Arquivo de 1 de Dezembro, 2004

Winston Churchill – III

A desastrosa campanha britânica aos Dardanelos – Turquia, da qual Churchill tinha sido o seu principal promotor e em grande parte responsabilidado, teve como consequência o seu pedido de demissão, em plena Primeira Guerra Mundial.

A formação de um Governo de coligação originou o abandono de Churchill do Almirantado, condição imposta pelos Conservadores, como vingança por ele ter deixado o Partido em 1904.

Sobre esse período difícil, a sua mulher diria:

“Pensei que ele ia morrer de desgosto”.

Na sequência do vazio de funções a que foi votado, Churchill descobriu vocação na pintura:

“Foi então que a musa da pintura veio em meu auxílio… Quando eu chegar ao Paraíso, tenciono passar uma parte considerável do primeiro milhão de anos a pintar, até conseguir dominar essa arte.”



Churchill voltou para o exército e comandou um batalhão do regimento «Royal Scots Fusiliers», na frente ocidental.

Regressou ao Parlamento em 1916 e exerceu funções governamentais até final da Guerra, como Ministro das munições.

Winston Churchill abandonou então o Partido Liberal.

Foi nomeado Chanceler do Tesouro num Governo Conservador, após o que esteve durante um período de 10 anos sem exercer qualquer cargo público.

Foi nesta altura que escreveu a sua obra-prima sobre o seu antepassado Malborough; His Life and Times, numa espécie de exercício de preparação para nova guerra, em que ia alertando para o perigo que Hitler representava..

Escreveu a propósito:

“A partir desse momento, forças poderosas ficaram à deriva. Abrira-se o vazio, e foi para esse vazio – após uma pausa – que caminhou a passos largos um louco com um génio feroz, o repositório e a expressão dos ódios mais virulentos que alguma vez corroeram o coração humano – o cabo Hitler.”



Em 1939 foi novamente nomeado Primeiro Lorde do Almirantado, e em 10 de Maio de 1940, devido à demissão de Neville Chamberlain, foi nomeado primeiro-ministro.

A Alemanha iniciava a invasão da Europa Ocidental – Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França.

Churchill formou um governo de unidade nacional, com a participação do Partido Trabalhista e do Partido Liberal.

A 13 de Maio, demonstrou a sua capacidade de liderança, ao proferir um dos seus mais célebres discursos: “Sangue, Sofrimento, Suor e Lágrimas”.


(In)Dependência Nacional, ou O poder está na rua!

Após o impacto inicial das notícias do fim de tarde, tenho tentado fazer uma introspecção séria sobre as razões pelas quais devia ser dos poucos portugueses que andava distraído com esta hipótese absurda de termos alguma possibilidade de avançar um pouco mais na construção de um país virado para o século XXI.

Mas este exercício guardo-o para mais tarde..

Não sei o que aí vem, mas parece-me claro que não seja coisa boa…

Confunde-me a trapalhada que o Presidente arranjou ao despedir à pressa e com justa causa o Governo!

Podia ter esperado mais um dia e incluir a notícia no Discurso das Comemorações da Restauração da Independência.. “Era preciso restaurar as liberdades, afastar os maus e repôr os bons”..

Isso sim, seria sentido de oportunidade!

Depois do folhetim que foi a consulta a meio mundo para se decidir pela indigitação..

Agora, sem aviso prévio.. isto?

Estou curioso para ver quais os fundamentos do Presidente! Legítimos, claro!

E estou preocupado com o futuro próximo – Referendo, Eleições, Constituição Europeia..

Poderíamos ter um Governo de iniciativa Presidencial..

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