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Visita Guiada – D. Pedo IV e a Cidade do Porto


Visita Guiada – D. Pedro IV e a Cidade do Porto

Vencedor da causa liberal em Portugal e primeiro imperador do Brasil, D. Pedro, o herdeiro do rei D. João VI, foi uma das mais polémicas figuras da História de Portugal. E foi o único que estabeleceu com os habitantes do Porto, por tradição avessos a reis e a nobres, uma relação tão forte que, horas antes de morrer, decidiu doar à cidade do Porto o seu coração. É a história desta relação singular e dos conturbados anos que mediaram a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, e o fim da Guerra Civil, em 1834, que o historiador Eugénio dos Santos, biógrafo de D. Pedro IV, nos vai contar por alguns dos locais que foram palco da presença de D. Pedro no Porto, entre os decisivos anos de 1831 e 1833.


Visita Guiada – D. Pedro IV e a Igreja da Lapa, Porto

Horas antes de morrer, com 35 anos apenas, D. Pedro dita as suas últimas vontades. Uma delas: o seu coração deveria ser retirado do seu corpo e entregue à cidade do Porto. O gesto de D. Pedro foi uma forma eloquente de sublinhar, para a História, a relação única que estabeleceu com os portuenses entre 1832 e 1833 – os anos do tremendo cerco da cidade pelos absolutistas e da vitória do exército de liberais comandado por D. Pedro. A vitória era, à partida, improvável – o exército dos liberais era dez por cento do exército miguelista -, mas grande parte dos portuenses aderiram à causa de D. Pedro e, juntos, venceram a guerra. É na Igreja da Lapa que se guarda, até hoje, o coração de D. Pedro, o herdeiro do rei D. João VI, que abdicou da coroa de Portugal em sua filha, futura D. Maria II, e da do Brasil em seu filho, o futuro Imperador Pedro II. A Igreja da Lapa é a mais brasileira das igrejas portuguesas. Uma visita guiada pelo historiador Francisco Ribeiro da Silva, mesário da Venerável Irmandade da Nossa Senhora da Lapa.

Postais de Portugal

 


Nos finais do século XVII estava dividida em três artérias. A parte superior ou seja o troço que desce desde a antiga cadeia até à esquina da Rua de S. Miguel é que era a Rua da Taipas. A parte central, ou seja, a parte mais larga da rua chamava-se Praça de Belomonte. E a parte restante, aquele bocado mais inclinado era a Rua de Belomonte. Pois a actual Rua de Belomonte chamava-se Rua de S. Domingos. A curta Rua das Taipas que acabava na esquina da Rua de S. Miguel tinha sido chamada Rua do Olival por meados do século XV. Ao princípio era um caminho ao longo da parte interior da muralha fernandina que se foi alargando e tomou a designação de Rua do Olival. Em 1485 foram descobertos surtos de peste nesta artéria e a Câmara para evitar a expansão mandou entaipar a rua nos dois extremos. Nos séculos XVII e XVIII era habitada pela grande burguesia. Palacete dos Vilares de Perdizes. Casa armoriada onde residiu o contador da Real Fazenda, Brito e Cunha.”
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