Cascais Jazz vai renascer após 21 anos

Duarte Mendonça começou a produzir o Cascais Jazz em 1974, já na sua quarta edição. Agora é o responsável pelo renascimento do festival que partiu do visionário Luís Villas-Boas.

Duarte Mendonça

1971: No Início era o Cascais Jazz…

Há pouco mais de 35 anos, o septeto de Miles Davis tocava no Dramático de Cascais e dava início ao mais mítico Festival de Jazz do País. O advogado Daniel Proença de Carvalho recorda o concerto que mais o marcou “pela total perplexidade que gerou. Não esperávamos aquela música, a liberdade dos músicos jovens que acompanharam Miles Davis. Ficámos hora e meia em silêncio e só depois vivemos uma explosão de emoção”, descreve ao DN. O advogado foi um dos 12 mil ‘privilegiados’ que assistiu ao festival que o próprio músico fez questão de abrir. Após um longo interregno de 21 anos, o Cascais Jazz está de regresso. E com ele uma mão cheia de músicos que marcaram os palcos de Cascais na época.
A ideia de retomar o festival de Cascais, já em Dezembro, partiu de Duarte Mendonça, actualmente ligado à produção de eventos como o Estoril Jazz e que co-produziu o Cascais Jazz a partir de 74: “Estava na Praia Verde [Algarve] quando me questionei sobre o que teria acontecido à marca do Cascais Jazz. Quando cheguei, liguei para o Instituto de patentes e resolvi registar a marca, bem como a insígnia”, refere ao DN.
Duarte Mendonça contactou a família de Luís Villas-Boas, que deu início ao festival, e o presidente da Câmara, António Capucho, que “ficou encantado com a ideia”, frisa.
A primeira (re) edição, em memória de Luís Villas-Boas, está agendada para os dias 4,5 e 6 de Dezembro no Centro de Congressos do Estoril. Assumindo que ainda não sabe como vai constituir o elenco deste festival nos próximos anos, Duarte Mendonça apenas assegura que “será semelhante ao do Estoril Jazz. A diferença entre os dois festivais estará no Jazz Latino. Estou a pensar introduzir dois concertos de bandas mais ligadas à bossa nova e salsa no Estoril Jazz já na próxima edição”, refere.
A ideia de organizar mais um festival não assusta o organizador, agora com 78 anos. “O que faz a idade das pessoas é a cabeça”, brinca. “Eu sinto que tenho 40 anos de cabeça”, conclui.
Por Diana Gomes – DN

Excelentes notícias!! Vamos lá matar saudades do que não vi… 🙂

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