Maria sejas louvada

Minotaure caressant du Mufle la Main d’une Dormeuse, 1933
Minotaure caressant du Mufle la Main d'une Dormeuse, 1933

Maria sejas louvada
Como és tão apertada
Uma virgindade assim
É coisa demais p’ra mim.
Seja como for o sémen
Sempre o derramo expedito:
Ao fim dum tempo infinito
Muito antes do amen.

Maria sejas louvada
Tua virgindade encruada
‘Inda me pões fora de mim.
Porque és tão fiel assim?

Por que devo eu, que dialho
Só porque esperaste tanto
Logo eu, o teu encanto
Em vez doutro ter trabalho?

Poema de Bertolt Brecht, gravura de Pablo Picasso

    • mfc
    • 2 de Outubro, 2005

    Não conhecia… é um poema soberbo!

    • Rita
    • 3 de Outubro, 2005

    Este, António, adorei!

    Tal como o Manel não conhecia.

    Fantástico!

    • Papo-seco
    • 7 de Outubro, 2005

    Querem tudo feito…

    não ter trabalho, não ter trabalho…

    Fossem para funcionários públicos ou mangas de alpaca.

    Eu cá acho, que há trabalhos que compensam.

    Se calhar sou o único

    • Antônio Manuel
    • 20 de Maio, 2006

    Além de uma qualidade literária mui capenga, esse senhor, autor dessa poesia, é um completo desrespeitador sem escrúpulos. Quanto mal gosto na escolha dessa mixórdia poética!

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