A Música Sacra no tempo de D. João V (Compositores de 1711 a 1750) Igreja do Menino Deus | 4 de Novembro de 2011, 21:00h | Entrada livre
Programa:
João Rodrigues Esteves: “Pinguis est Panis”
Johann Sebastian Bach: Ária “Schlummert ein, ihr matten Augen”
G.Ph.Telemann: Cantata “Ihr Völker hört” (Am Feste der heiligen drei Könige)
Johann Sebastian Bach: Sonata em Si bemol Maior, BWV 1021 Adagio/Vivace/Largo/Presto
João Rodrigues Esteves: “Regina Caeli Laetare”
La Nave Va – Ensemble Barroco
Maria Luísa Tavares, Mezzo-Soprano | Armando Possante, Barítono | António Carrilho, Flauta de Bisel | Edoardo Sbaffi, Violoncelo | Jenny Silvestre, Cravo
300 ANOS da IGREJA DO MENINO DEUS: 1711-2011 A Igreja do Menino Deus é uma obra de grande importância histórica e patrimonial. Localizada no Largo do Menino Deus, meio escondida na encosta nascente da Colina do Castelo, este templo é praticamente desconhecido da maior parte dos lisboetas. Mas a sua notável qualidade e originalidade arquitectónica, aliada ao facto de ser uma das raras igrejas que escapou intacta ao grande terramoto de 1755, fazem dela um verdadeiro marco da Arquitectura Barroca nacional. A concepção da obra está atribuída ao Arquitecto Real João Antunes (1642-1712), autor de obras de referência como a Igreja de Santa Engrácia em Lisboa.
Foi no dia 4 de Julho de 1711, que o Rei D. João V, acompanhado dos Infantes, seus irmãos, D. António e D. Manuel, conjuntamente com vários membros da Casa Real, lançou a primeira pedra da igreja. A construção prolongou-se durante 26 anos tendo ficado concluída em 1737, data em que foi sagrada. No dia 25 de Março, o mesmo Rei D. João V, transferiu a imagem “milagrosa” do Menino Deus da Igreja da Ordem Terceira de S.Francisco de Xabregas. Na cerimónia da inauguração, o Rei foi acompanhado em procissão nocturna, com tochas acesas, pela população da capital e pelo jovem Príncipe D. José, seu filho, e os irmãos Infantes D. António e D. Manuel. Depois de colocada a imagem na capela-mor, se cantou o Te Deum “com excelente música de instrumentos e vozes” como nos descreve a Gazeta de Lisboa.
Nave e Capela-mor com embutidos de pedraria (embrechados) | Foto: Fernando Jorge, 2011
Ao observarmos a frontaria da igreja vemos que não está concluída, faltando-lhe o remate de frontão e as torres campanário. Mas o interior é um perfeito e completíssimo exemplo da Arquitectura portuguesa do início do séc. XVIII. Espera-nos um verdadeiro espectáculo da obra total do Barroco. O espaço é amplo, à maneira de grande salão, com cantos cortados o que confere à igreja uma peculiar forma oitavada. As paredes são integralmente revestidas de pedra e com magníficos embutidos de pedraria de várias cores.
Nesta igreja a talha dourada está limitada aos retábulos dos oito altares laterais onde se integra um conjunto de boas pinturas de André Gonçalves (1685-1762) e do pintor espanhol André Ruvira executadas por volta de 1730. O retábulo da capela-mor, em mármore, é do italiano João António Bellini, de Pádua; ao centro, em pequeno nicho, vemos a imagem do Menino Jesus, devota dos populares e que, segundo a tradição, já existia no local sendo conhecida por Menino Deus. A Capela-mor é ainda adornada com duas belas telas trilobadas: um “São Francisco Despojado dos Hábitos Seculares” de Vieira Lusitano (1699-1783) da década de 1730, e um “Trânsito de São Francisco” atribuído ao italiano Francesco Pavona. A arte da pintura do Menino Deus fica completa com o esplêndido tecto pintado, obra de parceria entre Vitorino Manuel Serra, João Nunes Abreu, Jerónimo da Silva e André Gonçalves, representando arquitecturas em tromp-l’oeil e, ao centro, painel com a “Ascensão de São Francisco com as Virtudes”.
As obras foram erguidas com esmolas públicas e ajuda do Rei. O edifício conventual ficou destinado a recolhimento das Franciscanas Mantelatas da Ordem Terceira de S. Francisco de Xabregas.
Actualmente na parte conventual funciona o Centro Social do Menino Deus, gerido por uma Congregação de São José de Cluny, frequentado diariamente por cerca de 170 crianças. A igreja já foi alvo de restauro.
Para quem ainda não conhece este deslumbrante e raro monumento de Lisboa, aconselhamos que o venha descobrir no ano em que celebra 300 anos. Via.
Tecto da nave com pintura ilusionista em tromp-l’oeil | Foto: Fernando Jorge, 2011
Jos d'Almeida é um compositor de música electrónica épico sinfónica, podendo este género ser também designado como Electrónico Progressivo. Na construção de um som celestial, resultante da fusão de várias correntes musicais, JOS utiliza os sintetizadores desde os finais dos anos 70.
João Paulo Esteves da Silva, Mário Franco, and Samuel Rohrer – The Fireplace
João Guimarães Grupo
“UM”, o segundo trabalho de João Guimarães (sax alto e composição) featuring Hermon Mehari (trompete), Travis Reuter (guitarra eléctrica), Eduardo Cardinho (vibrafone), Óscar Graça (piano e sintetizador), Francisco Brito (contrabaixo) e Marcos Cavaleiro (bateria)
Mário Franco – Rush
“Rush” new album by Mário Franco (bass) featuring Sérgio Pelágio (guitar), Óscar Graça (piano), Luís Figueiredo (hammond organ) and Alexandre Frazão (drums)
From Baroque to Fado – A Journey Through Portuguese Music