Apólogo da Morte
Esta alegoria da morte representa o triunfo do imponente Ceifeiro. Com um pé em cima do mundo e outro sobre alguns símbolos de poder, segura um caixão debaixo do braço e, com a mão, apaga a vela-luz-da-vida. Tal como em “Finis Gloriae Mundi”, caminhamos todos alegremente para o grande festim dos bichos, sejamos santos ou pecadores 🙂
Soneto LXXXI – Moral
Vi eu um dia a Morte andar folgando
por um campo de vivos que a não viam.
Os velhos, sem saber o que faziam,
a cada passo nela iam topando.
Na mocidade os moços confiando,
ignorantes da Morte a não temiam.
Todos cegos, nenhuns se lhe desviam;
ela a todos co dedo os vai contando.
Então quis disparar e os olhos cerra:
tirou e errou: Eu, vendo seus empregos
tão sem ordem, bradei: Tem-te, homicida!
Voltou-se e respondeu: Tal vai de guerra!
Se vós todos andais comigo cegos,
que esperais que convosco ande advertida?
Francisco Manuel de Melo









![FESTIVAL DE MÚSICA ANTIGA DE TORRES VEDRAS [18 Out - 1 Nov]](https://abrancoalmeida.com/wp-content/uploads/2020/10/festival-de-musica-antiga-de-torres-vedras.jpg?w=847)






Visita Guiada
No trackbacks yet.