Archive for the ‘ Música ’ Category

Fado em Si bemol

Quarta-feira passada, o B Flat Jazz Club fez 11 anos. De parabéns, o António Ferro, que tive o prazer de conhecer. Quando ele disse que tinha uma raridade da Amália – um disco gravado na Broadway(!), liguei de imediato ao Jorge, que desmoralizou o António, coitado; Aquilo foi gravado em Lisboa, com músicos da GNR… e direcção de um americano. Pois!

Para abrilhantar a festa, tocaram os Fado em Si bemol, um nome que encaixa perfeitamente no espírito do blog. O quinteto, que apresentou quase duas dúzias de standards e tem em preparação um disco de originais, é composto por:
Miguel Silva, guitarra portuguesa – Paulo Gonçalves, viola – Pedro Silva, contrabaixo – Paulo Coelho, percussão – Pedro Matos, voz.
A produção do grupo é de Adalberto Ribeiro, a quem prometi ajudar a trazê-los a uma visita à Capital do Império. A ber bamos…

A Tasca do Chico

Temos o privilégio de estar entre nós a inconfundível, a inigualável … a grande senhora do fado… como é que a senhora se chama?, – Odete – Uma grande salva de palmas, por favor!

Não aconteceu, ontem à noite, mas podia ter acontecido.
É assim, às segundas (agora também às terças) e quartas na Tasca do Chico.

Não tem nada que saber: é só descer a Rua Diário de Notícias até encontrar um magote de gente de copo na mão à porta da tasca, esperar por um intervalo e arranjar um lugarzinho na sala. Por mim, prefiro ir para o balcão, ao fundo, onde está o Chico a aviar copos e a endrominar as camones.

Ouvi ontem pela primeira vez ao vivo o Pedro Moutinho. Canta mesmo bem, o miúdo! Mais dois ou três anos de vadiagem e temos homem!

Vem (Além de toda a solidão)

Vem
Além de toda a solidão
Perdi a luz do teu viver
Perdi o horizonte

Está bem
Prossegue lá até quereres
Mas vem depois iluminar
Um coração que sofre

Pertenço-te
Até ao fim do mar
Sou como tu
Da mesma luz
Do mesmo amar

Por isso vem
Porque me quero
Consolar
Se não está bem
Deixa-te andar a navegar

Madredeus

Happy Birthday, Mr Jones!


David Bowie, que hoje atinge a bonita idade de 60 anos, foi – na fase final enquanto Ziggy Stardust – dos primeiros responsáveis pela decoração das paredes do meu quarto de adolescente, ao lado dos Kiss, Alice Cooper, Led Zeppelin, Black Sabbath e The Who.
Também havia posters relacionados com outro tipo de sensibilidades; Enquanto os de Rock saíam da Bravo alemã, os outros dependiam da playmate do mês.

Que giro!! "A" parte ininteligível é que se calhar…

O Bernardo Sassetti com Drumming coloca no ventilador o último trabalho do músico – Unreal: Sidewalk Cartoon – para ilustrar as personagens duma história passada sabe-se lá aonde… cujo desenvolvimento é representado por ritmos de percussão – alguns ininteligíveis -, interpretados por solistas convidados sabe-se lá por quê e pelo meio ainda tem um filme de animação tipo aqueles do Vasco Granja…
A sério!

Na Península de Quasi-algures, numa altura em que as modas se confundem ou deixam (por isso) de ser moda, vamos conhecer Ernesto Ductilo Benito – administrador primeiro de uma fábrica de cooperação e recuperação, na região demarcada de Cidadania-a-nova. Um dia, depois de longas horas de trabalho, o bom Ernesto encontra alguns dos seus operários de fabricação em série misteriosamente empoleirados em estranhas máquinas, muito para além das laborárias, produzindo sons musicais, de nível estético apreciável, que nunca imaginara possíveis nas suas instalações.

Deste pequeno episódio, nasce-lhe o entusiasmo, a ideia e o sonho de rearmonizar o Domínio da Música – sua principal herança de família, agora convertido num reino de anarquia, onde todos os estilos musicais se (con)fundem numa enorme sarrafusca.

Inspirado pelos estudos musicais de sua bisavó Antónia, aconselhado por um sábio bruxo, Retortilho Castraz, e apoiado por um génio inventor, Mestre Ramalho Solau, Ernesto, transforma aqueles operários idiotas (pensava ele) em luminosos elementos de sciências musicais, rumo ao conturbado Domínio da Música.

Unreal – um hino ao desenvolvimento da classe de trabalhadores, artífices e operários por conta d’outrem: música; visão; imaginação; entrega; solicitação; aventura; mistério; paixão; “Indumentária”; desventura; solicitação; desenvolvimento; entrega; música; visão; delírio; falácia; zombaria e… experiências científicas na Península de Quasi-algures.


Bernardo Sassetti, 2006

Música original e arranjos Bernardo Sassetti
Intérpretes (ao vivo) Drumming, Perico Sambeat, Alexandre Frazão, José Salgueiro, Rui Rosa, Bernardo Sassetti e músicos convidados
Participação especial Beatriz Batarda
Filme/cartoon musical realizado por Filipe Alçada e Bernardo Sassetti
Animação de Filipe Alçada baseado na história original e no trabalho de fotografia e patchwork (2003/06) de Bernardo Sassetti

“The Soul of Fado”


Tributo de Guus Slauerhoff ao universo do Fado, entendido no quadro da sua plena universalidade.
O fascínio pelo fado levou-o a visitar Lisboa por várias vezes, nos anos de 2004 e 2005.
Alfama, bairro repleto de segredos históricos, e o Museu do Fado que aí se encontra, ganharam para ele um interesse primordial.
Durante as suas estadas em Lisboa, desenhou fadistas nas casas de fado e vagueou quotidianamente por Alfama, cuja ambiência conseguiu assim encontrar mais de perto.

A arte plástica de Guus Slauerhoff quer representar aquela vivência e experiência do fado, tocando-as, explorando-as, tornando-as palpáveis e visíveis como uma nova dimensão do fado.

“Os meus quadros contam uma história. São uma espécie de ícones de esperança”, diz o artista no vídeo que acompanha a exposição. “Nunca houve um artista como eu que manifestasse desta forma este interesse pelo fado. Gosto de calcorrear as ruelas, de ouvir os intérpretes do fado vadio. Há sempre uma lua no céu, um cão que ladra, um galo a cantar.. Acho isto uma experiência muito valiosa. Eu sou fado, deambulo aqui como o fado, a minha vida é fado”.

Paralelamente às suas pinturas, Guus Slauerhoff criou objectos com materiais que “são uma espécie de atributos da vida”.

Exemplo disso são uns sapatos, que comprou por um euro na feira da ladra, e que o artista deu nova vida caligrafando neles uma letra de fado e baptizando-os de “sapatos de fado”. Porque, como confessa, “o fado possibilita-nos, enquanto seres humanos, contar a poesia intensamente profunda da vida”.

A Exposição The Soul of Fado (a alma do fado) inclui 18 pinturas, 14 desenhos, cinco esculturas e ainda trabalhos de colagem e de ensemblage.
De 16 de Novembro a 16 Janeiro de 2007, no Museu do Fado

fonte: JN

Lisbon Underground Music Ensemble

Com alguns dos músicos mais experientes da cena Jazz e da música Erudita, o Lisbon Underground Music Ensemble apresenta um espectáculo intenso e enérgico, rico em sonoridades que vão das mais caóticas e explosivas improvisações aos mais subtis ambientes cinematográficos.

O compositor Marco Barroso dirige esta formação de 15 músicos interpretando um conjunto de obras que atravessam os mais variados contextos estéticos; da Música Erudita, Contemporânea, ao Jazz, Rock, Funk, Transe entre outros; aliando a música escrita e a complexidade dos arranjos com a improvisação.

Biografia dos músicos:

Formação
Marco Barroso – Direcção, composição e piano
Flauta – Manuel Luís Cochofel
Clarinete – Paulo Gaspar
Sax Soprano – Jorge Reis
Sax Alto – João Pedro Silva
Sax Tenor – José Menezes
Sax Baritono – Elmano Coelho
Trompetes: Jorge Almeida/ João Moreira/Pedro Monteiro
Trombones: Luis Cunha/ Eduardo Lála/ Pedro Canhoto
Piano – Marco Barroso
Contrabaixo/Baixo Electrico – Yuri Daniel
Bateria – Pedro Silva

Concertos:
Dia 23 de Novembro às 18h30 – Trem Azul Jazz Store – Lisboa
Dia 25 de Novembro às 21h30 – Teatro Académico Gil Vicente – Coimbra

Que pena não ter atingido a maioridade…

1971: No Início era o Cascais Jazz…

Começa assim este excelente artigo publicado na Blitz deste mês e assinado por João Moreira dos Santos do Jazz no País do Improviso, para assinalar a passagem dos 35 anos sobre o primeiro grande festival de jazz em Portugal.


Pouco passava das 22h00 quando no dia 20 de Novembro de 1971 o septeto do lendário Miles Davis subia ao palco do Pavilhão do Dramático para dar início ao primeiro Cascais Jazz. Cerca de 12 mil pessoas, incluindo alguns notáveis, como Amália Rodrigues, Zeca Afonso, Alexandre O’Neil e Adriano Correia de Oliveira, assistiam nessa noite ao nascimento de um dos mais importantes eventos culturais realizados em Portugal, que até então só rivalizara em audiência com o Festival de Vilar de Mouros, realizado quatro meses antes.

Quem estava desde logo bem ciente da importância do Cascais Jazz era Miles Davis, pelo que exigiu ser o primeiro músico a tocar, como recorda João Braga: «Ele disse-me uma coisa que nunca mais me esqueci: “este é o primeiro festival de jazz em Portugal e quero ser eu a abri-lo. Os outros só podem tocar a seguir a mim”». E entre os outros encontrava-se nada menos do que Ornette Coleman, que estava previsto tocar antes e não achou graça nenhuma às exigências do trompetista.

Miles Davis estreava-se em Portugal e trazia na sua bagagem musical a sonoridade e o repertório de quatro discos: Bitches Brew, que criara a fusão entre o jazz e o rock, Black Beauty, Live at the Fillmore East e Live Evil. Quem esperava, pois, ouvir o Miles do tempo dos seus lendários quintetos dos anos 50 e 60 não podia deixar de estranhar este projecto de ruptura, claramente orientado para audiências mais jovens. Talvez por isso o mago do trompete já não usava fatos de alta-costura italiana, apresentando-se agora como uma estrela do rock. Diniz de Abreu descrevia assim no Diário Popular a sua nova indumentária: «Colete de pele preto, camisa da mesma cor, calça verde acetinada, muito justa, um lenço ao pescoço, caído em duas pontas; cinto dourado; botas prateadas; óculos escuros».

Miles subiu ao palco juntamente com Keith Jarrett (piano eléctrico), Gary Bartz (saxofone), Michael Henderson (baixo eléctrico), Don Alias e James Foreman (percussão) e Leon Chandler (bateria). A suportar a sua música predominantemente eléctrica e funky, com o trompete de Miles ligado a um pedal de efeitos (wah-wah e volume), estava um sistema de som de duas toneladas. Um dos músicos mais notados deste septeto foi o pianista Keith Jarrett, conforme noticiava o Diário de Lisboa na crítica ao festival: «(..) Um solo deste último marcou profundamente toda a assistência, absolutamente conquistada». Porém nem todos se renderam à nova sonoridade de Miles. Duarte Mendonça era um deles, como recorda actualmente: «Deixou-me um pouco perplexo porque era uma música que eu nunca tinha ouvido. Eu vinha do melhor do Miles dos anos 50/60…».

Também a peculiar atitude de Miles em palco não surpreendeu menos os jornalistas presentes. Na revista O Século Ilustrado, Maria Antónia Palla reportava: «Quando Miles pára e deixa tocar o seu conjunto, fica a um canto do palco, o corpo inclinado para a frente, as mãos fixadas nos joelhos, balançando-se como um felino selvagem pronto a saltar sobre a presa. O rosto cerrado, sem deixar transparecer a menor emoção, fixa o olhar num ponto indeterminado. (…) Numa hora passada de exibição, nem um sorriso. Como se o público não contasse, como se a multidão fosse um inimigo potencial». Já Fernando Cascais, então jornalista da revista Flama e que teve a rara sorte de ficar num canto do palco durante este concerto, escrevia: «Miles foi uma figura que impressionou a assistência. Dobrado sobre a trompete, as notas e os magníficos sons que dele saíam tinham o mistério e o timbre que tornam o seu possuidor inconfundível entre os trompetistas de jazz». João Braga era também um espectador atento ao que se passava em palco e um facto em especial chamou a sua atenção para Miles Davis: «A água que escorria das costas dele durante o concerto era algo inumano, certamente por causa das profaminas [ver caixa]. Quando ele no final do concerto chegou aos camarins nem conseguia articular uma frase».

Em noite de sons funky e eléctricos, o gigante do jazz impressionou a diva do fado. Amália Rodrigues encantou-se com Miles e Gary Bartz mas teve alguma dificuldade em compreender a sua música: “Não, totalmente não entendi. Eu sei que há qualquer coisa de vez em quando que acontece e que me toca, mas de resto não sei nada, não entendo nada de jazz. É para ver se entendo alguma coisa que eu vim ver”.

De 1971 a 1980 o Pavilhão do Dramático foi uma verdadeira casa para os maiores jazzmen e bluesmen. Integrados no Cascais Jazz, por ali passaram, entre muitos outros, Jimmy Smith, Cannonball Adderley, Dave Brubeck, B.B. King, Duke Ellington, Sarah Vaughan, McCoy Tyner, Charles Mingus, Sonny Rollins, Gil Evans, Muddy Waters, Art Blakey & The Jazz Messengers, Betty Carter, Freddie Hubbard e Buddy Guy.

(…) Depois de Ornette Coleman ainda actuaram o quarteto The Bridge e Dexter Gordon. O primeiro pouco mais foi do que uma ponte para a actuação de Dexter Gordon, prejudicado por uma aparelhagem sonora que mal deixava ouvir o saxofone de João Ramos Jorge (Rão Kyao) que improvisava sobre a harmonia e o ritmo de Kevin Hoidale (piano), Jean Sarbib (contrabaixo) e Adrien Ransy (bateria).

Com a acumulação de atrasos, Dexter Gordon acabou por subir ao palco eram já três horas da madrugada… actuando perante um sala bem menos cheia. Acompanhado por Marcos Resende (piano), Jean Sarbib (contrabaixo) e Manuel Jorge Veloso (bateria), fez soar a sua música até por volta das cinco horas… Desta experiência recorda-se bem Manuel Jorge Veloso, que já em 1967 havia tocado com Dexter Gordon numa jam-session em Coimbra: «É impossível dar uma pálida ideia do que significou para mim ter pisado o palco com um músico da grandeza do Dexter Gordon, até por se tratar de um primeiro grande festival português que (já então se percebia) iria fazer história.

Mas talvez ainda mais importante do que esse momento, em concreto, foi poder conviver diariamente com ele (nos poucos dias que tivemos, para ensaiar, conhecer os segredos da música, acertar agulhas e tocar algumas noites no Hot Clube Portugal), confirmar a sua qualidade musical e descobrir as suas qualidades humanas, como músico e homem sensível, nada arrogante, paciente e incentivador, fazendo com que esta aventura – nessa época, era de facto uma aventura! – fosse afinal, para nós, uma coisa natural. Inesquecíveis, ainda, os ensinamentos e a confiança que ele nos transmitia, as histórias que contava, os seus gestos lentos, a forma como mexia o corpo, apresentava o saxofone aos que o ouviam e dizia os títulos das peças que tocava, para já não falar das sonoras gargalhadas que jamais voltei a ouvir…».

Texto de João Moreira dos Santos

proposta desalinhada


O saxofonista Paulo Curado do Lugar da Desordem, Ken Filiano no contrabaixo e Bruno Pedroso na bateria, participam na festa do segundo aniversário da Trem Azul, no próximo dia 31.

Sobre o Lugar da Desordem
No que à arte dos sons diz respeito, bem pode Paulo Curado escrever no seu blog que o Sol ainda gira em torno da Terra – ou seja, a composição continua a ter primazia sobre tudo o mais, pois permanece viva a velha noção de que os músicos, ou seja, os executantes instrumentais, não são capazes de fazer música sem um autor, aquele que determina o que se deve tocar, mas regra geral não toca ele mesmo. O saxofonista e flautista português é um dos opositores deste “status quo” a que habitualmente chamamos “improvisadores”, ainda que improvisar seja uma forma de compor e que ele também seja um compositor na acepção convencional do termo, pois prepara estruturas e formas para posterior interpretação, embora as destine a si próprio enquanto um dos intérpretes e apenas funcionem como moldes para a criatividade espontânea.
Em consequência de tal esforço, somado aos de um número cada vez maior de partidários da causa da improvisação, já vamos observando na música que a Terra começa a girar à volta do Sol.

É essa a desordem de que o nome do seu trio com Demian Cabaud e Bruno Pedroso fala, renunciando à partida um propósito de acção: libertar.
Tal desordem é a proposta por Adorno como uma terceira via entre o conceito de música programática de Stravinsky e o de Schoenberg como prática unicamente regida por leis internas, e não perdeu a sua dimensão revolucionária.
Marx e Bakunine podem ter alguma coisa que ver com o assunto, mas o grande inspirador desta alternativa é Galileu.
E porquê um trio? Porque Curado acredita que três indivíduos constituem um microcosmos da sociedade e que nesta a livre-associação é um imperativo, e porque a três já a exploração das diferenças de personalidades, formações e interesses ganha proporções bastante proveitosas quando o propósito é, precisamente, desordenar.
A questão é apresentada num texto do mentor de O Lugar da Desordem de modo muito elementar e objectivo: o importante é verificar “como soa um grupo de pessoas” (a música como factor de democracia), e não que esse grupo produza os sons que estão na cabeça de quem o coordena. Ora, saber como soam as pessoas é saber “como soa a vida”, dado que não há arte que não seja o reflexo da realidade tal como ela é.

A improvisação do trio O Lugar da Desordem tem um idioma: o jazz. Nada de mais natural, tendo em consideração que este género musical cunhou um particular relacionamento entre o que é composto (escrito) e o que é improvisado e definiu uma boa parte das próprias técnicas improvisacionais, além de que formulou um (na verdade vários) modelo estético. Curado, Cabaud e Pedroso são músicos de jazz, mas atenção ao que isso implica nos dias de hoje, sabendo que o jazz é um híbrido e que praticamente todas as tendências musicais da actualidade adoptaram algumas das suas características.
Ser “músico de jazz” vai significando que se é um músico plural, e se verificarmos o percurso de Paulo Curado é isso precisamente o que confirmamos: responsável igualmente de múltiplas bandas sonoras para desenhos animados infantis (o que quer dizer que tem boas noções quanto à eficácia de uma melodia) e para teatro (o mesmo relativamente à criação de atmosferas), ele é bem o exemplo do artista aberto e sem preconceitos.
Aliás, já o vimos e ouvimos a tocar em contexto electroacústico com seis “laptopers”, e acompanhado por instrumentos de percussão étnicos como o berimbau brasileiro, o tambor falante de África e as tablas indianas. O Sol e a Terra a dançarem um com o outro.

Texto retirado daqui.

Depois digam que não avisei

A 8 de Novembro na abertura do Guimarães Jazz e no dia seguinte na Culturgest (apressem-se!), Wayne Shorter y sus muchachos de visita ao rectângulo, para deleite de uns quantos privilegiados (euzinho incluido)!

Para almas mais sedentas de liberdade criativa, a não perder em Guimarães:
Abdulah Ibrahim Trio no dia 11 de Novembro e Charlie Haden Liberation Music Orchestra a 18…
para um mundo melhor!