Archive for the ‘ Política ’ Category

«1961 – O Ano que Mudou Portugal»

Um livro fundamental para os que nasceram em 1961! 🙂 Poderia fazer-se tal afirmação. Mas 1961 – O Ano que Mudou Portugal é também fundamental para os que viveram esse ano e para aqueles, mais novos, que querem hoje compreender o que representou esse momento irrepetível da história portuguesa. 1961 foi um ano surpreendente por várias razões: o desvio, com fins políticos, do paquete Santa Maria e de um avião da TAP; a oposição das Nações Unidas à política colonial de Salazar e a descoberta de que o governo de John Kennedy financiava os movimentos independentistas do Ultramar; o massacre de brancos em Angola, que deu início a treze anos de guerra que afetaram diretamente mais de um milhão de portugueses. Um ano que terminaria ainda com a invasão de Goa pela União Indiana, que deixou no terreno 3500 prisioneiros. […]Via http://www.clubedoslivros.org

1961 foi um ano estranho na História de Portugal. Decisivo também, pois originou o fim de quinhentos anos de império ultramarino. Radical ainda, porque a orientação política isolou o país a nível internacional, enquanto a maioria do povo português apoiava Salazar nas decisões contrárias ao que sopravam os ventos da contemporaneidade.
Foi um ano inaugurado com um protesto inédito realizado por um ex-homem de mão do regime, Henrique Galvão, que desviou o Paquete Santa Maria, e encerrado com uma rebelião liderada por outro ex-homem de confiança do regime, Humberto Delgado. Pelo meio, um general de topo da hierarquia militar encontra-se com o embaixador dos Estados Unidos em Lisboa para debaterem o modo de derrubar o presidente do Conselho do primeiro e, no dia seguinte à intentona falhada, o próprio Salazar cunha a frase «Para Angola e em força».
O que apegava de modo tão forte Salazar ao poder? Que sentimentos inspirava nos oito milhões de cidadãos sobre os quais reinava? Como contrariava o desenvolvimento do país de modo a fazer com que, a partir deste ano, mais de um milhão de portugueses emigrasse? De que modo planeava as actividades da polícia política na repressão aos que se lhe opunham? O que fez para que a Índia não recuperasse os três enclaves que Portugal aí mantinha? Porque foi obrigado a abrir o caminho ao envio de mais de um milhão de jovens para a guerra de África, sem aceitar negociar soluções económicas ou políticas que salvassem o último grande império do planeta? Como suportou um diferendo perigoso com as Nações Unidas, os Estados Unidos e a União Soviética?
São respostas a estas perguntas que se vão encontrar numa viagem ao quotidiano de um ano que mudou Portugal para sempre e que moldou todo o pensamento e a realidade social que ficou até aos dias de hoje.
Este olhar aconteceu através da leitura de três jornais da época, que refectem igual número de visões sobre a realidade nacional. Os primeiros quatro meses são observados no noticiário do Diário de Notícias; de Maio a Agosto no do Diário de Lisboa e, nos últimos quatro meses de 1961, no do jornal República. Via http://www.portoeditora.pt/
Sobre autor:
Depois de cinco retratos biográficos sobre escritores portugueses – Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal (2005), Uma Longa Viagem com Miguel Torga (2007), Uma Longa Viagem com José Saramago, Uma Longa Viagem com António Lobo Antunes (2009) e Uma Longa Viagem com Manuel Alegre (2010) – o autor decidiu agora viajar no tempo e dar-nos um retrato dos 365 dias que decidiram o fim do Império Português.
João Céu e Silva nasceu em Alpiarça, em 1959, licenciou-se em História durante os anos em que viveu no Rio de Janeiro e é, desde 1989, jornalista do Diário de Notícias. Publicou também um livro de viagens (Caravela Tropical) e um romance (28 Dias em Agosto).
Título: 1961 – O Ano que Mudou Portugal
Autor: João Céu e Silva
Editora: Porto Editora, 2011

Asfixia Democrática

Que pensarão europeus destes ao lerem notícias deste calibre, ou deste?!
Que não aprendemos nada com a história e que devemos precisar ser normalizados!

Museu do Comunismo - Praga, República Checa

Museu do Comunismo - Praga, República Checa

“A cidadania não vai a votos. A cidadania exerce-se”

Santana Lopes considera que os acordos que Costa celebrou com Roseta e com Sá Fernandes representam também uma “desconsideração” para com os lisboetas. “Ao falarem, como falaram, de lugares, de listas, de números uns e números dois, de vice-presidências, de lugares elegíveis, sem fazerem a mínima alusão a causas e objectivos de programa, revelaram aquilo que os preocupa: tudo fazerem para manter o poder, sem se dedicarem aos aspectos que poderiam implicar mudanças nas condições de vida dos lisboetas”.


“O que mudou, em e para Helena Roseta, nestes últimos dois anos? Nada de substancial, além de Santana Lopes ter regressado do além.” Raul Vaz, Económico

Uma questão de promiscuidades, artigo de opinião por António Sérgio Rosa de Carvalho, Historiador de Arquitectura, no Público de 19.07.2009 – sublinhados meus.

“A cidadania não vai a votos. A cidadania exerce-se”! Num texto anterior publicado no PÚBLICO, afirmava isto, motivado pela necessidade de defender “um cordão sanitário” entre a jovem e frágil democracia participativa e a erodida e desprestigiada democracia representativa.
Algo mais, já então, me motivava. A consciência intuitiva de que Helena Roseta pertencia àquele grupo de políticos profissionais que, conscientes do cansaço, erosão e de um progressivo distanciamento dos votantes, encontrava nos “cidadãos” participativos uma fórmula “refrescante” e uma oportunidade de “reformatar” o discurso. A máscara caiu. A razão diz-nos que não é supreendente, mas o sentimento exalta uma indignação, perante um sentimento de manipulação, ou mesmo, e é preciso dizê-lo, de traição.
A enorme bofetada que Helena Roseta dá em todos aqueles que seguiram o seu discurso de independência implica também uma enorme machadada na jovem e frágil democracia participativa, e, consequentemente, directa e indirectamente, na credibilidade da já tão doente democracia representativa.
Ela, de forma brutal, projecta todos aqueles que acreditaram numa plataforma de participação transversal aos ciclos políticos, num espaço ecléctico e pluralista de manifestação de individuos-cidadãos, unidos apenas pela urgência dos temas, novamente, na polarização dos blocos políticos e dos aparelhos ideológicos.
Ela mata, assim, uma dialéctica estimulante e melhoradora da própria democracia ao, de forma facciosa e oportunista, querer monopolizar a cidadania para um campo da “esquerda”, como se tal fosse possivel…
Esta atitude é comparável à afirmação de que o humanismo do séc. XXI, a consciência ambiental, a ecologia e a consciência urgente da necessidade imperativa da salvaguarda ecológica do planeta são exclusivos da “esquerda”.
É por isto que eu afirmo claramente aqui que já sei em quem não vou votar… E, ao contrário do prof. Carmona, digo-o: não vou votar no triunvirato Costa-Zé-Roseta.
Em quem vou votar, como muitos, não sei…
Portanto, apelos aos restantes para me convencerem, dizendo desde já que:
– não quero mais trapalhadas urbanísticas com histórias de permutas, trocas, baldrocas;
– não quero, pelo menos no primeiro mandato, mais obras públicas com orçamentos “em derrapagem”;
– não quero mais encomendas a arquitectos do star system, a cobrarem fortunas por “maquetas” feitas de caixas de sapatos;
– não quero mais destruição do património arquitectónico, através da especulação imobiliária ou da “criatividade” corporativa dos arquitectos, não só nas avenidas românticas, mas em toda a Lisboa. Isto implica Largo do Rato, Terreiro do Paço, etc, etc.
Quero:
– reabilitação, reabilitação, reabilitação… urbana, com responsabilidade técnica e grande rigor na perspectiva da salvaguarda do património;
– a Baixa classificada como Património Mundial e a respectiva carta de valores e regras que isso implica;
– repovoamento do centro histórico;
– estratégia e planeamento na área do urbanismo comercial;
– gestão equilibrada na estratégia do trânsito e do estacionamento, incluindo uma Autoridade Metropolitana de Lisboa e um Regulamento de Cargas e Descargas;
– gestão dos espaços verdes;
– ao menos, a existência de uma política cultural e museológica para a cidade de Lisboa.
Bem, não tenho mais espaço… Acima de tudo, viva Lisboa! Lisboa merece mais.

Libertas.eu

Pode sempre votar nos suspeitos do costume mas, se não comprou o Tratado de Lisboa  e se sente mais cidadão de um estado-membro que cidadão da União, vote no candidato português da Libertas às Eleições Europeias, o deputado Pedro Quartin Graça, do MPT-Partido da Terra

25 de Abril – Páginas da História

Em 1974, tinha 13 anos. Lembro-me que lia os vespertinos Diário Popular e A Capital. Dois dias depois da Revolução, comprei a Edição Especial de O Século Ilustrado e retive, desde então, as palavras de alguém que estaria junto à banca dos jornais: “Guarda, que um dia vais mostrar aos teus netos”.
Embora esse dia ainda não tenha chegado, aqui fica o Documento, que está publicado na minha página do Issuu.

As reportagens fotográficas são de Eduardo Gageiro, Fernando Baião, Francisco Ferreira e  Afredo Cunha.

O Século Ilustrado - Suplemento ao Nº 1895, de 27 de Abril de 1974

 

Os novos resistentes

No Antigo Regime, todos éramos nacionalistas. Todos? Não! Um pequeno grupo de resistentes distribuia panfletos clandestinamente, organizava reuniões secretas para denunciar a repressão à liberdade de pensamento, entre outras liberdades. Ficaram conhecidos por serem anti-fascistas.

Depois, veio a Revolução, as Eleições, a Constituição…

Três décadas mais tarde, somos todos democratas. Todos? Não! Existe um partido legalizado de Nacionalistas que denuncia coisas extraordinárias para os democratas, como fechar as portas à imigração. 

Cartaz do Partido Nacional Renovador

Cartaz do Partido Nacional Renovador

Disparates! Todos sabemos que o aumento da criminalidade violenta não tem origem nos grupos organizados oriundos dos países de Leste; Todos sabemos que o desemprego não tem aumentado porque os imigrantes ilegais trabalham melhor e mais barato que os portugueses; Todos sabemos que os chineses que vivem no local de trabalho em condições infra-humanas contribuem activamente para o PIB. 

Com atitudes como a de Torquemada Fernandes mandar retirar um cartaz de propaganda política, o poder vigente está, não só a empurrar os Nacionalistas para a clandestinidade como a substituir-se aos tribunais, a quem compete avaliar se os conteúdos programáticos do PNR violam ou não a Constituição.

Obama melhor posicionado que Clinton para bater McCain

DEMOCRATAS

PARA GANHAR:2,025 REPUBLICANOS PARA GANHAR: 1,191
* TOTAL DELEGADOS
* TOTAL DELEGADOS
Clinton McCain
Obama
Huckabee

Junto dos eleitorados Republicano e Independente, Obama leva vantagem sobre Clinton para bater McCain.


No confronto directo, Obama ganha a McCain, que por sua vez ganha no confronto directo com Clinton.

Super Tuesday… And couting

Do efeito bola-de-neve resultante de 24 Estados escolherem este dia para ir a votos, são eleitos cerca de 40% dos delegados, contra cerca de 2% em 2000.

Quem recolhe mais dividendos:

Pelos Republicanos John McCain (fruto do Sistema The Winner Takes it All) deve ter a nomeação garantida.

Pelos Democratas, a formiguinha Barack Obama capitaliza Dakota do Norte, Alabama, Delaware, (sem espinhas em Illinois e Georgia ), Kansas, Minnesota, Idaho, Utah, Connecticut? e perde para Hillary Clinton Massachussets (onde o apoio de Kennedy foi insuficiente), Nova Iorque, New Jersey, Tennessee, Oklahoma, Arkansas e Missouri?
Mesmo perdendo o El Dorado, Obama continua na corrida!!!

Contagem de Delegados:
Democratas — Hillary Clinton: 279, Barack Obama: 210
Republicanos — John McCain: 309, Mitt Romney: 99

Ted Kennedy apoia Barack Obama

Os tópicos do apoio de Ted Kennedy, neste artigo do The New York Times

Yes, We Can… Vote Different

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