Postais de Lisboa
Mapa de Portugal, desenhado com troncos de árvore e símbolo da UE no topo da escadaria frente à Assembleia da República, esta manhã.
Arquivo de Janeiro, 2006
Mapa de Portugal, desenhado com troncos de árvore e símbolo da UE no topo da escadaria frente à Assembleia da República, esta manhã.
A norueguesa – mais uma! – Anja Garbarek vai construindo o seu colar de sons.
Durante a juventude, acompanhou o saxofonista Jan Garbarek nas diversas digressões que o pai fez.
Inspirou-se em Brian Eno e Laurie Anderson para compor o emocionante Smiling and Waving.
A ouvir, os samples de The Diver, Spin The Context, You Know e And Then, aqui.
No seu mais recente trabalho Briefly Shaking, Anja acrescentou-lhe mais algumas pérolas: por exemplo, Still Guarding Space e My Fellow Riders.
Estes nórdicos dão-me a volta ao miolo!

O oito nesta fotografia é muito mais difícil de obter do que se possa imaginar.
O registo deste analema solar resulta da observação da posição do sol, à mesma hora do dia, durante um ano.
Da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano da sua órbita elíptica em torno do Sol, resulta esta rara imagem, obtida pelo astrónomo amador Anthony Ayiomamitis, para o que utilizou a técnica da multi-exposição numa única película de filme.
Via Portal do Astrónomo.
No artigo do Público de ontem e reproduzido pelo Eduardo Pitta no Da Literatura, Eduardo Lourenço entende que a campanha eleitoral tem sido pouco esclarecedora como perspectiva futurante.
Não concordo.
Cavaco e o renegado Alegre supra-partidários
A clareza nos discursos dos candidatos das esquerdas, demonstrada pela mais do que óbvia (in)dependência dos respectivos aparelhos partidários, evidencia a opacidade daquilo que são e representam.
Tendo em consideração que o que está em causa é a eleição do PR, a estratégia dos que só-são-candidatos-contra-Cavaco, retira-lhes qualquer possibilidade de merecer a minha atenção.
Não são os votos da esquerda e direita radicais que decidem eleições presidenciais
O mundo globalizou-se e o sonhador Soares, com um discurso deslocado no tempo, em sucessivas e frustradas tentativas de vestir a Cavaco o manto do fantasma da direita – como se ele representasse toda a esquerda em Portugal e Cavaco toda a direita – não conseguiu chegar ao milhão de eleitores que deu a maioria absoluta a Sócrates.
A Pátria não precisa de um pai, e muito menos de um padrinho.
Soares poderá não ter morrido politicamente. Mas já está enterrado.
Estamos esclarecidos nesta matéria.
Insónia roxa. A luz a virgular-se em medo,
Luz morta de luar, mais Alma do que lua…
Ela dança, ela range. A carne, álcool de nua,
Alastra-se para mim num espasmo de segredo…
Tudo é capricho ao seu redor, em sombras fátuas…
O aroma endoideceu, upou-se em cor, quebrou…
Tenho frio… Alabastro! A minha´alma parou…
E o seu corpo resvala a projectar estátuas…
Ela chama-me em Íris. Nimba-se a perder-me,
Golfa-me os seios nus, ecoa-me em quebranto…
Timbres, elmos, punhais… A doida quer morrer-me:
Mordoura-se a chorar – há sexos no seu pranto…
Ergo-me em som, oscilo, e parto, e vou arder-me
Na boca imperial que humanizou um Santo…
Mário de Sá-Carneiro
Interessante, ou melhor, simpático, era colocar em cd a selecção que se segue..
E oferecer aos amigos..

Ornette Coleman – Live At The Golden Circle, Volumes 1 e 2
com David Izenzon e Charles Moffett
do volume 1, a ouvir os samples de 4.Dee Dee e 5.Dawn, aqui
do volume 2, a ouvir os samples de 2.Morning Song e 4. Antiques, aqui
Jimmy Smith – Cool Blues
com Lou Donaldson, Tina Brooks, Eddie McFadden, Art Blakey e Donald Bailey
a ouvir, o sample de 7.Small’s Minor, aqui
Lou Donaldson – The Natural Soul
com Tommy Turrentine, Grant Green, John Patton e Ben Dixon
a ouvir, os samples de 3. Spaceman Twist e 4. Sow Belly Blues, aqui
Sonny Rollins – A Night At The Village Vanguard
com Donald Bailey, Wilbur Ware, Pete la Roca e Elvin Jones
do disco 1, a ouvir o sample de 4. Softly As In A Morning Sunrise (Alternate Take)
do disco 2, a ouvir os samples de 3.Sonnymoon For Two e 4.I Can’t Get Started, aqui
Art Blakey – Moanin’
com Lee Morgan, Benny Golson, Bobby Timmons e Jymmie Merritt
a ouvir, o sample de 5. The Drum Thunder Suite, aqui
John Coltrane – Blue Train
com Lee Morgan, Curtis Fuller, Kenny Drew, Paul Chambers e Philly Joe Jones
a ouvir, os samples de 1.Blue Train e 5.Lazy Bird, aqui
Sonny Rollins – Sonny Rollins, Volume 2
com J.J.Johnson, Horace Silver, Telonius Monk, Paul Chambers e Art Blakey
a ouvir, o sample de 3. Misterioso(Telonius Monk), aqui
McCoy Tyner – The Real McCoy
com Joe Henderson, Ron Carter e Elvin Jones
a ouvir, os samples 2.Contemplation e 4.Search For Peace, aqui
Clifford Brown – Memorial Album
com Lou Donaldson, Elmo Hope, Pearcy Heath e Art Blakey, entre outros
a ouvir, os samples 4.Brownie Speaks e 15.Minor Mood, aqui
Wayne Shorter – JUJU
com McCoy Tyner, Reggie Workman e Elvin Jones
a ouvir, os samples 2.Deluge, 3.House Of Jade e 6.Twelve More Bars To Go, aqui
Herbie Hancock – Empyrean Isles
com Freddie Hubbard, Ron carter e Tony Williams
a ouvir, os samples 2.Ololoqui Valley e 3.Cantaloupe Island, aqui
Thelonious Monk – Genius Of Modern Music, Volume 1 –
com Billy Smith e Art Blakey, entre outros
a ouvir, os samples 4.Thelonious, 8.Ruby My Dear, 9.Well You Needn’t e 12.Introspection, aqui
“Somos o que fazemos com aquilo que fizeram de nós.”
Jean-Paul Sartre
Dois anos depois da descolagem, o prazer da viagem mantém-se.
Graças a esta ferramenta, tenho podido publicar sobre assuntos de interesse pessoal, algumas vezes para meu deleite, outras com o espírito de partilha.
É particularmente gratificante verificar que algumas pessoas têm nos seus blogs ligações para o Luminescências.
Porque o reconhecimento é um estímulo, tentarei continuar a merecer essa distinção.
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Situada entre Nisa e Portalegre, no Norte Alentejano, a povoação de Amieira pertence ao antigo Priorado do Crato.
Cercada por montes de relativamente baixa elevação, espraia-se em direcção ao Tejo por meio de charnecas e ribeiros.
Os nomes das ruas do Adro, do Açougue, do Arrabalde e a Travessa do Forno, que liga a Rua de Santa Maria à Rua da Barca, mantêm-se desde o século XVII, possivelmente o período de maior desenvolvimento da povoação.
Autêntico cartão de visita, o castelo avista-se de imediato na descida para esta bonita povoação, que merece maior vitalização pois, além da Sociedade Recreativa e da Casa do Pão (imagem abaixo) como fontes de entretenimento para os habitantes, não existe sequer um sítio onde o visitante possa almoçar.
Rua do Castelo, que desemboca na praça fronteira ao castelo.

O Castelo de Amieira, mandado edificar em meados do séc. XIV pelo pai de D. Nuno Álvares Pereira, fazia parte da linha defensiva da margem sul do Tejo.
Durante o século XV chegou a ser utilizado como prisão.
Parcialmente destruido durante o terramoto de 1755, só durante o século passado foi alvo de significativas obras de recuperação, que ainda hoje continuam.
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Mehldau possui a luminosidade de Lennie Tristano, a emoção do mestre Keith Jarrett e a sensibilidade de Bill Evans.
Versatilidade, consistência e génio, são traços característicos deste apaixonante pianista de jazz.
No CCB a 10 de Fevereiro e a 12 no Porto.
A não perder.
A parceria:
Brad Mehldau, piano
Larry Grenadier, contrabaixo
Jeff Ballard, bateria
Na página oficial, podem ouvir-se itunes da discografia completa.
Excerto da informação na página do CCB:
Com formação clássica, mas desde cedo apaixonado pelo jazz, Brad Mehldau é considerado actualmente um dos mais geniais pianistas de jazz do mundo.
Influências tão variadas como Beethoven, Bill Evans, Schumann e Keith Jarrett fizeram com que Mehldau não criasse barreiras musicais.
Exemplos disso são as participações em várias bandas sonoras e a revisão pessoal de temas dos Radiohead, Beatles, Paul Simon e Nick Drake.
O trio formou-se em meados dos anos 90, editando o disco de estreia: «Introducing Brad Mehldau», em 1995.
É em formato trio que Mehldau explora a sua paixão pelo jazz, na vertente mais pura, do que são prova os álbuns intitulados «Art of the Trio», já com diversos volumes.
Participou nas bandas sonoras dos filmes «Meia-noite do Jardim do Bem e do Mal», de Clint Eastwood, «De Olhos Bem Fechados», de Stanley Kubrick e «Million Dollar Hotel – O Hotel» de Wim Wenders.
A sua admiração por áreas mais populares da música levou-o a reinterpretar temas dos britânicos Radiohead – “Paranoid Android” e “Exit Music (For a Film)” – e Beatles – “Blackbird”.

No número do primeiro trimestre deste ano, em plena campanha eleitoral para as Presidenciais, a revista Nova Cidadania aborda os Programas Eleitorais de Mário Soares, Manuel Alegre e Cavaco Silva.
Tópicos:
Cavaco Silva
As Minhas Ambições para Portugal: É em nome deste conjunto de ambições para Portugal que, nos tempos difíceis que o País atravessa, considero necessária a minha candidatura a Presidente da República. Não nos podemos resignar: Sei que os portugueses são capazes, sei que Portugal pode vencer.
– Reforço da qualidade da nossa democracia
– Aproximação aos níveis de desenvolvimento da União Europeia e de Espanha
– Aumento da qualificação dos recursos humanos
– Melhoria da organização do território, da qualidade ambiental, do desenvolvimento cultural
– Construção de uma sociedade mais justa e solidária
– Portugal protagonista activo e credível na cena internacional
– Uma magistratura activa no respeito pelos poderes previstos na Constituição
Manuel Alegre
Contrato Presidencial – Razões da Candidatura: Candidato-me por um Portugal que se diga no plural, uma Pátria que sois vós, uma Pátria que somos nós, um Portugal de todos. Este não é um projecto de descrença. É um projecto de reinvenção e de esperança.
– Uma sociedade de confiança
– Pátria e cidadania
– Contrato presidencial
– Cumprir e fazer cumprir a Constituição
– Qualificação e cultura de inovação
– Modernização da educação
– Uma diplomacia de paz
– Uma visão política da Europa
– Uma aliança de civilizações
– O novo papel da Forças Armadas
– Constituição e cidadania
– Magistério de proximidade e de exigência
– Com todos os portugueses e por todos os portugueses
Mário Soares
Estabilidade e Mudança: Candidato-me com os olhos postos no futuro de Portugal. Confio no bom senso e no patriotismo dos Portugueses. Quero contribuir para acabar com as crispações e confrontações inúteis, cultivando o diálogo e os consensos possíveis e necessários para ultrapassar a crise.
– Uma visão política global
– Portugal tem de apostar no futuro
– O combate à crise
– Em defesa do sistema semipresidencial
– Portugal na Europa e no Mundo
– O futuro dos Portugueses
– Persuasão democrática
– Equilíbrio e estabilidade
