Saudação à Primavera

DANÇAS E CÂNTICOS SAUDARAM PRIMAVERA CHUVOSA COM ALGUNS SORRISOS DE AZUL E DE SOL – NA PEDRA DA CABELEIRA DE NOSSA SENHORA
O Equinócio da Primavera, no passado dia 20, embora cinzento e chuvoso, nem por isso deixou de ser saudado pelas já tradicionais celebrações nos Calendários Solares dos Tambores, na aldeia de Chãs, de Foz Côa
Os dias de chuva, frio e mau tempo, que marcaram o último Inverno, pareciam fazer negaças à entrada de uma Primavera que se esperava alegre e sorridente, colorida de flores, irradiante de perfumes por um sol radioso e bem-vindo!
A cerimónia, que estava prevista para o nascer do sol, com a iluminação da Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, pelo eixo da sua cripta, decorreu ao fim da tarde, com rituais de dança, música, cânticos e poesia, coincidindo, justamente, com a hora astronómica, 17.32, em que os dias e as noites tiveram a mesma duração.

Os bailarinos da Amalgama Companhia de Dança, que naquele mesmo dia de Sábado se haviam deslocado propositadamente de Lisboa e que, por força das condições meteorológicas, estavam resignados a um simples ensaio no local para um espectáculo na manhã seguinte, acabariam por viver momentos de grande espiritualidade, profundo recolhimento e de rara beleza!
Aquele fim de tarde, esse, sim, fôra mesmo uma verdadeira saudação ao sol da Primavera, já que, o amanhecer de domingo, conquanto a alegria também não faltasse nos artistas e na assistência, fôra recebido com algumas névoas e nevoeiros.

A iniciativa, que contou com o apoio da Câmara de V. N. de Foz Côa e da Junta de Freguesia local, pretende celebrar os ciclos da natureza, evocando antigas tradições dos povos que ali viveram e, ao mesmo tempo, recolher contributos científicos para um melhor aprofundamento do passado histórico e místico daquela área.

O próximo evento está previsto para o dia 21 de Junho, com a celebração do dia maior do ano, ao pôr-do-sol, junto à pedra do Solstício do Verão. Deverá ser igualmente objecto do registo para um futuro documentário televisivo sobre os templos solares ali existentes e a sua área envolvente, realizado por José Manuel Lopes, com a colaboração de Clara Ferrão e Luís Pereira de Sousa e depoimentos dos vários especialistas que ali fizeram estudos ou visitaram os sítios, nomeadamente Adriano Vasco Rodrigues, a quem se ficaram a dever os primeiros trabalhos de investigação.

Jorge Trabulo MarquesDa Comissão Organizadora

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