptico.
Os trípticos de Bosch mostram-nos um mundo de sonhos e pesadelos e dão-nos uma ideia das fobias dos homens da Idade Média. As suas telas, carregadas de demónios, animais e pássaros bizarros, figuras meio homem meio bicho, cujas formas parecem brilhar e transformar-se perante os nossos olhos, revelam o lado mórbido das pestes, das guerras e do sobrenatural. Do realismo das criaturas imaginárias releva a sua convicção absoluta de que elas existiam mesmo! As imagens dos pesadelos parecem possuir um poder surrealista inexplicável! Bosch era considerado um surrealista do século XV, apenas um inventor de monstros e quimeras e as suas pinturas como fantasias milagrosas e estranhas, causando uma impressão de horror em lugar de agradável. A sua intenção não era dirigir-se ao consciente do observador mas, pelo contrário, transmitir-lhe uma certa verdade moral e espiritual, daí os seus quadros possuirem um significado preciso e premeditado.

eu sei quem foi.. mas não digo!



Posted by Hello clique nas imagens para ampliar

Terá sido o Professor que não quis a sua imagem ligada ao PSD.. e que queria deixar a sua marca nesta campanha?

Terá sido o emplastro?

Será a mesma empresa de marketing responsável pelas três candidaturas?

Terá sido o Carmona Rodrigues?

vá lá a gente entender o futebol…!

O boavista.. que perdeu 4-0 com o benfica, que tinha perdido 2-1 com o sporting que perdeu escandalosamente por 3-2 com o nacional, que perdeu 2-0 com o boavista que tinha levado uma tareia de 6-1 do sporting que empatou 2-2 com o beira-mar que perdeu 3-0 com o boavista que já tinha ganho 1-0 ao nacional que ganhou 2-1 ao beira-mar que ganhou com justiça por 2-0 ao benfica que perdeu 1-0 com o porto que perdeu 1-0 com o beira-mar que perdeu 2-1 com o nacional que tinha perdido 2-1 com o benfica que perdeu 1-0 com o leiria que perdeu 3-0 com o boavista que ganhou 3-0 ao beira-mar que tinha perdido 3-2 com o benfica que tinha perdido 1-0 com o leiria que tinha empatado com o sporting e com o porto que tinha perdido com o boavista que está em primeiro – até ver, o sporting e o porto em terceiro, o benfica em quinto e os outros lá mais para baixo..

Há algum algoritmo para resolver isto?!

%d bloggers gostam disto: