Maria de Médicis, de Rubens
Peter Paul Rubens (1577-1640) – o grande mestre do Barroco, visitou Itália pela primeira vez em 1600.
Bebeu as influências de Tintoretto, Rafael e Caravaggio, como foi referido no post anterior.
Ao seu atelier de Antuérpia chegou em 1622 uma encomenda de 21 pinturas sobre a vida de Maria de Médicis, viúva de Henrique IV de França.
A primeira mulher de Henrique IV – a rainha Margot – viu o casamento anulado por não lhe ter dado nenhum herdeiro.
Catarina de Médicis, sua mãe, era prima afastada de Maria de Médicis de Itália;
Maria deu quatro filhos a Henrique IV, entre os quais o futuro rei Louis XIII.
O desembarque em Marselha – a 3 de Novembro de 1600 – é aqui representado alegoricamente.
Sobre a Rainha flutua um fauno;
Neptuno e as ninfas acompanham o navio, para garantir a sua segurança.
Este trabalho de Rubens visa legitimar a governação de Maria de Médicis, nomeada Regente após a morte do Rei, assassinado no dia seguinte à coroação.
Começavam aqui os problemas com o príncipe herdeiro..
Os factos históricos retratados por Rubens nesta obra, adquirem assim uma importância intemporal.
No trackbacks yet.