‘Tudo Isto É Jazz!’, no centenário de Luís Villas-Boas

“Tudo Isto é Jazz!” é o primeiro musical português dedicado ao jazz. Um espectáculo que celebra um duplo centenário: o nascimento de Luís Villas-Boas [26 Mar 1924 – 10 Mar 1999], considerado o “pai” do jazz em Portugal, e o primeiro concerto de jazz efectuado no país por um grupo estrangeiro, ocorrido em 1924 no Teatro da Trindade, em Lisboa.


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Numa inédita combinação de teatro e música, que promete surpreender e encantar, conta-se a história do jazz, o seu início e progressão em Portugal. Sobem ao palco o ator João Lagarto, a Orquestra do Hot Clube de Portugal, dirigida por Pedro Moreira, e diversos convidados, incluindo as cantoras Maria João, Rita Maria e Sofia Hoffmann, e os músicos Ricardo Toscano, Laurent Filipe, Rão Kyao, Zé Eduardo, Jorge Costa Pinto, António José de Barros Veloso e Gonçalo Sousa, representando três gerações de músicos de jazz portugueses. “Tudo Isto é Jazz!” narra a progressão estética do jazz ao longo do século XX. A Orquestra do Hot Clube desdobra-se em diversos grupos, de duos a nonetos, ilustrando os sucessivos estilos jazzísticos que se foram desenvolvendo, desde o ragtime de Scott Joplin e o swing das grandes orquestras de Benny Goodman e Duke Ellington até ao bebop de Charlie Parker, a bossa nova e o jazz-rock, mas também a produção artística dos primeiros músicos portugueses que se profissionalizaram no jazz.

O espectáculo, realizado no Centro Cultural de Belém a 9 de Fevereiro último, está disponível na RTP Palco. Mais logo, por volta das 23h00, a RTP2 exibe o documentário Luiz Villas-Boas: A Última Viagem.

Teatralmente, João Lagarto dá a conhecer o percurso e o legado de Villas-Boas, figura carismática e polémica que encarna em palco, passando pela sua paixão pelo jazz, a fundação do Hot Clube e do Cascais Jazz, e as muitas histórias caricatas que viveu ao longo de mais de cinquenta anos de dedicação a este género musical. E no ano em que se celebra os 50 anos do 25 de Abril, merecem especial destaque as chamadas jazzofobias, protagonizadas nas décadas de 1920 a 1940 por figuras como Ferreira de Castro, Mário Gonçalves Viana e António Alves Martins, convidando à reflexão sobre um período e regime político em que a dignidade humana não abrangia todos por igual.Espetáculo concebido por João Moreira dos Santos, com encenação de Carlos Antunes, guião dramatúrgico de Fernando Villas-Boas e cenografia e caracterização de Blue. Via.

    • Anónimo
    • 26 de Março, 2024

    A ver,claro!

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